O pessoal de marketing e propaganda no mundo inteiro, está trabalhando avidamente neste exato momento para produzir campanhas irrestíveis para "vender seu peixe". É preciso que estejamos bem conscientes disso. A sociedade de consumo, a globalização, tem um único objetivo: transformar o mundo num grande mercado persa, onde todos comprem de tudo, levem para casa e voltem imediatamente para buscar mais.
- O primeiro passo é sermos mais críticos frente à máquina da propaganda moderna. Precisamos aprender a rir da grande maioria dos anúncios de tv que teimam em nos fazer desejar e ver como imprescindíveis seus produtos. Precisamos ensinar nossas crianças a ter esse espírito de discernimento também. O mundo capitalista, simplesmente não pode continuar a consumir tanto, a produzir tanto lixo, a consumir despudoradamente, enquanto uma grande massa da população mundial passa fome e não tem as mínimas necessidades atendidas.
Quem precisa de um carro novo a cada ano? Somente aqueles pobres ridículos que desejam se pavonear e mostrar aos menos ricos o quanto eles "podem". É um narcisismo mesclado com exibicionismo e poder. Quem precisa mudar a decoração da casa a cada ano, comprar roupas novas a cada modismo dos confeccionistas? Somente aqueles que não encontraram dentro de si mesmos a beleza, a riqueza interior e precisam exibir algo que acreditam ser o melhor neles.
- Segundo, aprenda a confiar mais na Providência. Se você é uma pessoa de fé em Deus, peça e confie. Claro que o Pai não dará uma serpente ao filho que lhe pede pão.E Jesus nos disse para pedir ao Pai o pão nosso de cada dia. Não pedir todo o pão que vamos consumir durante o mês adiantadamente!... Precisamos aprender a confiar e a nos libertar do "poder do dinheiro". Apresente seu pedido a Deus em oração talvez por uma semana. Se vier, bendiga a Deus, se não conseguir, reavalie o quanto você realmente precisa daquilo. Se realmente precisar e puder, então, vá e compre-o. Isso ajuda muito a reduzir nossas compras por impulso. Nos dá tempo para discernir se isso que tanto desejamos é realmente necessário. O Sistema Canção Nova de Rádio e Televisão, vive da providência divina. A cada mês eles precisam de aproximadamente três milhões de reais para pagamento de suas despesas. E o dinheiro vem pingadinho, em conta-gotas, doação das pessoas mais simples e pobres do nosso País. Todo mês. Eles poderiam colocar anúncios, mas para serem mais livres para apresentar sua programação, eventos especiais, e não ficar comprometidos com os patrocinadores, preferem confiar na Providência e não ter anunciantes. Uma lição para nós. E Deus nunca lhes falta!
- Terceiro, enfatize a qualidade de vida acima da quantidade de vida. Recuse-se a definir a vida em termos de TER e não de SER. Cultive a solidão, o silêncio. Descubra maneiras novas de se relacionar consigo mesmo, com os seus, com seus amigos, vizinhos. Valorize mais suas amizades, seus filhos, sua esposa. Aprenda a gastar mais tempo em conversar com seus filhos, seu cônjuge. Muitas vezes quando percebemos, estamos convivendo com estranhos dentro de casa, por falta de tempo de uma boa conversa "jogada fora". Valorize a arte, a boa música, os livros, as viagens significativas, ao invés de ficar diante de uma tv por horas a fio, jogando literalmente a vida fora. Idem quanto aos jogos eletrônicos, onde se fica horas e horas, sempre tentando ganhar de uma máquina, perdendo as vezes dinheiro, sono, paciência. Diga não a toda competição, mesmo que seja num joguinho, video game, etc... Aumentar a qualidade de vida signfiica diminuir o desejo material, portanto, feche seus ouvidos ao "canto da sereia" que diz, "compre, compre, compre!"
- Quarto - Pratique uma recreação saudável, feliz e livre de aparelhos. Você não precisa de uma roupa cara de corrida para correr em volta do quarteirão. Caminhar, correr e nadar estão entre as melhores formas de exercício humano e requerem um mínimo de equipamento. Achegue-se à terra caminhando pelo campo, acampando e fazendo excursões a pé.
A bicicleta é uma forma maravilhosa de transporte que usa energia renovável. Para isso não é necessário ter uma bicleta último tipo. Compre um modelo mais simples, assim você poderá comprar para seus filhos, esposo (a), e juntos poderão sair para pedalar, estreitando o amor, a amizade, curtindo a natureza.
Se você gosta de futebol, ou de esportes que são praticados em grandes conglomerados esportivos, pense bem antes de ir a um estádio, ou ginásio. Ultimamente, com tanta violência nos esportes, corre-se um grande risco, mas o pior é a escravidão que isso gera nas pessoas. Os torcedores se sentem na obrigação de ir, a qualquer preço e a qualquer custo. Muitas vezes brigam com o namorado (a), cônjuge, filhos, para ir a um jogo que nem sempre é tão prazeroso. Talvez nesse caso, seja preferível ver pela televisão, se você realmente não pode resistir. Uma grande massa de energia violenta e negativa é gerada nesses locais. Inclusive às vezes, até muita pancadaria e violência! Sei que isso nunca vai acabar, mas é bom que se reflita sobre essa questão.
Estimule nos seus filhos, família, os jogos e brincadeiras de cooperação. Por que temos necessidade de ganhar SEMPRE? É possível divertir-se sem que haja ganhadores ou perdedores. Com o racionamento de energia no Brasil, talvez tenhamos mais tempo para brincar com nossas crianças, de nos sentarmos de novo nas calçadas para bater-papo com os vizinhos, como nossos pais e avós sempre fizeram. O mundo era menos violento e mais feliz, sim. Mas, será que não se pode tentar novamente?
- Quinto - Aprenda a comer sensata e sensivelmente. Rejeite produtos cheios de químicos venenosas, cores artificiais, e outros meios questionáveis usados para prduzir alimentos comercializados. Elimine alimentos pré-empacotados. Torne-se sensível a toda a cadeia de bioalimentção e coma os alimento que não violentem este equilíbrio, tais como frutas e cereais. Animais alimentados com ração são um luxo que a cadeia de bioalimentação não pode sustentar para as massas da humanidade.
Aprenda a alegria de plantar uma horta, mesmo que ela consista de vasos no beiral da janela. Com árvores anãs no quintal você pode ter frutas dignas de um rei.
Tanto quanto possível, compre mais alimentos produzidos localmente para economizar a energia requerida para o transporte. Aproveite as cooperativas de produtores e consumidores. Transforme em adubo composto todo o lixo que puder. Recicle todos os itens que puder. Plante todo o alimento fresco que puder.
Coma fora menos. Quando comer, faça disto uma celebração. Uma maçã, um pedaço de pão,um copo e leite é mais rápido do que os restaurantes de comida rápida e também muito mais nutritivo e saudável. Isto para um dia em que não tiver tempo de almoçar, ou até sem dinheiro, quem sabe. Todos temos os nossos dias de "durango-kid", ou não? Quem sabe se você não pode se privar um dia por mês, ou por semana, do seu almoço, e oferecê-lo a um pobrezinho? Em vez de comprar pílulas para emagrecer, compre menos alimentos, coma menos. Você emagrece sem gastar tanto!
Sexto - Conheça a diferença entre viagens significativas e viagens desnecessárias. Para começar, recuse-se a acreditar na mentira de que você perdeu a metade da vida se não viu todos os locais glamurosos desse mundo. Muitas das pessoas mais sábias e mais realizadas no mundo nunca viajaram a parte alguma. Se você viajar, vá com propósito. Vá além dos folhetos espalhafatosos de viagem com seus cenários de afluência dourada, e dirija-se aos lugares de angústia e dor e necessidade humana. Hospede-se em lugares que identifiquem as pessoas comuns do país. Quando Albert Schweitzer visitou os Estados Unidos, os jornalistas lhe perguntaram porque viajava de terceira classe no trem. Respondeu ele: "Por que não há uma quarta classe!"
Familiarize-se com as pessoas tanto quanto você faz com lugares. Faça um esforço genuíno de comunicar-se; você será enriquecido pela experiência. Por que sempre precisamos ver as pessoas de outras culturas como excêntricas que devem ser examinadas, fotografadas, tornando-se suas fotos muitas vezes motivo até de chacota? Questione também essa sua necessidade de estar viajando a cada feriadão. Tudo é bom, desde que não se torne escravidão, ou fazer porque todos fazem assim. Seja mais consciente de suas motivações.Mais senhor, senhora de seus atos!
Sétimo - Compre coisas por sua utilidade, em vez de status. Ao construir ou comprar casas, deve-se pensar em sua habitabilidade em vez de quanto impressionará os outros. Não tenha mais casa do que é razoável. Afinal, quem precisa de sete cômodos para duas pessoas? Você vive sozinho após criar uma família grande? Em vez de deixar sua casa espaçosa, cheia de lembranças maravilhosas, porque não se mudar para um lugar menor, mais fácil de cuidar? Ou então, quem sabe convidar algum parente, amigo, que também more sozinho para morar com você e assim não ficam tão sozinhos? Encham a casa de risadas e conversas normais que ajudam a abrandar a solidão.
Oitavo - Mobiliário, decoração da casa, pode ser de bom gosto e utilidade, sem custar um exagero. Sua mobília deve refletir você e não alguma vitrine fria e artificial, que nada tem a ver com você. Remodele, construa, dê um novo acabamento a boas peças usadas e verá como sua casa fica bonita e aconchegante, sem que você se transforme em um escravo (a) da decoração.
Nono - Aprenda a comprar barganhas. Procure em lojas de objetos usados e você encontrará muita coisa boa que dará aquele toque especial naquele cômodo de sua casa. Lembre-se também que adquirir um item de que não precisamos, mesmo que a um preço ridiculamente baixo não é vantagem alguma. Pense bem em todas as liquidações sensacionais a que você já foi. O que realmente foi de proveito? Muitas vezes se chega em casa carregado de sacolas de compras, sem que na verdade tenhamos necessidade daquilo. É a nossa compulsão de comprar! Cuidado, é melhor até evitar essas "ofertas irresistíveis", se você não "resiste"! ;-)
Décimo - Uma última palavra precisa ser dita. Simplicidade não significa necessariamente ter só coisas baratas, recicladas. Ela ressoa mais facilmente com preocupações com durabilidade, utilidade e beleza. Muitos itens devem ser escolhidos para durar e não como deseja a sociedade de consumo, para serem substituídos daí a pouco tempo.
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