A ESPERANÇA NUNCA MORRE ???!!!

[luis conforti junior]

A ESPERANÇA NUNCA MORRE?!

Olá, amigos.

Comumente ouvimos a expressão animadora ou calmante: "a esperança nunca morre".


Qual será a razão pela qual o ser humano gosta de se alimentar de ilusões? Se bem analisarmos, veremos q isso se deve aos sofrimentos pelos quais já passaram, e têm receio q se repitam; ou q estão passando, e têm receio q nunca terminem; ou, como já sofreram ou sabem dos sofrimentos q muitos já passaram, têm medo daqueles q no futuro possam ter de enfrentar. Por isso, se recolhem à ilusão de q o amanhã, o mês q vem, ou o próximo ano, será melhor, ilusão que os pode acalentar por certo tempo, mas nada possui de concreto. É assim q afirmam a si mesmos (como numa simples ‘auto-sugestão’ ou ‘auto-hipnotismo’, enganando, portanto a eles mesmos), q “a esperança nunca morre”, se esquecendo de q o q pode morrer é a 'concretização' daquele bem ansiosamente esperado.


Preferimos enfrentar as ilusões e fantasias do q enfrentar a realidade. Preferimos viver de ilusões e nos esquecemos de q, como afirmou o Mestre, é a verdade q liberta. Temos q observar a totalidade da vida, como a vida é com os seres humanos e não humanos, conosco mesmos e com os semelhantes; só assim pode existir possibilidade de abrirmos os olhos e iniciar a busca dquilo q não é ilusão ou simples esperança, mas a Realidade q está por trás das ilusões, das aparencias do mundo.

Tenham todos uma boa tarde.

 

[luis conforti junior]

      Resp ao amigo Robson: amigo, ter esperança é como caminhar sobre areias movediças; vc nunca sabe se chegará ao outro lado; pode ser q sim, pode ser q não; daí podem nascer frustrações e sofrimentos, e a esperança se vai. Nós temos como q um vazio no peito, ou na mente, um vazio q queremos preencher a todo custo, mas nunca o conseguimos, de forma definitiva; conseguimos aquela vitória, aquele amor, aquele objeto, aquela felicidade q almejávamos, e o vazio é preenchido, mas só por certo tempo; então, voltamos a sentir novamente o vazio e vamos atrás de outra coisa q queremos para nós e, conseguindo-a, novamente o vazio é preenchido, mas, novamente, só por certo tempo e, assim, seguem nossos dias. Esse vazio, q nunca se vai, é a ausencia da verdade em nossa compreensão. Necessitamos, não de esperanças vãs, pequeno lenitivo q nada representa senão ilusões transitórias, mas de algo concreto, definitivo, q preencha esse vazio, não de ilusões, mas de compreensão, de felicidade. Essa é, afinal, a busca incessante de todos os homens, dos mais virtuosos aos mais viciosos; todos seus atos, desejos, planos, pensamentos, estão voltados a essa busca de felicidade duradoura. E ela nunca é encontrada nas ilusões das quais uma é a esperança; ela pode ser encontrada somente ao conhecer a verdade que liberta, como afirmou Jesus: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. E essa consecução é tão importante, mais do q tudo, q o mesmo sábio recomendou: “Buscai em primeiro lugar...”; se necessário for, abandonar “pai e mãe”, “deixar q os mortos enterrem seus mortos”, desistir de tudo o mais e “comprar aquele campo onde está o tesouro” da verdade; “que te importa a ti? Segue-me tu”. Só assim, a vida terá significado; só assim, deixaremos de ser “sub-humanos” e a porta da felicidade se abre para nós.

      Robson, um abraço.

 

[luis conforti junior]

       Bom dia Robson

      Meu amigo, nem sei como lhe responder, pois essa é a vida; cada um é o que é e está onde está porq as contingências da vida agem de modo totalmente incerto e imprevisível; não q haja culpas ou necessidade de acertarmos contas por nossos erros; apenas é assim. Por isso um mestre e sábio contemporâneo aconselhou: “para se viver melhor ante os eventos da vida, uma boa dose de indiferença, e uma boa dose de humor”. É evidente q isso não consola, mas tem valor para aquele q está compreendendo o sentido da vida. Quando compreendemos que não somos nem mesmo responsáveis por nossos atos, sejam bons ou maus, isso já nos desperta certa tranquilidade e pode eliminar sentimentos de remorsos e de culpas.

      Todos nós, sem exceção, somos dominados por nossa mente; é ela q nos comanda e não nós a ela. Nem nossos pensamentos, desejos e ações vêm de nossa vontade; apenas nos parece q nossa vontade tem algum poder, mas não tem. Agimos como temos de agir, estamos onde temos de estar, pelas imposições de todas as experiencias da vida. Pela genética, herdamos de nossos antepassados, desde os mais longínquos, caracteríscas boas e más no q se refere a nossa caminhada, em particular, aquelas relacionadas à sobrevivência; aquilo a q damos o nome de sorte, boa ou má, vem desde esse passado remoto e é resultante, tb, das incertezas e da impermanencia de todas as coisas pelas quais estamos envolvidos pela vida.

      E, tb, embora talvez o amigo considere absurdo, só devemos vigiar a mente esforçando-nos a dominá-la, se nos sentirmos melhor com o fazer isso; somente a compreensão da totalidade da vida, de como ela é com humanos e não humanos, e o treinamento q as tentativas de meditar nos trazem, podemos, aos poucos, compreender e perceber o q é a mente e o q somos nós; e esta compreensão pode vir a nos libertar de todas as dependencias; não q as dependencias deixem de existir, mas estaremos, pela compreensão, embora pareça impossivel, além do alcance de seus efeitos. Por isso Jesus afirmou: “... e a verdade vos libertará”. Antes de conhecer essa verdade, estaremos subordinados às operações, sempre ilusórias, da mente.

      Nunca teremos as respostas q poderão nos satifazer definitivamente; elas podem vir pela ampliação dos estudos (particularmente, relacionados aos ensinamentos dos místicos), que trazem mais compreensão do q somos, do q é a vida, do q podemos vir a ser devido ao extraordinário potencial q existe em nós e, sobretudo, da meditação. Antes, e ainda hoje, os ocidentais praticavam técnicas de meditação destinadas à eliminação do estresse e aquisição de bem estar fisico e psicológico; hoje, em face da  comprovação vinda das revelações da ciencia moderna, milhares de ocidentais (cientistas, psicoterapeutas, religiosos, estudantes) estão meditando em busca da compreensão do q é a vida, de qual é nossa verdadeira identidade e daquilo a que damos o nome de Deus.

      De nada adianta orar, pedir, se isso não constituir uma abertura, entrega total e com total confiança à ação daquilo a q damos o nome de Deus. A oração eficiente é sem palavras, sem imaginações ou visualizações, sem lembranças e sem expectativas ou esperanças, sem pensamentos, sem desejos ou pedidos; é esquecer tudo numa entrega total, e “seja o que Deus quiser”. O mestre Zen diz: “se acontecer, tudo bem; se não acontecer, tudo bem!”

      Meu amigo Robson, sinto não lhe poder dizer nada além disso; um forte abraço.