Anjo de Luz

Informação é Luz , ajude a propagar

A ÁRVORE DA FRATERNIDADE UNIVERSAL - HELENA P. BLAVATSKY....

08 abr 2013 – A Árvore da Fraternidade Universal – por HPB

Helena P. Blavatsky
 
 
A nossa Sociedade é a árvore da Fraternidade, crescida de um grão plantado na terra pelo Anjo da Caridade e Justiça, no dia em que o primeiro Caim matou o primeiro Abel.
 
Durante longos séculos de dominação das mulheres e de sofrimento dos pobres, esse grão foi regado pelas lágrimas amargas derramadas pelos fracos e oprimidos.
 
Mãos abençoadas o transplantaram de um canto para o outro da terra, sob climas diferentes e em épocas distantes uma da outra. “Não faças aos outros aquilo que não desejas que os outros façam a ti”, disse Confúcio aos seus discípulos.  “Tenham amor uns pelos outros, e amem todas as criaturas vivas”, pregou Gautama o Buda a seus Arhats. “Tenham amor uns pelos outros”, foi repetido como um eco fiel nas ruas de Jerusalém. É às nações cristãs que pertence a honra de ter obedecido a esse mandamento supremo do seu Mestre em toda a sua força paradoxal! Calígula, o pagão, desejou que a humanidade tivesse apenas uma cabeça, para que ele pudesse cortá-la com um só golpe. Os países cristãos aperfeiçoaram este desejo que até então havia permanecido teórico, depois de procurarem, e finalmente encontrarem, os meios para colocá-lo em prática.
 
Que eles se preparem, portanto,  para cortar as gargantas uns dos outros, e que exterminem mais pessoas em um dia em guerra do que os Césares mataram num ano inteiro. Que eles despovoem países inteiros e províncias em nome de sua religião paradoxal, e morram pela espada, eles que matam pela espada.  O que temos nós a ver com isso? Os teosofistas são impotentes para detê-los.  Isso é verdade. Mas está em seu poder salvar tantos sobreviventes quanto possível.  Sendo um núcleo de uma verdadeira Fraternidade, depende dos teosofistas fazer de sua Sociedade uma arca destinada, em um futuro não muito distante, a transportar a humanidade de um novo ciclo para além das  vastas águas lamacentas do dilúvio do materialismo sem esperança. Estas águas estão subindo e neste preciso momento inundando todos os países civilizados. Vamos nós deixar o bom perecer com o mau, por medo do clamor, do grito e do desprezo dos maus, seja contra a Sociedade Teosófica, seja contra nós mesmos?  Será que vamos vê-los morrer um após o outro, um de cansaço, o outro procurando em vão pelo raio de sol que brilha para todos – sem jogar-lhes uma tábua de salvação?  Nunca!
 
É bem possível que a bela utopia, o sonho filantrópico que visualiza o tríplice desejo da Sociedade Teosófica como uma realidade, esteja ainda bem longe. A liberdade inteira e completa da consciência humana sendo garantida a todos, a fraternidade estabelecida entre os ricos e pobres, e a igualdade entre os aristocratas e plebeus sendo reconhecida tanto em teoria como na prática – estes são castelos de Dom Quixote, e não por acaso. Tudo isto deve acontecer naturalmente, de forma voluntária, por iniciativa de ambas as partes. No entanto,  ainda não chegou o tempo em que o leão e o cordeiro estarão lado a lado em paz.   
 
A grande reforma deve acontecer sem convulsão social, sem derramar uma gota de sangue, apenas em nome da verdade axiomática da Filosofia Oriental que mostra que a grande disparidade de fortunas, de posição social e de intelecto, é devida aos efeitos do Carma pessoal de cada ser humano. Nós colhemos apenas o que semeamos. Embora a personalidade física do homem seja diferente da de qualquer outro homem, o ser imaterial nele ou a individualidade imortal emana da mesma essência divina da consciência do seu vizinho.
 
Aquele que percebe profundamente a verdade filosófica de que cada eu superior começa e termina no TODO indivisível não pode amar seu próximo menos que a si mesmo. Mas, até o momento em que isso se torne uma verdade religiosa, a reforma não poderá ocorrer. 
 
O provérbio egoísta segundo o qual “a caridade começa em casa”, e o outro que diz “cada um por si e Deus por todos”, levarão sempre as raças cristãs “superiores” a se oporem à introdução prática do belo ditado pagão: “Todo mendigo é como um filho de um homem rico”, e ainda mais daquele que diz: “Alimenta primeiro o faminto, e come, depois, o que sobrou”.
Mas virá o tempo em aquela sabedoria “bárbara” das “raças inferiores” será melhor apreciada. Até lá, devemos tentar trazer um pouco de paz na terra aos corações daqueles que sofrem, levantando uma ponta do véu que esconde deles a verdade divina.  Os fortes devem apontar o caminho para os fracos e ajudá-los a subir a encosta íngreme da existência. Que eles voltem o seu olhar para o Farol que brilha como uma nova estrela de Belém no horizonte, mais além do misterioso e inexplorado mar das ciências teosóficas;  e que os deserdados da vida retomem a esperança.
“The Beacon of the Unknown”, (“O Farol do Desconhecido”) “The Collected Writings of Helena Blavatsky”, TPH, Índia / EUA, volume XI, pp.212-283. Ver especialmente pp. 281-283 para o fragmento presente, que conclui o ensaio. O texto foi publicado pela primeira vez em francês em “La Revue Théosophique”, Paris. Ele apareceu parceladamente em várias edições de 1889.

Exibições: 20

Comentar

Você precisa ser um membro de Anjo de Luz para adicionar comentários!

Entrar em Anjo de Luz

Seja um apoiador de Anjo de Luz

Para mantermos os sites de Anjo de Luz, precisamos de ajuda financeira. Para nos apoiar é só clicar!
Ao fazer sua doação você expressa sua gratidão pelo serviço!

CHEQUES DA ABUNDÂNCIA

NA LUA NOVA.

CLIQUE AQUI

 
Visit Ave Luz

 

PUBLICIDADE




Badge

Carregando...

Co-criando A NOVA TERRA

«Que os Santos Seres, cujos discípulos aspiramos ser, nos mostrem a luz que
buscamos e nos dêem a poderosa ajuda
de sua Compaixão e Sabedoria. Existe
um AMOR que transcende a toda compreensão e que mora nos corações
daqueles que vivem no Eterno. Há um
Poder que remove todas as coisas. É Ele que vive e se move em quem o Eu é Uno.
Que esse AMOR esteja conosco e que esse
PODER nos eleve até chegar onde o
Iniciador Único é invocado, até ver o Fulgor de Sua Estrela.
Que o AMOR e a bênção dos Santos Seres
se difunda nos mundos.
PAZ e AMOR a todos os Seres»

A lente que olha para um mundo material vê uma realidade, enquanto a lente que olha através do coração vê uma cena totalmente diferente, ainda que elas estejam olhando para o mesmo mundo. A lente que vocês escolherem determinará como experienciarão a sua realidade.

Oração ao Criador

“Amado Criador, eu invoco a sua sagrada e divina luz para fluir em meu ser e através de todo o meu ser agora. Permita-me aceitar uma vibração mais elevada de sua energia, do que eu experienciei anteriormente; envolva-me com as suas verdadeiras qualidades do amor incondicional, da aceitação e do equilíbrio. Permita-me amar a minha alma e a mim mesmo incondicionalmente, aceitando a verdade que existe em meu interior e ao meu redor. Auxilie-me a alcançar a minha iluminação espiritual a partir de um espaço de paz e de equilíbrio, em todos os momentos, promovendo a clareza em meu coração, mente e realidade.
Encoraje-me através da minha conexão profunda e segura e da energia de fluxo eterno do amor incondicional, do equilíbrio e da aceitação, a amar, aceitar e valorizar  todos os aspectos do Criador a minha volta, enquanto aceito a minha verdadeira jornada e missão na Terra.
Eu peço com intenções puras e verdadeiras que o amor incondicional, a aceitação e o equilíbrio do Criador, vibrem com poder na vibração da energia e na freqüência da Terra, de modo que estas qualidades sagradas possam se tornar as realidades de todos.
Eu peço que todas as energias e hábitos desnecessários, e falsas crenças em meu interior e ao meu redor, assim como na Terra e ao redor dela e de toda a humanidade, sejam agora permitidos a se dissolverem, guiados pela vontade do Criador. Permita que um amor que seja um poderoso curador e conforto para todos, penetre na Terra, na civilização e em meu ser agora. Grato e que assim seja.”

© 2024   Criado por Fada San.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço