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LIBERTANDO-SE DO APEGO

Espaços nos armários são fáceis de se conquistar, desde que desempenhamos com afinco e atenção a tarefa de separar tudo aquilo que já não tem uso.

Mais difícil, porém, é abrir espaço na mente e no coração, quase sempre entulhados de velhas ideias e sentimentos confortavelmente conhecidos. Apegamo-nos às nossas crenças como o náufrago se agarra à sua tábua de salvação; raramente nos permitimos aprender a nadar...Precisamos, periodicamente, fazer uma limpeza em nossas vidas, de gavetas a sentimentos, de armários a relacionamentos.

Ciúme não é, não foi nem será prova de amor, mas de apego. O ciumento “aluga” o ser amado e coloca uma aliança na mão esquerda do cônjuge, com inscrição e tudo mais, exactamente como se coloca uma plaquinha de licença pendurada no pescoço de um animal de estimação. O símbolo da união perde todo o seu valor espiritual e se reveste do carácter de simples argola no dedo, certificado de propriedade com escritura lavrada em cartório de paz. Já vi pessoas ensaiarem os maiores “chiliques” se o companheiro "perde" o precioso anel. Posse não pode, nem de longe, ser relacionada a amor.

Apego é fruto da ignorância e causa sofrimento, apregoa o budismo.

É doença do passado, das pessoas desesperançadas, que não consegue abrir os olhos para o presente e não vislumbram futuro, porque "o melhor de suas vidas já passou". Se nos apegássemos somente as boas lembranças, talvez ainda valesse a pena. Mas cultivamos memórias de mágoas, dores e tristezas e as arquivamos intactas, sem retirar delas nenhum aprendizado útil. É como rever um filme triste de que já se conhece o final."As pessoas estão dispostas a ir para a guerra e até a renunciar a vida por uma causa, mas não podem (ou não conseguem) renunciar às causas do seu sofrimento", afirma o lama tibetano Tarthang Tulku. "Porque existem certas atitudes e preferências de que não gostamos de largar, envolvemo-nos sempre em situações difíceis e experimentamos conflitos interiores. As vezes renunciamos a coisas importantes - nosso dinheiro, nosso lar, nossas propriedades - sem muita dificuldade. Mas os apegos emocionais - tais como o elogio e a censura, o ganho e a perda, o prazer e a dor, as palavras bondosas e as ásperas - são muito subtis. Estão além do nível físico; existem na personalidade ou na auto-imagem, e não estamos dispostos a deixá-los partir".

Conheço gente bondosa capaz de oferecer o último bocado de comida ou a própria roupa do corpo a alguém, mas que não perdoa "aquela vez que Fulano me disse aquele desaforo"."Temos também certas atitudes e preconceitos, geralmente escondidos, de que não gostamos nem sequer de tomar conhecimento. Nossos apegos exercem uma influência magnética que nos retém num lugar como se estivéssemos na prisão. É difícil dizer se essa força controladora provém de nossos actos passados, do nosso medo da morte ou de alguma origem desconhecida; o facto é que não podemos nos mover - e, assim, toda a sorte de frustrações e conflitos nos ataca, criando mais frustração e mais sofrimento", conclui Tarthang Tulku.

Apego é, sem dúvida, atraso de vida.
Aos que pensam que acúmulo é sinónimo de prosperidade, é importante saber que ser próspero não se relaciona ao acto de reter, mas de deixar fluir.
A avareza é própria dos que acreditam que, num dado momento, alguma coisa pode faltar. Os mesquinhos não acreditam na abundância do universo; são os que enfrentam três horas na fila do gás engarrafado em tempos de greve dos petroleiros, mesmo que possuam um stock de um ou mais botijões.
Acreditam que a greve e a escassez vão durar "para sempre".

O terapeuta Wayne W. Dyer observa em seu livro Crer para Ver (Ed. Record): "Se temos alguma falta é porque estamos nutrindo pensamentos de nada e esse tipo de pensamento sempre amplia o vazio. Podemos nos expandir de maneira mais satisfatória, concentrando-nos na inteireza e compreendendo que não podemos possuir nada, jamais. Isto não exclui sentir grande prazer nas coisas que acumulamos ou das quais nos apoderamos temporariamente"."

Tudo está sempre em estado de transformação, inclusive o título que detemos de nossa propriedade, todos os nossos brinquedos, nossa família, nosso dinheiro, tudo, arremata Dyer.
Tudo em transição. Tudo circulando, caindo em nossos braços para que deles desfrutemos momentaneamente e, em seguida, lançá-los de volta à circulação. Quando internalizamos esta noção de não sermos capazes de possuir nada, ironicamente isso nos liberta para termos tudo que quisermos, sem a preocupação de possuirmos. Logo descobrimos a alegria de passar adiante e dele compartilhar".

Catherine Ponder, autora do best-seller Leis Dinâmicas da Prosperidade (Ed. Ibrasa), nos dá a receita da "lei do vácuo para a prosperidade". De acordo com ela, a natureza abomina o vácuo e se ocupa de preenchê-lo; se sua vida estiver entulhada, não haverá como provê-la de prosperidade.

Assim sendo, "livre-se do que você não quer para dar lugar ao que você quer. Se houver roupas no seu armário, ou se houver mobília em sua casa ou em seu escritório que você acha que não servem mais; se houver pessoas de suas relações que deixaram de ser agradáveis, comece a eliminar as coisas materiais ou não de sua vida, na esperança de que poderá realmente possuir o que você quer e deseja. Muitas vezes é difícil saber o que se quer, até o momento em que nos livramos daquilo que não queremos".Quem resiste ao fluxo da vida somatiza entulhos emocionais na forma de acne, aneurisma, arteriosclerose, artrite, artrose, cálculos, coágulos, cravos, enfisema, fibroma, hematomas, hemorróidas, obesidade, prisão de ventre, trombose, entre outros. Usamos várias desculpas para justificar nossos apegos e nossa resistência às mudanças, como bem observou Louise Hay em Você Pode Curar Sua Vida, Ed. Best-seller.



Adoptamos atitudes que disfarçam nossa rigidez "mudando de assunto" ou ficando doentes;
perdendo tempo com hipóteses ("isso não adiantaria nada");
reforçamos nossas crenças com generalizações ("isso não é direito/não sou esse tipo de gente");
adiamos decisões importantes ("mais tarde eu faço/não tenho tempo para pensar nisso agora");
resistimos, negando a possibilidade de mudanças ("não adiantaria nada/não há nada de errado comigo").

Com isso repeti-mos sintomas até materializá-los sob a forma de doenças.

Desapegar nos torna criativos, abre espaço em nossas vidas para o novo e para a arte de improvisar


(Jorge Costa)

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A mente quando apegada a fatos, as condições externas e pessoas, é incapaz de perceber a sua essência.
A necessidade de trabalhar o desapego nos ajuda a desenvolver o amplo senso de liberdade e de
segurança em nós mesmos. Quando nos apegamos a algo querido ou pensamos ter posses de alguém que muito amamos, sofremos quando perdemos.
"Na Terra nada se perpetua, somente a alma é imortal"

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«Que os Santos Seres, cujos discípulos aspiramos ser, nos mostrem a luz que
buscamos e nos dêem a poderosa ajuda
de sua Compaixão e Sabedoria. Existe
um AMOR que transcende a toda compreensão e que mora nos corações
daqueles que vivem no Eterno. Há um
Poder que remove todas as coisas. É Ele que vive e se move em quem o Eu é Uno.
Que esse AMOR esteja conosco e que esse
PODER nos eleve até chegar onde o
Iniciador Único é invocado, até ver o Fulgor de Sua Estrela.
Que o AMOR e a bênção dos Santos Seres
se difunda nos mundos.
PAZ e AMOR a todos os Seres»

A lente que olha para um mundo material vê uma realidade, enquanto a lente que olha através do coração vê uma cena totalmente diferente, ainda que elas estejam olhando para o mesmo mundo. A lente que vocês escolherem determinará como experienciarão a sua realidade.

Oração ao Criador

“Amado Criador, eu invoco a sua sagrada e divina luz para fluir em meu ser e através de todo o meu ser agora. Permita-me aceitar uma vibração mais elevada de sua energia, do que eu experienciei anteriormente; envolva-me com as suas verdadeiras qualidades do amor incondicional, da aceitação e do equilíbrio. Permita-me amar a minha alma e a mim mesmo incondicionalmente, aceitando a verdade que existe em meu interior e ao meu redor. Auxilie-me a alcançar a minha iluminação espiritual a partir de um espaço de paz e de equilíbrio, em todos os momentos, promovendo a clareza em meu coração, mente e realidade.
Encoraje-me através da minha conexão profunda e segura e da energia de fluxo eterno do amor incondicional, do equilíbrio e da aceitação, a amar, aceitar e valorizar  todos os aspectos do Criador a minha volta, enquanto aceito a minha verdadeira jornada e missão na Terra.
Eu peço com intenções puras e verdadeiras que o amor incondicional, a aceitação e o equilíbrio do Criador, vibrem com poder na vibração da energia e na freqüência da Terra, de modo que estas qualidades sagradas possam se tornar as realidades de todos.
Eu peço que todas as energias e hábitos desnecessários, e falsas crenças em meu interior e ao meu redor, assim como na Terra e ao redor dela e de toda a humanidade, sejam agora permitidos a se dissolverem, guiados pela vontade do Criador. Permita que um amor que seja um poderoso curador e conforto para todos, penetre na Terra, na civilização e em meu ser agora. Grato e que assim seja.”

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