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O NIRVANA ou DEVACHAN – SIGNIFICADO do


Este texto está baseado nos ensinamentos Teosóficos

Por falta de um método melhor para pesquisar o verdadeiro significado do Nirvana, os eruditos do Budismo esmiuçaram a palavra e examinaram a sua raiz e fragmentos. Isso equivale a tentar certificar-se do tipo de cheiro de uma flor, dissecando o papel em que esta foi pintada. É difícil para as mentes instruídas, entender o primeiro estado espiritual desta vida, ou seja, o Devachan.

 

Ora, no Devachan existem os usuais sete estados, apropriados aos diferentes graus de iluminação espiritual que os diversos candidatos a tal estado podem obter. No Devachan, há os lokas Rûpa e Arûpa, isto é, estados que assumem uma consciência (subjetiva) da forma e estados que transcendem a esta. Contudo, o estado devachânico mais elevado no Arûpa loka não se compara com o estado maravilhoso de espiritualidade pura, denominado Nirvana.

 

No curso ordinário da Natureza durante uma Ronda, quando a mônada espiritual já levou a cabo a enorme viagem do primeiro planeta até o sétimo, e ali findou então sua existência — ali terminando suas multiformes existências, com seus períodos respectivos no Devachan, entre cada vida — o Ego passa a um estado espiritual diferente do devachânico, em que, por períodos de duração inconcebível, descansa antes de voltar a assumir o seu circuito dos mundos.

 

Transportando-nos com a imaginação através das incomensuráveis perspectivas do futuro, suponhamos que nos aproximamos ao período que compreenderia o intercíclo da sétima Ronda da humanidade, quando os homens se assemelham a deuses.

Tendo sido completada a última, a mais elevada e gloriosa das vidas objetivas, o ser espiritual perfeito atinge um estado em que lhe acode a reminiscência de todas as existências que viveu em todo tempo no passado.

 

Este desenvolvimento supremo da individualidade é a grande recompensa que a Natureza reserva àqueles que prematuramente a alcançam, por assim dizer, por meio da luta relativamente breve, desesperada e terrível que conduz ao Adeptado, e àqueles que, por determinada prevalência do bem sobre o mal, no caráter da série completa de suas encarnações, atravessaram o vale da sombra da morte na metade da quinta Ronda e abriram seu caminho através da sexta e sétima Rondas.

 

Deste estado sublimemente ditoso se diz, na ciência esotérica, que é o limiar do Nirvana, Tudo o mais que as palavras podem sugerir é que Nirvana é um estado sublime de repouso consciente na omnisciência.

Grande é a confusão com relação ao Nirvana, surgindo isto das declarações feitas sobre Buda. Diz-se que ele atingiu o Nirvana estando na Terra. Também se diz que renunciou ao Nirvana, para submeter-se a novas encarnações em prol da humanidade. Ambas as afirmações são conciliáveis e verdadeiras.

 

Como grande Adepto, Buda atingiu aquilo que é a grande meta do Adeptado na Terra: a passagem de seu Espírito-Ego ao estado inefável do Nirvana. Não se deve supor que qualquer Adepto pode tentar facilmente essa passagem. Apenas pequenas alusões à natureza deste grande mistério chegaram até nós através dos ensinamentos dos discípulos dos grandes Mestres; reunindo-as, creio estar certa ao dizer que a proeza em questão é uma das que apenas alguns dos iniciados elevados estão qualificados a tentar, pois exige uma total interrupção da animação do corpo, por longos períodos de tempo – (saída do corpo)

 

Além disso, é um processo que envolve um duplo risco para a continuidade da vida terrena da pessoa que a empreende. Um desses riscos é a dúvida de que, uma vez alcançado o Nirvana, o Ego queira voltar. O retorno será um esforço terrível e um sacrifício inevitável, e somente ocorrerá por um sentimento de total abnegação, pela ideia do dever em sua abstração mais pura. O segundo grande risco é que, o sentido do dever prevaleça ou não sobre a tentação de ficar.

 

Apesar disso tudo, houve muitos outros Adeptos, além de Buda, que constataram a grande passagem e os que os ajudaram nessas circunstâncias, disseram que o retomo à prisão da carne ignóbil os deixou-os paralisados em profunda depressão durante semanas. Iniciar novamente a fatigante volta à vida física, curvar-se sobre a Terra depois de ter estado no Nirvana, é, segundo as descrições, um colapso demasiadamente medonho.

 

A renúncia de Buda foi de certo modo inexplicável, ainda maior, porque não só voltou do Nirvana por bem do dever, a fim de terminar a vida terrena em que havia se empenhado como Gautama Buda, mas quando todas as imposições do dever tinham sido plenamente satisfeitas e seu direito de passar ao Nirvana estava adquirido do ponto de vista mais alto de sua missão terrena, renunciou a essa recompensa, ou, antes, a protelou por tempo indefinido numa série de encarnações em prol da humanidade em geral.

 

Para ele, a grande questão, com relação à humanidade, é o modo de ajudar o maior número possível de pessoas a passar o grande período crítico da quinta Ronda.

Portanto, o Nirvana é a directriz do Budismo Esotérico, e o grande objetivo da estupenda e total evolução da humanidade, é cultivar as almas humanas, de modo que ao final estejam aptas para aquele ainda inconcebível estado.

O grande triunfo da raça presente de espíritos planetários, que atingiu esse estado, será o de atrair para si tantos Egos quantos possível.

Trata-se de um plano em que, dado o modo como usualmente actua na Natureza, sob qualquer circunstância, pode chegar o momento em que uma pessoa, em virtude apenas de ter sido boa, se converta de repente em sábio. A bondade e a sabedoria supremas do homem da próxima sexta Ronda, tendo chegado nesse ponto, assimilará gradativamente os atributos da própria divindade, que só se podem desenvolver também por graus.

 

O perseguir continuo da verdade espiritual e o desejo dela, é o meio de os homens lançarem suas almas dentro do estado subjetivo, preparadas para assimilar o conhecimento real da omnisciência latente de seu sexto princípio, e reencarnar-se em tempo oportuno com impulsos na mesma direção.

 

De mais a mais, não é por uma aceitação servil de suas doutrinas que o desenvolvimento da verdadeira espiritualidade deve ser cultivado. O grande resultado será obtido pela tendência de buscar a verdade, de comprovar e analisar tudo o que pretenda ser crença. No Oriente, tal resolução, em sua mais alta expressão, conduz ao discipulado, à persecução da verdade, e ao conhecimento, pelo desenvolvimento das faculdades internas, por meio das quais pode o discípulo ser aceite com segurança, pelo seu Mestre.

compilado e composto por MariaHelena

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Respostas a este tópico

Obrigada Maria Helena pelo texto.
Esta partilha de ensinamentos é maravilhosa. Em toda ela poe Amor.
Bem haja.
Abraço fraterno
Mariamanu
OLÁ AMIGA AMARIAMANU,
OBRIGADA POR SUAS PALAVRAS.
COM CARINHO
MARIAHELENA
otimo texto muito obrigada Maria Helena suas postagens são excelentes beijos de luz
OLÁ SONIA,
AMIGA SUAS PALAVRAS SÃO LUZ PARA O MEU
CORAÇÃO.
PARA SI CARINHO E AMIZADE
MARIAhELENA
Tem coisas que acontecem e a gente tem dificuldades em explicar. É realmente como tentar explicar o estado de Bodhisatvva, ou de Pura Iluminaçao. Ao contrário do que dizem serem necessários décadas de treinamentos e exercícios árduos, posturas complicadas e vida ascética, alguns de nós o recebem como um presente divino.

Isso mesmo, um presente, que a gente quando recebe, sabe nao ser exatamente merecedor de tanta graça. Outros, mais afortunados ainda, recebem tambem o perdão de todos os seus Karmas passados. Porquê? Porque a Fonte , na ausencia de outra palavra que melhor explique a origem de tudo, tem esse poder de tudo levantar e elevar.

O homem é que criou essa noçao errônea de que tudo tem de ser alcançado às custas de décadas de devoção e práticas ascéticas .

A beleza de Budha, é exatamente a mensagem de que preferiu o caminho do meio. O caminho do amor, da integraçao e da aceitaçao .

É engraçado como o mundo espiritual se manifesta de diversas formas inusitadas, variando de indivíduo para indivíduo. Isso reforça o conhecimento de que nao existem verdades absolutas. O que serve para um, pode ser inapropriado para outro.

Mas , quando recebemos um presente divino como o Bodhisatvva (iluminaçao), isso nos desperta para o mundo espiritual. O que é mais importante, é que tanto podemos evoluir daí para adiante, como poderemos nos perder no mundo do convencimento dos egos. O risco de nos acharmos superiores aos demais, o risco de acharmos que somente nós somos merecedores de tanta Graça. O risco de querer viver somente de Prana ( Luz).

Somos todos espíritos que vieram da Fonte e que nos esquecemos de que também fazemos parte dela e que há uma jornada a cumprir.

O caminho espiritual de cada um de nós, é para dentro, e não para fora. Budha sabia disso. É uma jornada de auto-conhecimento .

Neste sentido, a busca pela espiritualidade perfeita pode ser uma armadilha. Budha sabia disso.

Budha sabia conciliar os extremos, e quando cita o caminho do meio, é como uma analogia à um instrumento musical de cordas. Muita tensão as arrebenta, e pouca , desafina o instumento.

O interessante, é que muitos eruditos e muitos " ascetas" se perdem na busca da elevaçao máxima.

Meus conhecimentos são rudimentares, bem como sou imperfeito ( e muito) , mas sei no meu mais íntimo Ser, que tanto o Corpo, como a Mente, nào devem ser agradados em excesso, há a necessidade de se balancear os possíveis conflitos.

Obrigado Maria Helena Guerra, por dividir conosco os seus conhecimentos teosóficos, e concordo com a frase que diz no final de seu texto:

" Não é por uma aceitação servil de suas doutrinas que o desenvolvimento da verdadeira espiritualidade deve ser cultivado.
O grande resultado será obtido pela tendência de buscar a verdade, de comprovar e analisar tudo que pretenda ser crença. "

Num mosteiro budista vi um monge se alimentando somente com resina de pinheiro para embalsamar seu corpo em vida, pois seu espírito estava se desligando da matéria. Isso é triste de se ver. A vida é um dom e como tal deve ser tratada, não como um artigo de segunda categoria espiritual, como algo a ser desprezado ou maltratado. O corpo também é um Templo vivo e assim deve ser tratado e encarado.

Felizmente, a maioria dos Budistas, segue o Caminho do Meio, conciliando os extremos !



Namastê.
ROBERTO,
DEPOIS DE LER O SEU COMENTÁRIO SÓ TENHO UMA COISA PARA LHE DIZER:
ABENÇOADOS SEJAM O SEU CORAÇÃO E A SUA MENTE, POIS ALUZ BRILHA
NELES COM GRANDE ESPLENDOR.
QUEM ME DERA TER NA MINHA REDE ALGUNS SERES ASSIM EVOLUÍDOS.
A SUA RESPOSTA É UMA MARAVILHOSA AJUDA PARA QUEM LER ESTE TEXTO
E PARA MIM...UMA LUZ....POR ENCONTRAR QUEM ENTENDEU 100% O QUE ESCREVI.
MUITO E MUITO OBRIGADA.
MARIAHELENA
Li o seu texto e gostaria apenas de fazer este comentário para contribuir.Bom que alguém escreva sobre a Teosofia.
Para a Teosofia,o Devachan corresponde ao que no cristianismo é chamado de Céu.Trata-se de um período de longa duração em que se obtém as "recompensas" do que foi realizado na vida terrestre.É ainda um período de repouso e descanso para a alma que se prepara para encarnar novamente.Todavia,ainda é considerado um estado ilusório,por melhor e mais agradável que pareça.
Já o Nirvana significa "cessar o sopro",ou seja, toda ilusão é desfeita,todo o carma é "vencido" e não há mais necessidade de ficarmos presos a Samsara,a roda das encarnações.
Retardar a liberação total em prol da humanidade sofredora é chamado de a Porta Estreita (está na Bíblia), ou a Senda Estreita.Trata-se de um ato de compaixão realizado pelos Bodhisattvas,Sanbogakhayas e Nirmanakayas (conhecidos no cristianismo como os santos que intercedem por nós e fazem parte do muro de proteção da humanidade).
OLÁ AMIGO CLEBER,
É INTERESSANTE FAZER ESSA COMPARAÇÃO.
A TEOSOFIA, É O ENSINO QUE O MEU CORAÇÃO E MENTE DESEJARAM SEGUIR PARA CAMINHAR ATÉ AO FIM.
O ENSINO DOS MESTRES QUE CRIARAM A SOCIEDADE TEOSÓFICA, É O ENSINO QUE INTERIORMENTE EU DESEJAVA, ELE NOS LEVA A RESPEITAR - TUDO E TODOS - ou seja, "minha liberdade termina onde começa a dos outros".

Não faço comparações, falo do que aprendi e do que o meu coração sente ser verdade, pois o ensino é baseado na lógica e possível de comprovar. Neste ensino não há dogmas, pelo contrário, somos incentivados a procurar o começo e as causas. E isso, para mim era o que eu desejava.

Contribuo com a verdade que aprendi e não digo a ninguém que deve acreditar, pelo contrário, sempre afirmo em meus ensinamentos que todos devem procurar dentro do coração se aceitam ou não.
Aliás, como bem sabe, a Teosofia não é uma religião, é uma filosofia. Por isso não as podemos comparar.
Ambas são boas, ambas são necessárias, cada uma tem o seu lugar.
A "Casa do Pai" tem "mil portas" de acesso, que cada um escolha o seu Caminho, no fim, todos lá iremos ter.
Gostei de ler o seu texto.
Obrigada
MariaHelena
Prezada Maria Helena,compreendo tudo isso,pois sou membro da Sociedade Teosófica!Fiquei contente pelo seu texto,apenas fiz algumas relações com o cristianismo,assim como poderia ter feito com outra religião.Como teósofo,a meta é a Fraternidade Universal.Abraços iluminados.
Amigo Cleber,
Obrigada por suas palavras, principalmente vindas de um teósofo, elas têm para mim um valor e significado muito grande.

Que a Luz dos Mestres continui iluminando todos nós.
MariaHelena Guerra
Obrigada, minha irma, pelo lindo texto, sou tambem uma pequena estudiosa de Teosofia mas sem a capacidade de expo-la com tanta clareza e sabedoria. O conhecimento ajuda a abrir o caminho para Luz ... Que o Espirito Divino a ilumine sempre...
Olá amiga Rosinda,
Que alegria saber que é estudiosa de Teosofia, o meu coração fica feliz
porque é muito difícil encontrar companheiros de estudo nesta filosofia.
Peço-lhe que aceite a minha amizade porque quando encontro um estudioso
e praticande deste ensino maravilhoso, sinto que encontro um pedeço de mim mesma.
Um beijo em seu coração
Mariahelena Guerra

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Co-criando A NOVA TERRA

«Que os Santos Seres, cujos discípulos aspiramos ser, nos mostrem a luz que
buscamos e nos dêem a poderosa ajuda
de sua Compaixão e Sabedoria. Existe
um AMOR que transcende a toda compreensão e que mora nos corações
daqueles que vivem no Eterno. Há um
Poder que remove todas as coisas. É Ele que vive e se move em quem o Eu é Uno.
Que esse AMOR esteja conosco e que esse
PODER nos eleve até chegar onde o
Iniciador Único é invocado, até ver o Fulgor de Sua Estrela.
Que o AMOR e a bênção dos Santos Seres
se difunda nos mundos.
PAZ e AMOR a todos os Seres»

A lente que olha para um mundo material vê uma realidade, enquanto a lente que olha através do coração vê uma cena totalmente diferente, ainda que elas estejam olhando para o mesmo mundo. A lente que vocês escolherem determinará como experienciarão a sua realidade.

Oração ao Criador

“Amado Criador, eu invoco a sua sagrada e divina luz para fluir em meu ser e através de todo o meu ser agora. Permita-me aceitar uma vibração mais elevada de sua energia, do que eu experienciei anteriormente; envolva-me com as suas verdadeiras qualidades do amor incondicional, da aceitação e do equilíbrio. Permita-me amar a minha alma e a mim mesmo incondicionalmente, aceitando a verdade que existe em meu interior e ao meu redor. Auxilie-me a alcançar a minha iluminação espiritual a partir de um espaço de paz e de equilíbrio, em todos os momentos, promovendo a clareza em meu coração, mente e realidade.
Encoraje-me através da minha conexão profunda e segura e da energia de fluxo eterno do amor incondicional, do equilíbrio e da aceitação, a amar, aceitar e valorizar  todos os aspectos do Criador a minha volta, enquanto aceito a minha verdadeira jornada e missão na Terra.
Eu peço com intenções puras e verdadeiras que o amor incondicional, a aceitação e o equilíbrio do Criador, vibrem com poder na vibração da energia e na freqüência da Terra, de modo que estas qualidades sagradas possam se tornar as realidades de todos.
Eu peço que todas as energias e hábitos desnecessários, e falsas crenças em meu interior e ao meu redor, assim como na Terra e ao redor dela e de toda a humanidade, sejam agora permitidos a se dissolverem, guiados pela vontade do Criador. Permita que um amor que seja um poderoso curador e conforto para todos, penetre na Terra, na civilização e em meu ser agora. Grato e que assim seja.”

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