O perdão é um chamado do despertar para a outra pessoa, que está temporariamente dormindo. Temos de despertá-la gentilmente e não condená-la a um sono mais profundo. Se fôssemos acordar uma criança de um pesadelo, o faríamos com uma voz gentil para que ela não se assustasse. Diríamos a ela que o sonho acabou e que nunca foi real e que a luz chegou. Ensinaríamos a ela a diferença entre dormir e despertar, para que ela pudesse confiar na luz. É desta mesma forma que podemos despertar os outros através do perdão.
Talvez alguém tenha nos tratado de uma maneira hostil ou pior ainda, tenha nos atacado diretamente. A verdade é que esta pessoa nos ataca porque, naquele momento, não se ama e nem se sente digna do amor dos outros. Seu ataque consiste em um pedido de amor. Quando estamos nos amando e sentindo que somos dignos de amor e respeito, não tratamos as pessoas com agressividade. Nem atacamos. Se pudermos aquietar nossa raiva e nosso julgamento, teremos a capacidade de ver um desesperado pedido de amor em um ataque. A resposta apropriada, que é um grande desafio, é oferecer amor.
É através do oferecimento de nosso perdão verdadeiro que somos perdoados. Quero dizer com isto que somos lembrados de quem realmente somos. Se compreendermos os ataques como pedidos de amor e cura, compreenderemos também os nossos próprios ataques. Se enxergarmos o outro verdadeiramente, nos veremos verdadeiramente. Se virmos os outros através dos olhos de Deus, também nos veremos da mesma maneira. A salvação do outro também é a nossa. Lembrando da natureza sem pecado e culpa do outro e pedindo para ver isto em todas as pessoas, lembramos a nós mesmos de nossa própria natureza. Liberando-os de nossos julgamentos, estamos liberando a nós mesmos. Não podemos perdoar a nós mesmos enquanto não formos capazes de perdoar os outros.
Extraído do livro "A espiritualidade a Dois", de Robert Roskind - Editora Namaste
Fonte: http://www.eurooscar.com/
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