A GRANDE ESTRATÉGIA

[Luiz Soares da Silva]

Luiz Soares das Terras Nordestinas.

Fazendo uma retrospectiva nos fatos comentados nestes últimos trinta anos, nos deparamos com uma saraivada de concepções, análises, ensinamentos, regras, postulados e alguns momentos ou situações vinculadas as efemérides planetárias.

O fato mais marcante foi sem dúvida aquele em que nos agarramos sobremaneira, considerando fundamentalmente o calendário Maia. Foram anos, dias e muitas horas de constrições e meditações. Neste particular cheguei a escrever alguns textos. No final das contas nada, como havíamos imaginado aconteceu.

Passado o momento crítico, a tendência como uma onda que atingiu a todos nos veio com a certeza de que algo havia mudado. A mudança em questão não teve pirotecnia; mas, sim a descoberta do nosso extravasamento interior. O paradigma agora seria o EU SUPERIOR. Em assim sendo a onda que nos foi repassada estaria provocando uma verdadeira revolução na nossa crença externa.

Concomitantemente a ideia da vinda do Cristo vai se transformando num outro olhar, seria o olhar de fora para dentro de cada um de nós. O nosso despertar fatalmente seria a vinda do redentor multiplicado, na medida em que íamos nos descobrindo e assim mais estaríamos nos agregando a divindade superior. De sementes estrelares nos transformariamos em divindades, com a finalidade de ser o referencial e poder ajudar aos demais no processo de ascensão.

Sempre fui e continuarei a ser um intransigente contrário as regras, normas, que mais parecem cartilhas educacionais. Entretanto, chego a imaginar como se pautar neste universo da civilização humana, que somente se estabiliza se criar ou materializar os fundamentos crísticos. Nesta posição me vem em mente aquela musica que diz: Olha lá vai passando a procissão, se arrastando que nem cobra pelo chão.

Sem sombra de dúvidas somos ainda, infelizmente, altamente espertos na arte de deixar transparecer a nossa religiosidade. Ela supostamente impressiona quando os atos são públicos e recheados de pieguismo assoberbados. Diria que se sobressai na aparência, na curiosidade, na observação para servir de pretexto a comentários de ordem eminentemente material.

Sentir a necessidade de estar com os nossos amigos ou mentores espirituais, representa sair do corpo e adentrar na energia que mantém o mundo Cristico. A melhor forma de assim praticarmos seria através da meditação. A meditação é um momento muito intimo, intransferível e individualizado. Eu e Deus. Deus e EU. Além disto, temos as nossas intenções que nos movem todos os minutos, durante a nossa estadia no planeta terra. 

Para não me deixar levar dentro de uma convicção imaginária, resolvi assumir uma postura, uma posição, uma determinação em seguir apenas o que me vem do interior. Se eu sou o que sou, como muitos ensinamentos nos dizem, então porque ficar decorando, lendo, se preocupando com o meu exterior. Cada um que crie a sua estrada. Cada um que experimente programar o seu mundo, o seu universo sem fronteiras.

Libertei-me do famigerado antagonismo. A forma de riscá-lo do meu mapa foi sempre considerar o dia atual. A cada amanhecer procuro a sintonia com o meu Eu Superior. Formalizo os meus desafios e afazeres e procuro cumpri-los fielmente. É preciso ter consciência do que posso programar. Essa consciência é a mola mestra da minha evolução espiritual. Em assim definido é preciso estar sempre FOCADO naquilo que você elegeu como possível. Muitas vezes, antes de dormir constato que, mesmo com a minha total persistência, não pude considerar a tarefa perfeitamente e imediatamente concluída. Ai vem à sabedoria da paciência.  A vida não é um jogo de cartas. Uma flor para desabrochar precisa cumprir um ritual!

A sequência da ritualização se compara a uma partitura. É preciso lembrar que a partitura inclui muitos acordes e a inclusão de muitos instrumentos a serem requisitados naquela hora, de modo a que a sinfonia possa ser um delírio musical. A semente pode germinar em solo estéril pela simples adoção da água. Mesmo assim quem garante que aquela planta irá produzir e nos deleitar com os seus saborosos frutos? Ninguém!

Abraços fraternos do Luiz Soares. 

[Vania Maria Congro Teles]

Sábias palavras... idem...