Anjo de Luz

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Vedanta é uma tradição que vem preservando e transmitindo, de geração a geração, o conhecimento da real natureza daquela parte de nosso ser que chamamos de Eu.

Num sentido amplo, Vedanta é todo ensinamento que leve o estudante a uma apreciação correta de sua própria natureza.

A nossa cultura nos transmitiu conceitos a respeito do que somos, através de nossos pais, professores e adultos significativos na infância, e através da televisão, jornais, e demais mídias formadoras de opinião na vida adulta.

Ao longo da nossa vida, fomos construindo respostas para a pergunta básica e fundamental: “quem sou eu?”. E essas respostas nos levam a viver do modo como estamos vivendo.

Se o que aprendemos com os nossos pais, por exemplo, é que “eu sou responsável, inteligente e trabalhador”, certamente nossa vida será pautada por uma conduta muito diferente da que teríamos se nossos pais tivessem nos ensinado – com suas observações a nosso respeito – que “eu sou desleixado, burro e preguiçoso”.

De maneira semelhante, a mídia nos transmite o conceito de que somos pessoas inadequadas e infelizes, imperfeitas e inferiores… a não ser que compremos tal e tal produto!

E transmite essa idéia de maneira extremamente eficiente (ou deveria dizer maquiavélica), usando o conhecimento que existe sobre a mente humana de modo a tornar o seu apelo bem convincente a ponto de conseguir que, não apenas acreditemos que somos carentes, mas que também atuemos conforme essa crença, comprando o produto que nos tirará dessa carência, tornando-nos “plenos e felizes”.

Tudo em nossa vida está pautado em nossos conceitos a respeito do que somos. Seja que eu jogue basquete, navegue na Internet, cuide dos meus filhos ou colecione selos, sempre, necessariamente, esses comportamentos estarão baseados numa visão do que é necessário, do que é importante, do que precisa ser feito. E essa visão está totalmente fundamentada nos conceitos que eu tenho de mim mesmo.

O Vedanta questiona os conceitos que temos colhido ao longo da nossa vida a respeito de quem somos. Questiona se somos coisas passageiras como um corpo, sensações, emoções, pensamentos.

E o Vedanta chega a conclusões libertadoras, tais como “eu já sou a plenitude que busco”, e “eu já sou tudo que deveria ser!” Já pensou como a vida ganha em liberdade a partir dessa descoberta?

Jesus foi um grande mestre de Vedanta, mesmo que nunca tenha se chamado a si mesmo de vedantino. E Ele o era porque tinha uma total clareza a respeito de qual era a Sua verdadeira natureza. Ele tinha uma justa apreciação dos aspectos mutáveis e transitórios do Seu ser e daqueles permanentes e imutáveis.

Ele podia julgar o mundo com o olhar da Sabedoria, tão incompreensível para o homem espiritualmente ignorante. É por isso que, quase dando risada, Ele pode responder a um Pilatos embriagado de seu poder temporal: “Nenhum poder você teria se não te fosse dado pelo Altíssimo”.

Hoje, como sempre, o significado profundo das tradições espirituais se perde na superficialidade do cotidiano. E, assim, um momento maravilhoso de reflexão, de apreciação da possibilidade de uma dimensão de consciência mais ampla, capaz até de fazer com que a morte e o sofrimento percam a sua face apavorante, transforma-se numa tola corrida às lojas para comprar chocolates!

Lembro-me de uma poesia de Rimbaud em que ele convida à sua amada a viver intensamente, a soltar a sua luz, a elevar-se aos cumes do pensamento. No final, depois de ele ter feito, no decorrer de longos e belíssimos versos, as mais brilhantes propostas, é a vez de ela responder. E ela aceita? Não. Ela levanta uma objeção tola: “Sim, mas… e a minha escrivaninha?”.

O mestre indiano de Arnaud Desjardins, tendo ensinado Vedanta para vários franceses, conhecia esse apego tão comum em todos os ocidentais, que nos faz deixar de viver segundo a Verdade devido às pequenas objeções que, desde uma visão mais sábia, não passam de tolices, de brinquedos de pessoas imaturas. Uma vez, perguntado por um outro monge se já tinha aprendido a falar em francês, ele, bem-humorado, respondeu que falar francês era fácil, era apenas dizer “Oui, mais…” (sim, mas…).

Assim também, a tradição da Páscoa nos convida a renascer para um modo de vida novo e maravilhoso. E o que vamos responder? “Oui, mas… e a minha escrivaninha?????”.

Ou vamos ousar viver a nossa Luz?

Esta época de Páscoa nos dá a oportunidade de refletir sobre a maneira como pensamos a vida, sobre o modo como a estamos vivendo: a que damos valor? A que dedicamos a maior parte do nosso tempo, do nosso dinheiro, da nossa energia? A que nos apegamos sem abrir mão ou ceder um centímetro? Por que objetivo estamos dando a nossa vida?

A Páscoa nos convida à morte. À morte para um modo de vida baseado em conceitos e crenças mundanas, que não se sustentam quando confrontadas pela argumentação dos sábios. A Páscoa é um convite para abandonar o que, no nosso coração, sabemos que é preciso abandonar.

A Páscoa é um convite para ressuscitar da morte da ignorância espiritual, dos estúpidos valores consumistas que criam um destino individual de tensão e ansiedade e uma sociedade violenta e imoral.

A Páscoa diz: “Você pode crucificar o meu corpo transitório, mas não pode crucificar a Mim, que sou permanente. Você pode caluniar minha personalidade histórica, mas não pode caluniar minha Consciência imortal, que transcende qualquer definição verbal. Você, que vive alicerçado nas coisas que o mundo dá, pensa que está me tirando algo a Mim, que sou Onipresente!”

Que bela aula de Vedanta!

A Páscoa, enfim, na visão do Vedanta, é um momento para iniciar ou fortalecer o nosso compromisso com tudo que nos traz a visão dos Sábios, a visão crística: o estudo, a meditação, a verdade, a vivência da paz, o Yoga, o sorriso, o perdão…

Tomara que ela possa ser comemorada e compreendida.

Andrês De Nuccio

(Fonte: http://www.ekadantayoga.com.br/a-pascoa-na-visao-do-vedanta.html)

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«Que os Santos Seres, cujos discípulos aspiramos ser, nos mostrem a luz que
buscamos e nos dêem a poderosa ajuda
de sua Compaixão e Sabedoria. Existe
um AMOR que transcende a toda compreensão e que mora nos corações
daqueles que vivem no Eterno. Há um
Poder que remove todas as coisas. É Ele que vive e se move em quem o Eu é Uno.
Que esse AMOR esteja conosco e que esse
PODER nos eleve até chegar onde o
Iniciador Único é invocado, até ver o Fulgor de Sua Estrela.
Que o AMOR e a bênção dos Santos Seres
se difunda nos mundos.
PAZ e AMOR a todos os Seres»

A lente que olha para um mundo material vê uma realidade, enquanto a lente que olha através do coração vê uma cena totalmente diferente, ainda que elas estejam olhando para o mesmo mundo. A lente que vocês escolherem determinará como experienciarão a sua realidade.

Oração ao Criador

“Amado Criador, eu invoco a sua sagrada e divina luz para fluir em meu ser e através de todo o meu ser agora. Permita-me aceitar uma vibração mais elevada de sua energia, do que eu experienciei anteriormente; envolva-me com as suas verdadeiras qualidades do amor incondicional, da aceitação e do equilíbrio. Permita-me amar a minha alma e a mim mesmo incondicionalmente, aceitando a verdade que existe em meu interior e ao meu redor. Auxilie-me a alcançar a minha iluminação espiritual a partir de um espaço de paz e de equilíbrio, em todos os momentos, promovendo a clareza em meu coração, mente e realidade.
Encoraje-me através da minha conexão profunda e segura e da energia de fluxo eterno do amor incondicional, do equilíbrio e da aceitação, a amar, aceitar e valorizar  todos os aspectos do Criador a minha volta, enquanto aceito a minha verdadeira jornada e missão na Terra.
Eu peço com intenções puras e verdadeiras que o amor incondicional, a aceitação e o equilíbrio do Criador, vibrem com poder na vibração da energia e na freqüência da Terra, de modo que estas qualidades sagradas possam se tornar as realidades de todos.
Eu peço que todas as energias e hábitos desnecessários, e falsas crenças em meu interior e ao meu redor, assim como na Terra e ao redor dela e de toda a humanidade, sejam agora permitidos a se dissolverem, guiados pela vontade do Criador. Permita que um amor que seja um poderoso curador e conforto para todos, penetre na Terra, na civilização e em meu ser agora. Grato e que assim seja.”

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