por Vera Ghimel - veraghimel@oi.com.br
Muitos devem estar se perguntando o que acontece numa situação de desencarne coletivo. Primeiro, depende da compreensão de cada um nessa hora. Os apegados ao materialismo e que não crêem em nada que os cinco sentidos não possam explicar, ficam ainda pensando estarem vivos. Seguem suas ações sem se dar conta do novo ambiente em volta. Vêem o mesmo lugar que estavam quando em seus corpos e seguem fazendo as mesmas coisas. Demoram algum tempo até a "ficha cair". Outros se dão conta, mas ficam transtornados, pois não aceitam a nova forma de viver e precisam ser acolhidos pelos amigos espirituais que ali estão para recebê-los. Alguns, infelizmente em menos quantidade, se entregam à nova realidade e até ajudam os outros a fazer a passagem para outro plano.
Normalmente, esses desencarnam antes que o choque corporal aconteça. Saem do corpo muito antes. Por exemplo, as crianças em situações de desencarne por acidente, quedas de lugares altos ou outras circunstâncias, desencarnam segundos antes do impacto. Não há sofrimento pelo rompimento do corpo físico. Os adultos é que relutam muito e se mantêm incorporados e acabam sofrendo mais. É o apego à matéria.
Projetar-se para fora do corpo não significa romper o cordão que nos liga ao corpo físico. Vivi isso muitas vezes quando me projetava conscientemente para fora do meu e aprendi como eu me mantinha ligada. É um cordão espesso azulado que está preso ao plexo solar. Como num cordão umbilical, ele alimenta de vida o corpo físico. É flexível e pode se estender o quanto se queira. Ao desencarnarmos, este cordão se rompe deixando o seu corpo etéreo se afastar. Quanto mais estamos apegados à nossa história reencarnatória atual, mais demoramos a nos afastar.
Quando entro num cemitério vejo corpos etéreos presos aos corpos físicos em decomposição.
Mas, voltando ao desencarne coletivo, todas as vezes que existe um acontecimento assim, esses irmãos são colocados para dormir por algum tempo. Este tempo é mais ou menos de 3 meses, tempo da Terra. Por que isso? Em 3 meses os que aqui ficaram já estão um pouco mais calmos e não interferem tanto.
Sempre que enviamos um pensamento a alguém, independente desse alguém estar ou não encarnado, ele recebe a mensagem. Se essa mensagem for de desespero e inconformação, é isso que ele recebe. Os que já estão numa compreensão melhor e não se abalam tanto, conseguem receber o impacto dessa mensagem de uma forma melhor.
Mas imaginem alguém que não teve sua vida espiritual desenvolvida e que se vê desencarnado e perdido. As pessoas desse lado precisam enviar tranqüilidade e amor a ele. Isso ajudará e não o atrairá para este plano tentando continuar a viver a mesma rotina de antes, causando desequilíbrio no ambiente que deixou.
Em geral, vejo pessoas contraírem as mesmas doenças de quem já se foi pela proximidade do desencarnado, aliado ao sentimento de culpa de ambos os lados. Associação perfeita para que se instale um desequilíbrio em quem ficou.
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Tive uma experiência bastante dramática quando prestava serviços mediúnicos num centro kardecista. Um dos médiuns voltara de viagem de uma fazenda, no interior de Minas e, sem se dar conta, embora se sentindo muito mal desde que chegara ao Rio, trouxe pra dentro do centro centenas de espíritos desesperados. Todos os médiuns começaram também a se sentir mal e nos encaminhamos para uma sala para solucionar aquele desequilíbrio.
Vi imediatamente o que havia acontecido. Nessa fazenda havia uma grande quantidade de sem-terras que lá estava com a promessa da exploração e cultivo da terra e conseqüente posse de uma parte dela. Nesse tempo de instalação das famílias, o dono precisou vender e nada disse aos ocupantes.
O novo dono entrou para retomada de posse e, junto com muitos peões, iniciou uma absurda matança que eliminou homens, mulheres e crianças. Foi a pior vidência que tive na minha vida. Eu vi as pessoas serem mortas com imensos facões.
Esses espíritos permaneciam no local até então e não arredaram até que pudessem entender o que lhes havia acontecido. Foi o que os guardiões nos disseram.
Eu ainda levei pra minha casa o líder que ficou pedindo pra que eu o ouvisse até às 2 da manhã. Tinha um imenso sentimento de culpa por tê-los colocado nisso, na esperança de uma vida melhor. Tive que convencê-lo de que tudo aconteceu por uma questão de escolha. Aquelas pessoas queriam esses acontecimentos para um aprendizado. Provavelmente, em outras vidas, tomaram muitas terras à base de muita morte e pediram pra viver isso.
Outra influência pode ser percebida quanto ao caos instalado nos elementos naturais do planeta. Há uma interferência no ar, na água, no fogo e na terra. O planeta está com outra malha magnética e tudo o que era regido pela "matrix" antiga está se modificando. Como se a imagem matricial da dualidade estivesse se "desfazendo" para dar lugar à outra que permanecerá de agora em diante.
Veremos ainda muitos acidentes nesses elementos, desde inundações, quedas de aviões e afundamentos de barcos a terremotos, maremotos, ciclones, até doenças que estavam teoricamente erradicadas.
Tudo isso é dito sem o intuito de gerar pânico, mas com a tranqüilidade de que a natureza está reagindo.
Não acredito em destruição do planeta, mas em reorganização de um novo propósito e plano de vida terreno. Quem fez o seu preparo terá a responsabilidade de nortear aqueles que não sabem e não acreditam em nada. Chegou a hora da ação. Orientar as pessoas que precisam se alinhar com a nova realidade e ter força e confiança em tudo o que aprendemos até agora. O expurgo começou.