Difícil entendermos o outro e principalmente a nós mesmos.
Entender o outro, representa sentir suas emoções, perceber suas vibrações, conhecer seus pensamentos e anseios, confiar no que nos é apresentado como verdade, aceitar suas limitações e fraquezas, envolver-se no processo de mudança íntima ajudando no possível, mesmo sabendo que o trabalho é individual.
Muito difícil mesmo!!!
Para nós, que somos feitos de emoções e na maioria das vezes emoções egoísticas, vestirmos a indulgência para com o outro se torna um “desafio desafiador”.
Permitam a redundância…
Mas se amamos a pessoa em questão, amamos verdadeiramente e não apenas desejamos, tudo fica muito mais fácil. Novamente, uma pitada do egoísmo…
Frágeis, entusiasmados, pessimistas, confiantes, egoístas, perseverantes, carentes, felizes…
É inegável que somos tudo isso e muito mais…
Um misto de virtudes e vícios, aglomerados ao longo das existências e lentamente selecionados por nossa reforma íntima.
Em algum momento da nossa vida, fomos surpreendentemente egoístas ou altruístas. Até para nossos olhos.
Somos feitos de emoções e experimentamos inúmeros momentos de sentimentos variados, que se alternam ao sabor dos acontecimentos.
Costumamos usar a indulgência numa dosagem bem caridosa quando avaliamos nossa conduta ou nossas escolhas.
Arranjamos justificativas bem convincentes para todos os nossos enganos.
Somos humanos! Somos fracos! Costumamos pensar ou dizer…
Nós e todo o resto!
A questão é compreender que somos fracos, falíveis ou vencedores, mas o outro também o é.
O peso e a medida não deve ser o mesmo.
O queridíssimo Chico Xavier havia dito sabiamente que “Aos outros dou o direito de ser como são; e a mim, dou o dever de ser cada dia melhor!”
Para nos tornarmos melhores, devemos exigir do nós mesmos o auto conhecimento. Sem ele, não temos como identificar o que precisa de reparo urgente.
E se nos propusermos a enxergarmos realmente nosso interior, despindo-nos das desculpas naturais, vamos encontrar guardadinho lá no nosso inconsciente, todos os registros de quem somos e consequentemente, encontraremos todas as causas das nossas aflições e dores.
Sejamos porém, indulgentes para com nossos tropeços, compreendendo que estamos numa longa jornada de aprendizado. Qual a criança que nunca comeu um delicioso doce que não era seu, em algum momento da vida? É preciso ensiná-la que está errado para que não volte a cometer o mesmo erro.
Assim somos nós. Curiosas e teimosas crianças na estrada evolutiva.
Quando conseguirmos alcançar o entendimento do que somos, entenderemos também que eu, você, eles e todos, somos iguais e já passamos praticamente pelas mesmas etapas, vivenciando as experiências e adquirindo os conhecimentos necessários para estarmos cada dia mais próximos do tão desejado equilíbrio moral.
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