“A SABEDORIA ONISCIENTE DO ANJO EXILADO
E OS INSTRUTORES DA NOVA ERA.”
"A compreensão dos ensinamentos do Cristo e sua aplicação, através da atividade
Inteligente, e da Boa Vontade Mundial em favor da vida, resultará em "Corretas Relações
Humanas". Este procedimento se constituirá no maior fator de elevação dos homens e das diversas raças, pois só assim se cumprirão o plano de paz e luz na Terra.
A solidariedade divorciada dos interesses rasteiros revela a suprema consagração do amor divino entre as criaturas..."
(Premanandâchâryâ)
O olhar meigo do rabi galileu denotava profunda tristeza, ao observar a política de comércio no Templo sagrado de Jerusalém. Seus olhos de sol, que sempre resplandeciam junto dos corações simples, estavam agora como que anuviados por uma plúmbea tristeza, a obstruir as claridades divinas de sua alma.
Jesus, O Mestre inconfundível, profundo conhecedor da psicologia humana, contemplava entre o silêncio e a dor, a prostituição do santo lugar, enquanto os gritos dos vendedores e ambulantes se alteavam e se confundiam com o alarido da chusma de fiéis, que se acotovelavam por entre inúmeras barracas espalhadas no pátio central do Templo, a fim de aproveitarem as melhores ofertas do dia...
Como aljofas cristalinas, duas lágrimas visitaram seus olhos, enquanto Ele permanecia absorto naquele caos patrocinado pelos velhacos do Templo de Salomão.
A ignorância, consorciada à ganância e ao apego ao dinheiro para fins egoístas, faziam da casa do Senhor um lugar de exploração abjeta.
Quando havia celebrações e se realizavam os festins em honra à Jeová, logo apareciam os oportunistas para lesar os bolsos do povo incauto, que acorriam ao santuário na intenção ingênua de agradar ao Senhor.
E inflamados em sua crença pueril, pelos sacerdotes, o povo comprava de tudo, por que o Senhor Deus "necessitava de sacrifícios", diziam os mais cínicos, sem esconderem a satisfação de verem o povo gastando até o que não podiam, para irem depois conferir o resultado da rapinagem.
O povo como sempre, indiferente às necessidades de reeducação moral, omissos quanto às suas responsabilidades religiosas, acomodavam-se ao sabor das tradições e atavismos cultivados com a hipocrisia dos sacerdotes, deixavam-se guiar quais ovelhas mansas à sanha dos lobos vorazes.
Sim! "Dominus flevit"... o Senhor chorou...
A mansuetude de Sua alma, Sua imensa compaixão, Seu amor profundo pela verdade, Sua nobreza de caráter, Sua filosofia inconspurcável não encontrava eco no coração daqueles homens orgulhosos, que se arvoravam em representantes do Deus Altíssimo.
Diante das cenas dramáticas, desenroladas ante seus olhos, protagonizadas por aquelas víboras em pele de cordeiro, que se intitulavam sacerdotes da verdade, com a intenção de embair o povo, Jesus chorou.
Sua doutrina, nascida da Grande Arvore Sideral, não se casava com as falsidades daquela época.
A sabedoria onisciente do Anjo exilado, que dava de Sí mesmo aos seus semelhantes, percebia a peçonha daquela trama, de manter o povo no cativeiro da ignorância. exigindo sacrifícios e oferendas.
E Jesus percorreu, uma última vez , com seus olhos de céu, aquele antro de míseras proezas, depois se afastou num silêncio de brisa mansa...
Dois mil anos se passaram... Se passaram!??
Ou será que apenas o cenário do mundo se modificou, e que os palácios de mármores deram lugar aos arranha-céus gigantes, e as bigas e liteiras conduzidas por cavalos e mãos escravas, cederam lugar aos carros velozes?
Diz-nos o próprio Mestre, em sublime mensagem recebida por inspiração à um de seus discípulos, quando encarnado: "Não importa se nasce nesta ou naquela nação, se reencarna neste ou naquele povo, no passado e no futuro, a alma é sempre a mesma no contexto da evolução.
Transformam-se os cenários, modificam-se-lhe os domínios e a cultura, mas os homens se repetem..."
Estamos na iminência de um novo Advento, que mudará o curso das tradições e dos valores cultivados até então, pelos exploradores de religiões e condicionadores de pensamentos.
O povo á quem devem ser derramadas as bênçãos de uma nova era, aguarda expectante, que um novo Batista se manifeste, anunciando a vinda, ou o reaparecimento do Senhor.
E enquanto se espera, até que a inteligência racial consiga identificar o "verdadeiro porta-voz" do Senhor ,os oportunistas de plantão que são verdadeiros fantoches de todas as épocas apocalípticas, assumem a tribuna em nome Dele, e se auto intitulam "mensageiros" , "mestres" ou "chaneeling" de seres superiores.
Neste meio há criaturas sérias, verdadeiras, responsáveis, de moral ilibada, no entanto há grande maioria de oprtunistas, que se aproveitam do momento frágil da crise para explorar a fé ingênua do povo.
Pronto! O sinal está aberto para o comércio desavergonhado, e de novo os Caifás e Anás modernos, agora com o poder da tecnologia, iniciam campanhas as mais medonhas, para caçar os níqueis do povo sedento de verdade.
E o povo, ainda relapso quanto às suas responsabilidades coletivas, e muito carente de um Mestre verdadeiro, atiram-se quais abelhas no mel, ao primeiro que se lhes proclama ser "conselheiro do céu", "enviado do senhor", "sacerdote" "mestre", etc...
A memória privilegiada de Ramatís nos brinda com uma passagem da vida do Sublime Amigo; quando lhE pediram para apresentar as Suas credenciais superiores, imediatamente Jesus se inclinou, e diante da surpresa geral, começou a lavar os pés dos seus Apóstolos.
E quando Pôncio Pilatos, governador provincial, Lhe perguntou o que era a verdade? Jesus, O Verbo de Deus, O Anjo encarnado, O Sábio sideral, não ousou pronunciá-la. E nós sabemos, todos nós, que O Mestre era uma enciclopédia universal, um alfarrábio de santas verdades, de conhecimentos eternos...
Quem poderia nos explicar o silêncio de Jesus diante de Pilatos?
Quem poderia interpretar o que se passava pela mente do Mestre, que em enigmático silêncio, quedava-se à chuva de acusações dirigidas pelos membros do Sinedrim?
Destes pseudos instrutores da nova era, destes mestres que se rotulam com auras de misticismos; donos da verdade, indiquem alguém dentre eles que é capaz de ser simples como Jesus o foi, de ensinar e instruir, de fazer a caridade sem visar o lucro...
São poucos, muito poucos...
Quem dentre estes "instrutores" seria capaz de sofrer acusações, de ser chamado de charlatão e não se defender, de ser chamado de ladrão, de sedicioso e vigarista, de ser subtraído dos seus mais íntimos afetos, longe do carinho de seus familiares, apartado dos mais santos laços da amizade, e após ser crucificado diante dos seus contemporâneos, humilhado diante de todos, e ainda assim, dizer, de todo o seu coração, sem um vestígio de mágoa: "Pai! Perdoa-lhes, porque eles não sabem o que fazem..."
O mundo está cheio de "instrutores da nova era", que ainda cultivam a rapinagem da velha guarda.
O mundo está cheio de "esotéricos", de "magos", de "angelólogos", de "mestres de reiki", de "terapeutas alternativos", de sacerdotes, de pais-de santos, de babalorixás, de yalorixás, de facilitadores, de xamãs...
Espalhados como carrapatos no corpo das verdades eternas, podemos ver "os templos de Ísis", as "Grutas do Sol", "Templo de Osíris", "Ilha de Shamballa", a "Casa da Bruxa", "Mago de Órion", "templo de caridade", todos eles com nomes exóticos para impressionar e atrair os buscadores de querelas, pensando que com estes artifícios poderão fugir, ou mesmo tripudiar sobre a Grande Lei do Karma, que dá a cada um segundo as suas obras.
Tristemente fizeram do sacerdócio sagrado da caridade o seu "ganha pão diário"...
querem mudar o seu padrão de vida e o seu status social explorando seus irmãos sofredores!!!
Com exceção de muito poucos e bem intencionados Discípulos, que verdadeiramente
trabalham sob inspiração dos Mestres da Grande Fraternidade Branca, dos Arashás ou inspirados pelos Grandes Senhores de Aruanda, o que se vê por aí, "do oportunismo à picaretagem”, é exploração!
Aqui, é o pai de santo, avarento e animalizado, sacrificando uma ave inocente, para "iluminar" os caminhos de criaturas cujos prazeres se perdem na noite escura dos crimes e dos vícios inconfessáveis; ali, é o umbandista orgulhoso e arrogante entregando oferendas aos Orixás para melhorar de vida, mas esquecido de sua propria reeducação moral; mais adiante, famoso sacerdote de vida duvidosa arranja trabalhos esotéricos para atrair ao leito delituoso a mulher desavisada; acolá, o médium manhoso, que trabalha com as propriedades dos cristais, cujo "conhecimento" adquiriu de livros comprados no camelô; cujo intuíto é ganhar dinheiro fácil, mais adiante, vaidosa mulher se faz passar por "Maga da nova era", prometendo fusões e ervas capazes de "trazer em 24 horas" o amor que se foi, interferindo na mais sagrada das Leis de Deus, o Livre Arbítrio! Um outro, famoso médium de seres extraterrestres que ao dar consulta, não deixa de observar com certa sensualidade o corpo bem proporcionado de sua consulente; mais ainda, o conferencista espiritista, orgulhoso do seu cabedal de conhecimentos, dirige uma palestra sobre a "consciência do átomo" para uma platéia boquiaberta, mas é incapaz de dirigir uma palavra de consolo a quem lhe confessa o desconforto do estômago!
Mais além, mestres, bruxos, magos,mães de santo, tarólogos, adivinhos, paranormais, videntes; exibem pirâmides, cartas, runas, incensos, cristais, elixires, poções e defumações exóticas, que fazem a festa dos candidatos à felicidade num passe de mágica.
Sem esquecer, que todos estes pseudos curadores e terapeutas, verdadeiros mercenários exotéricos, ainda facilitam o pagamento de suas vítimas com parcelas suaves e de acordo com os juros vigentes.
Pagar em dinheiro por um socorro espiritual, por uma transmissão de energia distribuidas ao longo dos chácras, pagar por um conselho ou orientação, que irão determinar diretrizes mais seguras na vida de nossos semelhantes... é muito triste o escambo da caridade...
Nunca vimos um Jesus ou um seu Apóstolo, cobrando em moeda corrente para expulsar os demônios, levantar os paralíticos, dar vista aos cegos...
Imaginai um Francisco de Assis, em pleno sol de sua missão apostólica, sacrificar o animalzinho inocente, para "iluminar" os caminhos de quem quer que seja?
Concebei consigo Kardec cobrando dos seus alunos para ensinar técnicas de imposição das mãos? Visualizai Bábaji, o Cristo yogue da Índia, ensinando os mistérios maiores das escolas iniciáticas, cobrando taxas dos candidatos ao discipulado? Enxergai Krishna, Sócrates, Platão ou Confúcio, abrindo escolas da nova era, e ao mesmo tempo barganhando com seus futuros discípulos? E o Senhor Maitreya, ou o Senhor Budha cobrando em dinheiro por ensinamentos metafísicos?
Com profunda tristeza, recordemos o olhar de Jesus diante dos mercadores do Templo.
O mercantilismo da caridade, o comércio da oração, o escambo da cura, a permuta da benção, até os gnomos e os espíritos da natureza, tenhais a certeza, que contra a vontade deles, também entraram neste conciliábulo ignominioso do vil metal.
Os oportunistas de plantão não perdem por esperar, pois esquecidos da máxima do Cristo, de dar a César o que é de César, cada vez mais se aproximam de abismos ignotos e profundos, onde somente uma reeducação interior e o arrependimento sincero serão capazes de os erguer do lamaçal em que se candidatam.
Assim, pedimos todos a Jesus: Renasce outra vez entre nós, Divino Mestre, no nosso íntimo, e do teu berço de palha e pelo exemplo de Tua vida simples ensina-nos novamente como abrir o coração para realizar a caridade pura diante de Tua aureola santa e diante de Tua Glória!
Paz profunda á todos os seres!
Gandharananda Shanti.
Você precisa ser um membro de Anjo de Luz para adicionar comentários!
Entrar em Anjo de Luz