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O SABÃO DA COSTA

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No início do século XVI, navegadores ibéricos, por falta de conhecimento geográfico, passaram a designar genericamente toda a costa atlântica africana e seu interior imediato, como «da Costa», e naturalmente, tudo o que dali procedesse possuía a mesma denominação, ou seja, seria «da Costa», e isso não serviu apenas para o sabão, mas também outros artigos tais como: pano (da Costa), pimenta (da Costa), limo (da Costa), esteira (da Costa), etc.

Segundo estudos, de diversos historiadores, o sabão da Costa era importado pelo Brasil desde o ano de 1620. Nessa época ele era procedente de países como Gana e Camarões e, principalmente da Nigéria, grande produtor. O antigo Daomé (atual República do Benin) e Togo, também produziam sabão, o dito da Costa, que era trazido por escravos e seus algozes, os traficantes de escravos.

No livro «Casa Grande e Senzala», o clássico estudo de Gilberto Freyre, este grande erudito nos informa que o sabão da Costa, passou a ser vendido ao povo em geral, no Brasil, notadamente nas ruas do Rio de Janeiro, por escravos libertos logo após a Abolição da Escravatura.

No Rio de Janeiro, já no século XX e principalmente a partir dos anos 70, com a chegada massiva de estudantes nigerianos que aqui vieram para estudar em diversas Universidades, iniciou-se um intenso comércio, não só do sabão da Costa, como também de muitos outros artigos religiosos. O Mercadão de Madureira, sem dúvida é o maior centro difusor. No Brasil no início dos anos 70, poucas eram as lojas que o tinham para venda. Devido ás suas propriedades medicinais, terapêuticas religiosas, seu uso tornou-se mais intenso.

Mas é bom saber, e estar alerta, pois alguns africanos em conluio com alguns comerciantes inescrupulosos misturaram sabão da Costa legitimo com um outro, que é tido como sabão da Costa, porém é inferior ao original, embora também seja vendido em larga escala. Nos grandes mercados africanos podemos encontrá-lo geralmente envolto em folhas de bananeira ou até em pequenas bolas de 100g envoltas em plástico. É o mesmo e velho sabão da Costa!

Sabão da Costa: princípios, uso e propriedades

Sabão da Costa, òsé dudu em Yorùbá, literalmente sabão negro. Òsé dudu é um sabão negro consistente, de origem africana, comum em todos os mercados populares em diversos países africanos. Os originais são feitos de forma artesanal, com gordura animal; é pastoso e faz bastante espuma. Pode ser associado a ervas secas, especiarias, azeites, óleos, pós de vegetais, minerais, ossos de diversos animais, sangue de animais, enfim, uma infinidade de elementos que os Babalawo utilizam para as mais distintas finalidades. Como toda a arte mágica, ao preparar o òsé dudu temos que ter cuidado ao misturar os ingredientes para que possamos alcançar os melhores resultados, devemos com atenção conhecer previamente a potência de cada elemento, para então sabermos que reunidas produzirão os efeitos desejados. Para esses resultados que esperamos, não é suficiente apenas misturar os elementos. Todo sabão preparado só atingirá seus objetivos for, após a sua finalização, imantado pela poderosa energia do Òrisá que você deseja, o Asé. A observância da luz solar e da energia lunar fazem a diferença. Ao prepararmos o òsé dudu, devemos seguir as indicações como dia, hora, etc, pois ao obedecermos ás indicações estaremos contribuindo e muito com o sucesso da realização da finalidade a que se destina.”

ose-dundun

Sabão da Costa (òsé dudu), preparado artesanalmente e segundo a tradição Yorùbá, para os seguintes fins:

– Limpeza e descarrego;

– Quebra e descarrego forte de energias negativas (magias, invejas, espíritos do astral inferior…);

– Prosperidade, sorte, atração de boas energias e abertura de caminhos;

– Calma, equilíbrio, tranquilidade, paz, sono tranquilo;

CURIOSIDADES – SABÃO DA COSTA

Ao contrário dos sabões comerciais, que são feitos de produtos químicos sintéticos, o òsé dudu é muito hidratante para a pele. Isso acontece porque é feito de dendê virgem e Manteiga de Karité.
A receita básica é secular, das antigas tradições, tendo sido transmitida ao longo de gerações.
É feito de forma artesanal, não sendo encontrado em farmácias, somente em lojas específicas de produtos africanos, normalmente na forma bruta.
O Sabão preto é conhecido na África Ocidental por vários nomes, mas o mais comum é Òsé Dudu, que é derivado do Anago ou línguas iorubas da Nigéria, Benin e Togo. Significando, literalmente, sabão (òsé) Preto (Dudu). Embora conhecido como “negro”, o sabão preto Africano varia de um marrom claro ao preto profundo, dependendo dos ingredientes e modo de preparação.
As cascas, folhas e vagens do cacau também são utilizadas para dar a cor e característica.
O óleo usado para fazer o sabão varia de região para região, e inclui óleo de palma, óleo de palmiste, óleo de coco, manteiga de cacau e manteiga de karité. Qualquer combinação destes ingredientes é possível e é determinado como base. Além disso, o cloreto de potássio, que é usado para fazer sabão preto africano, pode ser derivado a partir das cinzas de várias fontes vegetais, incluindo frutos do cacau, cascas de karité, folhas de bananeira e os subprodutos da produção de manteiga de karité.
O cloreto de potássio utilizado provém das cinzas de folhas de bananeira, resíduos de manteiga de karité e da casca de uma árvore local chamada Agow.
A casca é colhida de forma a não prejudicar a árvore.
O processo de elaboração do sabão é altamente sofisticado e exige a agitação das mãos, por pelo menos um dia inteiro e um estágio de maturação (cura), por duas semanas.

O sabão pode ser processado por fusão, em fogo direto, com uma pequena quantidade de água. Durante esta fase de fusão, a textura do sabão se torna mais suave e há uma mudança de cor para um marrom chocolate.
O sabão derretido é então prensado em blocos, que podem ser cortados em barras para facilidade de uso.
O sabão preto é comumente feito pelas mãos de mulheres das aldeias africanas, que fazem o sabão para si e para sustentar suas famílias.
As mesmas mulheres que fazem sabão preto optam por usar apenas sabão preto em seus bebês, pois a pureza do sabão faz com que não resseque a pele. Na verdade, o sabão preto é geralmente o único sabão utilizado na maioria dos países do oeste Africano. É uma fonte natural de vitaminas A, vitamina E e também ferro, ajudando a fortalecer a pele e cabelo.
Por séculos, os ganenses e nigerianos têm usado sabão preto para ajudar a aliviar a oleosidade da pele, a psoríase, a acne, as manchas claras e vários outros problemas de pele.
As mulheres africanas usam-no durante a gravidez, para mantê-las sem estrias.

Embora o Sabão da Costa esteja presente no Brasil desde pouco depois de 1620 como se viu, e seja oriundo de uma mística e secreta fórmula, é um produto cujas origens se baseiam no conhecimento hermético de antigos africanos mas que se produz hoje, com avançada tecnologia

RECEITA  

Sabão da Costa

Sabão é de origem da Costa do golfo da Guiné, África. Sendo que, na África tem o nome de “ose”, sua cor é escura, a textura é pastosa e o perfume amadeirado, é usado em “rituais” tanto na África como no Brasil. Osé dudu era o nome dado pelos africanos ao sabão da costa.

Ele é usado para lavar todo o material ritualístico do Yawô (quartinhas, fetiches, ferramentas, jóias...) e o próprio. Não há restrição quanto ao seu uso na cabeça ou por mulheres menstuadas. O sabão tem por função a limpeza do corpo físico e da aura e especialmente de sua camada mais próxima ao corpo físico, retirando larvas astrais e miasmas.

Ingredientes para o preparo

1kg de base glicerinada,
recipiente de esmalte ou de vidro temperado (usada só para esse fim),
bastão de vidro ou colher de plástico descartável(ou uma colher de pau, desde que usada só pra isso),
forma ou panela para banho-maria
formas de silicone ou fôrmas de chocolate.
Modo de Preparo
Em um recipiente de esmalte, derreta a base de glicerina em banho-maria até dissolver muito bem, junto com o corante. Não há a necessidade de mexer a base enquanto estiver no banho-maria.
Quando a base estiver totalmente diluída retire do banho-maria e com um auxílio de um bastão de vidro, mexa a base derretida, afastando a nata que irá se criando. Mexa até acabar a evaporação.
Bater no liquidificador:
1 copo de água mineral;
1 Folha de Osibata, Oriri, macassá, elevante, tapete de Osaala, Manjericão, Saião, Capeba, Alfazema, Alecrim, Peregun, Iroko, Pitanga, Colônia, Rosa Branca, Abebe e 1 colher de café de Wadji, 2 colheres de sopa de efun e 1 colher de café de Ossun. Alguns templos umbandistas adicionam Aroeira, Arruda, Guiné, Espada de São Jorge. Bata bem até se tornar um líquido bem escuro.
Desenforme cuidadosamente e acerte as rebarbas. Embale o sabonete com filme plástico e fixe-o com uma etiqueta de identificação.

Significado das ervas:

- Alecrim - Ewere - erva de Oxalá e Yemanjá - sua atribuição é limpar nossa mente de pensamentos ruins - seu Nome significa Erva de Criança;
- Alfavaquinha - Oriri - O próprio nome já diz Orinrin que Dizer Cabeça Fresca;
Alfazema, Lavanda - Aruso - Erva de Oxum e Oxala - nos perfuma e nos acalma é a erva que as baianas usavam pra perfumar Oxalá;
- Boldo, tapete de Oxalá - ewe baba - Erva de Oxalá todos os rituais relacionados a Ori levam esta erva;
- Capeba, Ewe Iya - Folha de Yemanjá, folha mãe todos os rituais que se relacionam ao Ori levam esta folha;
- Catinga de Mulata - Makassá, erva da qual nos traz boa sorte e também nos ajuda a aumentar nossa intuição;
- Colônia - ewe Toto - folha de Yemanjá e Oxum - tem função de acalmar folha também relacionada ao Ori;
- Coqueiro de vênus, nativo - Peregun - Erva de Ossaim e Ogum. È a primeira folha, Indispensável a qualquer ritual de purificação da qual envolva ervas;
- Erva capitão - Abebe - Erva de Oxum - erva que dá poder aos Cantos - Erva da prosperidade e da beleza;
- Gameleira branca - Iroko - O próprio nome já diz é a Folha sagrada da árvore da qual todos os Orixás se reunem, folha da cura;
- Levante ou elevante - Ere Tuntun, erva de Oxalá e Oxum tem o poder da purificação e tranquilizar;
Manjericão - Efirin - Erva de Oxalá e Oxum nos protege contra feitiços;
- Nenufar - Osibata- Primeira Folha de Oxum - Referência a Grande Iyalorisà;
- Pitanga - Ewe Ita - Erva e Oxum- Folha da Prosperidade;
- Rosa Branca - Ewe Olomi - Erva de Osun - usada pra nos dar boa;
- Saião, Odundun - Erva de Oxalá - Folha da sacralização.
RECEITA DE SABÃO DA COSTA 

INGREDIENTES:

  • Óleo ( de coco ou dendê ), ou Manteiga de Karité.
  • Cinzas de madeira. ( Para usar as cinzas de madeira, primeiro deve queimá-las e deixar que se consuma por completo ).
  • Sumo de Ervas
 
MODO DE PREPARO:
 

   Pegue uma boa quantidade de cinzas em torno de 5 quilos e coloque em uma panela.

   Coloque junto para cada 5 quilos de cinzas, 5 litros de água, ferva por 3 horas (+/-), misturando
 bem até desfazer tudo.
 
   Passe em uma peneira bem fina (use aquela de passar óleo, feita de metal ou um pano de algodão).

   Misture agora a Manteiga de Karité ou o óleo na proporção de 1 litro da água com as cinzas para cada 2 litros do óleo com a mistura quente.

   Prepare a parte o sumo das ervas que queira colocar na mistura, você pode usar ervas como, Alecrim, Melissa, Calêndula, Babosa ( aloe vera ), Alfazema, Abacateiro, Pitanga e etc…

   Faça esse sumo bem forte e acrescente aos poucos numa relação máxima de 100ml para cada litro da mistura, se quiser acrescentar essência, use a base de óleo e nunca alcoólica, se quiser fazer um sabonete tipo esfoliante coloque sementes pequenas na mistura tipo gergelim, linhaça e etc…

   Use sempre uma colher de Pau para mexer as misturas. Após pronta despeje em recipiente e deixe descansar até obter a dureza necessária.



Fontes:

http://baianojuvenal.blogspot.com.br

http://olorum.blogs.sapo.pt

 

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«Que os Santos Seres, cujos discípulos aspiramos ser, nos mostrem a luz que
buscamos e nos dêem a poderosa ajuda
de sua Compaixão e Sabedoria. Existe
um AMOR que transcende a toda compreensão e que mora nos corações
daqueles que vivem no Eterno. Há um
Poder que remove todas as coisas. É Ele que vive e se move em quem o Eu é Uno.
Que esse AMOR esteja conosco e que esse
PODER nos eleve até chegar onde o
Iniciador Único é invocado, até ver o Fulgor de Sua Estrela.
Que o AMOR e a bênção dos Santos Seres
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PAZ e AMOR a todos os Seres»

A lente que olha para um mundo material vê uma realidade, enquanto a lente que olha através do coração vê uma cena totalmente diferente, ainda que elas estejam olhando para o mesmo mundo. A lente que vocês escolherem determinará como experienciarão a sua realidade.

Oração ao Criador

“Amado Criador, eu invoco a sua sagrada e divina luz para fluir em meu ser e através de todo o meu ser agora. Permita-me aceitar uma vibração mais elevada de sua energia, do que eu experienciei anteriormente; envolva-me com as suas verdadeiras qualidades do amor incondicional, da aceitação e do equilíbrio. Permita-me amar a minha alma e a mim mesmo incondicionalmente, aceitando a verdade que existe em meu interior e ao meu redor. Auxilie-me a alcançar a minha iluminação espiritual a partir de um espaço de paz e de equilíbrio, em todos os momentos, promovendo a clareza em meu coração, mente e realidade.
Encoraje-me através da minha conexão profunda e segura e da energia de fluxo eterno do amor incondicional, do equilíbrio e da aceitação, a amar, aceitar e valorizar  todos os aspectos do Criador a minha volta, enquanto aceito a minha verdadeira jornada e missão na Terra.
Eu peço com intenções puras e verdadeiras que o amor incondicional, a aceitação e o equilíbrio do Criador, vibrem com poder na vibração da energia e na freqüência da Terra, de modo que estas qualidades sagradas possam se tornar as realidades de todos.
Eu peço que todas as energias e hábitos desnecessários, e falsas crenças em meu interior e ao meu redor, assim como na Terra e ao redor dela e de toda a humanidade, sejam agora permitidos a se dissolverem, guiados pela vontade do Criador. Permita que um amor que seja um poderoso curador e conforto para todos, penetre na Terra, na civilização e em meu ser agora. Grato e que assim seja.”

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