O frugivorismo é uma dieta à base de frutas cruas ou cozidas. É uma alimentação que não implica a morte da planta. Esta dieta é uma das mais altas expressões do vegetarianismo, pois é um sistema de alimentação que não oferece contradições em nenhum dos aspectos que normalmente se têm em conta numa alimentação mais saudável, como sejam: ético, moral, religioso, ecológico, medicinal e nutricional. Baseia-se no princípio de que as frutas são uma dádiva da natureza e constituem o mais perfeito tipo de alimento para o homem. As frutas são alimentos que estão em harmonia perfeita com o organismo e que permitem realizar um ideal construtivo e de inofensividade, já que para nos alimentarmos não privamos da vida nenhum animal ou planta. A alimentação de frutas, pelas condições fisiológicas que implica, também não exige esforços na digestão A fruta ideal, além de saborosa e saudável, não deve ter danos causados por insectos, doenças ou manuseio inadequado. Deve também possuir textura, suculência, sabor, qualidades nutricionais, e principalmente não estar contaminada por produtos químicos potencialmente tóxicos para o ser humano. O mais conveniente é a alimentação com frutos naturais do lugar onde se vive, e colher apenas no momento em que a árvore ou planta os deixa cair no solo. Também são preferidos os frutos crus para aproveitar por inteiro o seu valor nutritivo e os seus factores de vitalização. As refeições podem tornar-se sintéticas e completas combinando frutos amiláceos com frutos oleaginosos. Todos eles são alimentos ricos em hidratos de carbono, sais minerais e vitaminas. Os oleaginosos, como nozes, avelãs, amêndoas, azeitonas, contêm ainda proteínas e lípidos. Os frugívoros consideram então esta dieta completa por conter proteínas suficientes (nozes, amêndoas), hidratos de carbono (féculas e açucares) em grande quantidade (bananas, uvas, maçãs, pêras, amêndoas, etc.) lípidos (nozes, azeitonas, amêndoas, cocos, etc.) e os frutos são ainda a fonte mais completa de vitaminas e sais minerais. É nos frutos que a árvore ou a planta acumula a quantidade e qualidade de energia. Considera-se que é na polpa que a energia solar surge na sua mais sublime versão, protegendo e promovendo a vida. Por isso se defende que ingerir estes alimentos é aproveitar ao máximo a energia solar, que é, em suma, o que directa ou indirectamente o ser humano aproveita dos alimentos para se nutrir. Os frugívoros defendem que a alimentação ideal do ser humano perfeito é a ingestão de frutos e que o homem só deve comer alimentos que contenham germes da vida que correspondem à sua natureza superior. Muitos foram os povos no Mundo que se alimentaram apenas de frutos, nomeadamente na Austrália, na Califórnia e na Argentina. Otto Carque, um dos grandes defensores do frugivorismo, indica como suficientes para 24 horas as seguintes rações, que devem ser divididas em duas refeições: - 120 g de amendoins ou avelãs, ou 100 g de nozes ou amêndoas; - 500 g de pão integral sem levedura, ou 200 g de frumento moído; - 1 kg de maçãs ou de uvas, ou 600g de pêras ou laranjas, ou 250 g de tâmaras. Referências: Sylvie Truffaut, Da Dieta ao Jejum, Editorial Verbo Copyright Centro Vegetariano. Reprodução permitida desde que indicando o endereço: http://www.centrovegetariano.org/Article-91-Frugivorismo%2B-%2Bdiet... |