ESCOLHAS

[Roberto]

Na nossa vida cotidiana constantemente nos deparamos com oportunidades ou circunstâncias em que temos a liberdade de escolher entre uma ou mais opções. A escolha que fazemos molda o nosso caminho na vida. Cada escolha cria as condições das próximas opções que surgirão a nossa frente, ou seja, temos a liberdade de escolher, mas as opções atuais surgem devido as opções anteriores que fizemos.

O mundo sempre nos apresenta duas ou milhares de opções. O grande problema é que vivemos em um mundo obscuro, em vários sentidos, no que me refiro é o de que não temos uma visão clara e uma compreensão maior do que é melhor para nós no momento da decisão de escolher. Por isso o conselho de muitos mestres é: Siga o seu coração.

Não seja idiota. Quando um sábio lhe orienta a seguir o seu coração, ele não quer dizer o seu órgão físico, a sabedoria por trás destas palavras é de que você siga a sua própria divindade, a sua Divina Presença. Neste caso ocorre uma enorme dificuldade, como nós, seres humanos, tivemos a nossa queda, queda essa de consciência, ou seja, o nosso contato direto com a nossa Divindade está obscurecido, deturpado, obstruído. Esse obstáculo atrapalha, na maior parte das vezes, que consigamos captar intuitivamente o que é melhor para nós. Como não paramos para refletir, analisar os fatos em seus detalhes e somado a isso “ouvir” ou perceber nossa intuição sobre qual a melhor decisão a tomar, fazemos escolhas que nos geram sofrimento imediato e futuro.

A medida que sofremos nos tornamos mais amargos, agressivos e rebeldes. Rebeldes principalmente com a vida e para com Deus. No fundo queremos que todos os nossos desejos sejam realizados e que nossas escolhas nos tragam alegria, prazer, satisfação, paz e felicidade. Como a maior parte das nossas escolhas estão baseadas em ilusões. Ilusões porque não conseguimos perceber todos os fatos e circunstâncias que envolvem cada uma das opções e também por causa das projeções mentais que criamos. Projeções essas tais como: de que maneira e quando a nossa escolha se materializará, dentre todas as opções eu fiz a melhor escolha e do quanto ficaremos felizes quando isso se realizar.

E o que acontece conosco quando uma ou nenhuma dessas projeções se concretiza? Nós ficamos frustrados, chateados, depressivos, revoltados, raivosos e até furiosos.

Quando Buda chegou a conclusão de que A fonte do sofrimento é o desejo, ele deixou para nós um verdadeiro diamante de pura luz em forma de ensinamento. Mesmo que ele não tivesse ensinado mais nada em toda sua vida, só esse ensinamento já seria o suficiente para iluminar milhares de monges.

E para encerrar, pensem bem: todas as oportunidades ou opções que surgem hoje estão diretamente ligadas com as oportunidades e opções futuras.