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SAI BABA DDE SHIRDI - A PRIMEIRA FORMA DA TRÍPLICE MANIFESTAÇÃO - III PARTE E ÚLTIMA

 

27  de Setembro  de 1838

       15  de Outubro  de 1918

 

Significado filosófico da moenda

Além do significado que o povo de Shirdi atribuiu ao incidente da moedura de trigo, penso que também há um significado filosófico. Sai Baba viveu em Shirdi por mais ou menos setenta anos e durante esse período levou a cabo a atividade de moer quase diariamente, não somente trigo, senão os pecados, as aflições mentais e físicas e as misérias de seus inumeráveis devotos. As duas pedras de Seu moinho consistiam na ação (karma) e a devoção (bhakti), sendo a primeira a pedra inferior e a segunda a superior. O mango (cabo da ferramenta) com o qual Baba acionava o moinho era o conhecimento (jnana). Baba tinha a firme convicção de que o conhecimento ou a autorrealização não eram possíveis a menos que houvesse o ato prévio de moer todos os nosso impulsos, desejos, pecados e as três gunas, a saber:  sattva (o bom ), rajas (o ativo apaixonado), tamas (o inerte) e ahamkara, o ego que é tão sutil e, portanto, tão difícil de alguém dele se libertar.

Isso nos faz recordar uma história semelhante de Kabir, o qual, ao ver uma mulher moendo grãos, disse a seu Guru, Nipathirañjana: “Estou chorando porque sinto agonia de ser triturado nesta roda de existência humana como o Grão no moinho manual. Nipathirañjana respondeu: “Não temas; aferra-te bem ao mango do conhecimento desse moinho, como o faço, e não te afastes dele, mas sim, volta-te para o centro e seguramente estarás a salvo”.

 

             Shirdi Baba não se preocupava consigo mesmo e sempre cuidava bem dos outros. Sathya Sai Baba também tem assumido muitas vezes as doenças e dores de seus devotos.

 

            Curas milagrosas

            Eis outro aspecto das maravilhosas lilas de Baba:

A senhora Khaparde, de Amraoti, estava passando uns dias em Shirdi com seu jovem filho. O menino começou a ter uma febre alta que se desenvolveu em peste bubônica. A mãe estava assustada e se sentia muito mal. Ela pensou em deixar o lugar para ir a Amraoti, mas à tarde foi ver Baba quando Ele estava se aproximando da casa (o atual mandir de Samadhi), em suas rondas vespertinas, para pedir sua permissão. Informou-Lhe, então, em tom preocupado, que seu amado filho havia contraído a peste. Baba falou-lhe bondosa e suavemente, dizendo que o céu estava cheio de nuvens, mas que se dispersariam e passariam. Tudo ficaria bem e claro. Logo, Ele levantou seu kafni até a cintura mostrando quatro tumores totalmente desenvolvidos, grandes como ovos, e acrescentou: “Vejam o que tenho que sofrer por Meus devotos, suas dificuldades são Minhas.” Vendo essa extraordinária lila, as pessoas se convenceram de como os santos sofrem por seus devotos. A mente dos santos é mais suave que a cera e branda como a manteiga. Amam a seus devotos sem propósito de obter proveito algum, e os consideram como seus verdadeiros parentes.

Certa vez Baba pôs a mão no fogo e a queimou severamente. Seus devotos o agarraram e o afastaram do fogo. Em outra parte da Índia, uma criança sentada no colo da mãe havia caído no fogo e Sai Baba a retirara das chamas; ele salvou assim a vida da criança, mas queimou a própria mão.

Em a911, a Índia foi assolada por uma epidemia. Na mesma ocasião, Sai Baba começou a apresentar vergões por todo o corpo. Nem uma única pessoa em toda a cidade de Shirdi foi afetada pela praga, pois Sai Baba assumiu para si o karma e manifestou-o em seu próprio corpo para salvar a cidade.

          Um dia, estando com forte dor de estomago, pediu aos que estavam à sua volta que enrolassem uma faixa bem apertada ao redor do tronco dele, o que eliminou a dor. Soube-se depois que uma devota estivera sentindo muitas dores de parto e que havia rezado a Baba pedindo-lhe que lhe aliviasse os sofrimentos. Sai Baba, naturalmente, tomou as dores para si. 

 

Shirdi Baba, como Sathya Sai Baba, tinha controle sobre os elementos e há várias histórias dos dois Avatares que relatam comando seus para interromper tempestades, tais como: “pare com sua fúria e acalme-se” ou “nuvens, retirem-se”, no que eram prontamente atendidos, ou ainda, quando havia um incêndio de grandes proporções davam uma ordem ao fogo para que diminuísse e se acalmasse, sendo, também, atendidos em seguida.

 

Sai Baba apreciava muito ter luzes. Ele costumava pedir azeite aos comerciantes e mantinha pratos com mechas ardendo toda a noite, na Mesquita e no Templo. Isso durou por algum tempo. Os comerciantes que forneciam o azeite gratuitamente, certa vez se reuniram e decidiram não mais entregá-lo. Quando, como de costume, Baba veio pedir-lhes azeite, disseram claramente que não o dariam. Sem perturbar-se, Baba regressou à Mesquita e manteve as mechas secas nos pratos de barro. Os comerciantes observavam-no com curiosidade. Baba pegou a jarra de alumínio que continha apenas algumas gotas de azeite, enchendo-a de água e bebendo a seguir. Após consagrar a bebida dessa maneira, encheu com água da jarra todos os pratos de barro e acendeu as mechas. Para surpresa e consternação dos comerciantes, que o observavam, os pratos de barro com as mechas começaram a arder e assim continuaram durante toda a noite. Os comerciantes arrependeram-se e se desculparam. Baba perdoou-os e pediu-lhes que, no futuro, fossem mais dadivosos.

 

           A Unidade das Religiões

Baba realizava muitas lilas, confundindo as pessoas a respeito de Sua ascendência hindu ou muçulmana. Adotava também em Seu ser as enfermidades de Seus devotos, fatos esses que foram descobrindo Sua divindade e a proclamação, por Sua parte, da Paternidade de Deus e a irmandade com os homens.

Shirdi Baba manifestava sua sabedoria com métodos severos, devido às condições que prevaleciam naqueles dias. Ele ensinava mediante ações, não mediante palavras ou discursos.

Sai Baba veio para estender uma ponte entre as comunidades hindu e muçulmana naquela região. Seu conselho constante a todos era: “Rama (o Deus dos hindus) e Rahim (o Deus dos maometanos) são um e o mesmo: não existe a mínima diferença entre eles; então porque seus devotos devem brigar entre si? Vocês, povos ignorantes, crianças, juntem suas mãos e tragam as duas comunidades juntas”.

Era uma época de rivalidades e diferenças entre hindus e muçulmanos. Baba, com sua dupla ação hindu-muçulmana ensinava a afastar toda a diferença de casta e credo, assinalando que toda distinção se relaciona somente com o corpo, que o importante para a humanidade é o coração, buscando a divindade dentro de si.

Baba costumava dizer, de vez em quando: “Allah Malik! Allah Malik! Devido a isso os muçulmanos diziam que Ele era muçulmano. Em outras ocasiões, Baba dizia: “Rama Malik! Krishna Malik!” e por essa razão os hindus afirmavam que era hindu. 

Para terminar com as diferenças entre as duas comunidades, Shirdi Baba demonstrou, através de seus milagres, a verdade de que Baba é o Mestre Supremo de todos os seres.

Ele não estabelecia diferenças de casta ou comunidade, sua religião era comum às pessoas de todos os credos; boa para todas as pessoas que buscam a Deus; observam-na todas as pessoas divinas. É o credo para toda a humanidade.

 

A Tríplice Encarnação

Diz Sathya Sai Baba:

Os três corpos são diferentes, mas a divindade é uma só.

O primeiro advento foi para revelar a Divindade

O segundo, para despertar a Divindade (nos seres humanos)

O próximo advento será para propagar a Divindade.

Os três são: Shirdi Sai, Sathya Sai e Prema Sai.

 

Em entrevista a R. K. Karanjia, transcrita no livro God Lives in Índia – Deus Vive na Índia, Sai Baba explica:

           “As três encarnações não são distintas. A diferença é de quantidade e não de qualidade. O mesmo acontece com os Avatares. As suas tarefas e poderes são diferentes, dependendo das necessidades do momento, da situação e do meio-ambiente, mas eles pertencem e derivam de um único e mesmo Corpo Divino. O Avatar anterior, Shirdi Baba, colocou a base para a integração secular e deu à humanidade a mensagem de que DEVER é TRABALHO. A missão do presente Avatar é fazer com que todos reconheçam que, uma vez que é o mesmo Deus ou Divindade que habita em todos, as pessoas devem respeitar, amar e ajudar umas às outras, independentemente de cor, casta ou crença. Assim, todo TRABALHO torna-se ADORAÇÃO. Finalmente, Prema Sai, o terceiro Avatar, promoverá o evangelho de que Deus não somente reside em todos, mas que cada um é o próprio Deus. Essa será a sabedoria final que permitirá a cada homem e mulher evoluir e tornar-se Deus. Assim, os três Avatares carregam a tríplice mensagem de TRABALHO, ADORAÇÃO e SABEDORIA”.

 

Fontes:

Vision de lo Divino – Eruch B. Fanibunda

La Vida de Sai Baba de Shirdi – Sai Satcharitra - Nagesh Vasudev Gunaji   

Sathyam Sivam Sundaram – La Vida de Sai Baba – Vols. 1 e 2 - N. Kasturi

 

 

 

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«Que os Santos Seres, cujos discípulos aspiramos ser, nos mostrem a luz que
buscamos e nos dêem a poderosa ajuda
de sua Compaixão e Sabedoria. Existe
um AMOR que transcende a toda compreensão e que mora nos corações
daqueles que vivem no Eterno. Há um
Poder que remove todas as coisas. É Ele que vive e se move em quem o Eu é Uno.
Que esse AMOR esteja conosco e que esse
PODER nos eleve até chegar onde o
Iniciador Único é invocado, até ver o Fulgor de Sua Estrela.
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A lente que olha para um mundo material vê uma realidade, enquanto a lente que olha através do coração vê uma cena totalmente diferente, ainda que elas estejam olhando para o mesmo mundo. A lente que vocês escolherem determinará como experienciarão a sua realidade.

Oração ao Criador

“Amado Criador, eu invoco a sua sagrada e divina luz para fluir em meu ser e através de todo o meu ser agora. Permita-me aceitar uma vibração mais elevada de sua energia, do que eu experienciei anteriormente; envolva-me com as suas verdadeiras qualidades do amor incondicional, da aceitação e do equilíbrio. Permita-me amar a minha alma e a mim mesmo incondicionalmente, aceitando a verdade que existe em meu interior e ao meu redor. Auxilie-me a alcançar a minha iluminação espiritual a partir de um espaço de paz e de equilíbrio, em todos os momentos, promovendo a clareza em meu coração, mente e realidade.
Encoraje-me através da minha conexão profunda e segura e da energia de fluxo eterno do amor incondicional, do equilíbrio e da aceitação, a amar, aceitar e valorizar  todos os aspectos do Criador a minha volta, enquanto aceito a minha verdadeira jornada e missão na Terra.
Eu peço com intenções puras e verdadeiras que o amor incondicional, a aceitação e o equilíbrio do Criador, vibrem com poder na vibração da energia e na freqüência da Terra, de modo que estas qualidades sagradas possam se tornar as realidades de todos.
Eu peço que todas as energias e hábitos desnecessários, e falsas crenças em meu interior e ao meu redor, assim como na Terra e ao redor dela e de toda a humanidade, sejam agora permitidos a se dissolverem, guiados pela vontade do Criador. Permita que um amor que seja um poderoso curador e conforto para todos, penetre na Terra, na civilização e em meu ser agora. Grato e que assim seja.”

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