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AS SABEDORIAS DE SALOMÃO - 5a Sabedoria... ''Tempo para tudo''


Tudo neste mundo tem o seu tempo; cada coisa tem a sua ocasião.

Há tempo de nascer e tempo de morrer;

Tempo de plantar e tempo de arrancar;

Tempo de matar e tempo de curar;

Tempo de derrubar e tempo de construir.

Há tempo de ficar triste e tempo de se alegrar;

Tempo de chorar e tempo de dançar;

Tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las;

Tempo der abraçar e tempo de afastar.

Há tempo de procurar e tempo de perder;

Tempo de economizar e tempo de desperdiçar;

Tempo de rasgar e tempo de remendar;

Tempo de ficar calado e tempo de falar.

Há tempo de amar e tempo de odiar;

Tempo de guerra e tempo de paz.

O que é que a pessoa ganha com o seu trabalho? Eu tenho visto todo o trabalho que Deus dá as pessoas para que fiquem ocupadas. Deus marcou o tempo certo para cada coisa. Ele nos deu o desejo de entender as coisas que já aconteceram e as que ainda vão acontecer, porém não nos deixa compreender completamente o que faz.

Então entendi que nesta vida tudo o que a pessoa pode fazer é procurar ser feliz e viver o melhor que puder. Todos nós devemos comer e beber e aproveitar bem aquilo que ganhamos com o nosso trabalho. Isso é um presente de Deus.

Eu sei que tudo o que Deus fez dura para sempre; não podemos acrescentar nada nem tirar nada. É uma coisa que Deus faz é levar as pessoas a temê-lo. Tudo o que acontece ou que pode acontecer já aconteceu antes. Deus faz que uma coisa que acontece torne a acontecer.

 

No livro “Jesus no Lar”, o espírito Néio Lúcio traz uma história verídica de uma passagem da encarnação Jesus Cristo que não consta dos Livros Sagrados. A sabedoria oriunda dela auxiliará na compreensão dessa sabedoria.

Os discípulos do Mestre reunidos para o descanso noturno em casa de Isabel conversavam sobre os acontecimentos do dia. Eles conversavam sobre o quanto Jesus Cristo espalhou felicidade entre aqueles que acorreram para estar com ele. Isabel, ansiosa por perpetuar aquele momento onde também vivia a felicidade de estar com o Mestre, lhe pergunta se por acaso ele não conhecia um talismã, um amuleto, que pudesse manter como reserva daquilo que estava sentindo. Queria alguma coisa que mantivesse aberto constantemente o manancial de felicidade para poder banhar-se constantemente.

O Mestre afirma que sim, que existe esse talismã. Ele seria capaz de manter de forma inesgotável o rio de felicidade que Isabel estava sentindo. Esse talismã, segundo Jesus Cristo, é o momento de agora, o que está acontecendo nesse segundo, a ação universal.

O tempo de agora, não importa no que se traduza para você, é um instrumento para a sua felicidade. Ele contém todos os elementos necessários para a sua universalização, ou seja, para acabar com o seu individualismo.

Entretanto, para que possa aproveitá-lo como tal é necessário que o compreenda dessa forma. Enquanto houver desejos que tenham que ser satisfeitos para ser feliz, faltará, no momento de agora, elementos da felicidade. Isso causa o sofrimento.

Na verdade é você que acha que faltam elementos no momento de agora. Tem um ensinamento oriental que afirma que para se ver uma árvore é preciso estar de frente para ela. Quem fica de costas vê a sombra e acha que está vendo a própria árvore. Para se utilizar o momento de agora como um talismã é preciso estar de frente para a felicidade (ser feliz) e não achar que a sombra (satisfação) é a felicidade.

Para ser feliz é preciso unicamente ser feliz. Não importa que reflexo você veja na ação universal (amor ou ódio, guerra ou paz, abraçar ou afastar, colher ou arrancar) mantenha a sua felicidade, pois tudo o que está acontecendo é instrumento para a sua universalização. Portanto, louvado seja Deus.

Todos os componentes de um ato, material ou não, são instrumentos da ação universal. Foram escolhidos criteriosamente pela Inteligência Suprema para suprir as suas necessidades espirituais naquele momento. Ato material, pensamentos, percepções, sentimentos, seu ou de quem você está se relacionando, tudo o que está ocorrendo não é obra do acaso ou de outro ser qualquer, mas foram arquitetados por Deus para a sua felicidade. Você e alguém, com todas as suas reações internas e externas, os objetos e a história do acontecimento são instrumentos de Deus para a ação universal, agindo de tal forma que o equilíbrio universal mantenha-se sempre.

Chegamos a um ponto crítico de nossa conversa, onde muitos abandonam o espiritualismo. Se não faço nada, não sinto nada, não penso nada, então somos fantoches, marionetes? Sim e não. Somos enquanto agentes provocadores da ação, mas não somos porque temos a capacidade de reagir às situações.

Não podemos nos esquecer que estamos falando com seres humanizados, seres em evolução. Por isso, as verdades que aqui estão sendo comentadas são para eles. Quanto mais universalizado o ser, mais as verdades se alteram, já que a compreensão e o conhecimento também mudam.

Por isso, a não compreensão da ação de cada um nas coisas universais, exigindo o poder de ação para existir, é uma atitude normal dentro da forma como cada um se vê neste momento. Apenas para tentar deixar um pouco mais claro, poderíamos afirmar que o ser humanizado é um fantoche, mas o ser universal não. Entretanto, todos os dois (ser humano e universal) são você.

Não existe a divisão que se faz: eu e meu espírito. Você é o espírito, o ser universal. No entanto não se vê como tal e por isso se transforma no ser humano, que também é você. Os dois convivem harmonicamente sendo você: um pratica atos espirituais e o outro, atos materiais. No entanto, reforço: é você o tempo inteiro, quando pratica um o outro ato.

A reação às situações espelha-se na felicidade ou no sofrimento que sentimos durante a ação universal. Mas, felicidade e infelicidade são sentimentos e falei que inclusive esses são partes integrantes da ação universal e que por isso também vêm de Deus. Como pode, então, um espírito escolher o que sentir?

A ação universal se processa por meios, materialmente falando, ainda desconhecidos da maioria dos espíritos. Ela nasce de Deus, chega a todos os recantos do universo, é a ação, mas como tudo isso acontece, o ser humano não possui condições de conhecer. Falta cultura (conhecimentos), palavras e compreensão para entender.

O que podemos falar sobre a ação universal é que ela expressa a vontade de Deus. Não uma vontade individualista, mas da consciência Daquele que sabe da necessidade de que as coisas ocorram dessa forma para o equilíbrio universal e para a elevação de cada um. Quanto à sua execução, podemos afirmar que ela acontece por meio do“faça-se.

Assim como a Bíblia Sagrada narra a criação do universo (faça-se a luz e ela começou a existir) é desse mesmo modo que posso informar que a ação universal acontece. Deus diz “faça-se a ação” e ela acontece. Mais do que isso, não existiria compreensão.

Esse ensinamento, para você, é ilógico. Tudo tem que ser fruto de uma ação com elementos materiais. Estas letras, para você, existem porque foram impressas por uma máquina: existiu um causador, uma causa e um efeito. Uma máquina imprimiu essas letras com tinta para que você lesse.

Para o mundo espiritual, para aqueles que passam a fazer parte do universo, não há causador, causa ou efeito: tudo é Deus. Dessa forma, cada letra desse livro, cada átomo do papel, não são causadores, causas ou efeitos, mas cada um de per si é a ação universal. Foram gerados por Deus, por Sua vontade através do faça-se. Portanto, eles são o próprio Deus.

A ação universal não é causadora de atos: ela é o ato. Tudo o que participa da ação não é instrumento: é a ação universal. O resultado do acontecimento não é objetivo da ação universal: é a própria.

Vamos materializar um pouco nossa conversa para tentar explicar melhor. Coloquemos um exemplo de ação: você trabalha para ganhar dinheiro e comprar coisas. Aqui existem todos os elementos que citamos acima como necessários para a compreensão de uma ação. Você, como causador da ação, o dinheiro, como meio para alcançar o objetivo de comprar coisas e sua ação (trabalhar) como instrumento do ato.

Da idéia material que o ser humano faz de Deus, Ele torna-se um Ser vivente igual ao humano, ou seja, causador de ações. Entendendo que o exemplo proposto é uma ação universal e não material e aplicando a verdade do ser humano sobre Deus, podemos colocá-Lo como o causador da ação. Nosso exemplo, então, poderia ser compreendido da seguinte forma: Deus trabalha para ganhar dinheiro para comprar coisas.

Essa primeira visão da ação universal é um estágio de evolução e não a elevação total. Em um segundo estágio, a compreensão sobre Deus é mais ampla: Deus é tudo e tudo é Deus. No “tudo” podemos incluir além de ser vivente todas as demais coisas que existem (matérias).

Dessa forma, nesse degrau de evolução também as coisas materiais transformam-se em Deus. Nosso exemplo, portanto, muda para: Deus trabalha para ganhar deus para comprar deus.

Se Deus é tudo (todas as coisas materiais), ele não dá dinheiro para o ser comprar coisas nem as compra pessoalmente: Ele é o dinheiro que o ser humanizado (no caso o próprio Deus) utiliza para comprar a Si mesmo (as compras).

Através desse trabalho estamos avançando um degrau. Deus não é um ser formado materialmente, mas o todo universal. Ele não existe no Universo, mas é o próprio Universo. A definição de Universo não pode ser todas as coisas (matérias) existentes, mas Deus, pois Ele é tudo e tudo é Ele.

No Universo (Deus) não existem apenas as coisas formadas por elementos materiais. Quando me refiro a elementos materiais não estou falando apenas daqueles perceptíveis às percepções do ser humano, mas a também àqueles que escapam a essa percepção. Existem coisas que não possuem materialização alguma, mas elas existem.

A ação é uma coisa. Toda ação é algo, ou seja, existe. Se assim o é, ela também é Deus, pois Ele é tudo. Não podemos atribuir o valor Deus apenas às coisas que possuam elementos materiais, mas a todas as coisas do universo.

 É difícil colocar em palavras, pois elas são muito restritas, mas a afirmação é de que a ação em si é algo e não apenas os elementos materiais envolvidos nela. Ganhar, comprar, sofrer, sorrir, não existe apenas nas coisas materiais que realizam o ato, mas é uma intenção de ação. Essa intenção é real (existe), é algo do Universo, por isso é Deus.

Pela falta de palavras e sem nenhuma preocupação ortográfica, no nosso exemplo, então, a ação universal pode ser entendida como: “Deus deusa para deusar deus para deusar deus”. As palavras podem não existir, mas a ação universal é isso.

Mas, e os seres, onde entram então na ação universal? Se “Deus deusa deus”, onde entra o ser? Você é Deus.

A individualidade existe, mas faz parte de uma individualidade maior, forma uma individualidade maior. O que não pode existir é o individualismo, ou seja, a individualidade querer ser o todo.

Podemos comparar o Universo (Deus) como um gigantesco quebra-cabeça, formado por milhares de partes. Cada ser, cada matéria, cada intenção no Universo é uma dessas peças. Cada parte é uma individualidade, ou seja, possui um desenho diferente das demais. No entanto, esse desenho só fará sentido (existirá) quando conectado aos outros. Juntos todos os desenhos individuais eles irão formar uma figura, que é uma nova individualidade. Mas, para isso as peças não precisam perder o seu próprio desenho (individualidade individual). Deus é o universo (figura do quebra-cabeça) e cada coisa (seres, objetos e intenções) é uma peça que O compõe e por isso mesmo o próprio Deus.

“Verdadeiramente tudo isto é Atma. Não existe diferença, tampouco não diferença, nem existência ou não existência: o que devo dizer? A mim tudo isto parece um espanto” (Avadhut Gita – Canção do Asceta – Mahatma Dattatreya – Cap. I).

A compreensão dessa visão do Universo é difícil por que está ligada à abstração. O ser humano vive preso ao dualismo: ou uma coisa ou outra, situações opostas, existência ou não existência. Para eles, se Deus é o Universo então Ele é a soma de todas as coisas e não existe individualmente. Não é isso que estamos falando.

Deus é um ser universal, assim como o próprio ser humanizado. Ele é uma individualidade. No entanto, é a individualidade mais integrada ao universal e por isso se compreende como o todo. Integra-se tanto ao Universo que se funde a ele. Não possui individualismo algum. Deus é uma peça do quebra-cabeça, mas só pensa em si mesmo como a figura pronta.

A individualidade Universo é única, mas cada individualidade ser também é única: peças que possuem um desenho diferente da outra. Esse desenho é a individualidade. Você, eu e Deus somos peças únicas, individuais, mas só existimos quando nos juntamos para formar o desenho do quebra-cabeça. Portanto, eu e você somos Deus, mas não somos o Deus.

Achar que o seu desenho representa um todo é o individualismo. É isso que o ser Deus não possui. Portanto, elevar-se para se aproximar a Deus é buscar esse conhecimento, essa compreensão do universo.

O que você, peça desse quebra-cabeça, precisa é compreender que o seu desenho só existirá quando se unir ao todo. Enquanto imaginar-se como independente (seu desenho ser capaz de fazer sentido como figura pronta) não se unirá às demais peças para se compor com Deus (Universo).

Portanto, ao invés de se achar ser humano, capaz de protagonizar coisas, “deuse”, ou seja, viva deixando a ação universal fluir através de você.

Toda essa conversa pode até levá-lo a ter uma visão universal, conhecer um pouco mais o mundo em que vive, mas ainda não responde à pergunta que deixamos no ar: se o ser não age, como escolher entre sofrer ou ser feliz?

O ser feliz é o universalizado, aquele que abandonou o individualismo e se integrou ao Universo. Ele não age, mas deixa a ação universal fluir através dele. Isso, porém, depende da ação universal e não pode acontecer conscientemente. A ação universal, portanto, se processa no seu inconsciente.

Você não está vendo, mas esses ensinamentos que está lendo (ação universal) estão alterando o seu inconsciente. A mudança que você quer fazer já está ocorrendo sem que saiba. A partir de agora, o seu inconsciente será um crítico das ações que participar no sentido de lhe questionar o individualismo.

A ação universal estará agindo constantemente reforçando seu objetivo universal para criar confrontações entre os pensamentos (individualizações) e os ensinamentos. A isso o ser humanizado chama de consciência.

Para o ser humanizado essa explicação ainda não é o bastante. A ação da consciência é involuntária, ou seja, ele não a provoca. Para aquele que se vê como homem existe a necessidade da ilusão de que ele age para que possa criar um movimento. Sem a voluntariedade de praticar uma ação, o ser humanizado não acredita em mudanças.

Falamos, por exemplo, que a consciência agirá criticamente fazendo confrontações entre pensamentos e ensinamentos. Para o ser humanizado aqui reside a necessidade de uma ação: a escolha entre um ou outro. Então, vamos materializar um caminho para a sua integração ao Universo. Desde já fica claro que tudo ocorrerá não porque você fez, mas porque a ação universal agiu alterando os componentes da ação e a própria ação.

Você sabe o que é paz? É um estado de não agressão. A paz não pode ser alcançada com a submissão do oponente aos desejos do ser humano, mas tem que ser conseguida interiormente. Estar em paz é não agredir ao próximo ou a si mesmo, sem importar o que está acontecendo. Essa é a paz verdadeira.

   Uma das ações necessárias para se universalizar é alcançar a paz verdadeira. Para isso não pode haver acusações a ninguém nem a nenhum acontecimento. Para se estar em paz é preciso conviver com o universo sabendo que tudo que ocorre está perfeito pela Fonte que o criou.

De onde nascem suas críticas às coisas e às pessoas? Do que você acredita que é verdade. Como essas críticas existem? Através do pensamento. Então controle os seus pensamentos para que eles não agridam ninguém nem a você mesmo (auto acusação). Para isso é preciso desmentir suas verdades. Não acreditar na verdade do próximo, mas afirmar que não conhece a verdade real das coisas. Controle o pensamento no sentido de não acreditar que o que você acha está certo.

Exemplifiquemos. Alguém, em uma conversa, diz algo que você entende como uma ofensa. O seu pensamento fluirá sobre os ingredientes da ofensa (o que ele falou) apontando-os como mentiras, ou seja, não verdade para você.

A partir desse ferimento às suas verdades, o pensamento julgará o próximo. A sentença dirá que ele é um ofensor: culpado. Aí o pensamento proporá uma ação, que será a penalidade pelo ato do infrator: reagir com agressão.

Todo esse processo mental é sofrimento e acaba com a sua paz. Mas ele só existiu porque haviam verdades para ser feridas. Se as verdades forem eliminadas, não existirá todo o desenrolar do pensamento: julgamento e aplicação de pena. Portanto, para se chegar à paz, já no primeiro passo (sentir-se ofendido) é necessário que não se veja uma agressão a você. Para isso é preciso que compreenda que a sua verdade não é verdadeira.

Prolongando o pensamento com base nos três quesitos (ferimento, julgamento e penalização), o sofrimento (ausência de paz) será aprofundado, fazendo com que a ação universal gere mais fatos que também farão você sofrer. O próximo sofrimento poderá ser representado por um ato de revide de outro ser humano ou na sua própria auto acusação. Não importa qual seja o caminho que a ação universal seguir, foi o pensamento na ação anterior que fez você perder a paz: agora é conseqüência.

 Agora existe um caminho material que você imagina-se capaz de agir: não dê asas à sua imaginação, não deixe o pensamento evoluir. Quando a ofensa for detectada, altere o pensamento: ao invés de concluir por uma ofensa, não conclua nada, deixe a ofensa fluir por você. Ele disse que você é idiota, mas, você é? Não, idiota é a ação universal porque a palavra é ela, não faz parte dela.

 Você não precisa reagir para defender a ação universal, pois ela não dá o mesmo valor (tem a mesma verdade) a essa palavra que você. Suas verdades individuais é que dizem que o termo idiota é feio, ruim ou ofensa e por causa desse valor (verdade) é que você se sentiu ofendido. Controle seu pensamento para universalizar-se, ou seja, retire da palavra idiota todo e qualquer significado para você.

Ao invés de se basear no que você acha do termo idiota, altere o seu pensamento para que ele reflita a compreensão universal: esse termo não possui o valor que eu acho. Assim, quando alguém lhe ofender, não deixe o pensamento evoluir como hoje (sentir-se ofendido), mas permaneça feliz, pois você é um idiota, mas isso não tem o valor que dá a esse termo.

Você é um idiota, mas a sua idiotice não é possuir as qualidades, modos ou ditos de quem é pouco inteligente ou imbecil, mas imaginar que é capaz de saber o que é ser idiota. Idiotice é querer saber, dar valor às coisas, pois para isso seria necessário se possuir a verdade universal, ou seja, ser Deus. Foi isso que Deus “deusou”: o Universo lhe avisou que você está individualizando o seu desenho.

  Compreender os acontecimentos sem saber o que está acontecendo é oferecer a outra face, o ensinamento de Jesus Cristo, que foi materializado. O Mestre não nos ensina a sofrer, mas a ser feliz: essa é a Boa Nova. Mas, também mostra que a felicidade não nascerá da alteração das situações da vida, mas da sua mudança de como sentir os acontecimentos.

Se ao receber um tapa no rosto você sofre, não adianta dar a outra face: isso não levará à universalização, mas a uma nova acusação. O oferecimento da outra face não vem da resignação (ter que sofrer), mas é uma ação motivada pela compreensão de que ter apanhado foi Perfeito.

O ser universalizado oferece a outra face como aceitação do amor que existiu no primeiro tapa. Trata-se de uma postura de estar à disposição da ação universal para, se for necessário, apanhar novamente, pois compreende que a intenção do tapa é levá-lo a não mais sofrer. Aprendendo a apanhar como fruto da ação universal o ser humano não mais sofrerá nos golpes necessários que ainda acontecerão na sua existência.

A submissão amorosa à ação universal acaba com o fim do dualismo na vida. A ação universal não é certa ou errada, boa ou má, limpa ou suja, moral ou amoral, gorda ou magra. Ela é Perfeita (não contêm erros), Justa (dá a cada um o resultado de suas obras) e Amorosa (possui a intenção de aprimorar o ser, levando-o à universalização), pois a Fonte que a gerou possui essas qualidades elevadas ao expoente máximo. Toda e qualquer outra qualificação dada à ação são achar do ser, fruto do seu individualismo.

Se o dualismo é do ser e não da ação, aí está o caminho para você agir. Não embarque nos pensamentos que contenham opinião individualizada, mas busque sempre generalizar todos os acontecimentos, pessoas ou objetos com as características da ação universal: Perfeição, Justiça Perfeita e Amor Sublime.

Oriente o pensamento para aplicar essas qualificações nas coisas, destrua os motivos para qualificar os objetos, pessoas e acontecimentos (é bom porque, é mau por isso). Isso lhe levará a viver sempre em paz e harmonia com o mundo, não importa o que estiver acontecendo. Isso lhe tornará feliz.

Da sua declaração de impotência para julgar o mundo nascerá a sua potência para viver universalmente.

A você que está achando todo esse ensinamento um fatalismo, ou seja, trata-se de uma doutrina que afirma que todas as coisas da vida estão pré-determinadas, relembro o maior fatalista que já viveu nesse planeta: Jesus Cristo. Quantas vezes antes do seu desencarne o Mestre avisou que seria crucificado? Por quantas oportunidades comunicou o seu destino aos apóstolos? E o que fez para reagir contra ele? Nada. Inclusive quando Pedro o defende do seu destino manda o apóstolo guardar a espada e pergunta: você acha que eu não vou tomar até a última gota do meu cálice?

Os professores da lei deram a Jesus Cristo a oportunidade para desmentir-se e assim salvar-se da cruz que estava pré-programada para sua existência. O Sinédrio propôs isso claramente e Pôncio Pilatos perguntou porque não se salvava, já que era rei. A tudo Jesus Cristo ouviu, mas permaneceu na sua crença que viver é amar a Deus sobre todas as coisas e não mudá-las para viver.

Esse mesmo Mestre também nos ensinou: eu sou o caminho para Deus. Assim, o caminho para o Pai é o fatalismo. A vida vivida com a certeza da não ação, sem resignação, mas com felicidade. Sem individualismo, ou seja, sem vitórias individuais, mas vivendo para servir ao próximo.

“Mas, aí eu vou ser chamado de tolo. Todos levarão vantagem sobre mim”. Sim, isso poderá lhe acontecer se a ação universal entender que é o seu caminho, mas “o mesmo que acontece com os sábios, acontece com os tolos”. Tanto o tolo quanto o sábio têm um só destino: a universalização.

A evolução do ser como fusão completa com o Universo (fim do individualismo) é inexorável. Todos um dia terão que abrir mão de suas verdades individualistas para poder construir-se o desenho do quebra-cabeça. Portanto, pergunte-se: o que você ganha querendo ser sábio?

O que ganha querendo estar sempre certo, bonito, bom, limpo, magro? Nada. As coisas materiais ficam e a fama extingue-se: é tudo ilusão. Os únicos frutos da sua ação individualistas são a percepção e o desgosto, ou seja, o sofrimento. É só a isso que conduz o individualismo, pois prolonga o caminho fazendo com que a ação universal tenha que agir mais vezes contrariamente a ele.

Falamos do caminho para a universalização dentro da sua realidade (a possibilidade de agir vigiando os pensamentos no sentido de despossuir o dualismo), mas deixamos bem claro que esse processo será comandado pela ação universal através da verdade de cada um que só Deus conhece. Portanto, dentro da lógica humana, independe de você.

Assim, alguns serão comandados para agirem dentro dos padrões universais (sem dualismo) o tempo todo, outros em mais ou menos momentos, dependendo de cada um, e alguns não conseguirão nunca. Isso depende da verdade de cada um, da motivação individual, que apenas o Pai conhece realmente.

Como já falamos, a motivação universal vai sendo coberta por outras que falseiam a motivação real. O ser no estágio humanizado não consegue facilmente limpar-se das falsas motivações e às vezes as vivencia como sendo universais. Acha que alcançou a motivação universal (que quer se universalizar), mas ainda vivencia verdades individuais.

Um exemplo: uma pessoa se acha universal porque defende as pessoas do perigo da morte. Imagina que assim agindo está sendo universal, porque não acusa o outro de nada. Isso não é verdade: ele está sendo individualista.

O individualismo não se caracteriza por atos, que como já vimos ele não pode praticar, mas pela intenção. Se o ser não quer já está sendo individualista. O universal não quer nada: vive o que acontece.

Por isso, muitas vezes, apesar de você imaginar que já está evoluindo, a ação universal ainda terá que combater o que você chama de universalização, pois ela é uma individualização da ação do universo.

Essa exposição da sua verdade a você, no entanto, não deve ser motivo para choro, lamúrias, desespero ou acusação de incapacidade de evoluir. Deve servir de motivação para aprofundar a luta. Assim, nos momentos que ceder à tentação e revidar agressões que imagina que tenham existido, não se culpe. Não perca tempo sofrendo, se criticando, chorando porque a sua real verdade lhe foi mostrada pela ação universal. Continue amando, continue sendo feliz.

Erga a cabeça e continue no caminho. Esqueça o passado mesmo que ele tenha ocorrido há cinco minutos. Prepare-se para o novo momento, o novo desafio da ação universal que já está chegando.

Afinal, há tempo para tudo.

 

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Co-criando A NOVA TERRA

«Que os Santos Seres, cujos discípulos aspiramos ser, nos mostrem a luz que
buscamos e nos dêem a poderosa ajuda
de sua Compaixão e Sabedoria. Existe
um AMOR que transcende a toda compreensão e que mora nos corações
daqueles que vivem no Eterno. Há um
Poder que remove todas as coisas. É Ele que vive e se move em quem o Eu é Uno.
Que esse AMOR esteja conosco e que esse
PODER nos eleve até chegar onde o
Iniciador Único é invocado, até ver o Fulgor de Sua Estrela.
Que o AMOR e a bênção dos Santos Seres
se difunda nos mundos.
PAZ e AMOR a todos os Seres»

A lente que olha para um mundo material vê uma realidade, enquanto a lente que olha através do coração vê uma cena totalmente diferente, ainda que elas estejam olhando para o mesmo mundo. A lente que vocês escolherem determinará como experienciarão a sua realidade.

Oração ao Criador

“Amado Criador, eu invoco a sua sagrada e divina luz para fluir em meu ser e através de todo o meu ser agora. Permita-me aceitar uma vibração mais elevada de sua energia, do que eu experienciei anteriormente; envolva-me com as suas verdadeiras qualidades do amor incondicional, da aceitação e do equilíbrio. Permita-me amar a minha alma e a mim mesmo incondicionalmente, aceitando a verdade que existe em meu interior e ao meu redor. Auxilie-me a alcançar a minha iluminação espiritual a partir de um espaço de paz e de equilíbrio, em todos os momentos, promovendo a clareza em meu coração, mente e realidade.
Encoraje-me através da minha conexão profunda e segura e da energia de fluxo eterno do amor incondicional, do equilíbrio e da aceitação, a amar, aceitar e valorizar  todos os aspectos do Criador a minha volta, enquanto aceito a minha verdadeira jornada e missão na Terra.
Eu peço com intenções puras e verdadeiras que o amor incondicional, a aceitação e o equilíbrio do Criador, vibrem com poder na vibração da energia e na freqüência da Terra, de modo que estas qualidades sagradas possam se tornar as realidades de todos.
Eu peço que todas as energias e hábitos desnecessários, e falsas crenças em meu interior e ao meu redor, assim como na Terra e ao redor dela e de toda a humanidade, sejam agora permitidos a se dissolverem, guiados pela vontade do Criador. Permita que um amor que seja um poderoso curador e conforto para todos, penetre na Terra, na civilização e em meu ser agora. Grato e que assim seja.”

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