AUTOESTIMA E AUTENTICIDADE.

[Luiz Soares da Silva]

Luiz Soares da Terra Norteriograndense.

“O homem se santifica mais pelo que faz em favor do bem que anseia, do que por suas ações para evitar o mal que teme”. “A Contemplação é o que de mais sublime o homem pode alcançar nesta vida”.

Temos dificuldade de entender e nos consolidarmos holisticamente, neste processo único e grandioso, qual seja empreendermos a grande missão de nos modificarmos, de modo a nos qualificar em todos os ajustes que se fazem necessários, a que possamos adentrar e vivenciar o que nos reserva a 5D.

O ser humano com o passar dos tempos, cada vez mais foi ficando refém da sua própria ânsia, querendo esmiuçar princípios que são parte de uma grande e infinita realidade. É claro que usou como desculpas a sua sobrevivência. Um exemplo simples foi o de fazer o fogo, controlar e usar o fogo; além é claro, de poder transporta-lo.

Ainda na sua busca interminável, modificou o curso dos rios com o simples prazer de acumular água e, dai chegando a produzir energia. Modificou a genética dos animais e vegetais, com a ferrenha intenção de obter maiores rendimentos produtivos. Estudou e encontrou formulas para justificar a construção, criando verdadeiros emaranhados de prédios colossais. Descobriu a causa e agentes das doenças, como forma de melhor sedimentar a longevidade.

Sem limites, rebuscou os oceanos e se embrenhou no espaço sideral, fundamentalmente preso a sua concepção de unidade, num mundo limitado ou dominado pelo antagonismo do certo e do errado, fazendo de suas tentativas, um parâmetro que não se aplica nas muitas e mais diversificadas dimensões. Entendeu a regência do sistema solar, dominou a gravidade, sabendo que é apenas a massa em aceleração. Consolidou as quatro estações, num calendário puramente repetitivo.

Ah quanto tempo perdemos em nos gabarmos aparentemente de tantos feitos hediondos! A cada descoberta e a sua tentativa de torna-la um tratado, mais e mais nos afastamos da nossa própria e indivisível essência divina, na condição de LUZ, de primeira grandeza. A escravidão se deu em função dos que sabem e dominam, sobre os muitos que foram compelidos a admitir tais postulados ou na materialidade do uso. Poucos acessaram como forma de manipular outros ou inúmeros usuários. Saber para ter e se fazer respeitar, como senhores do saber absoluto. Quanto engano!

Depois de muitos erros e muitos acertos, chegou o momento de colhermos e definirmos quem são os agricultores que se somaram ou aqueles que simplesmente se deixaram levar por meras recomendações genuinamente de caráter especulativo. Muitos são deuses detentores de uma autoestima invejável. São iluminados por sua própria grandeza de saber estar e se ajustar nas condições que a natureza impõe e sobreviverem livres e autênticos. Outros escravos das comparações mundanas, atormentados e revoltados, tendo como ponto de reflexão o direito de ter ou se considerar um eterno excluído, num processo dominante criado pelo próprio homem.

A busca frenética pelo poder dominativo advindo da quantidade, o fez sucumbir diante dos princípios que regem a natureza crística criadora, que prima tão somente pela qualidade e seus efeitos multiplicativos. Não são as notas musicais que fazem as grandes sinfonias; mas sim e tão somente, a capacidade de agrupa-las! Não são as tintas que fazem irretocáveis aquarelas; mas sim e tão somente, a capacidade intrínseca de combina-las! Não e um ato sexual que une gametas formando semelhantes; mas sim e tão somente, a necessidade de entender a proliferação da vida, dentro de uma realidade de liberdade!

Confesso que tenho dificuldade de encontrar as palavras certas e agrupa-las neste momento; mas sim e tão somente, que possam dar uma sustentação a uma maravilha bem maior, qual seja: Somos e seremos sim, uma parte indivisível e eterna, dentro de um todo divino!

“Porque a vida é fugaz tão veloz, tão passageira. A gente sofre demais por bobagens, por besteiras. Tudo um dia se desfaz mesmo que queira ou não queira. Importa é viver em paz, pois quando olhamos pra trás lá se foi à vida inteira”. Januário de Fatima.