Enoque – חנוך, Chanoch ou Hanokh – é o nome dado a um dos personagens bíblicos mais peculiares e misteriosos das Escrituras. Nasceu, segundo os escritos judeus, na sétima geração depois de Adão, sendo filho de Jarede, pai de Matusalém e avô de Noé.
É creditado na Bíblia como arquiteto do Zion original , a legendária "cidade de Yahweh". No Alcorão, é chamado de Enoch Idris. Na Bíblia, ele é às vezes chamado Akhnookh. Ele era um homem de verdade e um profeta.
De acordo com o relato de Gênesis, capítulo 5, versos 22-24, Enoque teria sido arrebatado por Deus para que não experimentasse a morte e fosse poupado da ira do dilúvio:
“E andou Enoque com Deus, depois que gerou a Matusalém, trezentos anos, e gerou filhos e filhas. E foram todos os dias de Enoque trezentos e sessenta e cinco anos. E andou Enoque com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus para si o tomou.”
De acordo com o Targum de Yonatan – tradução para o aramaico das Escrituras hebraicas – Enoque tinha se elevado ao céu ainda em vida e teria se transformado no anjo Metatron:
“E não esteve mais (Enoque) entre os habitantes da terra, pois foi tomado e subiu para os céus, pelo comando do Eterno (se fez isso), e chamou seu nome de Metatron, o Grande Escriba.
"Era conhecido pelos egípcios como Thoth , o "Senhor da Magia e do tempo" e pelos gregos como Hermes , "mensageiro dos Deuses".
Existem muitos livros que foram banidos pela igreja católica do corpus bíblico por serem considerados apócrifos (incultos ou não inspirados por Deus). Em sua considerável maioria eram justamente os mais reveladores, trazendo importantes informações sobre uma série de acontecimentos ligados aos contatos das divindades com o homem.
O cristianismo adotou algumas idéias de Enoch, incluindo o Juízo Final, o conceito de demônios, as origens do mal e os anjos caídos, e a vinda de um Messias e, finalmente, um reino messiânico.
Enoch age como um escriba, escrevendo uma petição em nome dos anjos caídos, a ser dada a um poder superior para julgamento final. O Livro do Profeta Enoque (citado em Judas 14) é, sem dúvida, um dos mais reveladores.
O “Livro de Enoque” (nome que significa Inicie, ou Iniciador), é um texto apócrifo escrito por volta de 200 a.C. (Os livros apócrifos judaicos circulavam entre os judeus durante os séculos imediatamente anteriores e posteriores ao início da era cristã. Os mais importantes de todos estes eram os Livros de Enoque). Infelizmente, esses textos ficaram perdidos durante séculos, só sendo redescobertos em épocas recentes, a maior parte em fragmentos.
Alguns fragmentos do Livro de Enoque, já conhecido, mas escrito em aramaico, foram descobertos nas célebres grutas de Qumran, no Mar Morto . Por isso há quem especule a existência de uma versão original mais antiga, escrita em hebraico.
Uma outra versão conhecida como Os Segredos de Enoque ou II Enoque, foi descoberta na Rússia, em um texto eslavo, e traduzida para o inglês no século XIX; Esta foi provavelmente escrita no Egito no princípio da era cristã e fala da viagem de Enoque através das diferentes coortes do Paraíso.
Uma de suas versões foi encontrada na Abissínia. Havia sido escrita no idioma etíope, por isso ficou conhecido como Enoque Etíope ou I Enoque.
Seu livro mostra, entre outras coisas, que 200 “anjos” desceram à Terra e tiveram filhos e filhas, de estatura superior a 3 m, com as mulheres terrestres.Como estamos vendo, não é de hoje que seres poderosos, na Bíblia chamados de Nefilim (em hebraico significa “gigante”), se relacionam intimamente com nossa humanidade.
Esses anjos ensinaram muitas coisas para os terrestres, como astronomia, noções de meteorologia, matemática, astrologia, além de outros assuntos.
“...naquele tempo havia gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus possuíram as filhas dos homens, as quais lhes deram filhos; estes foram valentes, varões de renome, na antiguidade”. (Gênesis 6:4 RA).
Flávio Josefo faz uma distinção entre os gigantes e o fruto das relações entre os "Filhos de Deus" e as "filhas dos homens", quando afirma em sua obra:
"... e os grandes da terra, que se haviam casado com as filhas dos descendentes de Caim, produziram uma raça indolente que, pela confiança que depositavam na própria força, se vangloriava de calcar aos pés a justiça e imitava os gigantes de que falam os gregos."
Por ser tão devoto a Deus, muitos crêem que Enoch jamais alcançou a Morte, e foi recompensado por Deus que, aos 365 anos (dias do ano), o levou ao céu, mesmo sem ter falecido . Ao chegar no céu, Enoque foi transformado em anjo, sumo sacerdote do templo celestial, e um dos anjos supremo em toda a hierarquia celestial, para não mencionar o mais alto dos anjos, com 36 asas e olhos 265.000 e Deus passa a chamá-lo de METATRON, que significa "Nome de Deus", não que Metatron seja o nome de Deus, mas sim porque ele falará por Deus. Assim, Enoch conheceu "os segredos da terra e do céu". Após isso, Enoch lançou à terra "pesos e medidas" (ensinamentos e lições) para toda a humanidade.
Metatron tem 78 nomes hebraicos, todos baseados no nome de Deus (El). Alguns desses nomes são: Tatnadi`el, Apap´el, Zebuli´el, Sopri´el
Enoch, entre os fenícios, foi Cadmos, o criador da escrita. Era conhecido pelos egípcios como Thoth , o "Senhor da Magia e do tempo" e pelos gregos como Hermes , "mensageiro dos Deuses" , ele é mesmo lembrado na tradição Celta como o enigmático mago Merlim , que desaparece em uma macieira para a mítica Avalon , buscando o segredo da imortalidade e prometendo voltar.
Como aqueles que atingem a imortalidade, o segredo de como "podemos nos tornar Deuses", Thoth/ Enoch promete retornar no fim dos tempos "com as chaves dos portões das terras sagradas".
Nos Manuscritos do Mar Morto, revelando os livros apócrifos de Enoch removidos da Bíblia pelos líderes religiosos, Enoch descreve uma maravilhosa civilização no passado que usou mal as chaves do mais elevado conhecimento e foi incapaz de se salvar do último cataclismo. Figurativa e literalmente eles perderam "as chaves" e todo o alto conhecimento. E ainda, Enoch, ao longo de muitas tradições, mesmo a legenda Maia de Quetzacoatal, promete um retorno deste conhecimento no "Fim do Tempo", o fim do presente ciclo.
Enoque deixou-nos o Tarot, no qual se encerra toda a Sabedoria Divina. Este ficou escrito em pedra. Também nos deixou as 22 letras do alfabeto hebraico, além de muita sabedoria a ser revelada aos iniciados.
Este grande Mestre vive nos mundos superiores, no Mundo de Aziluth, um mundo de felicidade inconcebível, na Região de Kether.
A palavra grega PHOENIX, derivada da palavra egípcia PA-HANOK, significa "A Casa de Enoch". O conhecimento Enochiano sugere que mudanças cataclísmicas atuam regularmente como um agente evolucionário provocador, para apressar as formas de vida residentes na próxima fase evolutiva. A evolução humana pode continuar mais rapidamente do que se pensava anteriormente.
A tradição cabalística também conserva um grande número de gestas míticas vinculadas com o descenso à Terra das energias celestes, angélicas ou espirituais. Assim, na Cabala se acha com freqüência o nome de Metatron, que se identifica com o arcanjo Miguel, também chamado o “Príncipe das Milícias Celestes”.
A Cabala considera o Metatron como o princípio ativo e espiritual de Kether, a Unidade, que com as tropas divinas sob seu comando (as sefiroth de construção cósmica) empreendem a luta contra as potências do mal e das trevas (que constituem seu próprio reflexo escuro e invertido, as “cascas”, “escórias” ou Qliphoth) dissipando a dúvida e a ignorância no coração do homem, fecundando-o, simultaneamente a essa mesma ação, com a influência espiritual que transmitem.
Em algumas representações da iconografia cristã e Hermética pode se ver este combate mítico nas figuras do arcanjo Miguel e das hostes angélicas, lutando contra os demônios e Satã, o “príncipe deste mundo”, segundo a conhecida expressão evangélica.
Com o mesmo significado, mas a nível humano, encontramos o cavaleiro São Jorge combatendo o Dragão terrestre, símbolo das paixões inferiores e do “caos”.
Precisamente, a lança ou espada (símbolos do eixo) de São Jorge atravessando o corpo do monstro, sugere a “penetração” das idéias celestes, verticais e ordenadoras, em dito “caos”. Esta variante do mito é análoga à luta que o homem acomete na busca do Conhecimento, o que lhe dá a possibilidade de viver um processo mítico idêntico ao dessas mesmas energias cósmicas e telúricas, celestes e infernais, em permanente luta e conciliação.
Considerado desde o ponto de vista da Ciência esotérica – que tende a resolver os opostos e, portanto, exclui, por insuficientes, o simplesmente moral e sentimental, bem como as leituras demasiado literais das coisas, que estão incluídas no ponto de vista simplesmente religioso e exotérico – a “queda dos anjos” representa, ante tudo, um símbolo do descenso das influências espirituais no seio da própria vida e da natureza humana.
Certos anjos caíram acesos pelo amor que professavam às filhas dos homens às quais, diz-se, “encontraram formosas e belas”. De seu casamento, nasceram seres semidivinos (os antepassados míticos), que revelaram aos homens as ciências e as artes teúrgicas, mágicas e naturais, ou seja, todas aquelas disciplinas que, como já sabemos, integram os textos sagrados dos “Hermética” e do “Corpus Hermeticum”.
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