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“Contemplai os Lírios do Campo Como Crescem...” Do meio da trepidante lufa-lufa dos esfalfantes cuidados do homem egoísta e sempre inquieto pelo dia de amanhã, chama o divino Mestre a atenção de seus discípulos para a serena quietude e beleza da natureza em derredor.


E sua profunda filosofia espiritual atinge as excelsitudes de uma fascinante poesia mística. ―Contemplai as aves do céu! Não semeiam nem ceifam nem recolhem em celeiros — vosso Pai dos céus é que lhes dá de comer... Quem de vós pode, com todos os seus cuidados, prolongar a sua vida por um palmo sequer? Contemplai os lírios do campo como crescem! Não trabalham nem fiam, e, no entanto, digo-vos eu que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu jamais como um deles. Se, pois, Deus veste assim a erva do campo, quanto mais a vós, homens de pouca fé. Buscai, pois, em primeiro lugar, o reino de Deus e sua justiça — e todas as outras coisas vos serão dadas de acréscimo!‖


Existe uma profunda afinidade entre o homem espiritual e a natureza. Entre o subconsciente desta e o superconsciente daquele. A natureza está em perfeita harmonia com o Creador, embora essa harmonia seja automática, instintiva, por falta de um ego consciente. Ora, o que a natureza possui desde o início, por obra e mercê de Deus, isto pode e deve o homem conseguir por iniciativa própria, estabelecendo entre si e Deus uma paz e harmonia consciente ou superconsciente.


Para que, pois, todos esses cuidados supérfluos, engendrados pelo ego consciente do intelecto, da personalidade? Quando o ego consciente se opôs ao Eu super-consciente — que é o Deus oniconsciente no homem — a natureza subconsciente declarou guerra ao homem. E até hoje o homem profano está entre dois fogos, hostilizando o mundo divino acima dele e o mundo natural abaixo dele.


Nem fará as pazes com este enquanto não fizer o tratado de paz com aquele. Mas o homem espiritual, em harmonia com o Deus do mundo, entra na grande harmonia com o mundo de Deus. E então contemplará ele as aves do céu e os lírios do campo, arautos de Deus e veículos duma grande paz divina.


Enquanto o homem hostiliza a Deus é ele hostilizado pela natureza, que lhe nega até o necessário para a vida, e o homem tem de lutar a fim de ganhar o seu ―pão, no suor do seu rosto‖, porque a terra se lhe cobriu de ―espinhos e abrolhos‖. Quando, porém, o homem fizer as pazes definitivas com o Deus do mundo, então o mundo de Deus fará as pazes com o homem e lhe oferecerá, gratuitamente, tudo de que ele necessitar para uma vida dignamente humana. 


A vida é luta renhida, Viver é lutar‖... Estas palavras do poeta são do homem ainda profano, que, de fato, tem de lutar duramente para poder viver, porque a sua vida está em permanente Conflito com as fontes da subsistência, e, além disso o seu ego personal deseja possuir o supérfluo, em vez de se contentar com o necessário e suficiente porque não crê nos tesouros do reino de Deus, procura acumular enormes quantidades dos pseudotesouros deste mundo.


―Nem Salomão se vestiu jamais como um deles... Estava o Nazareno sentado à beira de um caminho, onde floriam numerosos lírios vermelhos como púrpura, muito comuns na Palestina, e o divino poeta cósmico, apontando para esse grupo de filhas gentis da Flora, fez ver a seus ouvintes que a inteligência 44

humana, com toda a sua Ciência e técnica, é incapaz de produzir um tecido tão perfeito e delicado como a inteligência divina produz, todos os dias, em grande quantidade, nos domínios da natureza, onde impera o espírito do Creador.


A pequena inteligência humana produz certos artefatos que, quando vistos à distância, parecem, sofrívelmente belos; mas, quando examinados pela objetiva de um microscópio, se revelam grosseira obra de fancaria, sem arte nem delicadeza. Na natureza, porém, acontece precisamente o contrário: quanto mais poderoso for o microscópio, tanto mais estupenda se revela a perfeição de um tecido orgânico; qualquer célula de planta, qualquer asa de mosquito, qualquer teia de aranha é uma obra de arte perfeitíssima nos seus menores detalhes que nenhuma inteligência humana jamais conseguirá produzir algo semelhante.


É que na natureza subconsciente opera diretamente a grande Inteligência Cósmica da Divindade, ao passo que no consciente humano opera apenas a pequena inteligência telúrica. A natureza, reflexo direto do espírito divino, não revela vestígio de cuidados, de afobação, de nervosismo‘ não visa determinados resultados, mas procura realizar com a máxima perfeição cada uma das suas obras, sem se interessar pelas conseqüências, sem esperar louvores nem recear censuras.


Em nossas selvas tropicais desabrocham, cada dia, milhões e miríades de flores, prodígios de formas e cores —e morrem pouco depois, para serem substituídas por outras maravilhas, sempre novas e louçãs, através de milhões de séculos e milenios. Quem é que as vê? Quem as admira? Quem as aplaude? Ninguém! As maravilhas da natureza não nascem para serem elogiadas; não são belas para serem vistas — mas por causa da própria beleza. Toda a sua razão de ser é intrínseca, não tem finalidade extrínseca. Se os lírios das nossas várzeas e as orquídeas das nossas vitrinas pudessem ouvir certas banalidades estéticas que algum admirador humano profira diante delas, sentir-se-iam ofendidas e revoltadas...


Como se elas fossem belas para serem admiradas! Como se elas se revestissem de louçanias por algum motivo externo, diferente dessa própria louçania! Quando o homem produz alguma obra de arte, ou uma peça de mobilia, essa obra é, em geral, sofrívelmente acabada nas faces visíveis ao observador, mas na face invisível —como num armário encostado na parede — há sarrafos brutos, porque o móvel é destinado a ser visto...


As filhas da natureza, porém, ignoram semelhante camuflagem e hipocrisia; são integralmente perfeitas e belas, pela frente e por detrás, à direita e àesquerda, em cima e embaixo, por fora e por dentro, no visível e no invisível, no conjunto harmônico de formas e cores e em cada um dos seus mais pequeninos pormenores, em cada célula, molécula e átomo...


Quando o homem ultrapassa a zona da sua inteligência egoísta e interesseira e entra no universo do seu espírito cósmico e desinteressado, então realiza ele, conscientemente, o que a natureza fez inconscientemente Não necessita de rótulos externos e elogios de terceiros quem traz dentro de si mesmo a suprema apologia dos seus atos.


Não espera louvores nem teme censuras quem de elogios e Vitupérios não tem mister...

O testemunho da consciência pura e desinteressada é suficiente para o 45

homem crístico; que realiza com amor e entusiasmo, as tarefas que tem de realizar, sem esperar por resultados palpáveis.


Contemplai as aves do céu... Contemplai os lírios do campo... Buscai, em primeiro lugar, o reino de Deus... * Estranhas parecem, a muitos, as palavras ―e todas as outras coisas vos serão dadas de acréscimo‖. Essas ―outras coisas‖ são as coisas necessárias para a vida material. O homem profano tem de dar caça incessante a essas ―outras coisas‖, lutar por elas, dia e noite - por quê? Porque não buscou ainda, devidamente, o reino de Deus e sua verdade. Vigora, entre o homem profano e a natureza, uma espécie de ―magnetismo de repulsão‖; mas, entre o homem espiritual e a natureza, há um ―magnetismo de atração‖.


Quanto mais o homem profano se esforça por se apoderar das coisas do mundo objetivo, tanto mais essas coisas fogem dele, repelidas por um pólo invisível nele existente; não adianta redobrar de esforços, porque, com esse redobramento, redobra também o magnetismo repulsivo, e o homem ambicioso tem de aumentar as suas lutas numa progressão geométrica, para arrancar à natureza rebelde mais algum dos cobiçados farrapos.


O remédio está em mudar o ―prefixo‖, em desistir da desenfreada lufa-lufa das coisas externas e devotar-se totalmente à realização das coisas internas, que o divino Mestre chama ―o reino de Deus e sua justiça‖ — e o homem verá, com jubilosa surpresa, que, depois de mudado o ―prefixo‖ de atitude interesseira para a atitude desinteressada, todas aquelas coisas que antes fugiam começam a correr atrás dele.


E que o misterioso teotropismo de todas as coisas adivinha no homem espiritual um ―irmão mais velho‖ e um guia seguro para o centro comum, origem e fim de todas as creaturas, e querem com ele chegar a Deus. A antipatia de ontem se transformou na simpatia de hoje. Esse homem não necessita mais de lutar pelas coisas necessárias, porque a natureza, amiga e aliada, lhe abre o tesouro das suas forças secretas e lhe fornece, espontânea e jubilosamente, todas as coisas de que ele tem mister, a fim de poder dedicar o melhor do seu tempo e das suas energias à causa magna do reino de Deus e sua justiça.


E, pela primeira vez, verifica o homem que o Evangelho de Jesus Cristo não é apenas um caminho seguro para o reino de Deus que não é deste mundo mas, também, uma norma segura para a obtenção de todas as outras coisas necessárias para uma vida dignamente humana aqui na terra.

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Co-criando A NOVA TERRA

«Que os Santos Seres, cujos discípulos aspiramos ser, nos mostrem a luz que
buscamos e nos dêem a poderosa ajuda
de sua Compaixão e Sabedoria. Existe
um AMOR que transcende a toda compreensão e que mora nos corações
daqueles que vivem no Eterno. Há um
Poder que remove todas as coisas. É Ele que vive e se move em quem o Eu é Uno.
Que esse AMOR esteja conosco e que esse
PODER nos eleve até chegar onde o
Iniciador Único é invocado, até ver o Fulgor de Sua Estrela.
Que o AMOR e a bênção dos Santos Seres
se difunda nos mundos.
PAZ e AMOR a todos os Seres»

A lente que olha para um mundo material vê uma realidade, enquanto a lente que olha através do coração vê uma cena totalmente diferente, ainda que elas estejam olhando para o mesmo mundo. A lente que vocês escolherem determinará como experienciarão a sua realidade.

Oração ao Criador

“Amado Criador, eu invoco a sua sagrada e divina luz para fluir em meu ser e através de todo o meu ser agora. Permita-me aceitar uma vibração mais elevada de sua energia, do que eu experienciei anteriormente; envolva-me com as suas verdadeiras qualidades do amor incondicional, da aceitação e do equilíbrio. Permita-me amar a minha alma e a mim mesmo incondicionalmente, aceitando a verdade que existe em meu interior e ao meu redor. Auxilie-me a alcançar a minha iluminação espiritual a partir de um espaço de paz e de equilíbrio, em todos os momentos, promovendo a clareza em meu coração, mente e realidade.
Encoraje-me através da minha conexão profunda e segura e da energia de fluxo eterno do amor incondicional, do equilíbrio e da aceitação, a amar, aceitar e valorizar  todos os aspectos do Criador a minha volta, enquanto aceito a minha verdadeira jornada e missão na Terra.
Eu peço com intenções puras e verdadeiras que o amor incondicional, a aceitação e o equilíbrio do Criador, vibrem com poder na vibração da energia e na freqüência da Terra, de modo que estas qualidades sagradas possam se tornar as realidades de todos.
Eu peço que todas as energias e hábitos desnecessários, e falsas crenças em meu interior e ao meu redor, assim como na Terra e ao redor dela e de toda a humanidade, sejam agora permitidos a se dissolverem, guiados pela vontade do Criador. Permita que um amor que seja um poderoso curador e conforto para todos, penetre na Terra, na civilização e em meu ser agora. Grato e que assim seja.”

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