Fraternidade do Mal - Comentando

[luis conforti junior]

      Amigos de Anjo de Luz.

      Apresento algumas questões acerca do texto/tema deste tópico. Me perdoem a colocação de tantas perguntas (já me perguntaram se meu teclado só tem ponto de interrogação!); a intenção é fazer q alguém mais reflita, pois, pela reflexão, podemos compreender melhor aquilo q estamos estudando. 

      Texto:

      “Fraternidade do Mal é uma força, de sentido contrário à evolutiva, fazendo-a retroceder... têm no ego seu ponto de apoio e provocam situações que servem de provas, sobretudo para aqueles que podem melhor servir ao Plano Evolutivo”.

      Cel: neste ponto gostaria de um esclarecimento: há um Plano, logo, há um Panejador! É evidente q ele se confunde com aquilo q não conhecemos e a q damos o nome de Deus. No entanto, pelas doutrinas e pelo q vemos no mundo, esse Plano Evolutivo, contém um método de ensino excusivamente baseado no sofrimento: obrigatoriamente sofrer para evoluir! É como se o Planejador, com um chicote na mão, nos forçasse a caminhar rumo à perfeição, à força de chicotadas! É isso mesmo? O Planejador, com toda sua tão apregoada onisciência, somente conseguiu elaborar um Plano, cujas principais lições têm como base o sofrimento?

      Texto:

      “Um dos mecanismos pelo qual atuam é a construção das formas-pensamento desprovidas de valor positivo, que se manifestam como culpa, raiva, medo, tristeza etc”.
      Cel: estará mesmo este mundo, povoado por filhos do Ser Supremo, de amor e justiça (atributos q os homens, mesmo desconhecendo-o, lhe conferem) estruturado de modo tão feio, tão imperfeito? Quais serão as razões pelas quais as “forças do bem”, como diz o texto, sempre mais poderosas, nunca vencem as “forças do mal”? Sempre permitem q algum poder lhes reste, como numa história de infinitos episódios de “mocinho” e “bandidos”, q se estendem por “quatrilhões” de séculos!

      Texto:

      “É mister não se entregar a pensamentos comuns e usar do mecanismo da fé, o autocontrole sobre os pensamentos, as idéias e as palavras, voltando-se, com firmeza, para o lado evolutivo”.
      Cel: aqui cabe outra pergunta: quem tem poder para não se entregar a pensamentos comuns? Quem tem poder para controlar sua mente? Ninguém, sem exceção, tem comando sobre a própria mente; ela é q nos comanda, o tempo todo, tanto qdo acordados, como qdo estamos dormindo! Tente alguém manter qualquer pensamento em sua mente, por 2 ou 3 minutos q seja, e verá q não consegue! Não somos donos de “nossos” pensamentos e, consequentemente, nem de “nossos” desejos, escolhas, decisões, ações! Não construímos nossos pensamentos; eles, simplesmente chegam, permanecem por pouco ou muito tempo, conforme as associações q produz, e se vão. Essa é a razão de nos parecer q temos vários “eus”; o “eu” bom, mau, sincero, economico, politico, alegre, triste, calmo, nervoso, impaciente, medroso, corajoso, sensual, enfim, conforme o pensamento q nos domina, desta ou daquela natureza, fato q bem podemos perceber qdo atentos, no estado em vigília. Quem, dominando seus pensamentos, os afastasse da mente, deixando-a vazia qdo desejasse, esse já estaria “iluminado”. Porq, qdo não há pensamentos, não há ego, o causador de  todas as ilusões e consequentemente de todos os males do homem e do mundo e, não havendo ego, vemos a Realidade, a Verdade libertadora.

      Texto:
      “A Energia Única, ao refletir-se nos níveis materiais, pode apresentar-se como um mal, devido à imperfeição própria existente nestes níveis...”

      Cel: os níveis são imperfeitos ou nós somos imperfeitos? Afirmando o texto q a energia “pode” apresentar-se como um mal, daí infere-se q “pode” apresentar-se como um bem, certo? Qual é o motivo pelo qual, podendo apresentar-se como o bem, apresenta-se como o mal? Porq o mal pode sobrepujar o bem, nesses momentos? Existe explicação para isso?

      Texto:

      “... do mesmo modo que ao se projetar uma figura perfeita sobre uma tela defeituosa, a imagem resultante se mostrará retorcida. Portanto, o mal é relativo e está dentro de nossa própria dualidade, podendo se afirmar que ele é a nossa auto-imagem idealizada, distorcida, a ‘máscara’.”
      Cel: o q significa q o mal está dentro de nossa dualidade? É a natureza q o faz assim? E por que idealizaríamos uma auto-imagem nossa distorcida? Há resposta a esta pergunta?

      Texto:
      “Na Terra, as forças do mal, estão sendo inseridas de maneira peculiar nos níveis de consciência mais densos, do mental concreto até o físico”.

      Cel: e sofremos por isso, evidentemente. Dentro dessa conceituação, podemos dizer q as forças do bem novamente fracassaram? Ou nossos sofrimentos são gratuitos e sofremos porq nossa natureza e nosso destino é sofrer?

      Texto:
      “Na Terra e no nosso sistema solar, há um conglomerado de forças e de seres refratários ao desenvolvimento da consciência, que se fixaram deliberadamente nas esferas materiais. Vivem num anacronismo, numa distorção. Organizam-se em hierarquias e por isso são chamados de Fraternidade do Mal. Estimulam tudo que há de retrógrado à evolução, como o uso de drogas, armas, álcool, prostituição, fome, doenças, etc.
      Cel: porq serão esses seres diferentes dos demais? Porq são refratáios ao desenvolvimento da consciencia e, por vontade própria, se apegam às coisas materiais e insistentemente, desejam q os demais a elas se apeguem também? E o atraso desses q se dedicam ao mal, q lhes trará, evidentemente, mais dissabores, é premeditado? Ou é resultante da ignorancia em q estão mergulhados? Porq as desigualdades gigantescas q vemos entre uns e outros? Os voltados para o mal são como são por decisão própria? Somos nós q construímos nosso caráter, sentimentos, desejos, paixões, apegos? Alguém é bom simplesmente porq quer ser bom? Alguém é mau simplesmente porq quer ser mau? Ou são as inumeráveis experiencias pelas quais passamos na vida, com suas influencias benéficas ou maléficas, q exercem sobre nós, que nos fazem ser o q somos? Não é importante refletirmos sobre isto?

      Texto:

      “O domínio deles sobre os habitantes da Terra é enorme. A identificação do ser humano com a matéria facilita muito esse processo. O indivíduo que não tenha a consciência focada na alma...”

      Cel: essa última frase soa como se o individuo fosse culpado pelo mal q lhe vem por não ter a consciencia focada na alma, concordam? Mas, quem tem a consciencia focada na alma, na bondade, ou nos atrativos da matéria, do mundo, a tem assim porq quer ter? Se sabemos q seremos mais felizes ou menos infelizes focando nossa atenção nas coisas da alma, porq a focamos nas coisas materiais q nos atraem e nos fazem menos felizes? Será q a resposta é, simplesmente, porq queremos agir de modo errado e queremos, consequentemente, ser menos felizes?  

      Texto:
      “Quando o indivíduo se volta para o próprio ego e suas infindáveis facetas, abre portas para estas forças. O maior perigo é o cultivo de aspectos negativos tais como a vaidade e o orgulho, a ambição desmedida, a sede de poder, inveja e intriga”.

      Cel: porq será q muitas mensagens, poesias, textos belos e inspiradores sempre dizem “o que devemos fazer” para não nos deixarmos envolver pelas “forças do mal”, mas nunca dizem o mais importante: o “como fazer”? Basta querer?

      E a ambição, orgulho, egoísmo etc, nós mesmo os colocamos em nosso íntimo, por livre vontade, ou são naturais à nossa natureza?

      Texto:
      “O caminho mais direto para transcender a vulnerabilidade a essas forças é a entrega ao Eu interior e a dedicação à tarefa evolutiva individual que nos foi atribuída, (missão de vida) antes de encarnar na matéria”.
      Cel: aí está a solução perfeita: entrega absoluta ao Eu interior; no entanto, novamente, não se ensina “como” fazer isso! E, observem: desconhecemos qual é essa “tarefa evolutiva q nos foi atribuída”, estamos envolvidos pelas coisas da vida, às quais nos apegamos porq exercem, sobre nós, enorme atração resultante de nossa própria natureza e da natureza do mundo; portanto, como destruir essas atrações q pertencem a nossa própria natureza? Como fazer o “eu” sua própria entrega ao “Eu”? Pois essas atrações se confundem conosco, elas somos nós mesmos; estamos identificados com elas; são caracteríticas de nossa natureza!

      Texto:
      “Por isso, meus amigos, todos nós estamos passando por muitas provações e, quanto mais espiritualizados, mais ainda seremos atacados. Força, coragem e fé, são nossas invencíveis armas e poderoso escudo nesta batalha final”.

      Cel: força, coragem e fé! De onde nos vem esses tres ingredientes? De nosso querer, ou desta escola do bem e do mal, q é a  vida? Como colocar em nosso íntimo coisas q ainda não possuímos? À força? Como nos forçar a ser aquilo q ainda não somos?!

      Novamente, peço q perdoem a prolixidade e tantas perguntas. Espero q compreendam q a intenção é boa.

      Sintam Deus em vocês.

 

[luis conforti junior]

 

      Boa noite, Robson.

      Cel é abreviatura de Coronel, nome de usuário em vários sites.

      Amigo, é a mente/ego/consciencia localizada q nos controla. Para q a comandemos, o trabalho é grande, sobretudo para nós ocidentais. Por essas coisas, sábios afirmam q “a cultura ocidental é prostituta”; nos enche de ilusões e não possue a verdade. Assim, no Gita, Arjuna, o representante dos homens, diz a Krishna, representante de Deus: “É difícil domar a mente; ela é como um cavalo selvagem!”, ao q Krishna responde: “É difícil, mas não impossível!”.

      Amigo, é verdade; ninguém nos ensinou sobre essas coisas, nem as religiões, porq nos passam nada mais q ilusões, e nos deixam cheios de esperança de q amanhã será melhor do q hoje; q, no futuro seremos recompensados pelo bem q fizemos; mas tb cheios de medos dos castigos q nos virão pelo mal q  fizemos.

      Você diz q nossos sábios jamais apareceram em telejornais, programas de auditário etc. Isso acontece, exatamente, porq nossa cultura sempre suspeitou dessas coisas e sempre rejeitou, preconceituosamente, tudo q os sábios nos desejam comunicar; o Ocidente se prendeu a interpretações equivocadas, feitas por outras cabeças e, em geral, aceita tudo passivamente, sem questionar, sem olhar para outras direções (diz o mestre: “não ponha outra cabeça acima da  sua!”).

       Robson, vc disse q “mesmo porque, esta "verdade", não é muito bem vinda por uma grande parcela da sociedade”. Mas não é isso, amigo; é q ninguém a conhece; qualquer um q conheça a Verdade fica completamente preso a ela. A Verdade é a libertação de todos os problemas; é a destruidora da ignorância, do sofrimento e traz felicidade e um amor ainda desconhecido pelo mundo.

      Vc tb disse: “Nós (você, eu, e outros buscadores) somos ovelhas negras na conduta atual da sociedade”. Isso é uma verdade; aqueles q buscam a libertação são, geralmente, considerados tolos, ociosos, ignorantes, exêntricos, fora da realidade! Assim disse um estudioso das coisas de Deus: “Aquele q busca a verdade é considerado com tristeza pelos q mais o amam, porq estes estão dormindo e pensam q, quem está acordando, está ficando louco”. Um homem, q esteve, nas suas funções de sacerdote católico, por mais de trinta anos, no Japão onde pode estudar o Zen budismo, escreveu sobre essa loucura: “Como eu gostaria de ser louco como eles!”. Assim, tb disse Paulo, o porta-voz do cristianismo: “A sabedoria de Deus é loucura para os homens, e a sabedoria dos homens é estupidez para Deus”.

      Amigo, há muita literatura q nos abre os olhos e nos motiva para a busca. Já deve estar no Blog muita coisa esclarecedora.

      Vc tb disse: “Nós estamos dominados e amarrados, resta-nos lutar e buscar (não sei onde) um meio de libertar-nos”.

      E eu lhe digo q, se vc procurar vai encontrar; volte a ler o q está no blog.

      Fraternidade do mal! Isso não existe fora do mundo; só podem ser os maldosos, os q se unem para o crime... Fora da carne, tudo é “um”, a consciencia universal; melhor ainda: dentro da carne tb tudo, todos nós, animais,

vegetais, minerais somos uma coisa  só; só não percebemos isso, porq nossa percepção se faz através de cérebros e do ego, q nos impedem a percepção de nossa verdadeira identidade.

      Fique em Deus.

 

[léa cristina]

Olá Robson Cunha. Como falar de uma coisa que não se conhece, não é? Quem sabe?

[léa cristina]

Querido Luis, sua ansiedade em criticar é tanta que não consegue ver no próprio texto as respostas a suas questões. Sugiro que ao ler um texto acalme sua mente e coração para poder sentir com o coração e não só com o intelecto. Que tal recitar uns salmos? rsrs É uma forma de se aquietar interiormente para poder sentir o que está lendo, afinal, as respostas estão dentro de nós, coloque as questões para Deus em você e, com a mente quieta certamente vai ouvir a resposta. Abç de Luz, Léa.

[luis conforti junior]

             Léa Cristina, vc colocou:

      “.... sua ansiedade em criticar é tanta que não consegue ver no próprio texto as respostas a suas questões”.

      Cel: olá, amiga Léa, vejo q não tenho sido claro. Não procuro respostas às minhas questões e sim, como coloquei em “o significado dos 150 salmos...”, procuro fazer q algum amigo reflita acerca daquilo q estamos falando; vc compreende q a reflexão nos leva a uma compreensão maior do q estamos estudando. Não procuro respostas.

      Fique em Deus.