Uma reflexão!

[ismael de almeida]

 

O ser humano é o mais iludido dos habitantes da Terra. Ele é uma alma sidéria encarnada em um corpo, e acredita ser um corpo que tem uma alma. Ele vive totalmente num eterno DESLUMBRAMENTO, fascinado pelas coisas do mundo exterior. Ele acredita que seu corpo é eterno, que nunca será devolvido a Mãe Natureza, vive na periferia da realidade. O mundo exterior o fascina e deslumbra, ele pouco cuida de sua alma solar, mas dá todo direito e atenção a sua alma humana.

Uma nascente se estiver poluída só pode dar água salobra, imprópria para o consumo. Não obstante, o homem polui o seu mundo interno, tirando a prístima beleza da FONTE do seu santuário que deveria ser uma refulgência de luzes e belezas. Ele só vive para as coisas exteriores que são perecíveis, de curta duração, apenas um ciclo de um segundo na eternidade.

Todos os dias ele cria dezenas de centenas de pensamentos ociosos, vagabundos e improdutivos. Uma prole indigna de uma alma solar, pequenas criaturas de feio aspecto, que ele chama de maledicência, raiva, ódio, melindres, medo, crítica, e com isto primeiro fere a si mesmo, emporcalhando o seu mundo interior, e depois machuca e polui o seu entorno.

Uma vez maculado o seu mundo interno, o ranço da enfermidade se instala, mas ele não se culpa nunca, culpa os pequeninos germes patogênicos, que foram atraídos pelo habitat sujo, como uma lagoa contaminada que atrai nocividade.

Ele não pensa muito, culpa os germes, aí querendo enganar a si próprio, pede perdão e ora a Divindade, coisa de irresponsável. Se a Divindade não o curar ele vai ao médico, com seu interior maculado de pensamentos impuros. Se o médico não puder fazer a faxina em seu mundo interno, é porque o profissional não  é dos bons. Vai atrás de outro. Assim continua deslumbrado, em busca de soluções fáceis.

O homem se esquece que precisa ser responsável e precisa fugir do deslumbramento ASTRAL, porque ele é apenas um engodo, uma mentira. O mestre não percorre o caminho, que deve ser percorrido pelo discípulo. Ele não cura quando existe mácula, porque isto seria derrogar as leis do universo, ele ensina o aluno, a curar a si mesmo, limpando a sujidade do seu mundo interno, mostrando como ser amo, e não escravo do desejo.

O mestre mostra como proceder no controle ASTRAL, ensinando absoluto domínio sobre as emoções desordenadas. O homem não pode ser escravo das suas emoções, deve observar e analisar estas criaturas feias e pegajosas, não fornecer a elas nutrientes, matar estes monstrinhos por INANIÇÃO.

Controle diário das suas criações mentais e emocionais,  dar uma olhada no seu interior e observar como ele está, limpo ou sujo, de doce aroma ou cheiro nauseabundo.

O homem quer que a Divindade resolva os problemas que ele criou. Vai atrás de GURUS, que oferece cura para suas mazelas, esquece que a ele compete limpar os seus detritos interiores.  Ele vai atrás de ILUSÕES, esquece que neste mundo de dor, é preciso árdua batalha, não contra inimigos exteriores, mas contra seus inimigos internos que são legiões, criados pela sua imprevidência e irresponsabilidade.

A vida exige uma luta árdua dentro de si mesmo, minuto a minuto, um enfrentamento daquela parte SOMBRIA da sua natureza humana, e que precisa ser controlada com a espada flamejante da VONTADE que o Criador lhe outorgou, como arma invencível contra aquele exército rancoroso que ele criou, em sua jornada evolutiva, na sua cidadela interior.

O homem precisa aceitar sua maioridade, fugir do mundo do deslumbramento, e buscar o mundo MENTAL, onde a realidade e a verdade podem ser encontradas. Precisa com urgência, mergulhar no seu mundo interno, que é real e verdadeiro, procurar a si mesmo, saber que é um anjo solar, uma alma imortal, e trazer sua alma humana em rédeas curtas, com controle e domínio, entendendo que esta natureza criada, existe para lhe servir e não o contrário.

Já tem idade evolutiva, para através da REFLEXÃO, buscar a vida interior, ouvir a voz sem som, dentro do seu mundo subjetivo, fazer perguntas a si mesmo e aguardar respostas do Deus interno.

Que esta PÁSCUA, seja de descanso e reflexão, para se buscar a verdade interior, mergulhando no oceano da vivencia da alma, e buscar PORQUES  e RESPOSTAS, mas tudo no mundo verdadeiro,o mundo do ANJO SOLAR, sua alma imortal.

Ismael de Almeida.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

[Maria Helena dos Santos Alves]

Querido irmão.

 

Nós, seres humanos, somos assim mesmo. Talves irresponsáveis mesmo, nos sentido não termos ainda condições de entender o que nos ocorre em meio a tantas circinstâncias que nos envolvem.

Muitas vezes as coisas mais óbvias para uns se tornam equações astronômicas para outros.

A questão é de maturidade espiritual e não de irreponsabilidade; é um julgamento muito forte e não  temos direito de exigir essa conscientização imediata, que o irmão , decerto,já atingiu.

 Esse processo obedece etapas porque cada um tem o seu tempo e, sobretudo seu livre-arbítrio. Nós sabemos que o tempo urge, as mudanças estão acontecendo porque uma nova Era bate às portas do Planeta. Mas acredita mesmo que todos estão nessa mesma faixa vibratória para entender fatos que exige um relativo nível de consciência?

Não estão ,irmão, a maioria não tem essa conexão que implica em conhecimento, disciplina, mudanças radicais de pensamento e vida. E se não possuem-nas é porque ainda não despertaram ou convém não despertar, preferindo viver em maya. Através das ilusões,  se defendem da racionalidade e do comprometimento com a verdade. Mas o que é afinal a verdade? A sua ou a deles? Afinal, questão colocada por Jesus a Pilatos continua até os dias atuais, e ninguém ainda soube respondê-la.

Acho que muitas vezes, precisamos nos colocar no lugar daqueles que ainda não entendem um milésimo do que pensamos ter autoridade no que afirmamos como verdadeiro. Mas, julgá-los, não.

Consideremos que levamos muitas reencarnações para adquirir a postura que envergamos agora, e ainda nos falta muito. O mundo real também se encontra distante nós, ainda não temos sequer condições de fixar nossos olhos no sol visível, imagine o sol real, invisível aos nossos olhos físicos ; as nossas limitações são imensas, mesmo com toda bagagem que trazemos.

 Vivemos um período onde muito é esperado de todos nós, pois como já disse o tempo urge. A todo momento somos colocados em situações em que a nossa fé, nosso amor, nossa sabedoria serão postos em prova. Por isso precisamos estar atentos e exercitar mais a tolerância, o perdão e a simplicidade. Ter um pouco mais de carinho com as nossas sombras, porque a luz interior precisa delas.

Jesus poderia ter procurado os cultos como ele para propagar seus ensinamentos; no entanto, preferiu os mais rudes, ignorantes e excluídos da sociedade. Antes de lhes passar qualquer ensinamento, ensinou-os, primeiro, a pensar. E foi através de perguntas, sem exigir respostas imediatas, que começou a fazer aquelas pessoas tão diferentes dele, a perceberem o valor incondicional da vida.

Para isso, procurava desobstruir a inteligência deles, usando como ferramenta arte da dúvida para expandir o leque do pensamento, que abre as janelas da inteligência, estimula a criatividade e produção de novas respostas. A dúvida inteligente esvazia o orgulho. Jesus contava ricas parábolas levando as pessoas a confrontarr-se com o seu orgulho e rigidez, objetivando estimular o espírito delas tirando-as do cárcere intelectual. Ele respondia a perguntas com perguntas e quando davam respostas elas sempre abriam os horizontes do pensamento.

Era um grande mestre da educação e seus discursos formavam e não informavam, mas foi foi, sobretudo o mestre do amor.

Irmão querido, me perdoe discordar da sua 'REFLEXÃO', em termos, mas ainda não alcançamos a maioridade espiritual, temos, ainda, um longo caminho à frente. Precisamos ser mais solidários, compreensivos, pacientes, pricipalmente em relação a nós próprios.

Quem sabe, descer alguns degraus e resgatar os que estão lá embaixo, ajudando-os com a mesma brandura que Jesus ensinou, sem crítica, sem pressa. Ele nos espera desde e até a Eternidade e ainda estamos aqui, ansiosos por crescer mantendo anossa candeia sempre acesa.

Com todo amor,

Helena.