DO PARAÍSO AO CAOS

[Luiz Soares da Silva]

Luiz Soares da America do Sul.
Segundo o que previu nossos ancestrais, corroborado pelos amigos existentes no outro lado do véu e, agora por cientistas mundiais, o planeta Terra merece que faça uma retrospectiva, essencialmente contemporânea.

Quatro elementos são essenciais durante essa breve análise: Terra, Mar, Ar e todos os seres vivos incluindo-se, claro o ser humano.

A Terra de outrora era um dos paraísos mais exemplares do planeta. As matas, seus rios e cachoeiras, a sua diversidade sem comparação, representava uma das mais belas aquarelas do sistema universal, na base do carbono!

Mares e Oceanos com a sua água límpida, o litoral costeiro e suas zonas estuarinas, garantiam a sobrevivência com a multiplicação e manutenção da nossa cadeia trófica e alimentar. Um berçário sem limites e grande ostentação de energia e vida.

Ar e suas correntes, equilíbrio da dinâmica existencial de todos os seres vivos. A ressurgência (Efeito de Coreolis) mensurada a revolver constantemente a água das profundezas dos mares e oceanos, criando um fluxo contínuo de alimentos e, ainda moldando as nossas incomensuráveis maravilhas do nosso cenário costeiro.

No complexo, Seres Vivos devemos eleger os vegetais e animais, como sendo uma fonte natural, capaz de nos dar alimento, saúde, agasalho e proteção, condição básica e essencial, no item qualidade de vida. E nós, os famigerados animais racionais? A hierarquia sempre foi o critério e a peça principal. O respeito aos pais e atenção especial aos avôs e avós, a ética, a honestidade, os valores cívicos, o saber, o compromisso com a verdade, os hábitos e costumes sempre foram a nossa marca registrada.

A explosão periférica demográfica criou conglomerados urbanos que mais se assemelham a guetos do absurdo, em todos os sentidos da vida humana, assemelhando-se a um viver sem nunca existir, relegados a própria sorte. A ociosidade é a máxima do antagonismo que a vida tem a exigir de cada um de nós, como cidadãos.

A cobertura vegetal antes de altíssima exuberância foi propositadamente, devastada sem dó e piedade. Os rios e riachos prematuramente mortos e exauridos, pela ganância e ignorância desenfreada, com o nome de progresso – econômico. As lagoas e suas zonas estuarinas foram transformadas em cloaca a céu aberto.

O mar e os oceanos, com as suas ilhas paradisíacas foram transformadas em depósitos de entulhos, dignos de uma zona de guerra. A imundice que surfa ao sabor dos ventos e mares mais se assemelha a um lixão de vastíssimas proporções. Animais aquáticos e corais são dizimados por estes lixões e ainda das conseqüências dos produtos químicos jogados, como dejetos de bueiros fétidos, irresponsavelmente intermitentes.
Os poluentes aerotransportados completam a nossa prematura sentença de morte. A queima dos combustíveis fósseis impregna o ar, intoxicando os vegetais, os animais e nós, os eternos causadores de tantos desleixos. Os monos cultivos de vastas extensões territoriais completam o quadro dantesco, numa luta inglória do homem contra as pragas e as doenças, advindos do chamado mundo moderno.

Sem duvidas a abordagem tem a pretensão de provocar em todos nós, uma bela reflexão. Outros e muitos comportamentos também devam ser elencados e incluídos, por cada um. No mais o que nos foi presenteado como sendo um belo paraíso; o devolvemos transformado num absurdo do caos!