Mensagens de Thiago Fernandes - Anjo de Luz2024-03-28T11:13:09ZThiago Fernandeshttps://anjodeluz.ning.com/profile/ThiagoFernandeshttps://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/61403029?profile=RESIZE_48X48&width=48&height=48&crop=1%3A1https://anjodeluz.ning.com/profiles/blog/feed?user=0s1jbvfxcmpmr&xn_auth=noCantar dos Santos Nomes - Japa-Yogatag:anjodeluz.ning.com,2010-01-29:867289:BlogPost:6220392010-01-29T13:28:11.000ZThiago Fernandeshttps://anjodeluz.ning.com/profile/ThiagoFernandes
O significado da expressão japa-yoga e comunhão com Deus<br />
através da recitação suave de Seus santos nomes: Hare Krishna, Hare Krishna,<br />
Krishna Krishna Hare Hare, Hare Rama Hare Rama Rama Rama Hare Hare; recitação<br />
tal qual pode se realizar com o auxilio de uma japa-mala, ou seja, um colar com<br />
cento e oitos contas semelhante a um rosário.<br />
<br />
Japa-yoga esta inserido dentro do grande processo de Bhakti-yoga e e<br />
considerado uma de suas atividades mais essenciais. No Bhagavad-guita (10.25)<br />
Krisnha…
O significado da expressão japa-yoga e comunhão com Deus<br />
através da recitação suave de Seus santos nomes: Hare Krishna, Hare Krishna,<br />
Krishna Krishna Hare Hare, Hare Rama Hare Rama Rama Rama Hare Hare; recitação<br />
tal qual pode se realizar com o auxilio de uma japa-mala, ou seja, um colar com<br />
cento e oitos contas semelhante a um rosário.<br />
<br />
Japa-yoga esta inserido dentro do grande processo de Bhakti-yoga e e<br />
considerado uma de suas atividades mais essenciais. No Bhagavad-guita (10.25)<br />
Krisnha confirma isso: "De todos os sacrifícios Eu sou o cantar dos santos<br />
nomes (japa).<br />
<br />
Embora muito simples, esta pratica requer muita atenção e orientação. Para<br />
melhor elucidar isso vamos nos referir a um verso do Hari-Bhakti-vilasa, que<br />
trata magistralmente desse assunto: manah samharanam shaucham maunam<br />
mantrartha-chintanam avyagratvam anivedo japa sampati hetavah.<br />
<br />
Se queremos encontrar o tesouro de japa, a primeira qualificação é atenção<br />
concentrada, porem a atenção concentrada esta diretamente relacionada a<br />
purificação da mente. Sobre isso Srila Prabhupada diz:"Ninguém pode<br />
prestar atenção concentrada se não for de mente pura. Ninguém pode ser puro na<br />
mente se não e puro na ação, ninguém pode ser puro na ação se não é puro em comer, dormir, temer e<br />
acasalar-se" (SB 1.3.44). O Sr. também alerta que o contato com<br />
materialistas e muito prejudicial para auto realização justamente por que isso<br />
polui a mente. Logo, se queremos desenvolver concentração devemos começar sendo<br />
limpos fisicamente e em nossos atos. Do contrario quando a mente de alguém fica<br />
poluída e muito difícil se concentrar. Outro elemento muito importante e manter<br />
silencio (maunam). Em geral maunam quer dizer um voto de silencio absoluto.<br />
Para um devoto maunam significa evitar conversas desfavoráveis a consciência de<br />
Krishna. Outra observação mas especifica, e que pelo menos em quanto pratica a<br />
japa, o devoto deve abster-se de falar. Essa famosa japa social e um câncer que<br />
destrói lentamente o avanço espiritual. Adote o processo como uma forma muito<br />
sagrada e reverente de entrar em comunhão com Deus. Quando falamos com uma<br />
pessoa e gostamos dela devemos dar atenção, e não ficar interrompendo a<br />
conversa e olhando para os lados e para o relógio. Essa falta de educação<br />
denota o nosso desinteresse pela pessoa.Da mesma forma Deus e uma pessoa e a<br />
nossa prece deve ser atenta.<br />
<br />
Enquanto se canta , deve se lembrar o significado do maha-mantra Hare Krishna<br />
sobre os quais podemos meditar. Vou citar apenas um que me agrada muito, dado<br />
por Srila Prabhupada: "O canto e uma maneira espiritual de dirigir-se as<br />
Senhor a Sua energia interna. Hara, pedindo-lhes que dêem proteção a alma<br />
condicionada. Esse canto é exatamente como o choro genuíno de uma criança por<br />
sua mãe. Mãe Hara auxilia o devoto a graça do Pai Supremo, Krishna."<br />
<br />
Perseverança e outra qualidade fundamental. Dominadas pelas energia inferiores<br />
da natureza,as pessoas são impacientes e imediatistas. Esperam obter tudo num<br />
caixa eletrônico ou num clic do mouse. Mas para atingir a perfeição da japa e<br />
preciso toda uma vida de dedicação ao processo. O mantra e como uma semente,<br />
não se pode esperar colher o fruto no dia seguinte. E os melhores frutos são os<br />
que levam mais tempo. Assim devemos cultivar perseverança e paciência por meio<br />
da pratica diária de recitar um numero prescrito de voltas de japa-mala.<br />
<br />
Por ultimo mas não menos importante,e o entusiasmo. Entusiasmo e uma palavra<br />
bastante expressiva que transmite bem o sentido do termo em sânscrito.<br />
Etimologicamente entusiasmo quer dizer "com Deus dentro<br />
de si". Confiante de que Deus em seu coração fará de tudo para ajudá-lo na<br />
senda espiritual, o devoto pega sua japa-mala e em êxtase clama pelo Senhor:<br />
HARE KRISHNA HARE KRISHNA KRISHNA KRISHNA HARE HARE, HARE RAMA HARE RAMA RAMA<br />
RAMA HARE HARE.<br />
<br />
Agora mãos a obra, mãos a japa mala.<br />
<br />
<br />
-- Radhanatha prabhuCanção do Divino Mestre - Introduçãotag:anjodeluz.ning.com,2009-05-28:867289:BlogPost:3016702009-05-28T03:00:00.000ZThiago Fernandeshttps://anjodeluz.ning.com/profile/ThiagoFernandes
Dhritarastra e Pandu eram irmãos, pois ambos haviam sido gerados pelo grande sábio Vyasadeva. A história do nascimento deles começa com um incidente ocorrido com o piedoso Maharaja Mahabhisheka.<br />
<br />
Tendo abandonado seu corpo, Mahabhiseka alcançou os planetas celestiais. Ao visitar Satyaloka com o propósito de adorar o Senhor Brahma, Mahabhisheka encontrou-se com a bela deusa Ganga. Naquela atmosfera devocional, uma brisa fortuita levantou o vestido de Ganga, inspirando-o a lançar um olhar…
Dhritarastra e Pandu eram irmãos, pois ambos haviam sido gerados pelo grande sábio Vyasadeva. A história do nascimento deles começa com um incidente ocorrido com o piedoso Maharaja Mahabhisheka.<br />
<br />
Tendo abandonado seu corpo, Mahabhiseka alcançou os planetas celestiais. Ao visitar Satyaloka com o propósito de adorar o Senhor Brahma, Mahabhisheka encontrou-se com a bela deusa Ganga. Naquela atmosfera devocional, uma brisa fortuita levantou o vestido de Ganga, inspirando-o a lançar um olhar luxurioso para ela. Uma vez que Ganga Devi havia respondido ao olhar do rei com um leve sorriso, Brahma ficou indignado com a atitude deles e amaldiçoou-os a nascer na Terra. Não desejando vir a este planeta, Ganga Devi caiu aos pés do Senhor Brahma, pedindo seu perdão. Mas, Brahma disse a ela que somente depois de liberar os oito Vasus*, ela iria recuperar sua verdadeira posição. Desse modo, Mahabhiseka teve de nascer na Terra como Maharaja Santanu e obteve Ganga como sua esposa.<br />
<br />
Enquanto caçava nas margens do rio Ganges, Santanu conheceu a linda donzela Ganga e imediatamente caiu de amor por ela, desejando-a como esposa. Ela aceitou tornar-se sua esposa na condição que ele não poderia se opor a qualquer coisa que ela fizesse. Caso contrário, ela partiria imediatamente para nunca mais voltar. Embora assustado com o que acabara de ouvir, Santanu concordou com Ganga, e eles se casaram.<br />
<br />
Ganga mostrava ser uma esposa ideal. Dedicada e gentil, ela era querida por todos e parecia que eles formavam um casal perfeito. Logo uma bela criança nasceu, entretanto, de uma maneira cruel, Ganga pegou este filho e carregou-o até a beira do rio Ganges. Santanu ficou perplexo, mas, lembrando a promessa que fizera a Ganga, não podia contrariá-la. Desse modo, em grande desespero e calado, Santanu teve de assistir à sua querida esposa atirando dentro do rio Ganges a criança recém-nascida. Sete filhos nasceram e ela jogava um por um dentro do rio Ganges. Em grande desespero e incapaz de se controlar, após o nascimento do oitavo filho, Santanu tentou impedir Ganga de voltar a cometer semelhante crueldade. Embora tivesse concordado com Santanu, Ganga lembrou-o de que ele havia quebrado sua promessa e, como havia sido combinado, imediatamente partiu do palácio para a floresta, acompanhada de seu oitavo filho, o qual passou a chamar-se Devavrata.<br />
<br />
Muitos anos se passaram e, novamente, Santanu Maharaja foi à beira do rio Ganges para caçar. Dessa vez, ele viu um lindo jovem parando o fluxo das águas, atirando uma fileira de flechas sobre toda a sua extensão. Sentindo-se atraído por ele, Santanu se aproximou e, naquele momento, Ganga Devi apareceu novamente diante do rei. Entendendo que o menino era o seu querido filho, Santanu, dirigindo-se a Ganga, pediu-o de volta e levou-o para o seu palácio, enquanto Ganga desapareceu para sempre.<br />
<br />
Santanu ficou muito feliz com a companhia de seu querido e qualificado filho, pois o jovem e maravilhoso Devavrata possuía beleza indescritível e havia sido educado em todos os ramos de conhecimento dos Vedas pelo poderoso sábio Vashistha. Desse modo, todos, e especialmente Santanu, estavam muito felizes, pois agora o reino possuía um herdeiro verdadeiramente qualificado.<br />
<br />
Um dia, novamente enquanto caçava na floresta, Santanu sentiu um doce aroma de almíscar no ar que exalava do corpo da bela jovem chamada Satyavati*, a qual era a filha de um pescador. Sentindo-se completamente encantado por ela, Santanu aproximou-se de seu pai e pediu-a em casamento. Mas o valente pescador não cedeu ao pedido do rei imediatamente, pois ele explicou que sua filha havia recebido uma bênção do grande sábio Parashara Muni de que o filho dela herdaria o trono real. Ele também acrescentou que Santanu já tinha Devavrata como filho e este seria o herdeiro do trono. Incapaz de encontrar solução para o problema, Santanu voltou para o palácio, sentindo muita tristeza e depressão por não poder se casar com a bela Satyavati. Desde então, Santanu perdeu o interesse pela vida e preferia permanecer em sua cama, passando o tempo na solidão.<br />
<br />
Preocupado com a condição de seu pai, Devavrata aproximou-se dos seus ministros, os quais contaram<br />
todos os pormenores da causa da lamentação de seu pai. Imediatamente indo até o pescador, Devavrata pediu para que ele permitisse que sua filha se casasse com seu pai. Tendo ouvido as condições impostas pelo pescador, Devavrata decidiu imediatamente renunciar ao reino. Desse modo, o filho de Satyavati se tornaria o herdeiro do trono. No entanto, o pescador ainda não estava satisfeito. Sendo muito inteligente e perspicaz, ele mencionou que, ainda assim, no futuro poderia haver uma grande disputa pelo trono entre o filho de Satyavati e o filho de Devavrata. Neste caso, num gesto de completa fidelidade a seu pai, Devavrata se levantou e, com as mãos postas, fez um voto solene de castidade, garantindo ao pescador que nunca iria se casar! Neste momento, os semideuses lançaram do céu uma chuva de flores, enquanto declararam impressionados que, a partir daquele momento, Devavrata deveria ser chamado de Bhisma, ou seja: “Aquele que fez um voto terrível”. Ficando satisfeito, o pescador finalmente concordou em dar a mão de sua filha a Santanu.<br />
<br />
Devavrata, agora conhecido como Bhisma, levou Satyavati para o palácio e entregou-a a seu pai. Ao saber dos detalhes sobre o que havia acontecido, Santanu Maharaja ficou muito satisfeito com o seu filho e o abraçou com lágrimas de gratidão e orgulho, dando-lhe a bênção de que ele só iria morrer quando quisesse.<br />
<br />
Do casamento de Santanu e Satyavati nasceram Vichitravirya e Chitrangada, sendo este último coroado como rei. No entanto, o jovem rei foi morto por um Gandharva de mesmo nome, deixando o trono para seu irmão Vichitravirya. Bhisma estava preocupado com a continuidade da dinastia e, por isso, queria que seu jovem irmão Vichitravirya se casasse o mais rápido possível. Ouvindo que o momento da cerimônia svayamvara (a cerimônia da escolha do esposo) das três filhas do rei de Kashi havia chegado, Bhisma se dirigiu até lá. Como ele já era um pouco idoso e tinha a fama de ter feito um voto de castidade, os outros reis tentaram impedi-lo de participar da cerimônia. Depois de derrotar vários reis como Salva, Bhisma heroicamente raptou as três filhas do rei de Kashi e levou-as em sua carruagem para o palácio de Vichitravirya. Com sua chegada, portanto, foram feitas as preparações para o casamento de Vichitravirya com as três princesas que se chamavam Amba, Ambika e Ambalika. Então, Amba aproximou-se de Bhisma e disse-lhe que ela já havia entregado seu coração ao rei Salva. Bhisma, então, permitiu que ela retornasse para casa e fosse procurar Salva. Assim sendo, Vichitravirya casou-se com Ambika e Ambalika. Depois de reinar por sete anos, Vichitravirya acaba morrendo sem deixar nenhum herdeiro, criando mais uma grande crise na dinastia.<br />
<br />
Depois disso, Satyavati aproximou-se de Bhisma e pediu para que ele gerasse uma criança numa das esposas de seu falecido irmão, mas Bhisma manteve-se firme e decidido a não quebrar sua promessa. Então, Satyavati contou-lhe que quando era bastante jovem teve com Parashara Muni um filho cujo nome era Vyasadeva, e sugeriu trazê-lo para gerar filhos nas viúvas de Vichitravirya. Na verdade, Vyasadeva era um sábio muito famoso e poderoso e levava uma vida retirada, praticando austeridades e penitências nas montanhas dos Himalayas. Bhismadeva imediatamente concordou com a idéia, vendo a possibilidade de dar continuidade à dinastia de seu pai. Tendo sido solicitado, Vyasadeva concordou com a proposta e desceu das montanhas Himalayas para satisfazer o pedido de sua querida mãe. No entanto, devido às suas severas penitências, seu aspecto era assustador. Seus cabelos e barba eram longos e desgrenhados e suas unhas eram enormes. Ao aproximar-se de Ambika para gerar um filho, ela ficou bastante assustada e fechou os olhos durante o intercurso sexual. Desta união, nasceu Dhritarastra, um rei muito forte e poderoso. Entretanto, como Ambika havia fechado seus olhos no momento da união com Vyasa, Dhritarastra nasceu cego. Chegou, portanto, a vez de Ambalika ser chamada para conceber um filho com o sábio Vyasa. Sabendo do que havia acontecido com sua irmã, Ambalika estava muito assustada e manteve seus olhos bem abertos durante o ato sexual. O resultado desta união foi o nascimento do poderoso Pandu, o qual nasceu excessivamente pálido, devido à condição assustada de sua mãe na hora de sua concepção. Ao crescerem, Dhritarastra casou-se com Gandhari, ao passo que Pandu casou-se com Kunti e Madri.<br />
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Com a bênção de Vyasa, da união de Dhritarastra e Gandhari, nasceram cem filhos, encabeçados pelo malévolo Duryodhana*, enquanto Pandu teve cinco filhos com suas esposas, os quais ficaram famosos como Pandavas. Embora fosse mais velho do que Pandu, Dhritarastra foi excluído da herança do reino devido à sua cegueira. Desse modo, Pandu foi coroado rei. No entanto, seu reinado durou muito pouco e, antes mesmo de ter filhos, Pandu recebeu uma terrível maldição que ele seria morto no momento que ele se entregasse ao ato sexual. Desse modo, Pandu abandonou o reino e, acompanhado de suas duas esposas, foi viver na floresta executando austeridades. Vendo que novamente a dinastia estava ameaçada, uma de suas esposas, a gloriosa Kunti Devi, revelou que havia recebido a bênção do grande sábio Durvasa Muni de invocar qualquer semideus que desejasse para, deste modo, gerar filhos com ele. Portanto, a pedido de Pandu, Kunti foi capaz de gerar três filhos gloriosos. Primeiro Kunti invocou Dharma, o semideus da religião, gerando assim um virtuosíssimo filho. Logo que nasceu, uma voz divina disse: “Esta criança será chamada Yudhisthira e será gloriosa, determinada, renunciada e famosa nos três mundos!” Pandu desejava também um filho de grande força física. Portanto, Kunti invocou Vayu, o semideus do vento. Tendo se unido com ele, uma criança muito poderosa foi gerada. Ao nascer, a mesma voz sobrenatural disse: “Esta criança será o mais forte dentre os homens!” Em seguida, Kunti invocou Indra, o rei dos céus, e concebeu mais uma linda criança. Desta vez, a voz celestial vibrou: “Ó Kunti, esta criança será tão forte como Kartavirya e Shibi, e, como o próprio Indra, será invencível na batalha. Sua fama espalhar-se-á por todos os lugares e ele obterá armas divinas”. Subsequentemente, Madri, a segunda esposa de Pandu, gerou dois filhos: Nakula e Sahadeva. Estes cinco filhos – Yudhisthira, Bhima, Arjuna, Nakula e Sahadeva – ficaram conhecidos como Pandavas.<br />
<br />
Desde a época em que Pandu havia ido para a floresta, Dhritarastra havia assumido temporariamente o reino, até que Yudhisthira atingisse a idade apropriada para assumir o trono. Entretanto, como resultado da maldição que havia recebido, Pandu morreu antes que seu filho mais velho fosse entronizado e os Pandavas ficaram sob os cuidados de Kunti Devi, uma vez que Madri havia renunciado sua vida, entrando na pira funerária juntamente com seu esposo. Depois disso, os Pandavas foram levados para Hastinapura e foram criados à maneira real sob os cuidados de Dhritarastra.<br />
<br />
Portanto, como depois da morte de seu pai os Pandavas viveram sob o completo abrigo de Dhritarastra, eles também deveriam ser considerados como filhos diretos de Dhritarastra. No entanto, fica bastante explícito aqui no começo do Bhagavad-gita que, infelizmente, Dhritarastra limitava seu interesse apenas em seus filhos, não se considerando responsável de por proteção a filhos de seu irmão Pandu. Em condições normais, tal comportamento por parte de Dhritarastra não fazia o menor sentido, uma vez que tanto seus filhos quanto os filhos de seu falecido irmão sempre viveram juntos no mesmo palácio onde estudaram e aprenderam as ciências militares, políticas, etc.<br />
<br />
O verdadeiro problema era que a cegueira de Dhritarastra também se manifestava na vida espiritual. Especialmente seu filho mais velho, Duryodhana, havia herdado dele esta mesma cegueira espiritual e não queria conviver amistosamente com seus primos-irmãos, os Pandavas. Ele não conseguia tolerar o fato de que seus primos, encabeçados por Yudhisthira, deveriam ser coroados como sucessores do reino dos Kurus. Sedentos de poder, os invejosos filhos de Dhritarastra criaram uma situação insustentável, a qual acabou culminando na grande Batalha de Kurukshetra.<br />
<br />
É igualmente importante verificarmos a grande preocupação de Dhritarastra pelo resultado desta batalha. Em seu íntimo, ele podia compreender que a tentativa de seus filhos de usurparem o reino de seus primos era ilícita e, por conseguinte, estava destinada ao fracasso. Ao citar que a batalha aconteceria em Kurukshetra, um lugar de peregrinação, ele estava indiretamente perguntando a seu secretário Sañjaya* se, de fato, a influência do lugar favoreceria os Pandavas que eram seguidores estritos do dharma. Como resposta, Sañjaya inicia a descrição da situação no campo de Kurukshetra, transmitindo primeiramente o diálogo entre Duryodhana e seu mestre de armas, Dronacharya.<br />
<br />
Como um materialista cobiçoso e obstinado, Duryodhana estava pensando que a força de seu exército era superior. Ele não podia compreender que o Senhor Krishna, a Suprema Personalidade de Deus, estando ao lado de Arjuna, definia completamente a vitória para o lado dos Pandavas, os quais, além de altamente qualificados, se sentiam plenamente dependentes e confiantes na misericórdia do Senhor.<br />
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<br />
ref.: <a href="http://gita.vraja.net/cap/1.htm">http://gita.vraja.net/cap/1.htm</a>Canção do Divino Mestre - Prefáciotag:anjodeluz.ning.com,2009-05-28:867289:BlogPost:3016622009-05-28T03:00:00.000ZThiago Fernandeshttps://anjodeluz.ning.com/profile/ThiagoFernandes
<b>Bhagavad-gita, a Essência do Conhecimento Védico</b><br />
<br />
Os Vedas são a fonte original de todo e qualquer conhecimento e sua origem é transcendental. Desse modo, não há ramo de conhecimento material ou espiritual que não esteja contido nos textos védicos originais. O conhecimento de uma pessoa sob a influência da energia material está sempre sujeito a quatro tipos de defeitos: sua mente e intelecto têm a forte tendência de se iludir, seu comportamento está sempre manchado de erros, seus…
<b>Bhagavad-gita, a Essência do Conhecimento Védico</b><br />
<br />
Os Vedas são a fonte original de todo e qualquer conhecimento e sua origem é transcendental. Desse modo, não há ramo de conhecimento material ou espiritual que não esteja contido nos textos védicos originais. O conhecimento de uma pessoa sob a influência da energia material está sempre sujeito a quatro tipos de defeitos: sua mente e intelecto têm a forte tendência de se iludir, seu comportamento está sempre manchado de erros, seus sentidos de percepção são defeituosos e limitados e, para satisfazer seus interesses pessoais, ela é capaz de enganar as outras pessoas. Na verdade, é comum que uma pessoa na plataforma material manifeste um ou mais destes defeitos de uma só vez. No entanto, devemos compreender que o conhecimento védico não possui nenhum destes defeitos, pois foi transmitido pela Pessoa Suprema – uma fonte completamente transcendental. O receptor original deste conhecimento foi o primeiro ser vivo, o Senhor Brahma, o qual existiu antes mesmo da criação material. Brahmaji foi dotado de poder pelo Senhor para criar o mundo material com o propósito de dar uma nova oportunidade às almas condicionadas que não alcançaram a liberação na criação anterior. Depois de cumprir esta missão, Brahma transmitiu este conhecimento védico ao sábio Narada que, por sua vez, o transmitiu a seu discípulo Vyasadeva que, com o propósito de preservá-lo, registrou-o na forma literária.<br />
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Uma vez que os Vedas têm como propósito último fornecer conhecimento sobre a auto-realização espiritual, os seus temas são compreendidos apenas por pessoas com excepcionais qualidades de bondade, e não podem compreendê-los as pessoas sob a influência da paixão e da ignorância. Por este motivo, no início da era de Kali, o grande sábio Vyasa dividiu os Vedas em vários ramos, tornando-os acessíveis às pessoas menos inteligentes, situadas na paixão e na ignorância. Especialmente, o sábio Vyasa preparou o Mahabharata, uma compilação admirável repleta de histórias que prendem a atenção de qualquer tipo de pessoa, e, dentro do Mahabharata, incluiu a essência do conhecimento védico na forma do Bhagavad-gita. A realidade é que as pessoas comuns se interessam muito mais por histórias fascinantes do que por filosofia profunda. Assim, Vyasadeva compôs o Mahabharata, e prendeu a atenção dos leitores menos inteligentes com a incrível história da disputa pelo trono entre as dinastias Kaurava e Pandava. O interessante é que no momento mais crítico da história, exatamente quando a Batalha de Kurukshetra está por começar, o Senhor Krishna entra em cena e transmite Sua mensagem maravilhosa, ou seja, o Bhagavad-gita. Na verdade, toda a trama política e envolvente do Mahabharata não passa de um arranjo divino para prender a atenção dos leitores para que o Senhor Krishna possa derramar um oceano infinito de instruções sublimes sob a forma do Bhagavad-gita, o resumo da verdadeira essência dos Vedas.<br />
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As próprias escrituras védicas não se cansam de glorificar as qualidades singulares do Bhagavad-gita. Isto porque o Bhagavad-gita emanou diretamente da boca da maior autoridade em conhecimento, Sri Krishna, o qual é glorificado em todos os Vedas como Mahaprabhu, o Mestre Espiritual Supremo, e Purushottama, a Maior de Todas as Personalidades. Devemos ser entusiastas em estudar o Bhagavad-gita e compreender que ele é a manifestação da ilimitada bondade do Senhor, que, em apenas 700 versos, apresentou toda a essência do conhecimento contido em todos os Vedas.<br />
<br />
Nesta era atual, as pessoas têm uma curta duração de vida e não são muito entusiastas e qualificadas para estudar a imensidão de textos védicos, tais como os Puranas, Upanishads, Vedanta-sutra, etc. Desse modo, ao estudarem simplesmente o Bhagavad-gita, todos poderão se elevar ao estado de sabedoria e iluminação transcendental. Portanto, assim como os Vedas, o conhecimento apresentado no Gita é eterno e imaculado e se destina ao homem fiel que tem o desejo sincero de compreender o tema de como se livrar das garras da existência material e alcançar uma existência eterna e plena de felicidade. O Bhagavad-gita é o primeiro livro de valores espirituais e eleva o seu estudante para que ele possa iniciar seu estudo da filosofia Vedanta para, finalmente, ingressar no bhagavata-dharma, ou seja, serviço devocional amoroso ao Senhor.<br />
<br />
Segundo os Vedas, o cosmos material se manifesta em ciclos de quatro eras: Satya, Treta, Dvapara e Kali. A era de Satya é caracterizada pelas boas virtudes e todos os seres humanos que vivem na Terra são repletos de qualidades divinas. Na era de Treta, há um declínio das virtudes e a Terra passa a abrigar ao mesmo tempo seres divinos e seres demoníacos. Na era de Dvapara, o aumento da irreligião e da impiedade se acentua e o divino e o demoníaco passam a viver na mesma família. Finalmente, na era de Kali, ou era das trevas, há um predomínio total de irreligião, hipocrisia e desavenças, e a natureza divina e demoníaca habitam lado a lado no mesmo corpo.<br />
<br />
Desse modo, foi há cinco mil anos, entre o final da era de Dvapara e o começo da era de Kali, que a Pessoa Suprema, Bhagavan Sri Krishna, veio à Terra e transmitiu para Arjuna este conhecimento sublime do Bhagavad-gita, removendo, assim, todas as suas dúvidas, ansiedades e lamentações. O cenário do Bhagavad-gita foi o campo sagrado de Kurukshetra, minutos antes da batalha mais violenta já registrada pela história dos últimos tempos. Naquela época, a Terra e seus habitantes estavam sendo atormentados pela influência perturbadora de indivíduos materialistas e cobiçosos e, como é confirmado no Capítulo Quatro do próprio Bhagavad-gita, em tais situações, o próprio Senhor sempre desce a este ou qualquer outro planeta para eliminar os elementos indesejáveis e proteger diretamente as pessoas piedosas.<br />
<br />
Sendo um companheiro eterno do Senhor Krishna, o guerreiro Arjuna está sempre livre de qualquer classe de ilusão. Entretanto, ele foi colocado em ilusão pessoalmente pelo Senhor, porque o Senhor desejava transmitir os ensinamentos do Bhagavad-gita para as futuras gerações. Desse modo, representando o papel de uma pessoa absorta em sofrimento material, Arjuna pôde formular perguntas relevantes sobre os verdadeiros problemas da vida.<br />
<br />
Devemos entender que Arjuna está representando a nossa posição, pois, quer compreendamos ou não, na existência material convivemos frequentemente com ansiedades e temores. Portanto, temos de primeiramente seguir o exemplo de Arjuna que admitiu sua incapacidade de, sozinho, solucionar os problemas que surgiram diante dele no Campo de Batalha de Kurukshetra. Depois disso, temos de aceitar o abrigo do Senhor e seguir Suas instruções divinas, independente do nível de educação ou inteligência que possamos ter. A realidade é que não temos a capacidade de encontrarmos as devidas soluções para os problemas que surgem na vida, pois, em nossa vida prática, é como se estivéssemos no Campo de Kurukshetra, onde a batalha entre o bem e o mal acontece a todo momento. Arjuna mostrou-nos que, se quisermos vencer esta grande batalha interna, temos de nos armar com o conhecimento transcendental do Bhagavad-gita, o qual não foi destinado apenas ao guerreiro. Na realidade, tais instruções sublimes não se aplicam apenas àquele momento ou lugar específico, mas servem para todos os tipos de pessoas, em todas as épocas e lugares. Isto significa que, ainda hoje, se uma pessoa for inteligente o bastante para compreender o Bhagavad-gita do mesmo modo que Arjuna o compreendeu, ela será tão beneficiada como Arjuna, o qual estava na presença pessoal do Senhor.<br />
<br />
Faz parte do conhecimento transcendental compreender que, uma vez que o Senhor é absoluto, não existe diferença entre Ele e Suas instruções. Materialmente falando, a associação entre uma pessoa e outra depende do contato pessoal físico, mas na plataforma espiritual a situação é diferente. Na verdade, o Senhor Krishna transmitiu estes ensinamentos sublimes, os quais foram registrados pelo grande sábio Vyasadeva, para que sempre tenhamos a oportunidade de estar recebendo instruções do Senhor mesmo que Ele esteja fora de nossa visão material. Por si sós, nossos sentidos materiais limitados nunca nos darão acesso à compreensão do Senhor ilimitado. Entretanto, justamente por ser ilimitado, o Senhor pode Se revelar mesmo àqueles que possuem sentidos limitados, pois, caso Ele não pudesse, o próprio Senhor também seria limitado como um de nós.<br />
<br />
O Senhor possui poderes inconcebíveis. Desse modo, sendo uma das energias do Senhor, a energia material pode ser espiritualizada pelo Seu desejo transcendental. Desse modo, a representação de uma escritura como o Bhagavad-gita é uma representação sonora autêntica do Senhor e é especialmente destinada à percepção sensorial que possuímos neste momento.<br />
<br />
Chandramukha Swami<br />
26 de Dezembro de 1999<br />
Dia do desaparecimento de Srila Bhaktisiddhanta Sarasvati Thakur<br />
Kurukshetra Tirtha<br />
(O local onde o sagrado Gita foi falado há mais de cinco mil anos)<br />
Haryana, Índia<br />
<br />
<br />
ref.: <a href="http://gita.vraja.net/cap/intro.htm">http://gita.vraja.net/cap/intro.htm</a>O homem é a própria “felicidade eterna”tag:anjodeluz.ning.com,2009-04-22:867289:BlogPost:2448402009-04-22T14:05:57.000ZThiago Fernandeshttps://anjodeluz.ning.com/profile/ThiagoFernandes
Caríssimos,<br />
<br />
Nossas alma urgem por libertação. Devemos nos fixar no Eu dia após dia, através do ouvir (a Palavra) e do caminho estreito, a fim de que sejamos agraciados com a Verdade e a Graça.<br />
Segue um texto reflexivo do Mestre No-Ie, Massaharu Taniguchi.<br />
<br />
Namastê. Haribol!<br />
<br />
<b>O homem é a própria “felicidade eterna”</b><br />
<br />
Quando atravessamos o Mar do Ryu-gu e chegamos ao Palácio do Ryu-gu, descobrimos o nosso “Eu eterno”, que é a própria “felicidade eterna”. Esse estado espiritual está…
Caríssimos,<br />
<br />
Nossas alma urgem por libertação. Devemos nos fixar no Eu dia após dia, através do ouvir (a Palavra) e do caminho estreito, a fim de que sejamos agraciados com a Verdade e a Graça.<br />
Segue um texto reflexivo do Mestre No-Ie, Massaharu Taniguchi.<br />
<br />
Namastê. Haribol!<br />
<br />
<b>O homem é a própria “felicidade eterna”</b><br />
<br />
Quando atravessamos o Mar do Ryu-gu e chegamos ao Palácio do Ryu-gu, descobrimos o nosso “Eu eterno”, que é a própria “felicidade eterna”. Esse estado espiritual está descrito na “Revelação Divina da inexistência da doença e felicidade eterna”.<br />
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“Eu me entrego totalmente nas mãos de Deus. Tudo corre naturalmente bem, como as águas do rio, conforme a vontade de Deus. Quando atinjo este estado espiritual, desaparecem de modo natural tanto o desejo de vangloriar-me dos sofrimentos como o desejo de fugir deles, não existem nem dificuldades e nem sofrimentos, surge a verdadeira alegria que transcende as alegrias e dores relativas, eu me transformo, o Universo se transforma, e a minha vida se enche de hinos de alegria. No Jisso há alegria suprema que transcende as dores e alegrias relativas. É errôneo dizer simplesmente que no Jisso não há alegrias nem dores. O Jisso transcende tais alegrias e dores falsas, mas possui Alegria Verdadeira. Jisso é o próprio êxtase Espiritual. Essa ‘Alegria Verdadeira’ é o ‘verdadeiro Eu’ é o ‘Filho de Deus’. O ‘Filho de Deus’ é o ‘homem em si’, e não existe outro ‘homem’ além dele. Homem é a própria Felicidade Eterna, que não adoece, não sofre e não se destrói” (Revelação Divina de 10 de novembro de 1932).<br />
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Esse “Eu maravilhoso” é o “verdadeiro Eu” que nós conscientizamos quando penetramos no Ryu-gu. Devemos ler mais vezes as Revelações divinas e assimilar a Verdade nelas contida.TUDO DEPENDE DE SEUS PASSOStag:anjodeluz.ning.com,2009-04-20:867289:BlogPost:2428502009-04-20T20:30:00.000ZThiago Fernandeshttps://anjodeluz.ning.com/profile/ThiagoFernandes
A semente da conscientização está em cada um de nós, mas normalmente esquecemos de regá-la. Pensamos que a felicidade só é possível no futuro - quando adquirimos uma casa, um carro, o diploma universitário. Lutamos de corpo e alma e não alcançamos a paz e a alegria que estão disponíveis agora mesmo – o céu azul, as folhas verdes, os olhos da pessoa amada.<br />
O que é mais importante? Muitas pessoas passaram nos exames, compraram casas e carros, mas continuam infelizes. O mais importante é encontrar…
A semente da conscientização está em cada um de nós, mas normalmente esquecemos de regá-la. Pensamos que a felicidade só é possível no futuro - quando adquirimos uma casa, um carro, o diploma universitário. Lutamos de corpo e alma e não alcançamos a paz e a alegria que estão disponíveis agora mesmo – o céu azul, as folhas verdes, os olhos da pessoa amada.<br />
O que é mais importante? Muitas pessoas passaram nos exames, compraram casas e carros, mas continuam infelizes. O mais importante é encontrar a paz e partilhá-la com os outros. Para ter paz você pode começar andando pacificamente. Tudo depende de seus passos.<br />
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(Meditação andando, Thich Nhat Hanh - VOZES, 2007)