Todas as Discussões Marcadas '-' - Anjo de Luz2024-03-29T14:08:22Zhttps://anjodeluz.ning.com/group/luzdamontanha27/forum/topic/listForTag?tag=-&feed=yes&xn_auth=noQUEM NÃO RENUNCIAR A TUDO QUE TEM NÃO PODE SER MEU DISCÍPULO - PARTE 18tag:anjodeluz.ning.com,2011-09-16:867289:Topic:24300292011-09-16T23:27:57.053ZSONIA GOMEShttps://anjodeluz.ning.com/profile/SONIAGOMES
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<p><strong><span class="font-size-5">Ter — ou Ser? É a estes dois monossílabos que se reduz, em última análise, toda a filosofia do Evangelho e toda a sabedoria dos séculos. Ter — ou Ser? Duas atitudes aparentemente incompatíveis. ―Ninguém pode servir a dois senhores. O homem que tem algo não pode ser alguém — e vice-versa. O homem profano só conhece o…</span></strong></p>
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<p><strong><span class="font-size-5">Ter — ou Ser? É a estes dois monossílabos que se reduz, em última análise, toda a filosofia do Evangelho e toda a sabedoria dos séculos. Ter — ou Ser? Duas atitudes aparentemente incompatíveis. ―Ninguém pode servir a dois senhores. O homem que tem algo não pode ser alguém — e vice-versa. O homem profano só conhece o ter, ou os teres, isto é, certo número de objetos quantitativos, que estão ao redor dele, no plano horizontal, e que ele considera ingenuamente como sendo seus bens. O profano total nada sabe do seu íntimo ser, de algo que não é dele, mas que é ele mesmo. Pode alguém ser milionário no plano horizontal dos seus teres, e ser ao mesmo tempo mendigo indigente na zona vertical do seu ser. De tanto ter, não chega a ser alguém. Outros, mais avançados, resolvem renunciar a todos os seus teres e se isolam no puro ser, isto é, na divina essência do seu eterno Eu, sua alma, seu Cristo interno. E, de tão enamorados desse seu verdadeiro ser, desprezem soberanamente todos os ilusórios teres dos profanos. São os ascetas, os místico, os yoguis, os austeros desertores de todas as coisas periféricas, os impávidos bandeirantes da verdade central. E, por mais tenebrosa que a outros pareça essa noite da renúncia absoluta e incondicional, ela é solene e grandiosa, porque possui a fascinante sacralidade das noites estreladas... É a estes que Jesus se refere nas palavras que encimam o presente capítulo: ―Quem não renunciar a tudo que tem não pode ser meu discípulo. Quer dizer que qualquer ter, ou posse de objetos externos, impede o homem de ser discípulo do Cristo, ele, que não tinha onde reclinar a cabeça nada tinha, porque tudo era; porque o seu ter descera ao ínfimo nadir, quando o seu ser atingira o supremo zênite. Por fim, renuncia também ao ter mais intimamente ligado ao ser, o corpo físico. E assim acabou ele de ―entrar em sua glória‖. Pode parecer estranho e humanamente inexeqüível esse inexorável radicalismo do Mestre. E não faltou quem mobilizasse contra essa sangrenta verdade da renúncia absoluta e incondicional todas as legiões da dialética mental, a ver se conseguia salvar do naufrágio ao menos alguns dos seus queridos ídolos, a ver se conseguia passar pelo ―fundo da agulha‖ pelo menos com uma parte da bagagem que o profano costuma levar de reboque, nessa jornada terrestre; habituados a subornar os outros e a entrar de contrabando em todos os paraísos da terra, tentam eles aplicar essa sua política e diplomacia também, ao Evangelho do reino de Deus. Entretanto, as palavras do Mestre não admitem vestígio de dúvida; são inexoravelmente claras: ―Quem não renunciar a tudo que tem não pode ser meu discípulo‖ — tudo, sem exceção de coisa alguma! O episódio trágico do jovem rico é uma ilustração clássica para essa verdade austera.Tudo quanto o homem possui em bens terrestres torna-o dependente e64escravo; mas o reino dos céus é somente para as almas completamente livres. Enquanto o homem tem algo que o mundo lhe possa tirar, ou deseja algo que o mundo lhe possa dar, não é definitivamente livre, e por isto não pode ser discípulo do Cristo. Os nossos teres quantitativos nos excluem do reino dos céus — o nosso ser qualitativo nos fez entrar no reino de Deus. Aproximamo-nos de Deus na razão direta do que somos, e na razão inversa do que temos. O ter é nosso, o ser é de Deus. Mas, em que consiste esse ser? Consiste na consciência da verdade sobre nós mesmos.</span></strong></p>
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<p><strong><span class="font-size-5">Se conhecermos a verdade sobre nós mesmos, seremos livres. ―Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. E, se o Filho do homem vos libertar, sereis realmente livres.‖ Essa verdade libertadora sobre nós mesmos porém, está na experiência íntima da nossa essencial identidade com Deus — ―eu e o Pai somos um —e na completa harmonia da nossa vivência cotidiana com essa verdade suprema. * Mas... não é necessário que o homem, aqui no mundo, possua certas coisas? Poderá ele viver decentemente sem possuir nada? Bastará, aqui na terra, o simples e puro ser? E não é um certo ter compatível com esse ser?</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">É este, talvez, o ponto em que o Cristianismo organizado falhou mais deploravelmente, e, o que é pior, as próprias igrejas cristãs procuram justificar esse espírito de possessividade de seus filhos — tanto mais que os próprios chefes espirituais são, não raro, os maiores possuidores de bens materiais. Será que a muitos desses chefes não caberiam as palavras veementes que o Cristo fulminou aos guias de Israel? ―Guias cegos guiando outros cegos! Mas, se um cego guiar outro cego, ambos acabarão por cair na cova. Ai de vós, doutores da lei! Roubastes a chave do conhecimento do reino de Deus! Vós não entrais, nem permitis que outros entrem!‖ Não há nada no Evangelho em que o divino Mestre insista com maior rigor e freqüência do que no espírito de absoluta e total renúncia aos bens terrenos, por sinal que ele considera a posse desses bens como absolutamente incompatível com o espírito do reino de Deus.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">À primeira vista, parece possível e até necessário esse consórcio entre o ser e o ter, razão por que os teólogos e moralistas cristãos de todos os tempos têm tentado realizar esse congraçamento. Entretanto, continua a ser verdade inconcussa que ―ninguém pode servir a dois senhores: a Deus e ao dinheiro‖. Ter algo e ser alguém, são duas antíteses tão inexoravelmente hostis que nenhum tratado de paz é possível entre essas duas potências, assim como impossível é um consórcio entre as trevas e a luz, entre o não e o sim, entre a morte e a vida.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">Entretanto, sem revogar o que acabamos de dizer, passaremos a explicar dois termos: possuir e administrar. É possível que o homem seja discípulo do Cristo, e ao mesmo tempo administre parte dos bens de Deus em benefício dos outros: filhos de Deus, seus irmãos. Deus é o único dono, proprietário e possuidor de todas as coisas que ele creou; nenhum homem é dono de coisa alguma e, se ele se arroga o direito de ser proprietário disto ou daquilo, comete crime de ―apropriação indébita‖, roubando a Deus e aos filhos de Deus algo que não lhe pertence. Por isto, nenhum genuíno discípulo do Cristo se65considera possuidor, dono ou proprietário do dinheiro ou de quaisquer bens materiais que, casualmente, estejam sob a sua administração; considera-se invariavelmente como simples administrador desses bens, de cujo emprego terá de dar estreitas contas ao legítimo senhor e proprietário.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">Lemos nos ―Atos dos Apóstolos‖ que entre os primeiros discípulos do Cristo não havia propriedade particular, mas que todos os bens eram comuns. Não existia nenhuma lei externa que obrigasse os cristãos a socializarem os seus bens, mas havia neles a lei interna do amor nascido da compreensão da grande verdade de que todas as coisas do mundo são de Deus e que nenhum filho de Deus tem o direito de se arrogar a posse exclusiva de uma parte desses bens. A administração desses bens deve ser entregue a pessoas que tenham maior capacidade, e sobretudo maior espírito de desapego, mas o usufruto dos bens deve reverter sempre em prol da humanidade como tal. Se os homens se considerassem administradores, em vez de possuidores, dos bens materiais, seria proclamado o reino de Deus sobre a face da terra; cessariam guerras, explorações, brigas, roubos, assassinatos, etc. ―A cobiça é a raiz de todos os males‖, dizem os livros sacros. *</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">Esse conceito de administração, em vez de propriedade, é um simples e espontâneo corolário da realização crística do homem. Em face do nascimento do sol do ser empalidecem todas as estrelas noturnas do ter. O homem crístico sente intuitivamente a total incompatibilidade entre o ―ser discípulo do Cristo‖, e ―possuir bens terrenos‖. Essa alternativa representa para ele um dilema de lógica inexorável: ou isto — ou aquilo! Uma vez que ele conhece a sua sublime dignidade em Cristo Jesus, como poderia, ainda, degradar-se ao ponto de colocar a mão, pesadamente, sobre algum pedaço de matéria morta e declarar enfaticamente: ―Isto aqui é meu, e de mais ninguém!‖? Semelhante atitude lhe pareceria tão incrívelmente ridícula e vergonhosa que ele não a perdoaria a si mesmo.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">E se, pela força das circunstâncias, esse homem for obrigado a assinar em cartório com firma reconhecida, algum documento de propriedade, tem ele plena consciência de que esse instrumento de posse vigora apenas no plano horizontal das pobres relações legais e jurídicas, mas que nada significa na zona vertical da sua atitude espiritual e ética, perante Deus e seus irmãos humanos; esse homem sabe que, a despeito do que ele assinou sobre as infalíveis estampilhas, testemunhas da humana desconfiança e inconfidência, continua a não ser dono e proprietário de coisa alguma. Também, como poderia um genuíno discípulo do Cristo declarar de boa-fé ―este objeto me pertence‖, quando ele mesmo já não se pertence, uma vez que pertence a Deus e à humanidade? Como apropriar-se de um objeto, se ele já desapropriou o próprio sujeito? Com o voluntário naufrágio do meu falso eu, do ego personal, naufragaram, também, todos os bens que eu chamava falsamente meus.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">A idéia do meu nasceu com a idéia do eu; quando esse eu morre morrem necessariamente todas as ilusões relacionadas com o meu. O EU verdadeiro, divino, nada sabe de meus, porque o zênite do ser provoca o nadir do ter: quem tudo é, nada tem; a intensa luminosidade do ser aniquila todas as trevas do ter. Quem de fato é discípulo do Cristo nada tem nem quer ter, para si mesmo, embora possa prestar-se para administrador de uma parte dos bens de Deus em prol de seus irmãos.66O que eu considero meu só tem função enquanto ainda vive em mim a noção do eu físico-mental; no momento em que o meu pequeno eu personal se afogar nas profundezas do TU divino e no vasto NÓS da humanidade, deixa esse conceito de meu ter razão de ser; é como um objeto suspenso no vácuo, depois que lhe foi subtraído o sujeito de inerência que lhe servia de base e substrato. Por isso, o homem que atingiu a plenitude do seu ser, pelo despontar da consciência cósmica; perde toda a noção de posse e propriedade.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">Nada adquire e nada perde. O fluxo e refluxo incerto de lucros e perdas deixou de existir para ele, e com isto foi eliminada a fonte principal da inquietação que atormenta os profanos. Nada possui que o mundo lhe possa tirar, e nada deseja possuir que o mundo lhe possa dar. Entretanto, se as circunstâncias terrenas o nomearam administrador do patrimônio de Deus e da humanidade, esse homem administra com a máxima solicitude essa parcela do patrimônio terrestre universal.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">Pela mesma razão , o homem que se despojou dos teres pela maturação do ser não experimenta a menor dificuldade nem tristeza em passar a outras mãos a gestão dos negócios temporários que lhe foi confiada. O grande industrial norte-americano R. G. Le Tourneau, fabricante de possantes máquinas de terraplenagem, mandou colocar sobre a entrada de uma das suas fábricas o seguinte letreiro: ―Não digas: Quanto do meu dinheiro dou a Deus? Dize antes: Quanto do dinheiro de Deus guardo para mim?‖ Esse homem descobriu que nós não temos dinheiro algum, mas que todas as coisas do mundo são de Deus; entretanto, pode o administrador dos bens de Deus tirar para si uma pequena ―comissão‖. Le Tourneau, no princípio, tirava uma comissão de 90% para si, dando 10% a Deus, para fins de altruísmo e religião; hoje inverteu as quotas, dando 90% a Deus e guardando 10% para si. Entretanto, mesmo esses 10% Le Tourneau não se considera proprietário, senão apenas administrador, porque, também, este dinheiro pertence a Deus e à humanidade. ―Quem não renunciar a tudo que tem não pode ser meu discí</span></strong></p> QUANDO JEJUARES, LAVA O ROSTO E UNGE A CABEÇA - PARTE 17tag:anjodeluz.ning.com,2011-09-16:867289:Topic:24300272011-09-16T23:22:44.902ZSONIA GOMEShttps://anjodeluz.ning.com/profile/SONIAGOMES
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<p><strong><span class="font-size-5">A mais fascinante poesia do homem plenamente cristificado consiste em fazer com leveza as coisas pesadas, — com facilidade as coisas difíceis, — com suavidade as coisas amargas, — com alegria as coisas…</span></strong></p>
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<p><a target="_self" href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89602308?profile=original"></a><a target="_self" href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89602274?profile=original"><img class="align-full" width="310" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89602274?profile=original"/></a><br/></p>
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<p><strong><span class="font-size-5">A mais fascinante poesia do homem plenamente cristificado consiste em fazer com leveza as coisas pesadas, — com facilidade as coisas difíceis, — com suavidade as coisas amargas, — com alegria as coisas tristes, — com sorridência as coisas dolorosas. O homem bom asceticamente bom, eticamente virtuoso, faz pesadamente as coisas pesadas, tristemente as coisas tristes, dificilmente as coisas difíceis, amargamente as coisas amargas, e assim por diante. Nisto há verdade e bondade, mas, não há beleza e poesia. A suprema perfeição do homem crístico é uma verdade revestida de beleza. A vida do homem plenamente cristificado é comparável à máquina de aço de lei, que funciona com absoluta precisão e infalibilidade, mas o seu funcionamento é leve como a luz, silencioso como a trajetória dos astros, espontâneo como o amor, sorridente como um arco-íris sobre vastos dilúvios de lágrimas.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">O homem totalmente profano não pratica as coisas boas, procura evitá-las e ser alegremente mau. O homem semi-espiritual, simplesmente cristão e virtuoso, pratica o bem, mas com gemidos e dor; ser bom é, para ele, carregar a cruz, cumprir heroicamente o imperativo categórico do dever. O homem plenamente espiritual, cristico, entrou na zona da suprema sabedoria, que é leve e luminosa, espontânea e radiante. Ele é, de fato, a ―luz do mundo‖, é como esse sol de estupendo poder e de inefável suavidade, esse sol que lança pelos espaços as esferas gigantescas — mas sua luz não quebra a delgada lâmina de uma vidraça que penetra, nem ofende a delicadeza de uma pétala de flor que beija silenciosamente.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">O homem crístico é como o sol, suavemente poderoso, poderosamente suave. É poderoso — mas não exibe poder. É puro — mas não vocifera contra os impuros. Adora o que é sagrado — mas sem fanatismo. É amigo de servir — mas sem servilismo. Ama — sem importunar a ninguém. Vive alegre — com grande compostura. Sofre — sem amargura. Goza — sem profanidade. Ama a solidão — sem detestar a sociedade É disciplinado — sem fazer disto um culto. Jejua — mas não desfigura o rosto para mostrar a vacuidade do estômago. Pratica abstinência de muitas coisas — sem fazer disto uma lei ou mania. É um herói — mas ignora qualquer complexo de heroísmo. É virtuoso — mas não é vitima da obsessão de virtuosidade.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">Trabalha intensamente, com alegria e entusiasmo — mas renuncia serenamente, a cada momento, aos frutos do seu trabalho. Assim é o homem que se tornou ―luz do mundo‖. *62Mas, como pode um homem fazer hoje, por um querer espontâneo, o que ontem só fazia por um dever compulsório? Como pode jejuar com alegria, hoje, de rosto em festa, quando ontem só jejuava com tristeza, de rosto desfigurado? Que foi que lhe aconteceu entre esse hoje e aquele ontem? Entre esse jubiloso querer de hoje e aquele doloroso dever de ontem? Algo de estranho e de grande deve ter acontecido... Sim, aconteceu-lhe algo de estranho e de grande — aconteceu-lhe a coisa maior do universo que pode acontecer a um ser mortal — aconteceu-lhe a graça divina de uma grande, vasta e profunda compreensão de si mesmo, do Deus nele, do seu Cristo interno. Esse homem superou a velha ilusão de que ―ser bom‖ seja necessariamente ―ser sofredor‖. Certamente, ser bom é cruz e sacrifício no seu estágio inicial, e por isto o homem bom é, geralmente, um sofredor. Mas ser bom, no seu estágio final, não é sofrimento, é gozo e felicidade.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">Se a vontade de Deus pode e deve ser feita ―assim na terra como nos céus‖, e se, nos céus, essa vontade divina é feita com imensa alegria e felicidade, é certo que, segundo as palavras do divino Mestre, a vontade de Deus também pode ser cumprida, aqui na terra, com alegria e felicidade, O homem terrestre também pode ser jubilosa-mente bom, a sua mais pura felicidade pode consistir em ser bom.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">A compreensão é uma misteriosa alquimia, transmuta o caráter doloroso do ser bom em algo gozoso. O doloroso provém da personalidade do ego, ainda não plenamente integrada na divina individualidade do Eu; mas, uma vez que o pequeno ego humano se integrou no grande Eu divino assume o fenômeno do sofrimento caráter totalmente diverso daquele que tinha antes. A dolência acaba em delícia. O sacrifício perde o seu caráter habitual de dolorosidade e se reveste do caráter da sacralidade. Sacrifício vem de sacrumfacere, fazer coisa sagrada. Ora, a coisa mais sagrada que existe é o amor. Por isto, o sacrifício assumido por amor é sacrum, coisa sagrada, é um ato litúrgico. * Que semelhante alquimia seja possível, di-lo claramente o divino Mestre: ―Meu jugo é suave e meu peso é leve.‖ Di-lo também o seu grande discípulo Paulo de Tarso: ―Eu transbordo de júbilo no meio de todas as minhas tribulações.‖ Afirma-o, também, um dos modernos discípulos do Cristo, Mahatma Gandhi: ―Nada tenho que perdoar a ninguém, porque nunca ninguém me ofendeu.‖ É esta a suprema perfeição do homem crístico: praticar c dever austero da Verdade com a leve e luminosa poesia do querer espontâneo.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">NOTA: A oração dominical, ou Pai-nosso, que fez parte do Sermão da Montanha, não está incluída neste volume, porque dele tratamos, explicitamente em nossa obra A Metafísica do Cristianismo, Editora Martin Claret.</span></strong></p> AMAI OS VOSSOS INIMIGOS - 15 PARTEtag:anjodeluz.ning.com,2011-08-17:867289:Topic:22287362011-08-17T18:14:37.098ZSONIA GOMEShttps://anjodeluz.ning.com/profile/SONIAGOMES
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<p class="Default"><b> <a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89590883?profile=original" target="_self"><img class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89590883?profile=original" width="640"></img></a></b></p>
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<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">“Amai os Vossos Inimigos” É dos tópicos evangélicos mais repetidos no mundo cristão — e de todos o menos praticado. E a razão última e mais profunda dessa falta de prática do amor aos inimigos nasce de uma falsa…</span></strong></p>
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<p class="Default"><b> <a target="_self" href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89590883?profile=original"><img class="align-full" width="640" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89590883?profile=original"/></a></b></p>
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<p class="Default"> </p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">“Amai os Vossos Inimigos” É dos tópicos evangélicos mais repetidos no mundo cristão — e de todos o menos praticado. E a razão última e mais profunda dessa falta de prática do amor aos inimigos nasce de uma falsa compreensão dessas palavras do Mestre. A imensa maioria dos cristãos julga tratar-se aqui de um imperativo categórico do dever compulsório, quando, de fato, se trata de um ato de querer espontâneo; não do heroismo de uma virtude ética, e sim da evidência de uma sabedoria cósmica. naturalmente, para que o dever compulsório da virtude possa converter-se no querer espontâneo da sabedoria, terá de acontecer algo de imensamente grande entre esse doloroso dever de ontem e esse glorioso querer de hoje. Que é que deve acontecer entre esses dois pólos adversos? Deve acontecer uma grande compreensão. É sabido que tudo que é difícil não tem garantia de perpetuidade — mas tudo que é fácil tem sólida garantia de indefectível continuidade. Enquanto o ―amor aos inimigos‖ se nos apresentar como um dificultoso dever compulsório, uma virtude ou virtuosidade, é claro que não temos a menor garantia de que vamos amar nossos inimigos, amanhã e depois, mesmo que talvez hoje os amemos. Só quando o dificultoso dever compulsório se transformar num jubiloso querer espontâneo, e quando a virtude passar a ser sabedoria e profunda compreensão da realidade, é que o nosso amor aos inimigos deixará de ser um fenômeno intermitente, passando a ser uma realidade permanente. Estas palavras de Jesus não têm, pois, em primeiro lugar, caráter ético, mas sim um sentido metafísico, visando estabelecer a solidariedade cósmica através da sabedoria da compreensão. Exemplifiquemos. Alguém é meu inimigo, e eu sou inimigo dele. Estamos ambos no plano negativo, nas trevas, ele, e eu. Alguém é meu inimigo, mas eu não sou inimigo, e sim amigo dele; neste caso, ele está na zona negativa das trevas, mas eu estou na zona positiva da luz. Ora, como a luz sempre atua positivamente, rumo à construção, e as trevas atuam negativamente, rumo à destruição, é certo que, no caso de um encontro mútuo entre a luz e as trevas, o positivo eliminará o negativo, e não vice-versa. ―A luz brilha nas trevas, mas as trevas não a prenderam‖ (extinguiram). O preceito de amar nossos inimigos é, pois, antes de tudo, um postulado de caráter metafísico, único capaz de estabelecer solidariedade cósmica. Sendo eu de vibração positiva, filho da luz, posso ajudar a quem é negativo, filho das trevas. Se eu não for positivo, nada poderei fazer em benefício do meu semelhante negativo, porque ambos estamos no mesmo plano negativo, fraco, inerte. Mesmo no caso em que eu não tenha ódio real a meu inimigo, não o posso ajudar eficazmente, porque sou neutro e fraco; só no caso em que eu seja realmente positivo, pelo amor, é que posso ajudar a quem está no ódio, contrapondo uma ―violência espiritual a uma violência material‖, no dizer de Mahatma Gandhi. Se odeio a quem me odeia, acrescento negativo a negativo, aumentando as trevas do mundo. 57</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Se deixo de odiar a quem me odeia, não aumento os fatores negativos, mas, também, não destruo o que já existe, deixando as trevas no statuo quo. Se amo a quem me odeia, neutralizo o negativo do meu inimigo com o meu positivo, eliminando assim as trevas e dando vitória à luz. E este o único modo eficiente de tornar o mundo melhor: substituir as trevas negativas do ódio pela luz positiva do amor. O Sermão da Montanha, a filosofia da Bhagavad Gita, a sabedoria do Tao Te Ching, a vida de Gandhi e de todos os grandes iluminados, estão baseados nesta matemática espiritual. ―Um único homem que tenha chegado à plenitude do amor neutraliza o ódio de milhões.‖ (Mahatma Gandhi.) * Acresce outro fator importante. Quando odeio a quem me odeia, não apenas aumento as trevas em que ele está, mas, também, aumento as minhas próprias trevas, direta e indiretamente. Diretamente, pelo próprio ódio que produzo em mim, como vimos, e indiretamente porque todo pensamento, sobretudo quando transformado em atitude permanente, produz vibrações de certa categoria; e estas vibrações, segundo uma lei cósmica inexorável, demandam automaticamente aquela zona onde encontram afinidade vibratória: vibrações negativas associam-se a vibrações negativas, vibrações positivas vão em busca de vibrações positivas, no mundo da humanidade, e até dos seres infra-humanos. Nesse mergulho no mundo das vibrações, os meus pensamentos, em marcha, são saturados dos elementos, negativos ou positivos, conforme sua natureza e afinidade, que encontrarem no ambiente, e, carregados dessas vibrações, os meus pensamentos voltam a mim, porqüanto os meus pensamentos, por mais transcendentes que pareçam e distantes de mim, estão sempre imanentes em mim, inseparavelmente unidos à sua causa e fonte, e a natureza da sua saturação se refletirá necessariamente sobre seu emissor. Se, por exemplo, é emitido por mim um pensamento de ódio ou malquerença com 10 graus de negatividade e encontrando lá fora um ambiente carregado com 20 graus negativos, este pensamento de ódio volte a mim saturado de 20 graus de negatividade ou malquerença, duplicando, portanto, o meu próprio estado negativo, e fazendo-me duas vezes pior do que eu era antes. ―Cada um colherá conforme o que tiver semeado.‖ ―Quem ventos se-meia, tempestades colherá.‖ É de todo indiferente que a pessoa por mim odiada ‗‗mereça‘‘ ou ‗‗não mereça‖ o meu ódio; em qualquer hipótese, eu contribuo para tornar o mundo pior, porque me tornei pior a mim mesmo, parte integrante deste mundo. Eu, o sujeito e autor do meu ato, sou atingido pelo efeito do mesmo, muito antes que o objeto seja atingido. Ninguém pode atingir o objeto antes de atingir o sujeito. O mal que faço, ou procuro fazer a algum outro, me atinge a mim mesmo em primeiro lugar, e fere o sujeito de um modo muito mais grave do que possa ferir o objeto. ―O que entra no homem não torna o homem impuro, mas o que sai do homem, isto sim, torna o homem impuro.‖ O mal que os outros me fazem não me faz mal, porque não me faz mau. Antes que o mal faça mal a outros, já fez mal ao malfeitor, porque o fez mau. Não é certo que o objeto seja atingido por meu mal, mas é absolutamente certo que o sujeito é atingido por ele. 58</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">Esse impacto do meu pensamento sobre os objetos ou pessoas é, antes de tudo, sobre o meu próprio sujeito, é tanto mais veemente e destruidor, quanto maior for a vibração emocional de que o pensamento está saturado. Amar seus inimigos é, pois, um preceito de sabedoria cósmica, porque promove a auto-realização do homem a sua verdadeira cristificação</span></strong></p> QUANDO ALGUÉM TE FERIR NA FACE DIREITA, APRESENTA-LHE TAMBÉM A OUTRA - 14 PARTEtag:anjodeluz.ning.com,2011-08-17:867289:Topic:22288962011-08-17T18:10:03.804ZSONIA GOMEShttps://anjodeluz.ning.com/profile/SONIAGOMES
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<p class="Default"><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89590944?profile=original" target="_self"><img class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89590944?profile=RESIZE_1024x1024" width="750"></img></a></p>
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<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><span class="font-size-7"><font size="3"><span style="font-size: 13px;">QU</span></font></span>ando Alguém te Ferir na Face Direita,…</span></strong></p>
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<p class="Default"><a target="_self" href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89590944?profile=original"><img class="align-full" width="750" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89590944?profile=RESIZE_1024x1024"/></a></p>
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<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><span class="font-size-7"><font size="3"><span style="font-size: 13px;">QU</span></font></span>ando Alguém te Ferir na Face Direita, Apresenta-lhe Também a Outra”</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">E prossegue o divino Mestre: ―Se alguém te roubar a túnica cede-lhe também a capa! Se alguém te obrigar a andar com ele mil passos, vai com ele dois mil! Se alguém te pede que lhe emprestes algo, não lhe voltes as costas!‖ O que aos profanos totais parece covardia e absurdidade, o que aos semiprofanos parece extraordinário heroismo e virtuosidade, é, para o verdadeiro iniciado no espírito do Cristo, algo inteiramente natural e evidente. Aqui atinge o Sermão da Montanha um como clímax. Não se trata de praticar uma série de atos virtuosos externos, como parece á primeira vista — trata-se, sim, de crear dentro de si uma atitude, um clima, uma atmosfera permanente, a qual, de vez em quando, oportunamente, se revele em algum desses atos externos, transitôrios. Uma vez que o ―agir segue ao ser‖, e natural que um novo ser interno se manifeste num novo agir externo; mas, o principal não é esse agir, o qual, sem o seu correspondente ser, será sempre algo sacrificial e artificial meramente moral e não profundamente místico como é a alma do reino de Deus. O verdadeiro Cristianismo não éapenas um sistema ético de agir virtuosamente —é um novo modo de ser ontologicamente, uma completa e total transformação do indivíduo humano. Esse novo ―modo de ser‖, certamente, supõe uma série de ―atos de agir‖, mas essa série de atos, embora necessários, não são suficientes para produzir essa atitude, esse ser. Os atos éticos são condição, mas não são causa dessa nova atitude crística. São necessários, mas não são suficientes para crear essa ―nova creatura em Cristo‖, a qual, em última análise, é um carisma, um dom da graça divina. Ninguém pode merecer, causar, a graça; se assim fosse, ela não seria graça, que é de graça. Tudo que é merecido épequeno — o que é de graça é grande. O valor do homem não está naquilo que ele fez ou diz, externa e transitoriamente — mas está naquilo que ele é, interna e permanentemente. O externo e transitório é condição necessária, mas não é causa suficiente do interno e permanente. Causa suficiente é só o poder ou a graça de Deus. Em última análise, a ―nova creatura em Cristo‖ é filtra de um novo fiat lux da onipotência creadora de Deus. Para que esse fiat lux possa ser proferido sobre as trevas abismais do ego humano, deve este ser receptivo, faminto, devidamente evacuado de si para poder ser plenificado por Deus — isto é condição preliminar necessária para que a causa divina possa agir. Que alguém ofereça, de fato, a outra face a quem o feriu em uma, ou ceda a capa a quem lhe roubou a túnica, é de somenos importância e depende das circunstâncias do momento —mas que ele mantenha em si essa firme e constante atitude de benevolência e beneficência, isto sim é importante e decisivo. E no momento dado, essa atitude interna também se revelara em atos externos. ―O agir segue ao ser.‖ Os atos externos mencionados por Jesus, no Sermão da Montanha, são o transbordamenty natural e irresistível de uma poderosa atitude interna e permanente; hrotam espontaneamente do tronco robusto de um novo ser, em forma de flores e frutos naturais de um novo fazer e dizer.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Isso, porém, supõe uma total transformação interior do homem, o 54</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">cruzamento de uma fronteira invisível e decisiva, a transição irrevogável do velho ego luciférico para o novo Eu crÍstico. O velho ego, antes de tudo, quer receber e ser servido — o novo Eu quer dar e servir. O velho ego sente-se facilmente ofendido, preterido, vulnerado por bofetadas, roubos, exigência de serviço indébito, pedido de empréstimo de dinheiro sem juros, por qualquer olhar ou palavra de desprezo, e, obediente à lei escravizante de ação e reação, de causa e efeito, revida ofensas, vinga injúrias, afirma a sua propriedade individual, acha covardja não ofender o ofensor, e valentia pagar mal por mal —por que tudo isto? Porque o pequeno ego, precisamente por ser pequeno e fraco, é escravo e vítima permanente duma tirania da qual não consegue emancipar-se sobretudo porque essa escravidão é chamada ―Liberdade‖. Quem chama saúde a doença não pode ser curado; o primeiro passo para a cura é reconhecer a doença como doença. O primeiro passo para ser libertado da escravidão do ego é reconhecer essa escravidão como escravidão. O Sermão da Montanha oferece ao homem a chave para abrir a sua velha prisão e entrar na ―gloriosa liberdade dos filhos de Deus‖ — mas depende do próprio homem dar meia volta à chave, para abrir a porta — ou para continuar preso. O novo Eu crístico nada sabe de ofensas, injúrias, desprezos, propriedade individual, direitos, porque ele é todo invulnerável, livre, imune; nenhum fator externo lhe pode fazer mal, porque não o pode fazer mau. Em uma série de luminosas contraposições, frisa o Nazareno a derrota do pequeno ego humano e a vitória do grande Eu divino, isto é, a total auto-realização ou cristificaçào do homem. Quem não cruzou essa misteriosa fronteira que medeia entre o pequeno mundo do ego e o vasto universo do Eu, ou não é capaz de praticar esses atos de gloriosa libertação, ou quando, por exceção, consegue praticar algum deles, logo se sente como um herói, como algum ―super‖, porque esse ato ―virtuoso‖ destoa da sua atitude habitual, e, por isto, lhe parece algo notável e extraordinário. Enquanto o homem vê nesses atos um heroismo, uma virtude, algo de excepcional, não creou ainda a competente atitude, não cruzou ainda a misteriosa fronteira entre o ego luciférico e o Eu crístico; não é ainda um verdadeiro iniciado, mas, na melhor das hipóteses, um profano de boa vontade. Não é o simples ―querer‖ que decide — todos os profanos de boa vontade querem — mas é um novo ―poder‖. Muitos podem querer — poucos podem poder. Para que alguém possa, não só querer, mas, também poder, é indispensável que tenha recebido uma vida nova, que tenha renascido pelo espírito, que tenha tido a suprema revelação do seu eterno ―ser divino‖ — o seu misterioso ―eu e o Pai somos um‖, ou, em sânscrito: tat twam asi (isto, Brahman, és tu). Essa grande revelação da Verdade sobre si mesmo crea no homem a força do poder, uma nova atitude permanente, um novo modo de ser.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Verdade é que todo homem, em virtude da sua natureza humana, da sua ―alma naturalmente crística‖, era sempre essa ―nova creatura em Cristo‖, mas não o era explicitamente, senão, apenas, implicitamente; essa ―nova creatura em Cristo‖ estava nele em estado latente, embrionário, meramente potencial; estava concebida e andava como que em gestação, mais ou menos adiantada ou atrasada, mas não havia nascido, ainda atualmente. Em todos os homens existe o Cristo potencial — a ―luz verdadeira que ilumina a todo homem que 55</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">vem a este mundo‖ — mas, enquanto esse Cristo potencial não passar a ser o Cristo atual, podem esses homens querer o bem , mas não o podem realizar; neles está como escreve Paulo de Tarso, o ―querer o bem‖, mas não está o ―poder o bem‖. Essa transição do débil ―querer‖ para o vigoroso ―poder‖ é um carisma inexplicável, uma graça divina que ninguém pode merecer, embora todos possam e devam preparar o ambiente e crear um clima propício para que essa graça venha. Esse carisma é algo que nos ―acontece‖ de fora, mas que o homem não ―produz‖ de dentro de si, do séu ego. Esse ―acontecer‖ da graça brota das eternas e ignotas profundezas de Deus — do Deus transcendente, que é o Deus imanente; mas não vem das periferias superficiais do pequeno ego consciente. * Quando o homem consegue cruzar essa misteriosa fronteira, do pequeno ego humano para o grande Eu divino, então toda a vida dele se transforma e ilumina com inefável força e claridade. Então entra ele num novo céu e em uma nova terra. Então vive ele o seu céu aqui mesmo, aqui, agora, e para sempre, e por toda a parte — e o seu inferno não existe mais em parte alguma. Então nada mais o entristece, o molesta, o ofende, o perturba. Então, está ele, definitivamente liberto pela Verdade, e essa libertação é a sua suprema felicidade. O que aos profanos, de má vontade, parece absurdo, o que aos profanos, de boa vontade, parece doloroso sacrifício e virtude heróica — e para os verdadeiros iniciados espontânea facilidade e suprema beatitude... O Sermão da Montanha é a chave da grande e definitiva libertação do homem. E a última palavra sacra de toda a iniciação esotérica e mística dos candidatos à verdadeira sabedoria e experiência cósmica. O Sermão da Montanha é um convite para a morte e para a ressurreição, para o ocaso do ego luciférico e para a alvorada do Eu Crístico... Aceitar esse convite é vida eterna — rejeitálo é morte eterna... Aqui se bifurcam os caminhos da humanidade... Aqui se digladiam, em dramático duelo, as duas maiores potências do Universo — Lúcifer e Lógos, a magia mental do velho ego, e a sabedoria espiritual do novo Eu... Aqui se alarga o campo da grande tentação, em pleno deserto — entre a política telúrica do tentador: ―Eu te darei todos os reinos do mundo e sua glória‖ — e a sapiência cósmica do tentado: ―O meu reino não é deste mundo‖. No Everest do Sermão da Montanha se vê todo o indivíduo humano colocado na grande encruzilhada entre o ―querer ser servido‖ do velho ego luciférico — e o ―querer servir‖ do novo Eu cristico... A escolha é livre — mas as conseqüências da escolha obedecem a uma lei inexorável... A alternativa suprema e última é esta: VIDA — ou MORTE...</span></strong></p>
<p> </p> NÃO REGISTRAIS AO MALIGNO - 13 PARTEtag:anjodeluz.ning.com,2011-08-11:867289:Topic:21887142011-08-11T18:59:07.720ZSONIA GOMEShttps://anjodeluz.ning.com/profile/SONIAGOMES
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<p class="Default"><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89588706?profile=original" target="_self"><img class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89588706?profile=RESIZE_1024x1024" width="750"></img></a></p>
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<p class="Default"><span class="font-size-5">“Não Resistais ao Maligno!” É esta, certamente, uma das palavras mais enigmáticas do Nazareno, das menos compreendidas, e ainda menos praticadas, sobretudo no ocidente cristão essencialmente…</span></p>
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<p class="Default"><a target="_self" href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89588706?profile=original"><img class="align-full" width="750" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89588706?profile=RESIZE_1024x1024"/></a></p>
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<p class="Default"><span class="font-size-5">“Não Resistais ao Maligno!” É esta, certamente, uma das palavras mais enigmáticas do Nazareno, das menos compreendidas, e ainda menos praticadas, sobretudo no ocidente cristão essencialmente violentista. No número de abril de 1959, da célebre revista mensal Stimmen der Zeit, dos padres jesuítas alemães, aparece um artigo, da autoria do jesuíta P. Hirschmann, provando que a guerra atômica pode ser lícita, no caso em que seja necessária para salvar o Cristianismo sobre a face da terra. No mesmo sentido escreve o jesuíta P. Gundlach, que foi conselheiro espiritual do Papa Pio 12º, afirmando que a guerra atômica, e mesmo a extirpação de um povo inteiro (naturalmente a Rússia!) é não somente lícita, mas pode até ser dever de consciência no caso em que esse povo seja um impedimento para o triunfo do Cristianismo. O que inspira semelhantes monstruosidades, oficialmente aprovadas pela respectiva igreja, é a clamorosa confusão entre ―Cristianismo‖ e ―Cristo‖. Por ―Cristianismo‖ entendem esses autores uma determinada organização eclesiástica, engendrada, através dos séculos, por hábeis teólogos e devidamente codificada pelos chefes hierárquicos dessa sociedade eclesiástica. A fim de preservar da destruição essa organização político-financeiro-clerical apregoam esses homens a liceidade da destruição do espírito do Cristo, que em hipótese alguma aprovaria a morte de um único ser humano, menos ainda a extinção de muitos milhões de inocentes, a fim de salvar o reino de Deus. Como se pode salvar o verdadeiro Cristianismo, que é o reino de Deus, destruindo-o radicalmente pela matança em massa? Por onde se vê que esses doutores em teologia eclesiástica são perfeitos analfabetos na suprema sabedoria do Sermão da Montanha, e do Evangelho do Cristo em geral. O gentio Mahatma Gandhi, não permitindo a morte de um só homem para libertar a Índia, compreendia mil vezes melhor o espírito do Cristo do que esses chamados ―cristãos‖, razão por que declarava a todos os missionários do ocidente que procuravam convertê-lo ao Cristianismo: ―Aceito o Cristo e seu Evangelho — não aceito o vosso Cristianismo.‖ * ―Não resistais ao maligno!‖...</span></p>
<p class="Default"><span class="font-size-5">Nenhuma igreja, nenhum Estado cristão aceitou, até hoje, essa doutrina do divino Mestre. Todos praticam violência, por sinal que todas as sociedades, civis e eclesiásticas, se guiam, até hoje, pela lei do talião, estabelecida por Moisés, ―olho por olho, dente por dente‖. Aliás, parece mesmo que uma sociedade organizada não pode guiar-se pelo espírito do Evangelho do Cristo, porque qualquer sociedade organizada é baseada sobre o egoísmo, que aprova à violência; parece que só um indivíduo pode ser realmente crístico, não violentista. A sociedade tem determinados estatutos, leis, parágrafos jurídicos, que implicam sanção, isto é, violência, punição aos infratores dos estatutos jurídicos da sociedade. Sendo que toda a sociedade é produto da inteligência e a inteligência é, essencialmente, egoísta, não pode haver uma sociedade não-egoísta, não-violentista. Se Mahatma Gandhi conseguiu libertar 51</span></p>
<p class="Default"><span class="font-size-5">a India com ahimsa (não-violência) foi unicamente porque, ao redor dele, havia numerosos indivíduos firmemente alicerçados na mesma verdade, como concebeu o próprio Presidente Nehru, e não porque a sociedade como tal se guiasse pelo princípio altruísta da ahimsa. Toda e qualquer sociedade, como sociedade, pratica necessariamente himsa (violência), sob pena de se destruir a si mesma, não fazendo valer as suas leis; só um indivíduo pode praticar ahimsa, não pagando mal com mal, mas pagando o mal com o bem, amando aos que o odeiam. ―Não resistir ao maligno‖ é, pois, uma ordem que visa diretamente o indivíduo em vias de cristificação. Uma sociedade, sendo fundamentalmente egoísta, nunca pode ser crística, embora possa dizer-se cristã, isto é, egoísta envernizada de Cristianismo. Nenhuma sociedade organizada pode abrir mão dos seus ―direitos‖, sob pena de cometer suicídio, ela só existe em virtude dos seus ―direitos‖; o direito, porém, é uma forma de egoísmo, e egoísmo gera violência. Só se a sociedade abdicasse dos seus ―direitos‖, tudo endireitaria; mas, enquanto ela faz valer os seus ―direitos‖, tudo está torto. O contrário do ―direito‖ é a ―justiça‖, que épraticamente idêntica ao amor. A ―justiça‖, no sentido bíblico, é invariavelmente a ―justeza‖, o perfeito ―ajustamento‖, a harmonia entre o indivíduo e o Universal, entre o homem e Deus, entre a creatura finita e o Creador Infinito. Essa justiça, porém, é o perfeito amor, como aparece no ―primeiro e maior de todos os mandamentos‖, enunciado por Jesus. No frontispício do Fórum da cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, se acham gravadas estas palavras do jurista-filósofo Cícero: Summum jus —Summa injuria (o supremo direito é a suprema injustiça). Quem reclama todos os seus direitos pessoais, age em nome de seu ego, que é necessaria-mente egoísta; mas quem pratica a justiça, age em nome da Constituição Cósmica do Universo, age em nome da própria alma do Universo, que é Deus; age, em nome do amor cósmico, que é a voz do divino Eu no homem. Quem apela para seus ―direitos‖ age em nome do ego, que é violentista. Quem apela para a ―justiça‖ age em nome do Eu, que não é violentista. ―Não resistir ao maligno‖ é, pois, um apelo para o divino Eu no homem, e não para seu humano ego. * Há, na legislação mosaica, uma matemática estranha: supõe que uma violência se neutralize com outra violência. Se alguém me arranca um olho ou quebra um dente, e eu lhe arrancar também um olho e quebrar um dente, estamos quites; porque cobrei do meu devedor uma divida em aberto. Na realidade, porém, não estamos quites, nem eu nem ele, porque um negativo dele mais um negativo meu dão dois negativos; quer dizer que nós dois meu ofensor e eu, ofensor dele, criamos dois males no mundo; e, como a segunda ofensa exige uma terceira, da parte dele, e essa reclama uma quarta ofensa, da minha parte, e assim por diante, numa indefinida ―reação em cadeia‖ — é claro que nós dois, o ofensor de lá e o ofensor de cá, vamos piorando o mundo cada vez mais, enchendo-o de negativos e mais negativos.</span></p>
<p class="Default"><span class="font-size-5">Contra essa falsa matemática de Moisés opõe Jesus a verdadeira matemática, absolutamente lógica e racional, afirmando que o negativo (mal) 52</span></p>
<p><span class="font-size-5">só se neutraliza pelo positivo (bem), e que o único modo de melhorar o mundo e a humanidade é pelo processo de: 1) não resistir ao mal; 2) de opor o bem ao mal. O meu positivo oposto ao negativo do meu ofensor neutraliza esse negativo, e o resultado ézero; mas, se eu opuser ao negativo do ofensor não apenas um positivo (um bem), porém, muitos —digamos 10 — neste caso não somente neutralizei o negativo (mal) dele, mas ainda há um superavit de positivos, isto é, enriqueci a humanidade de bens positivos. Mahatma Gandhi — precisamente por ser mahatma, ―grande alma‖ — compreendeu e praticava admiravelmente essa matemática espiritual do Evan-gelho do Cristo, dando à não-resistência o nome sânscrito de ahimsa e à política benevolência para com o ofensor o nome de satyagraha (apego à verdade), ou seja amor, justiça cósmica. Naturalmente, para que alguém possa praticar essa não-violência e essa benevolência, tem de passar por uma profunda experiência mística sobre a sua verdadeira natureza, e não se identificar com seu ego físico-mental-</span></p> NÃO JUREIS DE FORMA ALGUMA - 12 PARTEtag:anjodeluz.ning.com,2011-08-11:867289:Topic:21876552011-08-11T18:55:13.447ZSONIA GOMEShttps://anjodeluz.ning.com/profile/SONIAGOMES
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<p class="Default"><b> <a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89588664?profile=original" target="_self"><img class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89588664?profile=original" width="400"></img></a></b></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">“Não Jureis de Forma Alguma!” ―Seja o vosso modo de falar um simples sim, um simples não — o que passa daí vem do mal.‖ Quão profunda sabedoria em tão poucas palavras! Aprendi no Catecismo que não se deve jurar falso nem em vão; mas que o juramento sério e…</span></strong></p>
<p class="Default"><b><br/></b></p>
<p class="Default"><b> <a target="_self" href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89588664?profile=original"><img class="align-full" width="400" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89588664?profile=original"/></a></b></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">“Não Jureis de Forma Alguma!” ―Seja o vosso modo de falar um simples sim, um simples não — o que passa daí vem do mal.‖ Quão profunda sabedoria em tão poucas palavras! Aprendi no Catecismo que não se deve jurar falso nem em vão; mas que o juramento sério e verdadeiro é bom e pode até ser necessário. Tenho em meu poder uma Bíblia, publicada com a devida aprovação eclesiástica, que, depois das palavras ―não jureis de forma alguma‖, acrescenta em parênteses as seguintes palavras restritivas, do tradutor: ―se não for necessário‖, inutilizando assim a proibição categórica do Cristo e adulterando o Evangelho pela teologia.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Tudo que passa de um simples sim e de um simples não vem do mal, inclusive o juramento, tanto falso como verdadeiro, porque ele nunca é necessário. Em última análise, todo e qualquer juramento provém do mal, porque supõe algo mau. O juramento foi introduzido na vida social da humanidade por causa da desconfiança e inconfidência que, em geral, reinam entre os homens. Uns mentem aos outros. E, quando alguém fala a verdade, ninguém acredita, de tão geral que é o hábito de mentir.</span></strong></p>
<p class="Default"> </p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Por isso no intuito de corroborar a verdade de uma afirmação, exigem os homens, que ela seja consolidada por meio dum juramento. Quem jura invoca a Deus por testemunha, da verdade do que afirma , e, se a sua afirmação não representa a verdade, mas uma inverdade consciente, então invoca a Deus como testemunha da mentira, o que é uma blasfêmia, chamada ―perjúrio‖.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">É verdade que o juramento oferece maior garantia da verdade do que um simples sim ou não? Absolutamente não! Quem é capaz de mentir é capaz, também, de jurar falso. E quem não pode confiar em uma afirmação simples como expressão da verdade, esse, também, não pode confiar em uma afirmação juramentada. O divino Mestre não está interessado em curar sintomas de doença, mas sim, a própria doença. A praxe de jurar é sintoma de um mal profundo, que é o hábito de desrespeitar a verdade.</span></strong></p>
<p class="Default"> </p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Quem reprime sintomas é charlatão — quem cura a raiz do mal émédico. O caráter do Evangelho não é simplesmente corretivo, mas sim preventivo. Se a humanidade se habituasse a nunca mentir, nunca ninguém sentiria a necessidade de jurar, porque um simples sim ou um simples não dariam certeza absoluta. O comerciante mente sobre o valor e os preços das mercadorias, a fim de acumular matéria morta.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">A dona da casa manda a empregada mentir que a patroa não está em casa, para não receber visitas indesejáveis. O político, o advogado, o diplomata mentem para prestigiar ou desprestigiar uma causa ou uma pessoa. O estudante mente ―colando‖ uma prova do vizinho em vez de estudar o assunto. Até a criança mente para não ser castigada. Omnis homo mendax— afirma a Sagrada Escritura — todo homem é mendaz.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Por isso , com o fito de fazerem crer aos outros que o que dizem é 49</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">verdade, julgam os homens necessário jurar, invocando a Deus por testemunha. O juramento é prole legítima da mendacidade — e como poderia ser puro o filho, se tão impura é a mãe?...</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">O verdadeiro discípulo do Cristo fez consigo esse pacto sacrossanto, de nunca faltar à verdade, por maiores que sejam as vantagens que a inverdade lhe dê, ou as desvantagens que lhe advenham do culto à verdade. Quase 100% da nossa publicidade comercial, pela imprensa, pelo rádio, pela televisão, pelos cartazes, são mentira a serviço da cobiça.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">A alma da arte publicitária consiste em fazer crer ao homem que ele necessita de uma coisa que ele apenas deseja; e, quando ele identifica o seu desejo artificial com uma necessidade natural, então é dócil freguês e compra tudo de que julga necessitar. Torna-se freguês e enriquece os cofres dos publicitários e vendedores, graças a uma série de mentiras que ele aceitou como verdades.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">Quem lê ou ouve diariamente esse dilúvio de mentiras veiculadas pelos citados canais de publicidade, dificilmente atingirá um grau de verdadeira pureza, necessária para a sua realização em Cristo. A nossa decantada civilização, quase inteiramente baseada na mentira e na ganância, é o maior impedimento para a auto-realização. Quem se expõe diariamente a esse impacto de profanidade e se identifica, aos poucos, com esse ambiente, não deve estranhar a sua falta de espiritualidade e paz interior.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">Quem não quer os meios não quer o fim Mahatma Gandhi foi, durante toda a sua vida, após a conversão ao mundo de Deus, o grande cultor da verdade incondicional, mesmo à custa dos maiores sacrificios. Sabia ele que a verdade, e só ela, é que é libertadora. A verdadeira felicidade não medra senão em um clima da veracidade absoluta e incondicional. Os sofrimentos que o culto inexorável da verdade acarreta, não raro, a seus fiéis discípulos, são necessários para que a verdade possa prosperar — assim como o adubo é necessário para a planta poder medrar devidamente.</span></strong></p>
<p> </p>
<p><strong><span class="font-size-5">Sendo que Deus é a própria Verdade, tanto mais divino é o homem quanto mais intransigente cultor da Verdade. O verdadeiro discípulo do Cristo não pode reduzir-se à condição de ser um passivo refletor da opinião pública e dos vícios sociais, como se fosse um simples espelho — tem a missão sagrada de ser um diretor e orientador de seus semelhantes rumo à grande libertação, rumo às alturas do reino de Deus...</span></strong></p> VÓS SOIS O SAL DA TERRA - 11 PARTEtag:anjodeluz.ning.com,2011-08-10:867289:Topic:21813992011-08-10T19:53:35.785ZSONIA GOMEShttps://anjodeluz.ning.com/profile/SONIAGOMES
<p class="Default"><b>DÉCIMA PRIMEIRA</b></p>
<p class="Default"><b> </b></p>
<p class="Default"><b><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89588146?profile=original" target="_self"><img class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89588146?profile=original" width="640"></img></a> <br></br></b></p>
<p class="Default"><b> </b></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">“Vós Sois o Sal da Terra...” O sal, como é sabido, tem diversas aplicações na vida humana. Serve para preservar da corrupção as substâncias alimentícias; serve, também, para dar sabor…</span></strong></p>
<p class="Default"><b>DÉCIMA PRIMEIRA</b></p>
<p class="Default"><b> </b></p>
<p class="Default"><b><a target="_self" href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89588146?profile=original"><img class="align-full" width="640" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89588146?profile=original"/></a><br/></b></p>
<p class="Default"><b> </b></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">“Vós Sois o Sal da Terra...” O sal, como é sabido, tem diversas aplicações na vida humana. Serve para preservar da corrupção as substâncias alimentícias; serve, também, para dar sabor aos alimentos; com um pouco de sal, a comida se torna saborosa, com muito sal se torna intragável. Há pessoas que, por excesso de espiritualidade, tornam a vida espiritual antipática e impossível; se a sua atuação fosse mais comedida, tornariam a vida agradável e saborosa. ―Mas, se o sal se desvirtuar? — prossegue o divino Mestre — com que se há de restituir-lhe a virtude? Não serve mais para nada; é lançado fora e pisado aos pés pela gente.‖ Aqui temos um paralelo entre o símbolo do sal material e o simbolizado do sal espiritual. Afirma o Mestre que seus discípulos devem ser no mundo espiritual o que o sal é no mundo material: fatores de preservação moral e de sabor espiritual. Mas, como ninguém dá o que não tem, e ninguém tem realmente senão aquilo que ele é, segue-se que o discípulo do Cristo deve ser, firme e abundantemente, aquilo que quer dar aos outros. A importância do ser, é decisiva para o fazer e o dizer. Verdade é que os insipientes entendem que o efeito dos seus trabalhos dependa daquilo que eles fazem e dizem — dos recursos materiais que põem numa obra, do prestígio político e social que os bafeja, da facúndia com que sabem falar, da erudição ou dos diplomas que possam ostentar, etc. É absolutamente impossível fazer prosperar, em caráter real e definitivo, algum empreendimento espiritual que esteja baseado em qualquer espécie de egoísmo ou desonestidade, mesmo que esse egoísmo navegue sob a bandeira do altruísmo. Existe uma Constituição Cósmica que tudo rege e governa, quer o homem saiba quer ignore esse fato. E essa Constituição é uma força onipresente, onipotente e onisciente; diante dela nada é secreto nem oculto. Por mais jeitosamente que o homem oculte o seu secreto egoísmo, a sua autocomplacência e vanglória, os seus interesses e suas ambições — é inútil! Aos olhos da lei eterna tudo é manifesto, e ela não coopera com nenhuma espécie de egoísmo. A sapiência divina do Universo favorece tudo que sintoniza com ela, e desfavorece tudo que está em conflito com ela. Se o íntimo ―ser‖ do homem não é puro, sincero, divino, crístico, nenhum recurso externo pode garantir a permanente prosperidade das suas obras. É claro que pode haver vitórias iniciais, triunfos aparentes, prosperidade de fogo de palha, como o dinheiro e a política podem garantir; mas é matematicamente certo que não haverá durabilidade e solidez nesse empreendimento; se assim não fosse, as próprias leis eternas pactuariam com a fraude, as mentiras e deslealdades — e o cosmos cometeria suicídio, acabando em caos. Pode o homem enganar a todos e a seu próprio ego — jamais poderá enganar a onisciência das leis cósmicas, que são o próprio espírito de Deus. Por isso, é suprema sapiência Sintonizar o seu querer individual com o querer universal —e é insipiência fazer o contrário. Ser bom é, em última análise, o único modo certo para fazer bem. Ser sal incorrupto é o único meio para preservar os outros da corrupção. Saborear intimamente as coisas espirituais é o caminho único para tornar saborosa a espiritualidade, para si e para os outros... 47</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">―Vós sois o sal da terra... Mas, se o sal se desvirtuar</span></strong></p>
<p class="Default"><b><br/></b></p> CONTEMPLAI OS LÍRIOS DO CAMPO COMO CRESCEM... - 10 PARTEtag:anjodeluz.ning.com,2011-08-10:867289:Topic:21807502011-08-10T19:50:00.678ZSONIA GOMEShttps://anjodeluz.ning.com/profile/SONIAGOMES
<p class="Default"><b><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89588176?profile=original" target="_self"><img class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89588176?profile=RESIZE_1024x1024" width="750"></img></a> <br></br></b></p>
<p class="Default"><b> </b></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-6">“Contemplai os Lírios do Campo Como Crescem...” Do meio da trepidante lufa-lufa dos esfalfantes cuidados do homem egoísta e sempre inquieto pelo dia de amanhã, chama o divino Mestre a atenção de seus discípulos para a serena quietude e beleza da natureza em…</span></strong></p>
<p class="Default"><b><a target="_self" href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89588176?profile=original"><img class="align-full" width="750" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89588176?profile=RESIZE_1024x1024"/></a><br/></b></p>
<p class="Default"><b> </b></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-6">“Contemplai os Lírios do Campo Como Crescem...” Do meio da trepidante lufa-lufa dos esfalfantes cuidados do homem egoísta e sempre inquieto pelo dia de amanhã, chama o divino Mestre a atenção de seus discípulos para a serena quietude e beleza da natureza em derredor.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-6"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-6">E sua profunda filosofia espiritual atinge as excelsitudes de uma fascinante poesia mística. ―Contemplai as aves do céu! Não semeiam nem ceifam nem recolhem em celeiros — vosso Pai dos céus é que lhes dá de comer... Quem de vós pode, com todos os seus cuidados, prolongar a sua vida por um palmo sequer? Contemplai os lírios do campo como crescem! Não trabalham nem fiam, e, no entanto, digo-vos eu que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu jamais como um deles. Se, pois, Deus veste assim a erva do campo, quanto mais a vós, homens de pouca fé. Buscai, pois, em primeiro lugar, o reino de Deus e sua justiça — e todas as outras coisas vos serão dadas de acréscimo!‖</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-6"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-6">Existe uma profunda afinidade entre o homem espiritual e a natureza. Entre o subconsciente desta e o superconsciente daquele. A natureza está em perfeita harmonia com o Creador, embora essa harmonia seja automática, instintiva, por falta de um ego consciente. Ora, o que a natureza possui desde o início, por obra e mercê de Deus, isto pode e deve o homem conseguir por iniciativa própria, estabelecendo entre si e Deus uma paz e harmonia consciente ou superconsciente.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-6"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-6">Para que, pois, todos esses cuidados supérfluos, engendrados pelo ego consciente do intelecto, da personalidade? Quando o ego consciente se opôs ao Eu super-consciente — que é o Deus oniconsciente no homem — a natureza subconsciente declarou guerra ao homem. E até hoje o homem profano está entre dois fogos, hostilizando o mundo divino acima dele e o mundo natural abaixo dele.</span></strong></p>
<p class="Default"><font size="7"><span style="font-size: 27px;"><b><br/></b></span></font></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-6">Nem fará as pazes com este enquanto não fizer o tratado de paz com aquele. Mas o homem espiritual, em harmonia com o Deus do mundo, entra na grande harmonia com o mundo de Deus. E então contemplará ele as aves do céu e os lírios do campo, arautos de Deus e veículos duma grande paz divina.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-6"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-6">Enquanto o homem hostiliza a Deus é ele hostilizado pela natureza, que lhe nega até o necessário para a vida, e o homem tem de lutar a fim de ganhar o seu ―pão, no suor do seu rosto‖, porque a terra se lhe cobriu de ―espinhos e abrolhos‖. Quando, porém, o homem fizer as pazes definitivas com o Deus do mundo, então o mundo de Deus fará as pazes com o homem e lhe oferecerá, gratuitamente, tudo de que ele necessitar para uma vida dignamente humana. </span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-6"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-6">A vida é luta renhida, Viver é lutar‖... Estas palavras do poeta são do homem ainda profano, que, de fato, tem de lutar duramente para poder viver, porque a sua vida está em permanente Conflito com as fontes da subsistência, e, além disso o seu ego personal deseja possuir o supérfluo, em vez de se contentar com o necessário e suficiente porque não crê nos tesouros do reino de Deus, procura acumular enormes quantidades dos pseudotesouros deste mundo.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-6"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-6">―Nem Salomão se vestiu jamais como um deles... Estava o Nazareno sentado à beira de um caminho, onde floriam numerosos lírios vermelhos como púrpura, muito comuns na Palestina, e o divino poeta cósmico, apontando para esse grupo de filhas gentis da Flora, fez ver a seus ouvintes que a inteligência 44</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-6">humana, com toda a sua Ciência e técnica, é incapaz de produzir um tecido tão perfeito e delicado como a inteligência divina produz, todos os dias, em grande quantidade, nos domínios da natureza, onde impera o espírito do Creador.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-6"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-6">A pequena inteligência humana produz certos artefatos que, quando vistos à distância, parecem, sofrívelmente belos; mas, quando examinados pela objetiva de um microscópio, se revelam grosseira obra de fancaria, sem arte nem delicadeza. Na natureza, porém, acontece precisamente o contrário: quanto mais poderoso for o microscópio, tanto mais estupenda se revela a perfeição de um tecido orgânico; qualquer célula de planta, qualquer asa de mosquito, qualquer teia de aranha é uma obra de arte perfeitíssima nos seus menores detalhes que nenhuma inteligência humana jamais conseguirá produzir algo semelhante.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-6"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-6">É que na natureza subconsciente opera diretamente a grande Inteligência Cósmica da Divindade, ao passo que no consciente humano opera apenas a pequena inteligência telúrica. A natureza, reflexo direto do espírito divino, não revela vestígio de cuidados, de afobação, de nervosismo‘ não visa determinados resultados, mas procura realizar com a máxima perfeição cada uma das suas obras, sem se interessar pelas conseqüências, sem esperar louvores nem recear censuras.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-6"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-6">Em nossas selvas tropicais desabrocham, cada dia, milhões e miríades de flores, prodígios de formas e cores —e morrem pouco depois, para serem substituídas por outras maravilhas, sempre novas e louçãs, através de milhões de séculos e milenios. Quem é que as vê? Quem as admira? Quem as aplaude? Ninguém! As maravilhas da natureza não nascem para serem elogiadas; não são belas para serem vistas — mas por causa da própria beleza. Toda a sua razão de ser é intrínseca, não tem finalidade extrínseca. Se os lírios das nossas várzeas e as orquídeas das nossas vitrinas pudessem ouvir certas banalidades estéticas que algum admirador humano profira diante delas, sentir-se-iam ofendidas e revoltadas...</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-6"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-6">Como se elas fossem belas para serem admiradas! Como se elas se revestissem de louçanias por algum motivo externo, diferente dessa própria louçania! Quando o homem produz alguma obra de arte, ou uma peça de mobilia, essa obra é, em geral, sofrívelmente acabada nas faces visíveis ao observador, mas na face invisível —como num armário encostado na parede — há sarrafos brutos, porque o móvel é destinado a ser visto...</span></strong></p>
<p class="Default"><font size="7"><span style="font-size: 27px;"><b><br/></b></span></font></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-6">As filhas da natureza, porém, ignoram semelhante camuflagem e hipocrisia; são integralmente perfeitas e belas, pela frente e por detrás, à direita e àesquerda, em cima e embaixo, por fora e por dentro, no visível e no invisível, no conjunto harmônico de formas e cores e em cada um dos seus mais pequeninos pormenores, em cada célula, molécula e átomo...</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-6"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-6">Quando o homem ultrapassa a zona da sua inteligência egoísta e interesseira e entra no universo do seu espírito cósmico e desinteressado, então realiza ele, conscientemente, o que a natureza fez inconscientemente Não necessita de rótulos externos e elogios de terceiros quem traz dentro de si mesmo a suprema apologia dos seus atos.</span></strong></p>
<p class="Default"><font size="7"><span style="font-size: 27px;"><b><br/></b></span></font></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-6">Não espera louvores nem teme censuras quem de elogios e Vitupérios não tem mister...</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-6">O testemunho da consciência pura e desinteressada é suficiente para o 45</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-6">homem crístico; que realiza com amor e entusiasmo, as tarefas que tem de realizar, sem esperar por resultados palpáveis.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-6"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-6">Contemplai as aves do céu... Contemplai os lírios do campo... Buscai, em primeiro lugar, o reino de Deus... * Estranhas parecem, a muitos, as palavras ―e todas as outras coisas vos serão dadas de acréscimo‖. Essas ―outras coisas‖ são as coisas necessárias para a vida material. O homem profano tem de dar caça incessante a essas ―outras coisas‖, lutar por elas, dia e noite - por quê? Porque não buscou ainda, devidamente, o reino de Deus e sua verdade. Vigora, entre o homem profano e a natureza, uma espécie de ―magnetismo de repulsão‖; mas, entre o homem espiritual e a natureza, há um ―magnetismo de atração‖.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-6"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-6">Quanto mais o homem profano se esforça por se apoderar das coisas do mundo objetivo, tanto mais essas coisas fogem dele, repelidas por um pólo invisível nele existente; não adianta redobrar de esforços, porque, com esse redobramento, redobra também o magnetismo repulsivo, e o homem ambicioso tem de aumentar as suas lutas numa progressão geométrica, para arrancar à natureza rebelde mais algum dos cobiçados farrapos.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-6"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-6">O remédio está em mudar o ―prefixo‖, em desistir da desenfreada lufa-lufa das coisas externas e devotar-se totalmente à realização das coisas internas, que o divino Mestre chama ―o reino de Deus e sua justiça‖ — e o homem verá, com jubilosa surpresa, que, depois de mudado o ―prefixo‖ de atitude interesseira para a atitude desinteressada, todas aquelas coisas que antes fugiam começam a correr atrás dele.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-6"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-6">E que o misterioso teotropismo de todas as coisas adivinha no homem espiritual um ―irmão mais velho‖ e um guia seguro para o centro comum, origem e fim de todas as creaturas, e querem com ele chegar a Deus. A antipatia de ontem se transformou na simpatia de hoje. Esse homem não necessita mais de lutar pelas coisas necessárias, porque a natureza, amiga e aliada, lhe abre o tesouro das suas forças secretas e lhe fornece, espontânea e jubilosamente, todas as coisas de que ele tem mister, a fim de poder dedicar o melhor do seu tempo e das suas energias à causa magna do reino de Deus e sua justiça.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-6"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-6">E, pela primeira vez, verifica o homem que o Evangelho de Jesus Cristo não é apenas um caminho seguro para o reino de Deus que não é deste mundo mas, também, uma norma segura para a obtenção de todas as outras coisas necessárias para uma vida dignamente humana aqui na terra.</span></strong></p> VÓS SOIS A LUZ DO MUNDO - 9 PARTEtag:anjodeluz.ning.com,2011-08-10:867289:Topic:21812422011-08-10T19:42:27.994ZSONIA GOMEShttps://anjodeluz.ning.com/profile/SONIAGOMES
<p class="Default"><b><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89588172?profile=original" target="_self"><img class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89588172?profile=original" width="688"></img></a> <br></br></b></p>
<p class="Default"><b> </b></p>
<p class="Default"><b> </b></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">“Vós Sois a Luz do Mundo” É constante, em todos os livros sacros da humanidade, a afirmação de que Deus é luz. Antigamente, essa comparação parecia ser apenas um• arroubo poético, e não uma verdade filosófica; porqüanto é sabido…</span></strong></p>
<p class="Default"><b><a target="_self" href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89588172?profile=original"><img class="align-full" width="688" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89588172?profile=original"/></a><br/></b></p>
<p class="Default"><b> </b></p>
<p class="Default"><b> </b></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">“Vós Sois a Luz do Mundo” É constante, em todos os livros sacros da humanidade, a afirmação de que Deus é luz. Antigamente, essa comparação parecia ser apenas um• arroubo poético, e não uma verdade filosófica; porqüanto é sabido que a luz enche de vida, beleza e alegria o universo inteiro. Hoje em dia, porém, na alvorada da Era Atômica, entrou essa verdade em uma nova fase de significação; ultrapassou as fronteiras da beleza poética e invadiu os domínios da ciência física e da verdade metafísica.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Sabemos, em nossos dias, que a luz cósmica, não focalizada — o ―c‖ da conhecida fórmula einsteiniana, E = mc2 — é a base e, por assim dizer, a matéria-prima de todas as coisas do mundo material e astral. Os 92 elementos da química, desde o mais simples ou Hidrogênio) até ao mais complexo ou Urânio), são filhos da luz invisível, a qual quando condensada em diversos graus, produz os elementos, e destes são feitas todas as coisas do mundo. Quer dizer que, no plano físico, a luz é a causa e origem de todas as matérias e forças do universo. Ora, o que a luz é no plano físico, isto é Deus na ordem metafísica ou espiritual do cosmos.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">A luz física é o grande símbolo desse simbolizado metafísico. Deus, segundo Aristóteles, é actuspurus(pura atividade); nele não há passividade, ou, no dizer de João Evangelista, ―Deus é luz, e nele não há trevas‖. Ora, afirma o divino Mestre que ele é a luz do mundo, e que também seus discípulos são a luz do mundo — quer dizer que a essência de Deus está nele e neles. A luz é a única coisa incapaz de ser contaminada, porque a sua vibração é máxima, que não é afetada por nenhuma vibração inferior. Todas as coisas do mundo são lucigênitas, e sua íntima essencia é luz ou lucidez. E tanto mais incontaminável é uma coisa quanto mais lúcida.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">A afirmação de que os discípulos do Cristo são luz, a mesma luz divina do Cristo, é um veemente convite, quase um desafio, para a completa lucificaçào da existência humana pela essência divina. A mente do homem é como que um invólucro semitranslúcido, e o corpo um invólucro totalmente opaco; no interior desses invólucros, porém, está a luz integral da divindade, que se individualizou no homem como seu Eu central. Toda a tarefa da espiritualização do homem consiste em que ele faça a sua existência humana tão pura e luminosa como a sua essência divina —que essencialize toda a sua existencia. A lucidez ou luminosidade consiste na intensidade da nossa consciência divina. No plano da ideologia dualista, em que se move quase toda a teologia e filosofia do ocidente cristão, é difícil o homem convencer-se definitivamente de que a íntima essência do seu próprio ser seja idêntica à essência divina.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">A verdade, porém, é esta: o homem não está separado de Deus, como não é idêntico a Deus, mas é distinto de Deus. Esse ―ser distinto‖, é por assim dizer, equidistante do ―ser separado‖ e do ―ser idêntico‖, equidistante do dualismo transcendentista e do panteismo imanentista. Esse ―ser distinto‖ de Deus, baseado no ―ser idêntico‖ pela essência e no ―ser diferente‖ pela existência faculta ao homem a divinização da sua vida, sem o levar ao absurdo 38</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">da deificação, garantindo-lhe assim, a responsabilidade ética dos seus atos conscientes e livres. Se o homem é moralmente bom, virtuoso, não é Deus que é bom nele, mas ele mesmo; se o homem é moralmente mau, pecador, não é Deus que é mau nele, mas éo homem. Quem pratica virtude ou comete pecado é o homem existencial, e não o homem essencial, é o elemento humano nele e não o elemento divino. *</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Diz, pois, o divino Mestre: ―Vós sois a luz do mundo... Não pode permanecer oculta uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma lampada e se põe debaixo do alqueire, mas sim sobre o candelabro para que alumie a todos os que estão na casa. Assim brilhe a vossa luz perante os homens para que vejam as vossas boas obras —e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus. O homem realmente cristificado não deve o cultar-se debaixo do alqueire do anonimato, mas brilhar no candelabro da mais larga publicidade —deve ser até como uma cidade ou um farol no alto de um monte, para que o mundo inteiro veja os fulgores dessa luz e por ela oriente a sua vida.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">A comparação, tanto com o candelabro como com o monte, diz visibilidade, publicidade, porque o arauto do reino de Deus não é um ―ocultista‖, mas sim um emissário da luz cósmica, ele mesmo é a ―luz do mundo‖, que é expansiva por sua própria natureza. É opinião assaz comum entre os inexperientes que o homem espiritual deva evitar a publicidade e procurar o mais possível a obscuridade da solidão e do anonimato, a fim de não perder a sua sacralidade e cair vítima da profanidade. E, de fato, essa solidão e esse anonimato são necessários, embora num sentido diferente daquele que os profanos supõem. O ego físico-mental do homem comum deve desaparecer no anonimato, e o seu Eu divino deve viver em profunda solidão. O homem espiritual deve ser profundamente solitário com Deus, para que possa ser vastamente solidário com todas as creaturas de Deus: assim não há perigo de profanação. Ai daquele que perder a sua silenciosa sacralidade em Deus! De nada lhe servirá a sua ruidosa sociabilidade com os homens e o mundo. A profana sociedade tem de ser fecundada pela mística sacralidade para que resulte em fecunda solidariedade. Em suas relações com Deus é todo homem profundamente só e solitário; ninguém o pode acompanhar a essas alturas e profundezas, envoltas em eterno silêncio. Ninguém poderá saber jamais o que se passou entre a alma e Deus, nas silenciosas alturas do Himalaia ou na taciturna vastidão do Saara onde se dá esse encontro entre Deus e a alma humana.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">A experiência mística se dá para além das barreiras do tempo e do espaço, no anonimato do ―terceiro céu‖, e por isso é essencialmente intransferível e incomunicável; o que é dito à alma, nessa luminosa escuridão, são ―ditos indizíveis‖.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Essa solidão vertical é necessária e não pode jamais ser substituida pela sociedade horizontal. Esse santuário íntimo do homem é indevassável; nem as relações mais íntimas, de pai a filho, de mãe e filha, de esposo a esposa, de amigo a amigo, podem desvendar esse mistério. Onde não existe e persiste essa solidão cósmica, esse profundo silêncio metafísico , esse indevassável anonimato místico entre a alma e Deus, toda a publicidade é um perigo e uma 39</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">profanação, é uma apostasia e uma infidelidade cometida contra a sacralidade do Eu divino. O homem que não possua suficiente fidelidade a seu Eu divino não deve arriscar-se à publicidade; não deve colocar-se no alto do candelabro ou no cume do monte; é preferível que fique debaixo do alqueire ou no fundo do vale, onde não há perigo de quedas catastróficas. Quanto mais alto o homem está, mais profundamente poderá cair , se essa altura lhe der vertigens.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">O perigo da vertigem vem da ilusão de que essa sublime posição seja obra do seu ego personal, vem do erro fatal de que a pessoa humana tenha creado essa glória no alto do candelabro ou no cume do monte. Duas vezes, diz um grande iniciado oriental, Brahman se sorri do homem, da primeira vez quando o homem afirma: ―Eu faço isto, eu faço aquilo‖, e da segunda vez quando o homem diz: ―Eu vou morrer. Ambas às vezes o homem confunde o seu verdadeiro Eu com o seu pseudo-eu.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Quando o homem pensa que é ele — seu ego personal — que fez isto ou aquilo, e não o ―pai dos céus‖ — o seu Eu divino; quando o homem pensa que o seu eterno e imortal Eu divino vai morrer — então se revela totalmente analfabeto no conhecimento de si mesmo. Onde há ilusão há possibilidade de queda. Só quando a totalidade da ilusão cedeu à totalidade da verdade é que há segurança absoluta. Tem-se dito que a experiência mística torna o homem orgulhoso e desprezador de seus semelhantes, os ―profanos‖ lá embaixo.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Quem assim pensa e fala não sabe o que quer dizer experiência mística. Esse orgulho é possível no caso da pseudomística, quando o homem atribui a sua espiritualidade ao mérito de seu ego personal, ignorando que ―todo o dom perfeito vem de cima, do Pai das luzes‖, e que a iluminação espiritual é obra da graça divina. Mas, ninguém pode orgulhar-se daquilo que é de Deus, só se pode envaidecer de algo que seja do seu ego. Um jovem ocultista britânico perguntou a um grande místico da Índia se achava que ele, o ocultista, poderia, um dia, chegar a fazer as ―obras de poder‖, chamadas ―milagres‖, que Jesus fazia; ao que o iniciado lhe respondeu calmamente:</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">―Pode, sim, contanto que você não creia que é você que fez essas obras.‖ Quem atribui a seu pequeno ego humano qualquer obra espiritual está no erro; o erro gera o orgulho, e o orgulho prepara a queda. Mas quem compreendeu definitivamente que nenhum efeito espiritual pode provir de uma causa material ou mental, esse está na verdade, e a verdade o libertará de qualquer ilusão e perigo de queda. Quando Jesus diz a seus discípulos que devem colocar a sua luz no candelabro ou no alto do monte supõe ele que esses homens possam ultrapassar o estágio da Ilusão sobre si mesmos e adquirir plena clareza e certeza sobre a causa real de todos os efeitos espirituais. Neste sentido, acrescenta ele: ―assim brilhe a Vossa luz perante os homens para que vejam as Vossas boas obras e glorifiquem a VOSSO Pai que está nos céus‖ — que vejam os efeitos visíveis e glorifiquem a causa invisível O ego humano, sendo apenas uma função do Eu divino, nada fez por si mesmo, assim Como uma ferramenta não produz nada se não for usada pelo homem.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Não existe, no mundo físico, nenhum elemento incontaminável exceto a luz.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Todas as outras coisas aceitam impureza. Quando, por exemplo lavamos 40</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">com água pura um objeto impuro, a água se torna impura na mesma razão em que purifica o objeto impuro; não pode neutralizar senão apenas transferir para si as impurezas do Outro. A água é sumamente contaminável, ou ―vulnerável‖ Só a luz é incontaminável invulnerável; pode penetrar em todas as impurezas do mundo sem se tornar impura. É esta, sem dúvida a mais pura glória do homem crístíco, poder ser puro no meio dos impuros e das impurezas em derredor; purificar as impurezas sem se contaminar com essas impurezas É o máximo de invulnerabilidade. Essa invulnerabilidade interior é pureza, pureza de coração. Essa pureza da invulnerabilidade nasce Unicamente da experiência clara e nítida da verdadeira natureza humana, que é essencialmente divina, e, como Deus é puro e invulnerável, deve também a essência divina do homem participar dessa pureza e invulnerabilidade.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">A impureza consiste na ilusão de que o pequeno ego humano realize coisas espirituais e possa produzir a redenção do homem, como pensava aquele ego luciférico que tentou ao Cristo, no deserto. Egoísmo é impureza, e tanto mais vulnerável é o homem quanto mais impuro, e tanto menos vulnerável quanto mais puro de coração. Essa pureza do coração nasce do conhecimento da verdade, ao passo que a impureza nasce da ilusão. Nenhum homem purificado pelo conhecimento da verdade sobre si mesmo se orgulha da sua espiritualidade, mas agradece humildemente a Deus por essa dádiva, porque sabe que não foi ele, seu ego físico-mental, que produziu esse efeito, mas que foi a graça de Deus.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Nenhum homem purificado pelo conhecimento da verdade sobre si mesmo se sente ofendido por atos, palavras ou opiniões injustas dos outros, porque sabe que essas ofensas não atingem o seu verdadeiro Eu divino, senão apenas o seu falso eu humano. Sabe que nenhum mal que outros lhe fazem lhe faz mal, porque não o faz mau. Se alguém ofende o paletó ou a blusa que visto, não ofende a mim, porque eu não sou o paletó nem a blusa; isto é meu, mas não sou eu; é algo que eu tenho, mas não o que eu sou.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Da mesma forma, quem ofende o ego da minha persona — que quer dizer ―mascara‖ não ofende a mim, porque eu não sou essa máscara da personalidade. Eu sou a minha divina individualidade, que é absolutamente invulnerável pelo lado de fora, pelas adversidades da natureza ou pelas perversidades dos homens! Quem me pode ofender é só aquele que está do lado de dentro, isto é, o meu ego humano. Quem vulnera o Eu é o ego; quem peca Contra a divina individualidade do Eu é a humana personalidade do ego —Lúcifer versus Lógos! Esta luz divina que em mim está deve ser colocada no candelabro Como uma lâmpada, no alto do monte como um farol. Quem é remido do seu falso eu pode ajudar outros para se redimirem também.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Por isso, deve ele fazer brilhar a sua luz, porque essa luz é a luz de Deus que brilha através do homem, como através de um límpido cristal, no caso que o homem renuncie à opacidade do seu egoísmo e aceite a transparência do amor. * O homem profano é impuro no meio dos impuros. O homem místico é puro longe dos impuros. 41</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">O homem crístico é puro no meio dos impuros, assim como a luz é pura no meio das impurezas. O impuro no meio dos impuros é, geralmente, ruidosamente social. O puro longe dos impuros é silencíosamente Solitário.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">O puro no meio dos impuros é serenamente solidário. Por via de regra, para que o homem possa ser serenamente solidário com toda a humanidade, solidamente crístico, é necessário que tenha passado pelo estágio da solidão silenciosa, profundamente mística, longe da sociedade dos impuros, ruidosamente profanos. E nesse período da mística solitária que o homem lança os alicerces inabaláveis para o seu edifício crístico de solidariedade universal. Uma vez que o homem ultrapassou certa fronteira interna de experiência de Deus em si mesmo, está definitivamente imunizado contra as velhas enfermidades do homem profano — cobiça, luxúria, vanglória, egoísmo, desejo de aplausos e admiração, expectativa de resultados palpáveis, medo de castigo ou esperança de prêmio — de todas essas doenças convalesceu para sempre o homem que chegou ao conhecimento da verdade sobre si mesmo, seu verdadeiro Eu divino, e não mais corre perigo de recair nessas misérias, porque a verdade o libertou de toda a ilusão e escravidão. Ele é livre e puro como a luz.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Mas, também, é suave e benévolo como a luz solar, em pleno dia, e não violento e destruidor como a veemência de um raio em plena noite. Só depois que o homem aprendeu por experiência íntima, no silencioso abismo da mística, o que é Deus e o que é ele mesmo, é que ele pode atrever-se a ser de todas as creaturas de Deus sem deixar de ser de Deus, pode andar por todos os mundos de Deus sem deixar de ser do Deus do mundo. Ai do homem que quiser ser solidário com os homens antes de ser solitário com Deus! Ai do homem que se derramar pelas ruidosas periferias das creaturas antes de estar firmemente alicerçado no silencioso centro do Creador!</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Nenhum homem pode ser, por fora, de todas as creaturas de Deus sem que seja, por dentro, só de Deus. Nenhum homem pode ser plenamente crístico sem que seja profundamente místico. Só o contato direto com o Infinito é que torna o homem invulnerável no meio dos finitos. E essa invulnerabilidade crística nada tem de lúgubre, de pessimista, de negativo, de triste — ela é toda leve e luminosa,amável e sorridente como sua irmã gêmea, no mundo físico, a luz, que ésuavemente poderosa e poderosamente suave. Pela mística solidão com Deus adquire a alma uma espécie de castidade, de intensa virgindade espiritual, que, depois, na Crística solidariedade com os homens, se revela em fecunda maternidade, mãe de numerosos filhos de Deus. Essas núpcias espirituais da alma crÍstica supÕem a pura virgindade da alma mística.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">No início de toda a vida nova está o sentimento natural do pudor. A vida é um mistério tão sagrado que a sua transmissão deve ser velada em profunda escuridão, oculta pelo véu invisível do pudor, tanto no plano biológico como no plano espiritual da humanidade. A experiência mística é uma concepção espiritual, que deve ser velada em mistério. É que se passa, na solidão anônima, entre uma alma e Deus nunca ninguém o saberá, nem deve saber; 42</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">está envolto em impenetrável pudor; só as conseqüências desse encontro místico da alma com Deus é que podem ser reveladas, na vida diária do homem cristificado.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">A vida do homem cósmico é pura como a luz, na sua solidão mística — e é fecunda como a luz, na sua solidariedade crística... ―Vós sois a luz do mundo‖... ―Brilhe diante dos homens a vossa luz!‖...</span></strong></p> BEM-AVENTURADOS OS QUE SOFREM PERSEGUIÇÃO POR CAUSA DA JUSTIÇA - 8 PARTEtag:anjodeluz.ning.com,2011-08-10:867289:Topic:21813432011-08-10T19:36:21.229ZSONIA GOMEShttps://anjodeluz.ning.com/profile/SONIAGOMES
<p><a href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89588230?profile=original" target="_self"><img class="align-full" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89588230?profile=RESIZE_1024x1024" width="750"></img></a></p>
<p class="Default"><b> </b></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">“Bem-Aventurados os que Sofrem Perseguição por Causa da Justiça” ―Justiça‖, como já dissemos, significa a atitude justa e reta do homem para com Deus. O homem ―justo‖, nos livros sacros, é o homem santo, o homem crístico, o homem que realizou em alto grau o seu Eu divino pela experiência…</span></strong></p>
<p><a target="_self" href="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89588230?profile=original"><img class="align-full" width="750" src="http://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/89588230?profile=RESIZE_1024x1024"/></a></p>
<p class="Default"><b> </b></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">“Bem-Aventurados os que Sofrem Perseguição por Causa da Justiça” ―Justiça‖, como já dissemos, significa a atitude justa e reta do homem para com Deus. O homem ―justo‖, nos livros sacros, é o homem santo, o homem crístico, o homem que realizou em alto grau o seu Eu divino pela experiência mística manifestada na ética. O homem ―justo‖ é o homem que se guia, invariavelmente, pelos dois grandes mandamentos, o amor de Deus e a caridade do próximo. Mas, será possível que alguém sofra perseguição por causa dessa justiça, por causa da sua santidade? O Evangelho de Jesus está repleto de afirmações dessa natureza, e a experiência multissecular o confirma. ―Por causa do meu nome sereis odiados de todos, e chegará a hora em que todo aquele que vos matar julgará prestar um serviço a Deus. ―Arrastarvos-ão perante reis e governadores e sinagogas; mas não vos perturbeis! Porque o servo não está acima de seu senhor; se a mim me perseguiram também vos hão de perseguir a vós. ―</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Os inimigos do homem são os seus companheiros de casa.‖ Estamos habituados a pensar e a dizer que esses perseguidores dos justos são homens maus, perversos, de má-fé; e, de fato, assim acontece muitas vezes. Entretanto, as mais cruéis perseguições que a história humana conhece foram perpetradas por homens sinceros e subjetivamente bons, em nome da verdade e do bem, em nome de Deus e do Cristo. Sobretudo as igrejas e sociedades religiosas organizadas têm empreendido, e empreendem ainda, cruzadas e ―guerras santas‖, trucidando infiéis, queimando hereges, torturando homens de elevada espiritualidade, excomungando como apóstatas e perversos muitos dos homens mais puros e santos que o mundo conhece.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">A maior parte desses perseguidores não tem má intenção nem consciência pecadora; agem por um sentimento de dever. Há duas razões fundamentais por que o homem justo é perseguido por outros homens individuais ou por sociedades humanas. 1 — Um indivíduo persegue outro indivíduo, não só porque este seja mau, mas, também, pelo fato de ser bom. Por quê?</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Porque o homem justo aparece como elemento hostil a outro homem menos justo. A simples presença de um homem mais santo do que eu é, para mim, uma declaração de guerra, ou, pelo menos, uma permanente ofensa. O homem espiritual, pelo simples fato de existir, diz silenciosamente a outros: ―Vós devíeis ser como eu, mas não sois, e isto é culpa vossa. ―Nenhum homem espiritual, é claro, diz isto; mas os profanos interpretam deste modo a presença do homem justo, e atribuem a este a ingrata censura.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Ora, ninguém tolera, por largo tempo, a consciência da sua inferioridade. Enquanto não aparece outro homem de elevada espiritualidade, pode o homem menos espiritual viver tranqüilo na sua inferioridade, porque esta não é nitidamente percebida senão quando polarizada pelo contrário ou por uma espiritualidade superior. Quando o homem pouco espiritual encontra outro ainda menos espiritual, sente-se ele relativamente seguro do seu plano, e tem mesmo a tendência instintiva de fechar os olhos para as virtudes do outro, a fim de poder brilhar mais 34</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">intensamente, ele só, como aquele fariseu, no templo em face do publicano. E que o homem profano mede o seu valor pelo relativo desvalor dos outros. Quando então a sua luz é, ou parece ser, mais forte que as luzes dos outros, o homem profano ou de escassa espiritualidade experimenta um senso de segurança e tranqüilidade; não tem remorsos da sua pouca espiritualidade nem se julga obrigado a um esforço especial para subir. Entre cegos, diz o provérbio, quem tem um olho é rei.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Mas ai desse homem complacentemente satisfeito consigo mesmo, se lhe aparecer alguém de maior espiritualidade! Logo começa ele a sentir-se inseguro e inquieto. Em face dessa inquietação, duas atitudes seriam possíveis: a) o vivo desejo de ser tão espiritual como o outro e o esforço correspondente a esse desejo; b) uma atitude de despeito e agressividade. A primeira atitude é a dos homens humildes e sinceros; a segunda é a dos homens orgulhosos e insinceros consigo mesmos. Os primeiros se tornam discípulos do homem espiritual, os últimos se tornam seus adversários.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">É doloroso para um pigmeu ver-se eclipsado por um gigante. É desagradável para um impuro ter a seu lado um homem puro. Se o pigmeu não sente em si a capacidade de crescer; se o impuro não dispõe da força de se tornar puro, declarará guerra ao gigante e ao puro. Essa guerra nem sempre se desenrola no plano físico; muitas vezes se trava no campo moral: o homem menos espiritual descobre no mais espiritual numerosas manchas, e, esquecido da muita luz que ele irradia, só enxerga, o despeitado, os pontos escuros que encontra no sol — e acha que não convém tomar banho de sol, porque há tantas e tão grandes manchas no globo solar. *</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">2 — No terreno social das organizações eclesiásticas acresce ao primeiro, outro fator, aparentemente mais justificável: o homem altamente espiritualizado é sempre uma espécie de exceção da regra, é um pioneiro que abandonou as velhas estradas conhecidas e batidas pela turbamulta dos crentes e rasga caminhos novos, ―por mares nunca dantes navegados‖, por ignotas florestas, por ínvios desertos que poucos conhecem. Esse homem ultrapassa, quase sempre, os caminhos tradicionais do passado, e até do presente, e abre novas rotas para o futuro.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Toda e qualquer inovação, por mais verdadeira, é, no principio, considerada como erro, e até como perigo social. Ora, é sabido que, no mundo espiritual, todo homem se sente grandemente inseguro, porque esse mundo lhe é desconhecido, como tudo que apenas se crê, sem dele ter experiência imediata. Nenhum crente sabe o que é o reino de Deus assim como um cego de nascença não sabe o que é a luz, o que são cores, embora tenha decorado as mais verdadeiras teorias sobre esses assuntos. A única coisa que nos dá certa segurança ao homem</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">inexperiente é o fato de que milhares e milhões de outros homens trilham esses mesmos caminhos, já por séculos e milênios, e muitos deles são bons e relativamente felizes.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">De maneira que o fator ―massa‖ e o fator ―tradição‖ nos dão uma espécie de segurança e firmeza, no meio da insegurança e incerteza que, naturalmente, experimentamos por entre as trevas ou penumbras da vida espiritual. E isto nos faz bem.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Quando então aparece um homem que parece não necessitar desses 35</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">elementos de segurança garantidos pela massa e tradição, dá-se uma espécie de terremoto que abala as instituições antigas. E os que ainda necessitam dos elementos massa e tradição começam a afastar-se desse revolucionário iconoclaste, a fim de não perderem o seu senso de segurança. Mesmo na hipótese de que esse iconoclasta possua verdadeira segurança interior, graças à sua experiência direta, essa segurança não é transferível aos outros, e assim é compreensÍvel que estes, não tendo a mesma experiência, prefiram apegar-se firmemente às tradições antigas que a massa professa.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">E o arrojado bandeirante do Infinito fica só, ou faz parte de uma pequenina elite, que não representa 1% da humanidade. Em caso algum pode esse homem apelar para uma longa tradição no passado; nunca houve grande massa de homens espirituais que fizesse tradição estratificada, e os poucos que houve ou há são praticamente desconhecidos da parte da humanidade-massa, que decide pela tradição. Por isso , as sociedades religiosas organizadas, que contam sempre com o fator massa e tradição, dão grito de alerta e de alarme, e previnem seus filhos contra o perigoso inovador, o herege, o demolidor, o apóstata.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">Quando as sociedades religiosas possuem suficiente poder físico, eliminam do número dos vivos o perigoso demolidor das tradições, e isto ―pela maior glória de Deus e salvação das almas‖. Quando não possuem esse poder, procuram neutralizar a ação do herege matando-o moralmente, isolando-o por meio de campanhas sistemáticas de difamação e calúnia. E como, segundo eles, o fim justifica os meios, e como o fim é (ou parece ser) bom, todos os meios são considerados lícitos e bons, mesmo os maiores atentados à verdade, à justiça, à caridade. Donde se segue que o homem espiritual vive em uma relativa solidão.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">A massa não simpatiza com ele se não lhe é positivamente antipático, mantém pelo menos uma atitude de apatia e desconfiança em face dele. Para o homem espiritual, porém, o fator ―massa‖ é sobejamente compensado pelo fator ―elite‖ ou mesmo pelo simples testemunho da sua consciência em plena solidão. Existe, aqui na terra, e por toda a parte, a ―comunhão dos santos‖, isto é, a misteriosa união de todos os que conhecem e amam a Deus, a fraternidade branca dos irmãos anônimos formada pelos solitários pioneiros do Infinito. E eles sabem qué éprofundamente verdadeiro o que o grande Mestre disse: ―Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles Dois ou três — porque nunca serão muitos no mesmo lugar e tempo, os homens cristificados.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"> </p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">E mesmo que sejam mais, nunca deixará de imperar a misteriosa lei da polaridade ou da trindade; dentro de um grupo maior haverá sempre essa constelação interna de dois ou três. A grande experiência crística circulará sempre entre dois ou três, e só mediante essa pequena constelação é que ela se comunicará ao resto do céu estrelado e às galáxias do universo espiritual.</span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p class="Default"><strong><span class="font-size-5">No tempo de Jesus eram Pedro, Tiago e João essa tríade espiritual, que presenciaram o Mestre no seu sofrimento e na sua glória. O total dos discípulos era doze, quatro vezes três; e, quando um deles falhou, se apressaram os restantes onze a preencher a lacuna; mas quem designou o substituto de Iscariotes não foram eles, mas foi o ―Espírito Santo‖, como referem os livros sacros. Nenhum homem podia restabelecer o número sagrado quatro vezes três; só o espírito de Deus. O homem, quando canal puro e veículo idôneo, 36</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">serve de intermediário para canalizar as águas vivas que jorram para a vida eterna. Já o grande Pitágoras sabia que três é o número da sacralidade vertical, e que quatro é o número das realizações horizontais, O número três é a mística do primeiro mandamento; quatro é a ética do segundo mandamento.</span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5"><br/></span></strong></p>
<p><strong><span class="font-size-5">O homem justo é perseguido por causa da sua espiritualidade, tanto pelos indivíduos menos espirituais, como também pelas sociedades organizadas que necessitam de massa e tradição para sua sobrevivência; mas, apesar de tudo, ele vive num ambiente de paz e felicidade, porque está na ―comunhão dos santos‖. ―Bem-aventurado... dele é o reino dos céus‖. O reino dos céus, porém, ―está dentro de vos‖...</span></strong></p>
<p> </p>