É de pequena que os mistérios da vida começaram a fazer parte do meu dia a dia. Muitas foram às vezes que me debrucei sobre a janela, observando a imensidão de um céu estrelado, onde inúmeras perguntas surgiam, porém poucas respostas eu encontrava. Hoje eu tenho a certeza de que tudo acontece no seu tempo.
Tempo este para permitir que a espiritualidade começasse a penetrar na minha vida. Vinda de uma família conservadora, meus primeiros passos começaram na Igreja Católica. Muitos foram os momentos maravilhosos que passei por lá, até uma pergunta me deixar sem resposta: "Se todos somos irmãos, se todos somos iguais, porque Deus me fez tão saudável, enquanto outros nascem doentes ou até mesmo alejados, tendo apenas uma vida para vivenciá-la?" Neste momento, eu não procuro discutir religião, pois hoje eu percebo que todas elas, em sua essência, falam de amor: a Deus, ao próximo e a nós mesmos. Assim, como Deus teve o propósito de criar diversas raças e culturas para viverem em harmonia, as religiões deveriam seguir o mesmo caminho.
As "coincidências" das quais eu não acredito, foram me levando para um mundo desconhecido até então, chamado espiritual. Lugar onde pude perceber que não somos um corpo com um espírito. Mas sim, um espírito com um corpo. Corpo este temporário, como se cada espírito vivesse um personagem e que ao chegar sua morte, tempos depois ele retornaria em outro corpo, em outro personagem. Respondendo assim, minha primeira indagação. Com isso, eu procurei saber mais e mais, pois quanto mais se sabe, mais perguntas surgem.
E com o passar dos anos, minha mediunidade começava a aflorar. Principalmente, durante os sonhos quando a alma estava livre para desfrutar de outras dimensões, não permitindo que eu tivesse qualquer controle sobre esse fenômeno chamado desdobramento astral. Tendo em vista que quando eu me encontrava desperta, acabava por bloquear manifestações desconhecidas, por puro medo. E nesse fechar e abrir os olhos, entre um despertar e adormecer, passei a ter contato com diversos seres, uns bons outros nem tanto, e lugares até então estranhos. E mais uma vez, me vi mergulhada em livros e outras fontes que pudessem me esclarecer o que estava acontecendo.
Fiquei muito eufórica com as informações que encontrava. Minha vontade era de gritar para todos:"Ei, vocês não estão se dando conta do que está acontecendo?" "O que vocês vieram fazer aqui?" "Vocês vivem para quê?" Todavia, comecei a enfrentar um delicado desafio. As pessoas. Primeiro porque ninguém, ou melhor, quase ninguém quer parar para refletir o que estão fazendo com suas vidas. Ninguém quer parar e refletir em como ser uma pessoa melhor, pois o foco está em ser feliz. Mas na ilusão de que será apenas feliz quando... tiver uma casa, um carro, etc. E não percebem que a felicidade está sim nas pequenas coisas, nos pequenos atos, na simplicidade. Tanto é verdade que se você deseja muito algo material e o conquista, em breve surgirá a necessidade de outra conquista, pois aquela deixará um vazio dentro de você. Depois de conquistado perde a importância. Diferente de uma demonstração de amor, como o abraço de uma mãe que preenche o peito. Com isso, não estou dizendo para deixar o material de lado, pois ele faz parte das nossas vidas. Mas é preciso usá-lo com equilíbrio, sem exageros, sem ganância. O trabalho e o dinheiro não podem pesar mais que a família numa balança. Não sabemos o dia de amanhã. E o dinheiro não comprará essas pessoas, esses lugares, esses animais e tantas outras coisas boas à nossa volta. Equilíbrio é a palavra.
Acima de tudo, depois de saber que estamos passando por uma enorme evolução, que a Terra é um campo de batalha entre seres de luz e da escuridão e que muitos não são humanos, uma nova pergunta fez surgir. Então, como transmitir tudo isso às pessoas que eu amo? Como fazê-las buscar o crescimento interior? Ora, dizendo. Mas para minha descepção, elas até ouviam... mas pararam por aí. Pois elas não querem pensar na possibilidade de seus sonhos terminarem. De se desapegarem de tudo e de todos. Porque pensar num provável final dos tempos se temos a juventude pela frente, se queremos ter filhos e netos, comprar um carro moderno, uma casa confortável, ser reconhecido profissionalmente, etc. Isso seria a morte. Algo que todos temem.
E aqui eu volto para o conceito de que somos espírito num corpo, onde por inúmeras vidas tivemos a possibilidade de conquistar, de perder, de experimentar, de evoluir. Parece fácil falar da morte, mas eu morro de medo dela. Não do que me espera do lado de lá, pois sei que é maravilhoso, mas pela maneira como ela poderá acontecer. E eu rezo que ela seja sem dor. Através de muitas psicografias que li, descobri que a maior dor para o espírito é o nascimento, pois ele deixa de ser um corpo leve para penetrar num corpo denso. Contudo, nossa memória nos faz esquecer de onde viemos, fazendo-nos não querer perder esse corpo passageiro.
Buscando apenas informar, deixando o livre arbítrio de cada um seguir o seu caminho, afinal, já viemos lá de cima sabendo por tudo o que iríamos passar nessa vida, é que criei esse blog. Na tentativa de fazer com que cada um reflita sobre o que veio fazer aqui e acima de tudo possa vivenciar de forma mais equilibrada essa nova era que se aproxima. 2012 se aproxima, o que pode significar o final dos tempos ou não, porque o nosso tempo é diferente do Universo. Pode ser que tudo venha a acontecer daqui há 10 anos. Sabe se lá. Entretando, eu tenho certeza de que as mudanças ocorrerão. É só olhar ao redor para ver quanta maldade estamos vivenciando. Isso não faz parte de nós. Isso não faz parte do criador. E uma hora isso terá de acabar. E eu quero estar preparada. E você está pronto para tudo isso?
http://apos2012.blogspot.com/
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