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13 de Junho - Dia de Santo Antônio

13 de Junho

Santo Antonio de Pádua, também conhecido como Santo Antônio de Lisboa, nasceu em Lisboa, no ano de 1195, com o nome de Fernando de Bulhões y Taveira de Azevedo.
Foi batizado na Sé de Lisboa, uma semana após o seu nascimento. Era de família nobre e rica. O pai, senhor Martinho, ocupava o cargo de Prefeito de Lisboa. A mãe, Dona Teresa, pertencia à alta nobreza. O menino cresceu cercado de todos os cuidados: boa instrução moral, científica, religiosa e muito conforto. Aos poucos percebeu que a vida de riqueza não lhe agradava e sentiu o chamado de Deus.


Estudou na Catedral (onde seria também menino do coro), os rudimentos - trivium, cômputo, saltério e música. Foi lá, que aconteceu o seu primeiro milagre, quando fez uma cruz na parede, para afastar o demônio que tentava atormentá-lo.

Aos quinze anos entrou, em S. Vicente de Fora, no Mosteiro de Cônegos Regrantes de Santo Agostinho, onde fez o noviciado, mudou o nome para Antonio e de lá mudou-se - apesar do voto de stabilitas loci- para Coimbra, aos vinte anos.

Em Santa Cruz ultimou sua formação e foi ordenado, sendo-lhe destinado o cargo de Porteiro, onde teve a oportunidade de conhecer os recém-chegados Frades menores de S. Francisco que habitavam o eremitério de Santo Antão, nos Olivais. Foi também em Santa Cruz, que Santo Antonio aprofundou os seus estudos teológico-filosóficos de raíz platônico-agostiniana e adquiriu a preparação necessária à escrita dos seus Sermões. Após a passagem por Coimbra das relíquias dos cinco mártires franciscanos mortos em Marrocos em tarefa missionária, se transferiu dos Cônegos Crúzios para os Olivais, onde ingressou na Ordem Franciscana e obteve permissão para pregar em Marrocos.

Após uma breve experiência contemplativa em Montepaolo reconhecem-lhe, quando da ordenação conjunta de Frades Menores e de Pregadores de S. Domingos, em Forli, grandes capacidades oratórias, e vasto conhecimento exegético. O quarto onde dormia era simples, tecia a própria roupa, e fazia os serviços mais humildes. Foi um período de aproximadamente um ano.
Foi nomeado então pregador na região da Romanha e encarregado por S. Francisco de ensinar teologia aos frades. Enviado ao sul da França, numa tentativa de missionação dos cátarosalbigenses, por lá permaneceu dois anos pregrando e ensinando em Toulouse e Montpellier e desempenhando vários cargos na Ordem, como o de Custódio de Limoges e de Guardião em Le Puy.

Regressou à Itália como Provincial da Emília Romanha. O navio em que voltava para Lisboa se perdeu em uma tempestade e foi parar em Messina, na Sicília, onde foi enviado ao Capítulo Geral dos Frades Menores (Capítulo das Esteiras), aí conhecendo S. Francisco de Assis. Lá então, onde Deus o esperava, começou sua vida de pregação. Multidões queriam ouvir o santo falar. Sua fala simples comovia a todos.

Já em Pádua, ensinava Teologia, e retomou o trabalho da escrita e reestrutura os seus Sermões material auxiliar a pregadores da Ordem. Ficaram célebres os sermões que proferiu em Forli, Provença, Languedoc e Paris. Em todos esses lugares suas prédicas encontravam forte eco popular, pois lhe eram atribuídos feitos prodigiosos, o que contribuía para o crescimento de sua fama de santidade.
A saúde sempre precária levou-o a recolher-se ao convento de Arcella, perto de Pádua, onde escreveu uma série de sermões para domingos e dias santificados, alguns dos quais seriam reunidos e publicados entre 1895 e 1913. Dentro da Ordem Franciscana, Santo Antônio liderou um grupo que se insurgiu contra os abrandamentos introduzidos na regra pelo superior Elias.

Santo Antônio estava muito doente, pois tinha hidropisia (Acúmulo patológico de líquido seroso no tecido celular ou em cavidades do corpo).
Após as pregações da Quaresma de 1231 sentiu-se cansado e esgotado. Precisava de repouso. Os frades fizeram para ele um quarto em cima de uma árvore, mas mesmo assim o povo o procurava. Decidiram então leva-lo a Pádua. Agasalharam o frei e o colocaram em um carro puxado por bois. Como a viagem era longa, o que provocou a piora do seu estado de saúde, pararam em um povoado que havia um convento franciscano.

Santo Antônio piorava, e precisava ficar sentado, pois sofria de falta de ar. Recebeu os sacramentos, se despediu de todos, e ainda cantou o bendito: "Ó Virgem gloriosa que estais acima das estrelas... "Depois ergueu os olhos para o céu e disse. "Estou vendo o Senhor". Pouco depois morreu. Era dia 13 de junho de 1231.

Santo Antônio morreu com apenas 36 anos de idade. Após um brevíssimo processo de canonização, o mais rápido da história da Igreja, foi elevado aos altares em 13 de maio de 1232 pelo papa Gregório IX. Em 1946 foi oficialmente proclamado Doutor da Igreja pelo papa Pio XII, sendo-lhe atribuído o epíteto de Evangélico pelo vasto conhecimento das Sagradas Escrituras patente nos seus Sermões.
Homem de oração, Santo Antônio se tornou santo porque dedicou toda a sua vida para os mais pobres e para o serviço de Deus.
Diversos fatos marcaram a vida deste santo, mas um em especial era a devoção a Maria.
Em sua pregação, em sua vida a figura materna de Maria estava presente. Santo Antônio encontrava em Maria além do conforto a inspiração de vida.
O seu culto, que tem sido ao longo dos séculos objeto de grande devoção popular, é difundido por todo o mundo através da missionação e miscigenado com outras culturas (nomeadamente Afro-Brasileiras e Indo-Portuguesas).

Santo António tornou-se um dos santos de maior devoção de todos os povos e sem dúvida o primeiro português com projeção universal.
De Lisboa ou de Pádua, é por excelência o Santo "milagreiro", "casamenteiro", do "responso" e do Menino Jesus. Padroeiro dos pobres é invocado também para o encontro de objetos perdidos. Sobre seu túmulo, em Pádua, foi construída a basílica a ele dedicada.

OS MILAGRES DE SANTO ANTÔNIO

Santo António será sem dúvida o "Santo dos Milagres" e, de todos, aquele que mais merece esse epíteto no mundo cristão.
A sua taumaturgia iniciada em vida com uma pluralidade de milagres que lhe valeram a canonização em menos de um ano, é, na história da Igreja, a mais vasta e variada.
De Santo "casadoiro" a "restituidor do desaparecido", passando por "livrador" das tentações demoníacas, a Santo Antônio tudo se pede, não como intercessor, mas como autoridade celestial.
No entanto, vamos nos referir a milagres operados em vida como paradigmáticos dessa taumaturgia:
Santo Antônio a pregar aos peixes, livrando o pai da forca, e a aparição do Menino Jesus na casa do conde Tiso.

Primeiro milagre

Santo António prega aos peixes – estava a pregar aos hereges em Rimini, e estes não o quiseram escutar e viraram-lhe as costas. Sem desanimar, Santo António foi até à beira da água, onde o rio conflui com o mar, e provocou a atenção os peixes para escutá-lo, já que os homens não o queriam ouvir. Deu-se então o milagre: multidões de peixes aproximam-se com a cabeça fora de água em atitude de escuta. Os hereges ficaram tão impressionados, que logo se converteram. Este milagre encontra-se citado por diversos autores, tendo sido mesmo objeto de um sermão do Padre António Vieira, que é considerado uma das obras-primas da literatura portuguesa.

Segundo milagre

No segundo milagre, Santo António livra o pai da forca. Santo Antônio estava a pregar em Pádua, quando sentiu que a sua presença era necessária em Lisboa, e recolheu-se, cobrindo a cabeça em silêncio de reflexão. Simultaneamente (e mercê do dom de bilocação) encontrava-se em Lisboa, onde seu pai tinha sido injustamente condenado pelo homicídio de um jovem. Ressuscitado e questionado pelo Santo, afirmou a inocência do pai de Santo Antônio e voltou a descansar.
Após libertado o inocente, que tinha sido acusado por falso testemunho, Santo Antônio retornava, quando "acorda" subitamente no púlpito em Pádua, recomeçando a sua pregação. Representam-se assim aqui dois fatos miraculosos num só: a bilocação, e poder de reanimar os mortos.

Terceiro milagre

O terceiro milagre, também reportado na crônica do Santo, ocorreu já no fim da sua vida e foi contado pelo conde Tiso aos confrades de Santo António após sua morte.
Estando o Santo na casa do conde Tiso, em Camposampiero, recolhido num quarto em oração, o conde, curioso, espreitava pelas frinchas de uma porta a atitude de Santo Antônio, quando, então, surgiu uma cena miraculosa: a Virgem Maria entrega o Menino Jesus nos braços de Santo Antônio.
O menino tendo os bracinhos enlaçados ao redor do pescoço do frade conversava com ele amigavelmente, arrebatando-o em doce contemplação. Sentindo-se observado, Santo Antônio descobriu o "espião", fazendo-lhe jurar que só contaria o visto após a sua morte.
São estes os três mais famosos milagres de Santo Antônio, embora muitos mais pudessem ser referidos. Nas "Florinhas de Santo António" ou no "Tratado dos Milagres" é relatado um milagre praticamente para cada dia do ano, o que reafirma o seu carácter taumaturgo.

RESUMO

Santo Antônio de Pádua, também conhecido como Santo Antônio de Lisboa, foi contemporâneo de um outro grande santo, São Francisco de Assis.
Santo Antônio foi cônego regular em Portugal até os vinte e cinco anos, quando um fato mudou a sua vida.
Ao saber que cinco franciscanos tinham sido martirizados em Marrocos, como conseqüência da tentativa de evangelizar infiéis, Santo Antônio decidiu seguir-lhe os passos e ser um missionário.

Foi então que entrou para a ordem dos frades franciscanos e logo foi enviado para trabalhar entre os muçulmanos de Marrocos. Porém, com problemas de saúde, foi obrigado a retornar para a Europa, permanecendo em um eremitério na Itália. Durante este tempo, ocupou vários cargos, como o de professor em sua ordem na Itália e na França e também pregava nos lugares onde a heresia era mais forte. O combate à heresia era feito não apenas através da pregação, mas também por meio de milagres espantosos. Sabia de cor quase todas as Escrituras e tinha um dom especial para explicar e aplicar as mais difíceis passagens.
Em 1231, seu sermão alcançou o ápice de intensidade, porém, foi neste mesmo ano que o Santo foi acometido de uma doença inesperada, e ele veio a falecer em Arcella, no dia 13 de junho, aos 36 anos de idade.

Santo Antônio foi canonizado por Gregório IX em 30 de maio de 1232. É um santo de grande popularidade, principalmente nos países latinos, onde o povo costuma invocá-lo para encontrar objetos perdidos e auxiliar moças solteiras a encontrar noivos.

ORAÇÃO À SANTO ANTÔNIO

1. Oração para os namorados

Meu grande amigo Santo Antônio, tu que és o protetor dos enamorados, olha para mim, para a minha vida, para os meus anseios. Defende-me dos perigos, afasta de mim os fracassos, as desilusões, os desencantos. Faze que eu seja realista, confiante, digno e alegre. Que eu encontre um amor que me agrade, seja trabalhador, virtuoso e responsável. Que eu saiba caminhar para o futuro e para a vida a dois com as disposições de quem recebeu de Deus uma vocação sagrada e um dever social. Que meu amor seja feliz e sem medidas. Que todos os enamorados busquem a mútua compreensão, a comunhão de vida e o crescimento na fé. Assim seja.

2. Oração para obtenção de graças

Glorioso Santo Antônio, que tivestes a sublime dita de abraçar e afagar o Menino Jesus, alcançai-me deste mesmo Jesus a graça que vos peço e vos imploro do fundo do meu coração (pede-se a graça).
Vós que tendes sido tão bondoso para com os pecadores, não olheis para os pecados de quem vos implora, mas antes fazei valer o vosso grande prestígio junto a Deus para atender o meu insistente pedido. Amém.

 

13 de Junho

Santo António de Lisboa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.






Santo António de Lisboa
Imagem de Santo António em Ravensburg (Alemanha).
Doutor da Igreja (Doctor Evangelicus)
Nascimento 15 de Agosto de 1195 em Lisboa, Portugal
Falecimento 13 de Junho de 1231 em Pádua, Itália
Veneração por Igreja Católica
Beatificação 1232, Roma
Canonização 30 de Maio de 1232, Catedral de Espoleto por: Papa Gregório IX
Principal templo Basílica de Santo António de Pádua, Pádua, Itália
Festa litúrgica 13 de Junho
Atribuições livro, pão, Menino Jesus e lírio
Padroeiro: Portugal, Pádua, pobres, mulheres grávidas, casais, pessoas que desejam encontrar objectos perdidos, oprimidos, entre outros
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O contexto histórico

Santo António de Lisboa, OFM viveu na primeira metade do século XIII, em plena Idade Média. Desenvolviam-se as cidades extra-muros (os burgos) e uma nova classe social de artesãos, mercadores, banqueiros, notários e médicos ascendia na sociedade e no poder: a burguesia.
Na Europa formavam-se as nacionalidades sob a égide do Sacro Império e os exércitos dos anglos, francos e germanos, dominados pelo espírito da cruzada, combatiam os turcos muçulmanos no Oriente (na Terra Santa) e os berberes muçulmanos no Ocidente (na Península Ibérica).
Em Portugal, nesse século, três reis sucederam-se no trono: primeiro Sancho I, filho de D. Afonso Henriques, empenhado em alargar o território e proceder ao povoamento do país que surgira sob o governo do seu pai; depois Afonso II neto de D. Afonso Henriques, que se envolveu em lutas civis contra suas irmãs, o que motivou a perda dos territórios já conquistados aos mouros a sul do Tejo, e finalmente Sancho II, filho deste último, grande conquistador, que se envolveu em questões com a Igreja Católica e com o papado e foi excomungado e deposto pelo Papa Inocêncio IV a favor de seu irmão Afonso III, conde de Bolonha.

Biografia

De Lisboa até Coimbra

Santo António, de seu nome Fernando, filho de Martim de Bulhões e Maria Teresa Taveira Azevedo, nasceu em Lisboa entre 1191 / 1195, (aceita-se oficialmente a data de 15 de Agosto de 1195[3]), numa casa próxima da Sé de Lisboa, às portas da cidade, no local, assim se pensa, onde posteriormente se ergueu a Igreja sob sua invocação.
Fez os primeiros estudos na Igreja de Santa Maria Maior (hoje a Sé de Lisboa), ingressando mais tarde, por volta de 1210 ou 1211, como noviço, na Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, no Mosteiro de São Vicente de Fora, guiado pela mão do então prior D. Estêvão.
Permaneceu em São Vicente de Fora por três anos, tendo com 18 ou 19 anos entrado no Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, ao tempo um importante centro de cultura medieval e eclesiástica da Europa, onde realizou os estudos em Direito Canónico, Filosofia e Teologia.
O martírio dos cinco franciscanos, decapitados em Marrocos, e a vinda das seus restos mortais em 1220 para Coimbra fizeram Fernando abraçar o espírito de evangelização e trocar a Regra de Santo Agostinho pela Ordem de São Francisco, recolhendo-se no Eremitério dos Olivais de Coimbra e mudando então o nome para António.

Na Itália e no Sul de França

Por essa altura, decidiu deslocar-se a Marrocos em acção de evangelização, onde esteve, mas acometido por grave doença decidiram os Superiores da Ordem repatriá-lo. No regresso, uma forte tempestade arrastou o barco para as costas da Sicília. É aqui, na Itália, que António se notabilizaria como exímio teólogo e grande pregador.
Em Março de 1222, em Forlì, dissertou para religiosos Franciscanos e Dominicanos de forma tão fluente e admirável que o Provincial da Ordem o destinou de imediato à evangelização e difusão da doutrina.
Fixou-se então em Bolonha onde se dedicou ao ensino da Teologia e à pregação, nomeadamente contra as heresias dos Cátaros, Patarinos e Valdenses, o que lhe valeu o título de ‘incansável martelo dos hereges’.
Seguiu depois para França com o objectivo de pregar contra os Albigenses e em 1225 é pregador em Toulouse. Na mesma época foi-lhe confiada a guarda do Convento de Puy-en-Velay e teria à sua guarda igualmente a Província de Limoges, por escolha dos frades da Província. Dois anos mais tarde instalou-se em Marselha, mas brevemente seria escolhido para Provincial da Romanha.
Em Outubro de 1226 morreu Francisco de Assis.
António assistiu à canonização de São Francisco em 1228. Neste ano deslocou-se a Ferrara, Bolonha e Florença. Durante 1229 as suas pregações dividiram-se entre Varese, Bréscia, Milão, Verona e Mântua. Esta actividade absorvia-o de tal maneira que passou a dedicar-se exclusivamente a ela.
Em 1231, e após contactos com o papa Gregório IX, regressou a Pádua, sendo a quaresma desse ano marcada por uma série de sermões da sua autoria.
Basília de Santo António, em Pádua
Bastante doente, faleceu a 13 de Junho de 1231 no Oratório de Arcela. Os seus restos mortais repousam na Basílica de Pádua, construída em sua memória.

O reconhecimento: Canonização e Doutor da Igreja

Foi canonizado pelo Papa Gregório IX, na catedral de Espoleto, em Itália, em 30 de Maio de 1232.
Foi proclamado doutor da Igreja pelo papa Pio XII, em 1946, que o considera «exímio teólogo e insigne mestre em matérias de ascética e mística».

Os Sermões Dominicais e Festivos

Muitos escritos são atribuídos a Santo António, na sua maioria apócrifos. Segundo os estudiosos, os Sermões Dominicais e Festivos são a única obra autêntica escrita pelo punho de Frei António, com a marca da sua personalidade e espiritualidade.
Trata-se de 53 sermões dominicais, escritos em Pádua, no decurso do triénio pastoral como provincial para o Norte da Itália (Romanha) (1227 – 1230). A estes somam-se mais 4 para as festividades marianas. Os Sermões são mais precisamente um manual de pregação do que propriamente sermões ou homilias escritas.
Existe um Sermão para cada domingo ou festividade, cujo desenvolvimento é feito com base no texto do evangelho da liturgia a que se refere, sendo o texto normalmente explicado segundo os quatro sentidos da interpretação escolástica: o sentido literal, o anagógico (em relação à vida eterna), o alegórico e o moral.
Para fundamentar a sua interpretação do texto Frei António recorre à patrística: são muito frequentes as citações de Santo Agostinho, Santo Ambrósio, São Jerónimo, São Gregório, São Bernardo e de outros, todos Padres da Igreja. Igualmente, Frei António, para ilustração de temas filosóficos ou morais, recorre a citações de Aristóteles, Cícero, Séneca e de outros pensadores gregos e romanos. Bom franciscano que era, Frei António abrilhanta os temas com referências à observação da natureza e ao saber científico da época.~





    • Lê-se na história natural que as abelhas pequenas são as mais laboriosas, têm asas subtis e cor negra, como se fossem queimadas (…) Sermão do 3º Domingo da Quaresma, IV-4





    • A história natural diz-nos que o veado apascenta na estrada movimentada, porque sabe que o lobo evita a estrada frequentada pelo homem. (…) Sermão do 3º Domingo da Quaresma, Em louvor… 4
O fim último dos Sermões é a glória de Deus, mas o seu fim específico e imediato é a instrução dos crentes e o desejo de lhes oferecer uma ajuda para a sua vida religiosa e o necessário saber para o precioso anúncio da palavra de Deus.





    • Para glória de Deus e edificação das almas, para consolação dos leitores e ouvintes, para o aprofundamento do sentido das Sagradas Escrituras, recorrendo aos vários passos do Antigo e Novo Testamento, constituímos um transporte com o qual nos elevaremos da terra ao céu… Prólogo 5

Iconografia e veneração

Santo António pregando aos peixes. Guimarães
A sua representação iconográfica mais frequente é a de um jovem tonsurado envergando o traje dos frades menores (franciscanos), segurando o Menino Jesus sobre um livro e tendo uma cruz, ou um ramo de açucenas, na outra mão. Esses atributos podem ser substituidos por um saco de pão, embora geralmente a figura do menino Jesus (nu ou vestido, de pé ou sentado, interagindo ou não com o santo) mantenha-se na outra mão. Uma rara representação iconográfica, exclusiva a Portugal e suas ex-colônias, mostra o santo trajando as vestes de "menino de coro" ou de sacristão, segundo a tradição que, em adolescente, teria sido "coroinha" na Sé de Lisboa. Em pintura, o santo pode ser visto em adoração frente a uma aparição do menino, a pregar aos peixes (objecto de um sermão do Padre António Vieira, séculos mais tarde), tal como São Francisco pregava aos pássaros, fazendo que uma mula se ajoelhe diante de um ostensório ou achando em um cofre o coração de um ávaro. Considerado padroeiro dos pobres, é também invocado para ajudar a encontrar objetos perdidos, numa oração conhecida como os responsos (no que é similar a São Longuinho, invocado mais frequentemente no Brasil do que em Portugal).
Santo António de Lisboa é enfim comumente considerado como um santo casamenteiro; segundo a lenda, era um excelente conciliador de casais.

No Brasil, muitas moças afoitas por encontrar um marido retiravam o bebé dos braços das estátuas do santo, prometendo devolvê-lo depois de alcançarem o seu pedido. Por esse motivo, alguns párocos mandavam fazer a estátua do santo com o Menino Jesus preso ao corpo do santo, evitando assim o seu sequestro. Outras jovens colocam a imagem de cabeça para baixo, dizem que só a mudariam de posição quando Santo Antônio lhes arranjasse marido. Estes rituais eram geralmente feitos na madrugada do dia 13 de Junho. Outro facto pitoresco digno de nota, é quando a estátua se parte nestas lides - nesse caso, os cacos devem ser juntos e deixados num cemitério…

Numa cerimónia, conhecida como trezena (por ter a duração de treze dias), os fiéis entoam cânticos, soltam fogos, e celebram comes e bebes junto a uma fogueira com o formato de um quadrado. Essa festança acontece entre 1 e 13 de Junho - é a famosa festa de Santo Antônio.
Ainda há um outro costume que é muito praticado pelos fiéis. Todo o dia 13 de Junho, certas igrejas distribuem aos pobres "pãezinhos de Santo Antônio" que, segundo a tradição devem ser guardados dentro de uma lata de mantimentos, para que não falte comida durante o ano. Há quem diga que o pão não mofa, mantendo-se íntegro pelo período de um ano.

Festividades

Portugal

Em Portugal, Santo António é muito venerado na cidade de Lisboa e o seu dia, 13 de Junho, é feriado municipal.
As festas em honra de Santo António começam logo na noite do dia 12. Todos os anos a cidade organiza as marchas populares, grande desfile alegórico que desce a Avenida da Liberdade (principal artéria da cidade), no qual competem os diferentes bairros.

Um grande fogo de artifício costuma encerrar o desfile. Os rapazes compram um manjerico (planta aromática) num pequeno vaso, para oferecer às namoradas, as quais trazem bandeirinhas com uma quadra popular, por vezes brejeira ou jocosa. A festa dura toda a noite e, um pouco por toda a cidade, há arraiais populares, locais de animação engalanados onde se comem sardinhas assadas na brasa, febras de porco (fêveras),come-se também o caldo verde (uma sopa feita com couve tipo mineira, cortada aos fiapos,o que lhe confere uma cor esverdeada) e se bebe vinho tinto. Ouve-se música e dança-se até de madrugada, sobretudo no antigo e muito típico Bairro de Alfama (na cidade do Porto, uma festa semelhante, mas em honra de São João, patrono da cidade, tem lugar todos os anos no dia 24 de Junho).

Santo António é o santo casamenteiro, por isso a Câmara Municipal de Lisboa (prefeitura) costuma organizar, na Sé Patriarcal de Lisboa, o casamento de jovens noivos de origem modesta, todos os anos no dia 13 de Junho. São conhecidos por 'noivos de Santo António', recebem ofertas do município e também de diversas empresas, como forma de auxiliar a nova família.

Brasil

No Brasil, onde o santo tem milhões de devotos, é também frequentemente reverenciado como Santo Antônio, o Casamenteiro. O arraial de Santo Antônio do Leite, no Estado de Minas Gerais, Brasil, tem em sua igreja uma belíssima imagem de Santo António de Lisboa, trazida de Portugal em finais do século XVII. O dia 13 de Junho, é feriado em diversos municípios portugueses e brasileiros.
Em Barbalha, no interior do Ceará, o mês de junho é dedicado ao santo, que é padroeiro da cidade. Destaca-se o Pau da Bandeira, cerimônia onde os devotos cortam uma árvore de grande porte e a utilizam como mastro com uma bandeira de Santo Antônio. A festividade reúne milhares de pessoas.

Igreja de Santo António, Lisboa.
O Santo é também padroeiro da cidade de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, onde seu dia é declarado feriado municipal, ocasião em que são realizados casamentos comunitários.
A cidade de Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, também tem como padroeiro o Santo, onde a Paróquia de Santo Antônio realiza todos os anos a trezena e no dia 13 a missa e bênção do pão.
Em Borba, no interior do Amazonas, a Festa de Santo António é comemorada no período de 1 a 13 de junho; e em 2009 comemora-se 253 anos de amor e fé. Romeiros de vários estados e até do exterior marcam presença nos festejos todos os anos para pedirem ou agradecerem pelas graças recebidas. O município possui a Basílica de Santo António de Borba, que é a 1ª da América Latina e a 5ª do Mundo a possuir os restos mortais de Santo António. A festa já é considerada a maior festa religiosa do estado do Amazonas.
No Piauí, a maior festa religiosa da região, reverenciada ao Santo, acontece em Campo Maior. São noites de muita animação com religião, comidas típicas e uma multidão na Praça da Catedral de Santo Antonio.

Igreja e Museu Antoniano em Lisboa

Situados perto da Sé Patriarcal de Lisboa, a Igreja e Museu Antoniano em Lisboa são o centro da devoção ao santo lisboeta, em especial no dia que lhe é dedicado, 13 de Junho.
O Museu Antoniano é um museu monográfico dedicado à vida e veneração do santo, exibindo, em exposição permanente, objectos litúrgicos, gravuras, pinturas, cerâmicas e objectos de devoção que evocam a vida e o culto ao santo.
O Museu fica anexo à Igreja, local onde, de acordo com a tradição, nasceu o santo. Em conjunto, esses dois espaços constituem um dos mais importantes locais de homenagem ao mesmo.
No ano de 1995 comemorou-se o 800º aniversário do seu nascimento, com grandes celebrações por toda a cidade de Lisboa.

Carreira militar em Portugal

Santo António é o Santo da especial devoção e fé de portugueses e brasileiros e também padroeiro dos militares.
No século XVII, para alguns historiadores em 1665, Santo António assentou praça no 2° Regimento de Infantaria de Lagos, simbolicamente, por iniciativa de D. Afonso VI (1656-1683), que viu no Santo a bandeira milagrosa para a vitória contra as forças espanholas sob o comando do marquês de Caracena. O estratagema deu resultado, tendo o Exército Português, sob o comando do marquês de Marialva, derrotado o exército espanhol. No reinado de D. Pedro II (1683-1706), o Santo foi promovido a Capitão, e no de D. Maria I (1777-1816), à patente de Tenente-Coronel, como recompensa pela vitória na batalha do Bussaco, a 27 de setembro de 1810, quando as forças luso-britânicas derrotaram as tropas francesas de Napoleão sob o comando de André Massena.

Carreira militar no Brasil

O Santo assentou praça nas milícias luso-brasileiras em 1685, por ocasião das lutas contra o Quilombo dos Palmares, por iniciativa do Governador da Capitania de Pernambuco, João de Souto Maior, invocando o seu milagroso auxílio.
Mais tarde, por Carta-régia datada de 21 de março de 1711, o soberano português promoveu-o a Capitão, no Brasil, por serviços prestados ao Governador da Capitania do Rio de Janeiro, Francisco de Castro Morais, quando da invasão da esquadra de corsários franceses de Jean-François Duclerc.
Em 1814, o Príncipe-regente D. João, na Bahia, conferiu-lhe a patente de Tenente-Coronel, com o soldo do posto: 80$000.
Após a Proclamação da República no Brasil, o presidente da República, Marechal Hermes da Fonseca, determinou ao seu Ministro da Guerra, General Dantas Barreto, suspender o pagamento do soldo do Santo (Livro 486, fl. 31 da extinta Diretoria de Contabilidade do Ministério da Guerra).

Cronologia


História da Festa Junina e tradições

Origem da festa junina, história, tradições, festejos, comidas típicas, quermesses, dança da quadrilha, influência francesa, portuguesa, espanhola e chinesa, as festas no Nordeste, dia de Santo Antônio, São João e São Pedro, as simpatias de casamento e crendices populares, músicas típicas da época, os balões

Origem da Festa Junina
Existem duas explicações para o termo festa junina. A primeira explica que surgiu em função das festividades ocorrem durante o mês de junho. Outra versão diz que está festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seriam em homenagem a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina.
De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial (época em que o Brasil foi colonizado e governado por Portugal).
Nesta época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses. Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha.
Todos estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.
Festas Juninas no Nordeste
Embora sejam comemoradas nos quatro cantos do Brasil, na região Nordeste as festas ganham uma grande expressão. O mês de junho é o momento de se fazer homenagens aos três santos católicos: São João, São Pedro e Santo Antônio. Como é uma região onde a seca é um problema grave, os nordestinos aproveitam as festividades para agradecer as chuvas raras na região, que servem para manter a agricultura.
Além de alegrar o povo da região, as festas representam um importante momento econômico, pois muitos turistas visitam cidades nordestinas para acompanhar os festejos. Hotéis, comércios e clubes aumentam os lucros e geram empregos nestas cidades. Embora a maioria dos visitantes seja de brasileiros, é cada vez mais comum encontrarmos turistas europeus, asiáticos e norte-americanos que chegam ao Brasil para acompanhar de perto estas festas.
Comidas típicas
Como o mês de junho é a época da colheita do milho, grande parte dos doces, bolos e salgados, relacionados às festividades, são feitos deste alimento. Pamonha, cural, milho cozido, canjica, cuzcuz, pipoca, bolo de milho são apenas alguns exemplos.
Além das receitas com milho, também fazem parte do cardápio desta época: arroz doce, bolo de amendoim, bolo de pinhão, bombocado, broa de fubá, cocada, pé-de-moleque, quentão, vinho quente, batata doce e muito mais.
Tradições
As tradições fazem parte das comemorações. O mês de junho é marcado pelas fogueiras, que servem como centro para a famosa dança de quadrilhas. Os balões também compõem este cenário, embora cada vez mais raros em função das leis que proíbem esta prática, em função dos riscos de incêndio que representam.
No Nordeste, ainda é muito comum a formação dos grupos festeiros. Estes grupos ficam andando e cantando pelas ruas das cidades. Vão passando pelas casas, onde os moradores deixam nas janelas e portas uma grande quantidade de comidas e bebidas para serem degustadas pelos festeiros.
Já na região Sudeste são tradicionais a realização de quermesses. Estas festas populares são realizadas por igrejas, colégios, sindicatos e empresas. Possuem barraquinhas com comidas típicas e jogos para animar os visitantes. A dança da quadrilha, geralmente ocorre durante toda a quermesse.
Como Santo Antônio é considerado o santo casamenteiro, são comuns as simpatias para mulheres solteiras que querem se casar. No dia 13 de junho, as igrejas católicas distribuem o “pãozinho de Santo Antônio”. Diz a tradição que o pão bento deve ser colocado junto aos outros mantimentos da casa, para que nunca ocorra a falta. As mulheres que querem se casar, diz a tradição, devem comer deste pão.

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Co-criando A NOVA TERRA

«Que os Santos Seres, cujos discípulos aspiramos ser, nos mostrem a luz que
buscamos e nos dêem a poderosa ajuda
de sua Compaixão e Sabedoria. Existe
um AMOR que transcende a toda compreensão e que mora nos corações
daqueles que vivem no Eterno. Há um
Poder que remove todas as coisas. É Ele que vive e se move em quem o Eu é Uno.
Que esse AMOR esteja conosco e que esse
PODER nos eleve até chegar onde o
Iniciador Único é invocado, até ver o Fulgor de Sua Estrela.
Que o AMOR e a bênção dos Santos Seres
se difunda nos mundos.
PAZ e AMOR a todos os Seres»

A lente que olha para um mundo material vê uma realidade, enquanto a lente que olha através do coração vê uma cena totalmente diferente, ainda que elas estejam olhando para o mesmo mundo. A lente que vocês escolherem determinará como experienciarão a sua realidade.

Oração ao Criador

“Amado Criador, eu invoco a sua sagrada e divina luz para fluir em meu ser e através de todo o meu ser agora. Permita-me aceitar uma vibração mais elevada de sua energia, do que eu experienciei anteriormente; envolva-me com as suas verdadeiras qualidades do amor incondicional, da aceitação e do equilíbrio. Permita-me amar a minha alma e a mim mesmo incondicionalmente, aceitando a verdade que existe em meu interior e ao meu redor. Auxilie-me a alcançar a minha iluminação espiritual a partir de um espaço de paz e de equilíbrio, em todos os momentos, promovendo a clareza em meu coração, mente e realidade.
Encoraje-me através da minha conexão profunda e segura e da energia de fluxo eterno do amor incondicional, do equilíbrio e da aceitação, a amar, aceitar e valorizar  todos os aspectos do Criador a minha volta, enquanto aceito a minha verdadeira jornada e missão na Terra.
Eu peço com intenções puras e verdadeiras que o amor incondicional, a aceitação e o equilíbrio do Criador, vibrem com poder na vibração da energia e na freqüência da Terra, de modo que estas qualidades sagradas possam se tornar as realidades de todos.
Eu peço que todas as energias e hábitos desnecessários, e falsas crenças em meu interior e ao meu redor, assim como na Terra e ao redor dela e de toda a humanidade, sejam agora permitidos a se dissolverem, guiados pela vontade do Criador. Permita que um amor que seja um poderoso curador e conforto para todos, penetre na Terra, na civilização e em meu ser agora. Grato e que assim seja.”

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