Parabola Jesus Nazare

[Filipe Santelmo]

Querendo ilustrar suas prédicas, como sempre de modo claro e compreensivel, Jesus de Nazaré considerava, certa ocasião, como convidados de uma festividade se comportavam precipitadamente, na ância de tomar os lugares principais da mesa, com isso desrespeitando os principios basicos da educacao e bom senso.
Qual teu lugar à mesa? Qual tua posição no universo de ti mesmo? Essa grande proposta feita pelo Mestre nesta parábola.
Será que o lugar que ocupas hoje é teu mesmo? Ou influencias externas te levam a direções antagônicas de acordo com o teu modo de pensar e agir?
Tens escutado a voz da alma, que é de Deus em ti, ou escancarado teus ouvidos à s opinioes e conceitos dos outros?
Nada pior do que te sentires deslocado na escola, profissao, circulo social ou mesmo entre familiares, porque deixas parentes, amigos, conjuges e companheiros pensarem por ti, nao permitindo que Deus fale contigo pelas vias inspirativas da alma.
Essa inadaptação que sentes é fruto de teu deslocamento intimo, por nao acreditares em tuas potencialidades. Achas te incapaz, nao por seres realmente, mas porque te fazes surdo às tuas escolhas e preferencias oriundas de tua propria essencia.
Se permaneceres nessa comportamento voluvel, apontando frequentemente os outros como responsaveis pela tua inadequacao e conflitos, porque nao assumes que és uma folha ao vento entre as vontades alheias, te sentiras sempre um solitario, ainda que rodeado por uma multidão.
Porém, se nao mais negares sistematicamente que tuas acoes sao, quase totalidade, frutos do conseso que fizeste do somatorio de conselhos e palpites varios, estaras sendo, a parti desse instante, convidado a sentar no teu real lugar, na mesa da existencia.
Sintonizando- se na verdadeira essencia da humildade, que é conceituada como " olhar as coisas como elas são realmente, e percebendo que tua existencia é responsabilidade unicamente tua, é que tu serás tu mesmo.
Ser humilde é auscultar a origem das coisas, nao com os olhos da ilusão, mas com os da realidade, despojando- se da imaginacao fantasiosa de uma otica mental distorcida, nascida naqueles que sempre acham que merecem os '' melhores lugares em tudo''.
Vale considerar que, por nao estarmos realizando um constante exercicio de auto obeservacao, quase sempre deduzimos ou captamos a realidade até certo ponto e depois concluimos o restante a nosso bel-prazer, criando assim ilusoes e expectativas desgastantes que nos descentralizam de nossos objetivos.
Quem encontrou o teu lugar respeita invariavelmente o lugar dos outros, pois divisa a propria fronteira e, consequentemente, nao ultrapassa o limite dos outros, colocando na pratica o ''amor ao proximo''.
Para que encontres o teu lugar, é necessario que tenhas uma simplicidade lúcida, e o desponjar dos teus enganos e fantasias fara com que encontres a autentica humildade.
Para que nao tenhas que ceder teu lugar a outro, é indispensavel que vejas as coisas com elas sao realmente e que uses o bom senso como ponto de referencia para teu aprimoramento e para tua percepcao da verdade como um todo.
Ao soltarmos vibracionalmente desses contextos complexos, ao desatar nos desses fluidos que nos amarram a essas crises e conflitos existenciais, poderemos ter a grande chanse de enxergar novas formas de resolver dificuldades com uma visao mais generalizada das coisas e de encontrar, cada vez mais, instrumentos adequados para desenvolvermos a nobre tarefa de nos compreender e de compreender os outros.
Procura-te em ti mesmo: eis a possibilidade de sempre achares o lugar que te pertence perante a Vida Excelsa.

Fonte: Livro Renovando Atitudes