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Introdução

Este texto tem por objetivo a introdução às reflexões e às meditações sobre os 12 Trabalhos de Hércules e como aplicá-los na vida cotidiana, evolução e autoconhecimento.

Existem diversas versões sobre os “Doze Trabalhos e Hércules”, assim como também a ordem em que foram executados varia de autor para autor. O mais importante é estudar o significado dos Doze Trabalhos sob o ponto de vista Iniciático e Espiritual (da Alma). (2)

Hércules era, inicialmente, Alkeides e seu nome foi mudado depois de uma estranha experiência e antes de iniciar os trabalhos. Hércules ou Herakles significa “a glória de Hera” que por sua vez representa a Psique, ou a alma. Assim, seu nome personificava a sua missão que era manifestar, em trabalho ativo no plano físico, a glória e o poder de sua divindade inata. (2)

É comum aos espiritualistas em geral, a assertiva da evolução do Espírito através da reencarnação e do tempo... (15)

Os textos esotéricos milenares, dentro de uma simbologia mística própria, que limitava de uma forma intencional a sua compreensão por aqueles ainda não preparados para os voos mais elevados do aprendizado, ensinavam aos seus iniciados através de lendas ou histórias repletas de comportamentos sobre-humanos, de caracteres míticos, que exigiam um conhecimento aprofundado de astrologia, alquimia e outras ciências iniciáticas restritas a poucos. Justificava estes cuidados o pequeno número de almas que se destacavam da grande massa humana em busca da sua independência espiritual. (15)

Nos dias atuais, com a humanidade renovada em seus conceitos existenciais e mais receptiva às realidades eternas, os véus das simbologias começam a se esvaecerem, permitindo acesso ao conhecimento iniciático a uma coletividade numericamente maior. (15)

A antiga história do semideus Hércules e suas tarefas, um clássico da cultura grega traduzido em diferentes línguas, filmes e seriados, destaca um homem, materialmente falando, com força extraordinária que o coloca na condição de um herói que muitos, intimamente, o desejariam ser. Há, no entanto, uma verdade oculta por trás desta figura, rica em simbologia e ensinos. (15)

Alice A. Bailey apresenta-nos interessante análise sobre a vida deste antigo herói demonstrando que, em uma visão transcendental, realidades espirituais podem ser apreendidas nas diferentes etapas de sua vida. O grande interesse que hoje se observa pela vida eterna, a verdadeira vida, é justificativa suficiente para o presente estudo. (15)

A “Senda” é árdua e longa, porém, a alegria de cada conquista é o combustível de sua motivação e o estímulo da continuidade. (15)

A história de Hércules é a síntese simbólica da luta da Alma em busca de sua “Libertação”. É o resumo de uma jornada heroica de um aspirante ao “Caminho dos Iniciados”. Neste “Caminho” desincumbiu-se de determinadas tarefas de natureza mística, vivendo episódios e trabalhos que caracterizam o Homem que busca a de sua independência espiritual. (15)

Ele representa o Filho de Deus encarnado, mas ainda imperfeito, que definitivamente toma em suas mãos a natureza inferior e, voluntariamente, submete-se à disciplina que fará emergir o divino que carrega consigo. É a partir do homem que falha, mas que é sinceramente sério e inteligentemente consciente do trabalho a ser realizado, que se forma um Salvador do Mundo. (2)

A descrição de suas tarefas, a história dramática de seus fracassos e conquistas, demonstram a mesma luta que enfrentamos nos dias de hoje em nossa própria evolução, pois, certos acontecimentos e episódios retratam, em qualquer época, a natureza do treinamento e realizações que caracterizam o “Caminho” de qualquer homem que busca e se aproxima de sua “Libertação”. (15)

Hércules era o nome de sua Alma, enquanto Herakles do homem material; o primeiro nome era a expressão de sua origem paterna divina – o Espírito, enquanto o segundo era a expressão de sua origem materna humana – a Matéria. Daí a simbologia de semideus. (15)

Esta dualidade é representada, também, pela notícia de seu irmão gêmeo, por ele assassinado ainda na infância, fato que simboliza a unificação do Corpo e da Alma em uma só unidade. (15)

Os relatos da morte de duas serpentes com as próprias mãos, quando ainda infante, representam o estrangulamento da serpente da matéria e da ilusão, demonstrando-o pronto para a tarefa a desempenhar. Na simbologia mística são descritas três serpentes, uma representando a matéria, outra a ilusão, e a terceira a Sabedoria. Somente se descobre a serpente da Sabedoria, quando as duas primeiras são eliminadas. (15)

Na sequência, tem-se a notícia de seu casamento e do nascimento de três filhos. O casamento é forma simbólica da união de sua Razão com sua Alma, e os filhos a conscientização de seus três corpos, ou os três aspectos da personalidade: o físico, o astral e o mental. (15)

Conta-nos, então, a história, que Hera, nome representativo do Psiqué ou Alma, levou-o a loucura com seu ciúme, fazendo com que matasse seus filhos, amigos e todos os demais de seu relacionamento. Este estado doentio é comum em muitos candidatos à iniciação, quando, entusiasmados com os novos horizontes ou dimensões que a Alma lhe faculta, escolhe o caminho do fanatismo e dos extremos para seu progresso espiritual, tornando-o desequilibrada e de difícil convívio. O caminho do meio e do equilíbrio é momentaneamente esquecido. (15)

Estes momentos de desequilíbrio são exemplificados pelos fanáticos sacrifícios feitos no Oriente, ou de excessos da Inquisição que a história relata, pela incompreensão da interpretação de determinadas verdades por ângulos diferentes daqueles que se iniciavam em determinada corrente de pensamentos. (15)

Sua lenda representa a luta de toda Alma que, vencido as etapas iniciais da evolução comum, candidata-se à evolução consciente dos Iniciados. (15)

O significado de um “Iniciado”, ou “Aspirante a...” corresponde à etapa final da evolução na qual o Homem, ainda imperfeito, toma em suas mãos, intencionalmente, sua evolução e impõe a vontade de sua Alma sobre sua natureza inferior ou material. Seu trabalho consiste em libertar-se dos laços maternos ("mater", a Matéria), para assim responder ao amor do pai (o Espírito). (15)

Segundo os antigos textos esotéricos, há dois caminhos para evolução da alma humana:

1. Um lento e contínuo crescimento evolutivo, levado avante sob o efeito das Leis da Natureza, ciclo após ciclo, até que gradualmente o lado divino começa a se expressar no homem;

2. Ou o resultado de sistemática aplicação e disciplina por parte do aspirante, que permite o desabrochar mais rápido do poder e vida da Alma. (15)

Em sua história, Hércules percorre os doze signos do zodíaco. (15)

Todo homem dominado pela vida material se caracteriza pelo medo, pelo individualismo, pela competição e pela cobiça, ao contrário do iniciado, que traz em si a confiança espiritual, a cooperação, a consciência grupal e o altruísmo. (15)

Obviamente, em sua marcha evolutiva consciente, necessário se faz ao Homem alcançar determinadas conquistas pessoais, para que possa se candidatar à Grande Iniciação a que a história de Hércules se refere:

1. Deve adquirir o entendimento de que a toda a expressão material do Universo é simbólica e transitória, inclusive seu próprio corpo. “Todas as coisas externas e tangíveis são símbolos de forças criativas internas, e é esta a ideia que serve de fundamento a toda simbologia. Um símbolo é a forma externa e visível de uma realidade espiritual”.

2. A realidade de Deus é indiscutível, e verdade absoluta na consciência dos iniciados.

3. Que é um Filho de Deus, criado à Sua imagem. (15)

Com estas conquistas plenamente definidas e integradas em seu coração, o Homem deixa de identificar-se com a matéria e passa a identificar-se com a Alma. (15)

A partir desse momento está pronto para iniciar Os Doze Trabalhos Iniciáticos de Hércules. Está pronto para ultrapassar os Portais das Iniciações. (15)

É importante destacar que Hércules, a Alma despertada, reverte o procedimento usual e segue pelo Zodíaco no sentido oposto dos ponteiros do relógio, portanto, o caminho inverso do homem comum. O homem que está imerso no corpo físico e segue necessariamente o caminho da ilusão e das aparências, acompanha a trajetória dos ponteiros do relógio. (15)

O problema de todo instrutor, hoje, é descobrir novas maneiras para expressar as velhas verdades de modo que, ao apresentar as antigas fórmulas, que levam ao desenvolvimento espiritual, estas possam adquirir uma nova e pulsante vida. (2)

Alice Bailey propôs uma abordagem nova para aqueles que percorrem o Caminho do Discipulado que ela define “como a etapa final do caminho da evolução e, como aquele período da experiência do ser humano no qual ele chega a ser definitivamente autoconsciente. É a etapa no qual ele, intencionalmente, se impõe a vontade da Alma –que é essencialmente a vontade de Deus- sobre a natureza inferior”. (1)

Nessa nova abordagem, Alice Bailey vai usar como referencial para fornecer bases para a compreensão do estudo que ela propõe, os Doze Signos Astrológicos que serão vistos através de suas características simbólicas. (1)

O progresso de um discípulo mundial é ilustrado nos céus, pelos Trabalhos de Hércules, através dos signos zodiacais. É como se Deus houvesse representado no Espaço Seu plano para o processamento da evolução do espírito humano de volta a sua fonte. (2)

Na sua firme resolução, no aperfeiçoamento, independente dos fracassos e dificuldades que Hércules, o herói, enfrentou em sua capacidade de resistir, nos são mostradas as características do discípulo. (2)


Mitologia

O Mito e a Linguagem Simbólica

A Mitologia é o conjunto dos mitos que existem dentro de uma sociedade organizada. Na narrativa mítica existe um aspecto, um núcleo que encerra uma verdade. (1)

O Mito relata uma “história verdadeira” que vai tocar profundamente o ser humano – o ser mortal, organizado em sociedade, obrigado a trabalhar para viver e que está submetido a acontecimentos e imprevistos que independem de sua vontade. (1)

Os mitos contam a origem dos mundos, do ser humano, dos deuses e dos heróis, bem como e estabelecimento de um costume ou uma instituição. Estes eventos, cuja memória cronológica se perdeu, são preservados em uma memória mítica. (1)

O mito é, pois, a história sagrada de transmissão oral que narra um acontecimento ocorrido no início dos tempos; por isso são considerados como a expressão simbólica ou de um saber religioso ou de um ensinamento filosófico. (1)

O mito aparece e funciona como mediação simbólica entre o Sagrado e o Profano, condição necessária à ordem do Mundo e às realizações entre os seres. (1)

Somente no século passado é que, estudiosos de diferentes mitologias, ao fazerem o estudo comparado dos mitos de diversas culturas, se deram conta de que os mitos se repetem e que eles expressam as preocupações da humanidade quanto à sua origem, à origem da Vida e quanto ao seu Destino e como controla-lo. (1)

A Mitologia é tão rica de explicações que a nossa civilização atual, ainda usa e está impregnada dos mitos gregos, principalmente, para explicar os meandros do subconsciente humano que é tão misterioso e tão difícil de ser penetrado. (1)

Devido ao seu caráter fundamental, o Mito conserva, até nossos dias, vitalidade e presença grandiosa, pois ele trata dos mesmos problemas existenciais, morais e sociais que continuam a afligir a humanidade. Por isso, os seres humanos não deixaram, ainda, de aceita-los como um meio de entender os mistérios de vida. (1)

Para os antigos gregos, os mitos não são considerados como a expressão simbólica de um saber religioso. Os mitos não se identificam com a religião. A religião pressupõe um corpo de doutrina, de regras, de crenças e práticas autorizadas ou impostas e aceitas por todo um grupo de maneira uniforme. Tudo isto podendo ter sido “revelado” por um “Ente Superior” e codificado num Livro Sagrado que serve de orientação para a conduta humana frente ao poder terreno e sobre-humano. (1)

A Religião estabelece um vínculo individual e social com o Poder concebido e transcendente. O mito grego, ao contrário, não liga o ser humano à divindade de maneira a criar entre os dois uma relação necessariamente doutrinária. Para os antigos gregos, os deuses não criaram a moral, logo, não podiam exigi-la. Não existia, assim, o sacrilégio que é um ato contrário a um deus. O ato é antes uma ofensa à Justiça, que é quem regula os deveres para com os outros. O ato é uma ação imoral mas, não constitui uma desobediência a um mandamento divino. (1)

Em vista disso, para o grego antigo, não há o tormento interior para obter o perdão por aquilo que praticou. Ele conhece o arrependimento, o desejo de corrigir e assim melhorar sua natureza. O Mito não leva além disso. Viver o mito implica este tipo de experiência: “conhecer-se a si mesmo para melhor viver”. (1)

O ser humano segue a sua natureza e nela encontra a força para modelar sua vida. Pelo uso que ele fizer dessa força, ele é responsável diante de si mesmo. Os deuses gregos não podem revelar nada aos seres humanos, porque “igual é o gênero humano e os deuses”. (1)

Apesar disso, os mitos gregos não deixam de expressar profundos anseios religiosos, aspirações morais, necessidades de aperfeiçoamento espiritual, porém, não chegam a fixar bases para chegar à salvação e para se livrar das ameaças da danação eterna. (1)

A Religião grega não conhece a experiência mística das civilizações orientais, nem o messianismo da judaica. Ela permanece ligada ao mundo dos seres naturais e das relações diretas com o quotidiano e o transcendente. (1)

No mito, ocorrem acontecimentos dramáticos de todo impossíveis em um mundo governado pelas leis do tempo e do espaço. (1)

Para a cultura atual, às vezes, fica difícil aceitar as explicações dadas pelos mitos, pois eles falam através da linguagem dos símbolos, que é uma linguagem analógica, isto é, diferente da linguagem do pensamento lógico e racional. (1)

Povos diferentes criaram mitos diferentes, mas apesar dessas diferenças, todos os mitos têm uma coisa em comum: são escritos na mesma língua: a linguagem simbólica. (1)

A linguagem simbólica é uma linguagem cuja lógica difere da linguagem convencional falada no dia a dia; é uma lógica em que as características dominantes não são espaço e tempo, mas sim a intensidade e a associação dos fatos. (1)

A linguagem simbólica é aquela por meio da qual exprimimos experiências interiores como se fossem experiências sensoriais, como se fosse algo que tivéssemos fazendo ou que fosse feito em relação à nós no mundo dos objetos, no mundo tangível. (1)

A linguagem simbólica é uma linguagem onde o mundo exterior é um símbolo de nossa alma e de nossa mente. É uma linguagem que foi esquecida pelo ser humano moderno, mas apesar disso, os mitos ainda são fontes de uma grande sabedoria. Só é preciso saber ler. (1)


O Mito do Herói

O mito do herói é comum a todas as sociedades, em todos os estágios da civilização e cultura e em todas as épocas históricas. Embora variem os detalhes das lendas, o modelo básico do mito permanece invariável. O herói percorre sempre um determinado ciclo. (1)

Nasce de maneira algo milagrosa, ainda que humilde. Durante a infância mostra as primeiras provas de extraordinária força física e moral. Na adolescência e na juventude, vive sua tragédia, inevitavelmente acarretada pelo choque entre o bem e mal, o divino e o humano, o material e o espiritual. (1)

O herói pode ser vítima da traição dos mortais ou sua desgraça pode vir de uma decisão dos deuses, que por alguma razão desejam puni-lo. E ele sempre morre de forma estoica, sacrificado. Na vida do herói, talvez por ele ser, na maioria das vezes, meio mortal, meio imortal, surgem forças protetoras que o ajudam a livrar-se de suas penosas tarefas e a cumprir seu destino. O mito do herói é importante tanto para a sociedade como para o indivíduo. A história do herói precisa ser contada através da linguagem simbólica porque ela vai dar a dimensão exata do que se passa tanto no interior do herói como no ambiente onde ele exerce seus trabalhos. Não é só a realização da tarefa que conta, mas o porque que ela tem que ser feita para que o herói mereça o prêmio do seu esforço. (1)

O maior de todos os heróis gregos é Hércules que realizou seus famosos doze trabalhos para cumprir uma penitência imposta a ele pelo Oráculo de Delfos. (1)


Hércules

Hércules nasceu de uma mentira e de uma paixão. (1)

Na mitologia grega, Hércules foi um Titã, ou seja, gerado pela união entre um ser divino e um ser humano. Desta forma, todos nós somos titãs, pois somos manifestação da união da Centelha Divina com a parte humana. (3)

Este titã foi enviado à Terra por seu Instrutor (Eu Superior) para realizar 12 trabalhos que o elevariam à categoria de herói tirando-o da inconsciência e completaria tudo o que é possível realizar na Terra; esta é também a nossa condição através das reencarnações. (3)

Na nossa caminhada evolutiva precisamos vencer estas 12 tarefas que são obstáculos que o ego impõe à plena manifestação do Espírito; como não logramos êxito total nestas batalhas, repetimos por várias vezes a mesma tarefa (trabalho). (3)

Zeus (Júpiter), o maior os deuses, estava apaixonado por Alcmena, mulher de Anfitrião, que se encontrava no campo de batalha. Uma noite, aproveitando-se dessa ausência, Zeus tomando as feições de Anfitrião, chega de surpresa diante de Alcmena que estava cheia de saudades. Insaciável, Zeus fez a noite durar três dias completos. Foi assim que Alcmena gerou Hércules. (1)

Logo a seguir, Anfitrião volta para a casa, cheio de desejos e contando da vitória obtida. Alcmena está feliz, mas não entende tanta euforia, pois para ela, o marido já estava a seu lado há algum tempo.  Anfitrião sente que há algo estranho no comportamento da mulher e vai procurar o adivinho Tirésias que lhe fala sobre o disfarce e da visita de Zeus. (1)

Louco de ciúmes, ele volta para a casa e decide matar a mulher. Inocente e ao mesmo tempo culpada, Alcmena pede piedade, mas no seu furor Anfitrião não a ouve. Leva-a a praça pública, amarra-a entre dois paus cruzados e ateia fogo. (1)

Zeus vendo o mal que causara, intervém na Terra e faz chover fortemente apagando a fogueira. Anfitrião entende o aviso divino e perdoa a esposa. Volta com ela para casa e, nesta mesma noite, gera-lhe um filho Íficles. (1)

No corpo de Alcmena, Hércules e Íficles engendrados por pais diferentes, esperam a hora de ver a luz. Para o filho de Anfitrião, essa hora chegaria sem dificuldades. Mas, para o filho de Zeus, a ciumenta Hera (Juno), mulher de Zeus, colocaria duros obstáculos. (1)

Há tempos, Zeus contara a Hera, que a primeira criança nascida entre os descendentes de Perseu, reinaria sobre toda a região e seria um protetor poderoso tanto para os imortais como para os homens. Zeus quando se uniu a Alcmena foi para gerar esta criança. Porém, outra criança, também, estava sendo gerada nesse mesmo tempo: era Euristeu. (1)

Hera querendo vingar-se da traição de Zeus, procurou retardar o nascimento de Hércules e acelerar o de Euristeu para que este desfrutasse do poder político que Zeus havia destinado ao filho. Tendo Hércules nascido primeiro, Hera enviou duas serpentes para matar o semideus ainda no berço, mas ele estrangulou-as com sua força poderosa. (1)

Quem se encarregou de sua educação foi o sábio centauro Quiron. (1)

Hércules foi iniciado em todas as atividades e as faculdades das quais era dotado foram sendo desenvolvidas e organizadas. Hércules foi, assim, preparado para todas as tarefas. (1)

Ainda jovem casou-se com Mégara, filha de Creonte, rei de Tebas, e com ela teve três filhos. (1)

Hércules continuou sendo alvo do ódio de Hera que, através de seus poderes, resolve enlouquece-lo e faze-lo assassinar os próprios filhos no fogo. (1)

Hércules saindo da crise da loucura contemplou as próprias mãos, horrorizado. Mégara, sua mulher, era apenas uma sombra trêmula de pavor, olhando os filhos queimados no chão. (1)

Hércules precisava se redimir de seu crime hediondo. Redenção ele teria que encontrar por certo, mas o esquecimento jamais poderia alcançar. Aquela cena jamais se desfaria de sua memória. Ele foi até o Oráculo de Delfos para que este lhe dissesse o que ele precisava fazer para resgatar a tragédia  que a sua loucura causara. (1)

O Oráculo de Apolo disse-lhe que ele se colocasse sob as ordens do rei Euristeu, durante doze anos, para que seu crime fosse redimido. Foi lhe dito: “Executarás teus trabalhos; quando tiveres realizado tuas tarefas, tuas obrigações, então, tornar-te-ás um entre os Imortais”. (1)

Assim, Euristeu tinha agora Hércules em suas mãos. Não precisava mais temer que ele tentasse reconquistar o que lhe pertencia por destino e por direito. (1)

Hércules deveria, então, se curvar a todos os caprichos de Euristeu para limpar, da própria alma, a mancha do crime que cometera e livrar-se do remorso que o atormentava. (1)

Hércules representa o ser humano que, na sua caminhada, concorda em submeter a sua própria natureza humana a um processo de harmonização com a parte mais consciente do ser total que ele é. (1)

No pensamento grego é constante a reflexão segundo a qual todo herói deve purificar-se do sofrimento, até que sua alma se liberte de todas as paixões. (1)

O herói precisa afastar e remover os grandes obstáculos, simbolizados como monstros, do caminho do seu progresso. (1)

Além dessa tarefa, ele precisa ser aceito pelos deuses que se compadecem de seus sofrimentos. (1)

Para que Hércules pudesse realizar seus trabalhos, os deuses procuraram ajudá-lo oferecendo-lhe equipamentos, porém, Hércules deveria procurar saber a melhor forma e o melhor momento para usá-los. (1)

Minerva (Atena), a deusa da Sabedoria, deu-lhe uma túnica para protegê-lo.Vulcano (Hefesto), o deus do fogo e dos metais, deu-lhe um peitoral de ouro magnético que o capacitaria a realizar três dos doze trabalhos e sair salvo. Netuno (Poisedom), deus das águas do mar, deu-lhe dois velozes corcéis, os quais ele deveria saber controlar e adestrar para poder entrar em contato com as distantes esferas nas quais seus trabalhos o levavam. Aprendendo a dominar os fogosos corcéis, Hércules aprenderia, também, a dominar sua natureza emocional para que, corretamente subordinada, ela servisse aos propósitos das suas tarefas. Mercúrio (Hermes), o mensageiro dos deuses, deu-lhe uma espada, o símbolo da manifestação do poder divino na matéria: o poder de punir, destruir, corrigir. A espada serve para separar, dividir e cortar; bem manipulada é a prova do domínio da mente, da análise mental e da descriminação. Apolo, deus do Sol, deu-lhe um conjunto de arco e flecha, simbolizando a capacidade de ir direto à meta. A flecha, símbolo da Luz pode iluminar a escuridão do caminho. (1)

Os presentes que lhe haviam sido dados eram poderosos, belos, maravilhosos, porém Hércules não sabia usá-los. Ele preferiu começar sua tarefa abrindo seu caminho com o bastão de madeira que ele já sabia usar tão bem. (1)


Os doze Signos e os desafios básicos na existência humana (1)

Etapas preparatórias:

Áries – aprendizado do controle da mente.
Touro – aprendizado sobre a natureza dos desejos.
Gêmeos – aprendizado do conhecimento de si mesmo.
Câncer – aprendizado do desenvolvimento da intuição

Lutas no plano físico:

Leão – para desenvolver poder e coragem.
Virgem – para a preparação do discípulo para a 1ª iniciação.
Libra – para  a aquisição  e integração do equilíbrio dos opostos.
Escorpião – para controlar e superar os desejos – 2ª iniciação.

Etapas  a serem realizadas:

Sagitário – para acabar com as tendências do uso do pensamento destrutivo.
Capricórnio – para elevação da personalidade – 3ª iniciação.
Aquário – para o serviço de limpeza e purificação.
Peixes – para a transcendência da animalidade - a salvação.

Os Signos e os doze dons do Espírito a serem desenvolvidos

ARIES – Adaptabilidade.
TOURO – Desapego.
GÊMEOS – A arte de deixar as coisas acontecerem.
CÂNCER – Conhecer o seu lugar.
LEÃO – Simplicidade.
VIRGEM – Tolerância
LIBRA – Desembaraço.
ESCORPIÃO – Não identificação.
SAGITÁRIO – A arte de viver em companhia.
CAPRICÓRNIO – Integridade pessoal.
AQUÁRIO – O dom de servir.
PEIXES – Coragem.


Os Doze Trabalhos de Hércules

Alice Bailey conta no seu livro a história de cada tarefa que o rei Euristeu encarregou Hércules de realizar; fala também do signo no qual a tarefa foi realizada, pois há uma estreita ligação entre ambos – signo e tarefa.  O trabalho só era possível porque em cada signo que ele executou a tarefa, as influências de certas forças, que são próprias do signo, lhe deram certas tendências que, quando bem compreendidas e usadas fizeram com que ele tivesse condições de se superar e, assim, vencer cada prova. (1)

O signo fornece o campo de atividade da alma, e a tarefa retrata o trabalho do discípulo vivendo no plano físico e esforçando-se para demonstrar, no campo de batalha do mundo, sua divindade inata e seus poderes latentes. (2)

Cada signo sujeita o ser humano que nele está trabalhando às influências de certas forças que o distinguem e o abastecem com certas tendências. Estas influências têm que ser bem compreendidas se desejarmos ver esclarecido o significado da prova. (1)

Um estudo dos Doze Trabalhos de Hércules, ao cobrir, cada aspecto da vida do discípulo, pode nos capacitar a conquistar uma diferente atitude e nos dar alegria no Caminho e aquela liberdade no serviço que é mais do que uma adequada compensação para as perdas temporárias e dificuldades momentâneas que podem tentar a natureza humana. (1)

Ao estudarmos este antigo mito, descobrimos que Hércules assumiu certas tarefas, simbólicas em sua natureza, mas universais em seu caráter, e que ele passou por certos episódios e acontecimentos que retratam, por todos os tempos, a natureza da preparação e as conquistas que deveriam caracterizar um filho de Deus, caminhando para a perfeição. Ele representa o filho de Deus encarnado, mas não ainda perfeito; o qual num estágio particular do ciclo evolutivo, toma em suas mãos sua natureza inferior e voluntariamente se submete à disciplina que finalmente ensejará a emergência de sua divindade inata. A partir de um ser humano, errando, mas sincero e sério, inteligentemente cônscio da obra a ser feita, um Servidor Mundial é criado. (1)

O oráculo falou e a exclamação ecoou através dos séculos: “Conhece-te a ti mesmo.” Este conhecimento é a principal conquista no Caminho do Discipulado, e se vê como em sequência Hércules atingiu este conhecimento. Nós o vemos passando pelo grande caminho dos céus e em cada signos realizando um dos seus doze trabalhos, a que todos os discípulos estão chamados a realizar. (1)

Vemos Hércules passando pelas sucessivas experiências, até chegar à porta aberta em Leão, através da qual ele pode passar para o Caminho do Discipulado. Nós o vemos aprendendo as lições do equilíbrio, do altruísmo e da vitória sobre a natureza do desejo, até tornar-se o discípulo unidirecionado em Sagitário, antes de passar pelo portão que conduz ao norte da iniciação. Lenta e dolorosamente, ele aprende a lição de que a competição e a posse egoísta devem desaparecer e que a conquista de qualquer coisa para o eu inferior separado não faz parte da missão de um filho de Deus. Ele se descobre como um indivíduo apenas ao descobrir que o individualismo deve ser inteligentemente sacrificado pelo bem do grupo. As características do ser humano imerso na vida da forma e sob a regra da matéria são o medo, a competição individual e a ambição. Esses devem ceder lugar à confiança espiritual, à consciência grupal e ao altruísmo. Essas são as lições que Hércules nos traz. (1)


Referências e Indicações Bibliográficas:

1- "Os Trabalhos de Hércules", Iva Marques da Fonseca (curso proferido às 4as-feiras, na Fundação Cultural Avatar)
2- "Os Trabalhos de Hércules", Alice Ann Bailey
3- "Antakarana - Portais de Libertação", Iara Cristina Leopardi Pinheiro
4- "Astrologia Esotérica", Alice Ann Bailey
5- "Arquétipos do Zodíaco", Kathlen Burt
6- "Signos, Zodíaco e Meditação", Louise Huber
7- "Tríptico Astrológico", Dane Rudhyar
8- "Hora de Crescer Internamente", Trigueirinho
9- "Astrologia e os Sete Raios", Alan Oken
10- "Sinfonia do Zodíaco", Torkom Saraydarian
11- "Astrologia da Personalidade", Dane Rudhyar
12- "Compreenda a Astrologia Esotérica", Louise Huber
13- "A Auto-Realização através da Astrologia", Clara A. Weiss
14- "O Zodíaco: Uma Síntese da Vida", Walter H. Sampson
15- "Os Doze Trabalhos de Hércules e a Evolução da Alma: Visão Esotérica", Alfredo Roberto Netto

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Co-criando A NOVA TERRA

«Que os Santos Seres, cujos discípulos aspiramos ser, nos mostrem a luz que
buscamos e nos dêem a poderosa ajuda
de sua Compaixão e Sabedoria. Existe
um AMOR que transcende a toda compreensão e que mora nos corações
daqueles que vivem no Eterno. Há um
Poder que remove todas as coisas. É Ele que vive e se move em quem o Eu é Uno.
Que esse AMOR esteja conosco e que esse
PODER nos eleve até chegar onde o
Iniciador Único é invocado, até ver o Fulgor de Sua Estrela.
Que o AMOR e a bênção dos Santos Seres
se difunda nos mundos.
PAZ e AMOR a todos os Seres»

A lente que olha para um mundo material vê uma realidade, enquanto a lente que olha através do coração vê uma cena totalmente diferente, ainda que elas estejam olhando para o mesmo mundo. A lente que vocês escolherem determinará como experienciarão a sua realidade.

Oração ao Criador

“Amado Criador, eu invoco a sua sagrada e divina luz para fluir em meu ser e através de todo o meu ser agora. Permita-me aceitar uma vibração mais elevada de sua energia, do que eu experienciei anteriormente; envolva-me com as suas verdadeiras qualidades do amor incondicional, da aceitação e do equilíbrio. Permita-me amar a minha alma e a mim mesmo incondicionalmente, aceitando a verdade que existe em meu interior e ao meu redor. Auxilie-me a alcançar a minha iluminação espiritual a partir de um espaço de paz e de equilíbrio, em todos os momentos, promovendo a clareza em meu coração, mente e realidade.
Encoraje-me através da minha conexão profunda e segura e da energia de fluxo eterno do amor incondicional, do equilíbrio e da aceitação, a amar, aceitar e valorizar  todos os aspectos do Criador a minha volta, enquanto aceito a minha verdadeira jornada e missão na Terra.
Eu peço com intenções puras e verdadeiras que o amor incondicional, a aceitação e o equilíbrio do Criador, vibrem com poder na vibração da energia e na freqüência da Terra, de modo que estas qualidades sagradas possam se tornar as realidades de todos.
Eu peço que todas as energias e hábitos desnecessários, e falsas crenças em meu interior e ao meu redor, assim como na Terra e ao redor dela e de toda a humanidade, sejam agora permitidos a se dissolverem, guiados pela vontade do Criador. Permita que um amor que seja um poderoso curador e conforto para todos, penetre na Terra, na civilização e em meu ser agora. Grato e que assim seja.”

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