Anjo de Luz

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A Umbanda e os Agentes da Disciplina Kármica — Origem,Científica e Real do Vocábulo Exu — Exu Cósmico — A Coroa da Encruzilhada — Os Exus e sua Hierarquia — Os Exus das Almas ou Manipuladores das Energias Livres — Os Agentes do Mal — Magos-Negros — A Kimbanda — O Submundo Astral — Zonas Abismais e Sub-abismais — Exu e seu Trabalho de Combate aos Emissários das Trevas — Magia dos Exus — A Oferenda Ritualística — Lei de Pemba — Triângulos Fluídicos e a Verdadeira Lei de Pemba ou Sinais Riscados dos Exus

Após a caída ou descida do Ser Espiritual do Reino Virginal ou universo astral, vários desses mesmos Seres Espirituais tornaram-se, através da revolta e insubmissão de que eram possuídos, marginais desgarrados de toda uma sistemática evolutiva. A esses Seres Espirituais foram dadas as zonas internas de todos os planetas similares à Terra, isto é, suas zonas subcrostais. Todos eles eram filhos da revolta, gênios do mal, insubmissos da própria deidade, sendo pois os "filhos do dragão". Muitos deles, quando se libertam das zonas condenadas, começam a orbitar na crosta de vários locus do universo. Logo, começam a se afinizar com vários Seres Espirituais que tornam-se pontes vivas de seus desejos e ações nefastas. Após a transformação (morte no Planeta Terra), os ditos pontes vivas vão engrossar a falange negra do ódio, do despeito e da insubmissão. Assim aconteceu em todos os locus do universo astral. Essa foi uma das formas que a Misericórdia Divina encontrou para reajustar seus filhos desgarrados, atraindo-os para as zonas mais superficiais, ao mesmo tempo que equilibrava e aferia os ditos pontes vivas, que também tornar-se-iam, agora de forma declarada, marginais do universo. Muitas e muitas vezes as hostes do dragão, habitantes das zonas condenadas do universo, até o dia em que se reequilibrarem vibratoriamente, tentarão invadir a superfície
cósmica, através das correntes mentais desequilibradas dos ditos marginais do Universo.
Mas sempre esbarrarão em verdadeira barreira cósmica, que como guardiã os impede de realizar esse intento. Dessa forma, simplificadamente, é que surgiu no universo astral, em todos os locus, o império das sombras e das trevas, que nada mais são que zonas de desequilíbrio e ignorância em que habitam os agentes da revolta e insubmissão, claro que temporárias, pois SÓ O BEM É ETERNO.
Dissemos que as zonas condenadas do Cosmo tinham verdadeiras barreiras vibratórias e também tinham, é claro, seus donos vibratórios, como Guardiães, enviados dos Orishas Superiores (vide Hierarquia
Espiritual). No sistema solar relativo ao planeta Terra, esses 7 Guardiães da Luz para as Sombras, através da misericórdia do Cristo Jesus, arrebanharam vários milhares, milhões de marginais e os colocaram na roda das reencarnações, visando restabelecer-lhes o equilíbrio de há muito perdido. Muitos deles, após reencarnarem dezenas de vezes, recuperaram esse equilíbrio, sendo logo atraídos ou chamados a trabalhar dentro da faixa vibratória afim aos 7 Guardiães da Luz para as Sombras, visando recuperar-se definitivamente perante as Leis Universais. Assim é que, das noites escuras da insubmissão e do erro, surgem no plano astral do planeta Terra, após passarem por verdadeira aurora renovadora e saneadora, atraídos que foram pelos 7 Guardiães da Luz para as Sombras, aqueles que seriam os agentes da justiça ou disciplina kármica — Exu, que firmou as suas
7 Espadas (poder e justiça) nas 7 Encruzilhadas, que são os caminhos de seu reino (os 7 Entrecruzamentos Vibratórios, ou as Linhas de Força, que se entrecruzam). Assim, surgiram no planeta Terra os Exus, legiões de Espíritos na fase de elementares,* isto é, Espíritos em evolução dentro de certas funções kármicas. O karma, como sabemos, tem reajustes e cobranças, essas são feitas pelos Exus, que assim fazendo cooperam para o equilíbrio da Lei, equilibrando também suas próprias necessidades perante essa mesma Lei. Essas legiões de Espíritos ditos elementares (pois são básicos dentro da Lei de Evolução ou da Lei Kármica) se agrupam em falanges, subfalanges, grupos, subgrupos e colunas. Operam, é claro, mais nos serviços terra-aterra, dentro da justa relação imposta pelo karma coletivo, grupai e individual. Os Espíritos que coordenam todo esse movimento de plano a plano, além dos seus subplanos da kimbanda, são os cabeças grandes ou cabeças de legião, que são os realmente qualificados como EXUS, uma espécie de polícia de choque que fiscaliza e frena o submundo astral. Como estamos vendo e ainda veremos, os Exus não são, como muitos querem, Espíritos irresponsáveis, maus, diabólicos ou trevosos.
* Não confundamos Elementares, Espíritos que estagiam nos reinos da Natureza, com os Exus Elementares, assim ditos dentro da Hierarquia da Corrente Astral de Umbanda.
Os verdadeiros maus e trevosos são aqueles a quem eles arrebanham, controlam e frenam.
Com isso, não estamos afirmando que Exu só faça o bem, segundo o conceito corrente de bem. Exu, na verdade, está acima do conceito do bem e do mal, porém ligado ao conceito de JUSTIÇA. Assim, o bem e o mal são condições necessárias ao seu próprio aprendizado e equilíbrio perante as Leis Cósmicas. Esses são aspectos que eles enfrentam, quer para um lado, quer para o outro, desde que isso entre na órbita de suas funções kármicas, pois nunca fazem nada por conta própria.
São sempre mandados a operar ou intervir em certos reajustes, cobranças, etc. E bom que se entenda que nada se processa de cima para baixo por acaso, como se um reajuste, uma cobrança, ou melhor, uma ação de equilíbrio kármico fosse uma coisa espontânea, sem direção, sem controle, sem Leis Reguladoras.
Ora, se há leis e subleis para tudo, como não haveriam de existir os veículos apropriados, nas suas
variações de equilíbrio? É dentro dessas condições que operam os Exus; aparentemente prestam-se aos trabalhos de ordem inferior, porém necessários, porque tudo tem seus paralelos e veículos executores.
O Filho de Fé atento deve estar observando que as funções de Exu são de importância vital para o karma coletivo, grupai e individual, não podendo ser Exu, portanto, um Ser Espiritual trevoso, agente do mal.
Ao contrário, é ele um Ser Espiritual com responsabilidades definidas perante o contexto da Lei
Kármica, executor fiel das ordenações de cima para baixo, emissário executor da luz para as sombras e dessas para as trevas. Exu, até em muitos e muitos casos, é responsável pelo reencarne e desencarne aqui no planeta Terra, técnico que é nesse mister.
Mais adiante, veremos como atua principalmente no campo vibratório das energias livres.
Antes, porém, não poderemos progredir em nossos apontamentos se não fizermos algumas
alusões necessárias sobre a origem do termo Exu.
O vocábulo Exu é originário da possante Raça Vermelha, surgindo há milhares de anos, no seio
dessa poderosa Raça Raiz, em pleno solo brasileiro.
No Abanheenga e mesmo no Nheengatu, vamos encontrar o termo Essuiá.
Por alterações fonéticas, semânticas e fiiológicas, chegamos ao termo ou vocábulo Essu, que significava o que vinha à frente ou o lado oposto. Sim, ainda hoje, Exu é o agente da magia ou da execução kármica e é o GUARDIÃO DA KIMBANDA ou do LADO OPOSTO.
Claro está que o vocábulo Exu é recente, pois primitivamente era Essuiá. Como Exu tem os mesmos atributos e qualificativos de Essuiá, foi o mesmo preservado no seio da coletividade umbandista e mesmo na cultura africana, em especial a Yoruba. Assim, procuramos a origem do termo Exu e fomos buscá-la quando os continentes americanos e africanos eram um só, tanto na Lemúria como na Atlântida. É aí, nessa gloriosa civilização, em épocas que se perdem nas noites dos tempos, que encontramos o vocábulo Essuiá ou Essu, como muitas Entidades Espirituais militantes na
Corrente Astral de Umbanda vêm afirmando quando têm oportunidade, por intermédio de seus médiuns.
Muitos Filhos da Terra, arrivistas, dirão que o vocábulo é de origem africana! Ora, os africanos
ocidentais, em especial os nagôs (yorubas), receberam do povo Etíope, que era originário de
ramos populacionais da Atlântida, o vocábulo Exud, que já era corruptela de Essu, que os Yorubanos, devido a sua língua tonai, fonetizaram como EXU.
Na Ásia, na Índia Pré-Védica, tivemos um príncipe, de nome Irshu, filho do Imperador Ugra, o qual
pregava o princípio espiritual, ao contrário de seu filho Irshu, que pregava o princípio natural de todas as coisas. O princípio espiritual identificava a chamada Ordem Dórica. O princípio natural identificava a chamada Ordem Yônica. Nessa época, mais ou menos há 6.000 anos, foi que tivemos ainda mais as inversões dos valores espirituais, morais, esotéricos, etc. Tivemos, na verdade, a dissolução do que restara do princípio espiritual, o qual era transmitido por patriarcas ou magos brancos. Após, em poucas palavras, tentamos recordar os dias negros do Cisma de Irshu, que
também emprestou o vocábulo para o agente da justiça kármica (Exu). Ainda queremos ressalvar que a força do termo Essuiá não se apagou, pois quando os Filhos-de-Terreiro, hoje em dia, vão "salvar" Exu, pronunciam EXU-RIÁ..., que é termo deturpado de Essuiá. Após esse esclarecimento, seguindo avante em nossos apontamentos, vejamos como o guardião da Luz, no Movimento Umbandista, estruturou a dita Coroa da Encruzilhada. Os 7 Orishas estenderam aos seus Guardiães da Luz para as Sombras o comando das ações, das cobranças e reajustes kármicos.
Esses, por sua vez, arrebanharam logo que puderam aqueles que foram marginais do universo, agora regenerados e necessitando de complementação nas suas fichas kármicas e que, após esse complemento ou reajuste, se libertariam da função kármica de atuarem como EXU. Assim, as 7 Entidades ditas Exus Cabeças de Legião são: EXU 7 ENCRUZILHADAS, EXU TRANCA-RUAS, EXU MARABÔ, EXU GIRAMUNDO, EXU PINGA-FOGO, EXU TIRIRI e EXU POMBA-GIRA. Esses Exus denominados Coroados, formam a Coroa da Encruzilhada. São coroados pois
são os mais elevados dentro da Hierarquia dos Exus, ou componentes da Cúpula dos Exus, ditos
guardiães. Receberam a coroa do compromisso de serem os Agentes da Justiça Kármica e Agentes da Magia Cósmica.
Os 7 Exus Guardiães Cabeças de Legião comandam um verdadeiro exército, dividido em
planos, subplanos, grupos, subgrupos e colunas. Na verdade, a Coroa da Encruzilhada é formada por 49 Exus, os quais se dividem ou entrosam dentro das 7 Vibrações Originais ou 7 Linhas. Vejamos como se formou a Coroa da Encruzilhada desde os primeiros tempos. No capítulo referente às 7 Vibrações Originais, falamos sobre a função kármica do Orisha Ogum.
Dissemos que o mesmo, como guerreiro cósmico, como pacificador, tinha arrebanhado muitas criaturas espirituais, visando incrementar-lhes a evolução e o progresso espiritual. Trouxe para o
planeta Terra, sob a supervisão e decisão amorosa do CRISTO JESUS, os desgarrados e marginais do universo, sendo Exu seu batedor cósmico. Os 7 Exus ou Executores da Lei Kármica em suas paralelas passivas (cobranças relativas às causas e efeitos já construídos pelas ações negativas, precipitando o retorno e o choque) abriram os caminhos para essas almas insubmissas chegarem
(após passarem por vários locus, inclusive os planos ditos Elementares, nos sítios vibratórios do planeta Terra, como os reinos mineral, vegetal, animal e os superiores pré-hominais) ao planeta através da encarnação e sua odisséia na roda reencarnatória.
Assim é que os 7 Exus citados estendem suas vibrações aos 7 Exus Cabeças de Legião, em cada
Vibração Original. Assim, vejamos quem são os 49 Exus que estão debaixo da vibratória dos 7 Exus Batedores Cósmicos ou Exus Cósmicos, isto é, que estão isentando-se dessa função kármica. São os Exus de 3º ciclo ou de Libertação, pois há os de 2º ciclo e os de 1º ciclo.
Os 7 Exus Cósmicos são: EXU 7 ENCRUZILHADAS — serventia direta de ORIXALÁ;
EXU TRANCA-RUAS — serventia direta de OGUM;
EXU MARABÔ — serventia direta de OXOSSI;
EXU GIRA-MUNDO —serventia direta de XANGÔ;
EXU PINGA-FOGO —serventia direta de YORIMÁ;
EXU TIRIRI —serventia direta de YORI;
EXU POMBA-GIRA —serventia direta de YEMANJÁ.
Cada um desses Chefes coordena mais 7 Chefes de Legião, os ditos Exus de Lei ou Exus Guardiães. Dentro de cada Linha, um deles, o primeiro, está diretamente ligado
ao Exu Cósmico. Assim estamos dando a HIERARQUIA CÓSMICA DO AGENTE MÁGICO E DA JUSTIÇA KÁRMICA.


CONTINUAÇÃO DA II PARTE DO ESTUDO DOS EXUS:


ORGANOGRAMA DA HIERARQUIA DOS EXUS CABEÇAS DE LEGIÃO

VIBRAÇÃO ORIGINAL DE ORIXALÁ EXU CÓSMICO DE ORIXALÁ — 7 ENCRUZILHADAS
1. EXU GUARDIÃO 7 ENCRUZILHADAS
2. EXU GUARDIÃO 7 PEMBAS
3. EXU GUARDIÃO 7 VENTANIAS
4. EXU GUARDIÃO 7 POEIRAS
5. EXU GUARDIÃO 7 CHAVES
6. EXU GUARDIÃO 7 CAPAS
7. EXU GUARDIÃO 7 CRUZES

VIBRAÇÃO ORIGINAL DE OGUM EXU CÓSMICO DE OGUM — TRANCA-RUAS
1. EXU GUARDIÃO TRANCA-RUAS
2. EXU GUARDIÃO TRANCA-GIRA
3. EXU GUARDIÃO TIRA-TOCO
4. EXU GUARDIÃO TIRA-TEIMAS
5. EXU GUARDIÃO LIMPA-TRILHOS
6. EXU GUARDIÃO VELUDO
7. EXU GUARDIÃO PORTEIRA
VIBRAÇÃO ORIGINAL DE OXOSSI - EXU CÓSMICO DE OXOSSI — MARABÔ
1. EXU GUARDIÃO MARABÔ
2. EXU GUARDIÃO DAS MATAS
3. EXU GUARDIÃO CAMPINA
4. EXU GUARDIÃO CAPA-PRETA
5. EXU GUARDIÃO PEMBA
6. EXU GUARDIÃO LONAN
7. EXU GUARDIÃO BAURU
VIBRAÇÃO ORIGINAL DE XANGÔ EXU CÓSMICO DE XANGÔ — GIRA-MUNDO
1. EXU GUARDIÃO GIRA-MUNDO
2. EXU GUARDIÃO DA PEDREIRA
3. EXU GUARDIÃO CORCUNDA
4. EXU GUARDIÃO VENTANIA
5. EXU GUARDIÃO MEIA-NOITE
6. EXU GUARDIÃO MANGUEIRA
7. EXU GUARDIÃO QUEBRA-PEDRA
VIBRAÇÃO ORIGINAL DE YORIMÁ EXU CÓSMICO DE YORIMÁ — PINGA-FOGO
1. EXU GUARDIÃO PINGA-FOGO
2. EXU GUARDIÃO BRASA
3. EXU GUARDIÃO COME-FOGO
4. EXU GUARDIÃO ALEBÁ
5. EXU GUARDIÃO BARA
6. EXU GUARDIÃO LODO
7. EXU GUARDIÃO CAVEIRA
VIBRAÇÃO ORIGINAL DE YORI EXU CÓSMICO DE YORI — TIRIRI
1. EXU GUARDIÃO TIRIRI
2. EXU GUARDIÃO MIRIM
3. EXU GUARDIÃO TOQUINHO
4. EXU GUARDIÃO GANGA
5. EXU GUARDIÃO LALU
6. EXU GUARDIÃO VELUDINHO DA MEIA-NOITE
7. EXU GUARDIÃO MANGUINHO
VIBRAÇÃO ORIGINAL DE YEMANJÁ EXU CÓSMICO DE YEMANJÁ — POMBA-GIRA
1. EXU GUARDIÃO POMBA-GIRA
2. EXU GUARDIÃO DO MAR
3. EXU GUARDIÃO MARÉ
4. EXU GUARDIÃO MÁ CANGIRA
5. EXU GUARDIÃO CARANGOLA
6. EXU GUARDIÃO GERERÊ
7. EXU GUARDIÃO NANGUÊ

Após darmos os nomes dos 49 Exus Chefes de Legião — ou Cabeças de Legião — devemos
entender que os mesmos são chamados, como vimos, de EXUS de 32 Ciclo ou de Libertação dessa função.
Cada um desses 49 Exus comanda verdadeiros exércitos, que têm seus comandantes, subcomandantes, chefes, subchefes, etc.
Não daremos a Numerologia dos Exus em virtude da mesma ser igual à do Plano da Umbanda. Assim, afirmamos: "o que está embaixo é semelhante ao que está em cima." Assim, os Exus de 32 ciclo compõemse, segundo a Hierarquia, como Exus dos Orishas, Guias e Protetores. Todos esses Exus são ditos Exus de Lei ou mesmo coroados, batizados, estrelados e mesmo cruzados, de acordo com a função que ocupam dentro da Legião a que pertençam. Após essa ligeira elucidação, recordemos:
A Umbanda, em sua doutrina secreta ou esotérica, tem como pedra angular sobre o Plano Oposto ou
Kimbanda, que 7 são os Exus que compõem a chamada Coroa da Encruzilhada ou a Cúpula dos
Exus Guardiães. Já vimos que Exu é um agente executor da justiça kármica em nosso planeta.
São esses Exus Guardiães uma verdadeira polícia de choque, encarregada de frenar os elementos do
submundo astral ou baixo astral e de executar a Lei Kármica perante os Seres Espirituais. É o Exu
Guardião, portanto, um Ser Espiritual situado além dos conceitos do Bem ou Mal, mas ligado ao conceito da Justiça e sua execução. Quando falamos encruzilhada, entenda-se os entrecruzamentos
vibratórios das linhas de força ou correntes dementais da natureza, onde os Exus são chamados a atuar, manipulando-as para diversos fins. No sentido popular, passaram a ser as encruzilhadas, caminhos que se cruzam, nas quais é comum vermos certas oferendas aos vulgarmente chamados compadres, homens da encruza ou outros tantos nomes que qualificam e demonstram o grau de entendimento das humanas criaturas afins a essas práticas.
Dentro da Hierarquia desses agentes mágicos que estão dentro de uma função kármica definida,
disciplinar e em sua fase final ou de libertação, há os Exus Coroados, que estendem seu comando aos Exus Batizados ou Estrelados e esses, por sua vez, comandam os Exus Cruzados. Os citados Exus são intermediários ou emissários da luz para as sombras, onde se subdividem em 3 Ciclos, de onde promovem comandos, subcomandos, chefia e subchefias, através das legiões, falanges, grupos e colunas.
Das sombras para as trevas há os Exus pagãos (1º ciclo), os quais arrebanham os kiumbas, rabos de
encruza e toda sorte de almas aflitas, penadas, desesperadas e revoltadas.
Bem, após essa revisão, que achamos necessária para não perdermos o conceito global sobre Exu e
suas funções, vamos entender um conceito deveras arraigado no Movimento Umbandista em sua grande maioria, sobre os ditos Exus das Almas. O que seriam, em verdade, se é que existem, os ditos Exus das Almas?
Sem grandes elucubrações, mas de forma simples, objetiva e real, tentemos responder, visando
esclarecer muitos Filhos de Fé que ainda não têm um conceito formado sobre os ditos Exus das Almas. Emverdade, os Exus das Almas existem e trabalham também dentro de funções kármicas bem definidas, não sendo, como muitos querem, emissários de OMULUM que é considerado, sem nenhum fundamento, como o dono dos cemitérios ou o SENHOR DA MORTE.
Não estamos com isso afirmando que não existam os Exus que atuam na órbita dos cemitérios. Claro que eles existem, mas não no sentido que muitos querem lhes atribuir, algo que veremos logo mais, quando falarmos sobre o submundo astral. Bem, os Exus das Almas são aqueles que trabalham ou manipulam as energias livres (Exus de 2º Ciclo). Como energias livres,
entendemos toda transformação de matéria em que há liberação de energia. A matéria física,
transformando-se em matéria astral, libera energia física ou produz resquício de energia. A morte física, ao liberar o corpo astral do corpo físico denso e do etérico, libera energia, sendo que essas energias, se não forem transformadas ou armazenadas, serão utilizadas por Entidades malfazejas, nas mais diversas formas. Muitos Espíritos desencarnados andam em busca de sensações e energias livres que lhes sustentem seus desejos e objetivos escusos. São como verdadeiros vampiros; aliás, são Espíritos vampiros, de aspecto horripilante, que aterrorizam várias criaturas não acostumadas com suas infelizes manifestações... Esses Seres Espirituais estão sempre próximos dos cemitérios ou dentro deles, ou nos matadouros, nos açougues, nas tão habituais churrascarias, nas casas de prostituição, nas casas noturnas onde há vários vícios, tais como tóxicos, álcool e exacerbação da luxúria etc. Não fica difícil também perceber que nas encruzilhadas de ruas, onde há uma profusão de correntes mentais as mais disformes possíveis, coaguladas e condensadas, eles também orbitam, em busca de satisfazer seus desejos e necessidades mórbidas. Eis, pois, uma real interdição de se fazer as oferendas ritualísticas a Exu Guardião nessas encruzilhadas de ruas, onde passam
transeuntes de todos os matizes e estirpes espirituais, sejam carnados ou desencarnados.
É por isso que muitas Entidades chamam essas encruzilhadas de ruas de portas cruzadas.
Sim, são verdadeiras "portas", tanto de entrada como de saída, para as mais baixas regiões do submundo astral e mesmo para as regiões mais baixas e grosseiras do túnel de triagem, já em
plena zona de transição com o baixo mundo astral.
São também essas encruzilhadas de ruas, portas que se abrem ao que há de mais escuso em forças e Seres Espirituais que orbitam nos cemitérios. Esses Seres Espirituais que orbitam nas encruzilhadas de ruas são os chamados Kiumbas, que estão a mando de verdadeiros magos-negros que se encontram em suas cavernas ou em seus reinos de feitiçaria e de bruxaria, nas covas ou cavernas de zonas subcrostais, como veremos logo mais. Esses kiumbas, Espíritos velhacos e trapalhões, verdadeiros marginais, arrebanham as almas penadas, aflitas e desesperadas, as quais vão engrossar a falange maldita do ódio e da revolta, são coordenadas por verdadeiros magos negros, gênios das trevas, filhos da insubmissão e da revolta, os quais mantêm verdadeiros exércitos de marginais de todos os estigmas e que, vez por outra, atacam as humanas criaturas que com eles se sintonizam ou se afinizam, através dos mesmos sentimentos, desejos e ações nefastas. É contra esse estado de coisas e fazendo oposição a esses Seres que atuam os EXUS DAS ALMAS, comandados pelos
EXUS DE LEI. Os Exus de Lei estendem seu comando e vibratória a esses Exus, os quais são
denominados cruzados. São pois chamados "das almas" em virtude de lidarem com as almas e suas
emanações. Todos esses Exus são valorosos Guardiões das Sombras para as Trevas, sendo
muitos deles chamados de AGENTES DO EXU CAVEIRA* que na verdade é um Exu de Lei que
comanda todos os Exus das Almas, sendo um de seus auxiliares avançados o Exu Tranca-Ruas das Almas, o qual é elo de ligação entre a Encruzilhada de Lei (os Entrecruzamentos Vibratórios dos Orishas) e o Campo do Pó (os Entrecruzamentos Vibratórios Humanos das correntes de pensamentos pesados, que orbitam invariavelmente no campo do pó ou cemitério).
E pois completamente errôneo atribuir-se ao Exu Caveira certos trabalhos de magia negra feitos nos cemitérios. O que ocorre é que seus subplanos, vez por outra, são subornados. Sim, há suborno e deixam "passar em branco", ou até ajudam, determinados magos-negros desencarnados e mesmo encarnados em seus trabalhos maléficos feitos com as energias livres e deletérias dos cemitérios, manipuladas e endereçadas por esses caudas de subgrupos (lº Ciclo), os quais, quando são pilhados, são enviados a certas "zonas do astral inferior", onde estacionam através de profundos transes hipnóticos, através de efeitos mágicos promovidos pelos comandantes do exército do Exu Caveira, os quais lhes manipulam a tela mental visando equilibrar-lhes emoções e sentimentos. Isso, às vezes, pode demorar séculos.
Como vemos, nada fácil e nada de irresponsável tem o trabalho ou função do Exu Caveira e sua corrente.
Também aproveitamos a ocasião para afirmamos queo Exu Caveira raramente se apresenta à clarividência e quando o faz não é na forma de esqueleto ou caveira. Seus enviados por baixo, os seus "criados", esses sim podem se apresentar como esbranquiçados e macilentos ou encapuzados, percebendo-se nitidamente as 2 órbitas oculares vazias. Não obstante serem Espíritos muito endividados, estão cumprindo sua parte, e estão na senda da reabilitação, claro que tudo na dependência de suas vontades e desejos, que são frenados e fiscalizados. Mas aí, como em
qualquer locus, há o livre-arbítrio (nessas regiões, às vezes, o livre-arbítrio é relativíssimo e quase nulo). Salve pois o trabalho desse GRANDE AGENTE DA MAGIA DAS ENERGIAS LIVRES, pelo seu trabalho incansável, há milênios, em favor da melhoria do planeta, reajustando as almas insubmissas e ignorantes e aparando arestas do submundo astral, onde, através dele e seus comandados, atua a Misericórdia Divina.
Falando sobre os Exus e suas funções, não podemos deixar de citar que quem pratica as ações
maléficas, como gênios do mal, não são os Exus de Lei, mas sim os marginais do astral, os quais são combatidos e frenados pelos verdadeiros Exus.
Assim, carecem de maiores fundamentos os Filhos de Fé que os evocam para serem veículos de choques contundentes ou correntes maléficas que pretendam atingir outro Ser Espiritual, visando seu malefício.
Quem em verdade recebe os ebós como carnes sangrentas, regadas a álcool ou outra qualquer bebida excitante, nas encruzilhadas de ruas e mesmo na "kalunga pequena" (cemitério), não são os
verdadeiros Exus de Lei, e sim os Exus Pagãos e os Kiumbas, ambos "linhas de frente" dos magos negros, que de suas cavernas ou covas subcrostais os comandam nas mais baixas correntes mágicas (magia negra) ou mesmo nas correntes de atritos e perseguições a quem eles querem deleteriamente
atingir, ou ainda aos Filhos de Fé que com eles se afinizem ou se sintonizem. São esses exus pagãos e rabos de encruzas que, quando pilhados pelos verdadeiros exus de lei, são disciplinados em
verdadeiro "cárcere astral" que os impede de reencarnar, pois eles estão sedentos das sensações
humanas que ainda precisam esgotar. Em obediência à Lei Kármica, Exu não lhes vincula o "passe
reencarnatório", algo que os atormenta, levando-os às vezes, a verdadeira alienação mental, com completa deterioração de sua constituição astral, podendo assim permanecerem, em estado de latência, vários séculos. Como vínhamos falando, são esses marginais do astral e seus comandantes, os magos-negros, que se comprazem em fazer o mal e atender aos baixos desejos ou paixões desenfreadas das humanas * Nota do médium — A pedido do Sr. 7 Espadas — Não obstante o Exu Caveira ser um guardião de Lei, com funções definidas, suas Correntes de ação são pesadíssimas. Não é, pois, aconselhável evocá-lo, a não ser por intermédio de uma Entidade Superior (Caboclo,
Preto-Velho) que sabe como fazê-lo, ou por um médium-magista de fato e de direito. Com isto apuramos que também não se deve evocar os Exus de sua faixa, principalmente de seus subplanos, tais como Exu Cruzeiro, Exu Kalunga, Exu 7 Catacumbas, Exu Tridente e outros,
sem o devido conhecimento e a devida oportunidade.
criaturas, não os Exus de Lei, que têm funções kármicas até no reencarne, em seus aspectos técnicos
ou de execução...
Após essas ligeiras explicações que se faziam necessárias, descreveremos agora como são as zonas
subcrostais onde habitam os magos-negros, Seres Espirituais encarcerados no mal deliberado,
juntamente com seus verdadeiros "escravos", para que muitos Filhos de Fé possam melhor entender as funções kármicas do Exu Guardião ou Exu de Lei, aprendendo então a distinguir o verdadeiro Exu de Lei daqueles que querem se passar por eles, mas que realmente são Filhos das Trevas, com suas miopias espirituais e outras distorções conscienciais. Assim, Filho de Fé, para seu aprendizado, desçamos às zonas subcrostais, onde almas insubmissas nas trevas exteriores e interiores situam-se após a morte física, podendo aí permanecer séculos, milênios!
Respeitosamente, com agô do CORDEIRO DIVINO, penetremos desde o túnel da triagem até as zonas abismais, já na esfera subcrostal do planeta Terra.
No plano astral, em sua zona de transição, encontra o Ser Espiritual que desencarna no planeta
Terra, salvo raríssimas exceções, o túnel da triagem e, após período relativo de permanência nesse lócus astral, tudo na dependência individual do Ser Espiritual, é ele enviado ao seu plano afim. Como dissemos, todos são reconhecidos pela cor de seus auras, que como cartão de visita, identifica o Ser Espiritual desencarnado. Nessa zona ou túnel de triagem vibratória há "postos avançados" de todos os planos ou zonas do astral superior, os quais albergam por tempo determinado seus habitantes, até que os mesmos estejam, após rastreamento vibratório e até mesmo processos de descorticação do corpo etérico, feitos por técnicos nesse mister, completamente livres
e desimpregnados das últimas influências do corpo físico denso e etérico. Claro que os corpos mental e astral passam por rigorosa inspeção, sendo que muitos saem desses postos avançados para zonas de recuperação, e farão uma estadia em verdadeira Estação de Luz, idêntica em funções àquelas que, aqui por baixo, chamamos de "estação de águas", onde pessoas vão convalescer dos mais variados males. Mostramos o que acontece, após o desencarne, com o Ser Espiritual de consciência limpa e tranqüila, que na medida do possível não contraiu grandes débitos perante a Lei Kármica, o que não é comum observarmos, pois como todos sabem, há Seres Espirituais que se encontram presos aos seus despojos físicos em pleno túmulo, sentindo todos os processos da decomposição orgânica, ficando completamente aterrorizados com seus próprios espectros. Assustam-se com seus próprios fantasmas!... Um dia eles se libertarão, e para se orientarem quanto ao caminho a seguir, chegarão ao túnel da triagem, de onde serão enviados aos seus locus afins. Como os Filhos de Fé devem imaginar, o túnel de triagem é realmente um local muito movimentado. Milhares de Seres Espirituais, em período integral, são atendidos pelos responsáveis e toda sua gama de prepostos. Fica claro que quem comanda essa zona são os Exus Guardiões
de altíssimo grau hierárquico. Há também, em pleno túnel de triagem, zonas ou "portas vibratórias" de acesso a várias regiões, tanto para o Astral Superior como para o astral inferior e daí às cavernas do submundo astral, das zonas abismais e subabismais. Em todas essas portas vibratórias que dão acesso aos planos afins há verdadeiros guardiões, com todo o suporte vibratório-magnético que até contunde e fustiga corpos astrais embrutecidos, impedindo a entrada e a saída sem o "passe". Quando digo porta vibratória, quero dizer uma região de acesso, que é mantida toda magnetizada e guardada pelo Guardião Superior (Exu de Lei), com toda sua falange fiscalizadora. Realmente, são fronteiras vibratórias, tal como aqui no plano físico denso, ninguém cruza sem seu passe ou passaporte.
Após ligeiras noções sobre o túnel de triagem vibratória, atravessemos uma das "portas vibratórias"
de acesso ao submundo astral. Desespero, dor, revolta e angústia nos aguardam!
A medida que formos descendo e revelando os abismos e sub-abismos, novos e indescritíveis quadros nos deparam, onde surgem Seres encarcerados no mal e na revolta, cujos corpos astrais exibem aspectos horripilantes e muitas vezes nauseabundos aos menos acostumados a essas descidas. Muitos, com aspectos disformes, que só de longe lembram-nos que foram humanos,
degradaram-se pela permanência no mal, não possuindo às vezes nem Corpo Astral.
É como se tivessem tido uma "segunda morte". Perderam o controle da mente consciente e caminham em descida vertiginosa para os mais recuados abismos e subabismos, onde estão ou vão cumprir penas impostas pela prática do mal nas suas várias reencamações.
Após esse alerta, respeitosamente, entremos no mundo das TREVAS e dos infelizes, embora vivam em total desatino, achando-se senhores totipotentes e melhores que qualquer outro Ser do universo. Um dia eles despertarão; aguardemos o sábio tempo, ele é o grande mestre...
Antes de iniciarmos a descida, passamos por guardiães dessas zonas e, com seus avais e assistência, começamos a descida.
*A primeira camada, aparentemente compacta, é para nós, Seres desencarnados, como se fosse uma
poeira, sendo-nos válida a assertiva dos nobres cientistas terrenos, quando dizem que a matéria é
vazia. Assim, reafirmamos que essa 1- zona subcrostal, estendendo-se por quilômetros para baixo
da superfície, se apresenta como matéria não densificada, claro que isso para o Ser astralizado, ou
seja, que não tenha corpo físico denso. Essa zona é insólita e insalubre, apresentando vez por outra
cavernas e tendo luz mortuária. E uma paisagem realmente desoladora, própria daqueles que vivem
alienados de si mesmos, não cogitando de melhoras interiores, tal qual o meio exterior em que vivem. Os Seres Espirituais dessa zona são caracterizados pela inconsciência própria das almas endividadas e culpadas. A segunda região é montanhosa. São regiões extremamente escuras. As montanhas e encostas são completamente úmidas, viscosas, mais parecendo emanar uma secreção pútrida, própria de região trevosa. Descendo as montanhas, vêem-se verdadeiros paredões de quilômetros de profundidade. Vez por outra o silêncio é quebrado por gemidos ou mesmo alguns risos sarcásticos, como os de alguém que houvesse enlouquecido.
Nessa zona os Seres não têm olhos. E para que precisariam de olhos, se nada enxergam?
Muitos estão rastejando pelo chão, como vermes e, como tais, muitos se encontram com suas
mentes completamente alienadas e despedaçadas.
A par desses Seres, há outros que mais lembram batráquios e répteis. Sim, Filhos de Fé, há Seres
Espirituais que desceram tanto, que deterioraram a forma do corpo astral, tornando sua morfologia
parecida com determinados seres do reino animal.
Em outras palavras, estamos dizendo que eles se "animalizaram". Quanto mais instintivos foram, mais se aproximaram dos animais que lhes dizem respeito.
Para não fugir à caridade e por comiseração, não diremos porque assim se encontram, restando saber que essas zonas de tristeza e de penas não são eternas; são meios de que se vale a Lei para, através do mal e seus efeitos, curar aqueles que o praticaram. Nessa zona, confundem-se vários Seres Espirituais com corpo astral totalmente adulterado, como verdadeiros animais.
Assim, há desde os vermes até monstruosos antropóides, aves de rapina, peixes etc.
As almas caídas sucumbiram, vítimas de si mesmas, no processo animal, nos diversos philos, até chegarem ao unicelular, onde a mente fica obliterada, como se houvesse uma total fragmentação e ficam hibernando em estágios pré-humanos. E triste para este Caboclo apontar tal cenário do submundo, mas ele existe e é necessário que falemos sobre o mesmo, pois sabemos que, na dependência da corrente de pensamentos ou mesmo de atos menos felizes, muitos Filhos de Fé
encarnados no planeta, não raras vezes, se sintonizam com essa "zona condenada", onde há o choro e o ranger de dentes. E por isso que, em se tratando de muitas doenças, a medicina terrena não consegue explicar sua etiologia e menos ainda os processos terapêuticos. É dessas zonas condenadas que muitos Filhos de Fé, por sintonia, atraem, através de corrente sugadora, essas estranhas moléstias.
Vamos descer ainda mais, lembrando que a cada 33 metros, aproximadamente, a temperatura aumenta (vide Capítulo V).
** Entremos nas zonas abismais, nos abismos e sub-abismos, com suas verdadeiras covas. É bom que não nos esqueçamos que em todas essas zonas há os guardiões afins, todos é claro a mando dos exus guardiões. Frenam, encarceram e fiscalizam o submundo astral, impedindo o assalto de Seres mais satanizados que se localizam em zonas mais internas.
** Nota do médium — Na portentosa obra Umbanda e o Poder da Mediunidade, de W. W. da Matta e Silva (Pai Matta), encontraremos uma descrição similar, o mesmo acontecendo no livro
O Abismo. Como vimos, a verdade é uma só.
Nessa zona, temos almas há milênios encarceradas no mal, que desviadas se encontram das Leis
Divinas. Aí encontraremos Seres que se "vegetalizaram" ou se "mineralizaram". São verdadeiros homens-plantas e homens-pedras. Assim estão, pois se precipitaram em atos que os fazem
viver de forma "vegetal", vivendo aprisionados no que poderia se chamar de inércia aparente. São
corações endurecidos que foram caindo, caindo até atingir a inconsciência. Começaram a percorrer para trás a escala da evolução. Irão até o mineral e descerão um pouco mais. Nessa ocasião, poderão sofrer uma espécie de "explosão atômica" que desagregará o próprio Ser. Claro que desintegrará as células do corpo astral, sendo que a consciência, que constitui o verdadeiro Ser Eterno, não se desagrega, mas volta a um estado de tão grande alheamento que é como se ali não existisse um Ser dotado de possibilidades espirituais perfectíveis. É certo que um dia retornará, através da viagem de volta, como quem, cansado da permanência no quase nada, reiniciasse a conquista de si mesmo.
Há no universo correntes de vida que arrastarão para cima ou para baixo, para dentro ou
para fora, para o ser ou para o não ser! Assim, Filho de Fé, evoluir é conquistar o conhecimento de si próprio, elevando-se aos patamares superiores da CONSCIÊNCIA!
Desçamos mais, indo ao encontro do centro da Terra, onde há o comando do Reino do Mal, dos
insubmissos e revoltados. Embora o núcleo da Terra seja incandescente, do ponto de vista astral, nessa região, há locus de enregelar, tão distantes se encontram esses locais da ação do Sol.
Antes de prosseguirmos, queremos ressaltar que, quando dizemos Reino do Mal e dos insubmissos, não estamos querendo dizer de um estado permanente. O Mal, como sabemos, é a ausência, no tempo-espaço, do Bem. O mal é apenas resultado da inconsciência das criaturas. Assim, as Falanges do Mal vivem e existem dando cumprimento à própria Lei Maior. Um dia, a força da mesma Lei os arrastará de novo à superfície para sofrer por sua vez e viver.
Esses são os EMISSÁRIOS DO DRAGÃO, símbolo das forças do mal, insubmissos aos poderes
do CORDEIRO DIVINO. Há sempre, no fundo da Terra, um ser-dragão que domina o reino dos
dragões. Isso não é somente no planeta Terra; em todos os mundos de vibração semelhante à da Terra, existem os Emissários ou Filhos do Dragão, ou seja, aqueles que não aceitam as Leis Divinas e só evoluem sob a força compulsória dessa mesma Lei. São Seres terríveis, perversas Entidades que governam essa zona com intensa crueldade. Incapazes de cumprir as Leis Divinas, organizam-se para o mal. Escravizam e fazem sofrer quem por lá habita. Essa região é o verdadeiro império do dragão, com toda sua corte de malfeitores universais milenares. Mesmo assim, os Emissários da Luz podem, não todos, é claro, descer a essas zonas ou império do dragão, apenas para fiscalizar ou para aprendizado. Nessa zona, não interferimos com as humanas criaturas, tanto as que se comprazem de sua situação quanto as revoltadas e infelizes que são as escravas dessa zona. O que há, vez por outra, é o "fogo purificador" que desce a essas zonas trevosas, visando libertar alguns
"escravos" já conscientes de seus erros milenares e que já reconhecem que só o Bem é o caminho para a LIBERTAÇÃO. Essa descida é feita diretamente pelo Comandante da Coroa da Encruzilhada, com agô dos 7 Exus Cósmicos e com a devida autorização dos Planos da Luz. Fora essas esporádicas descidas, não há entrechoques entre os povos do CORDEIRO DIVINO e os do DRAGÃO. Há respeito, com vigília mútua. E, Filho de Fé, Caboclo 7 Espadas está descrevendo só o permissível, aquilo que não venha trazer traumas a muitas almas que nem por sonho ou
pesadelo imaginam que esse mundo de trevas e sofrimento se ajusta nas regiões subscrostais
profundas, em suas covas, abismos e sub-abismos. Para que o Filho de Fé e leitor amigo não se
esqueça, estamos descrevendo regiões a milhares de quilômetros da superfície terrena. Estamos em plena zona subcrostal profunda.
Voltando a descrever a zona ou o Reino do Mal, não podemos deixar de citar que o comando dessa
zona está nas mãos dos revoltados e insubmissos, os quais comandam ou escravizam os que foram
negligentes e omissos. Há uma dependência entre eles como há entre o traficante e o viciado em drogas. Com isso, queremos afirmar que neste submundo astral há realmente os Filhos do Mal, gênios das trevas, como há também os incautos (almas penadas e vingativas),
os quais são arrebanhados por esses Seres perversos, Senhores das Trevas, do submundo astral, das covas e subcovas do baixo astral. E dessas zonas que vibratoriamente partem projeções para a superfície da Terra, onde muitas Almas se afinizam ou são iguais aos habitantes abismais, só que encarnados. E por isso que nem nos tempos negros da Atlântida viu-se tanta bruxaria e feitiçaria como nos dias atuais. Na verdade, o que impera hoje não é nem o que poderíamos qualificar de Kimbanda, e nem de Kiumbanda; há mesmo o BRUXEDO, com as subpráticas de magia negra. Como dissemos, os que estão nas zonas abismais não "sobem" em virtude de não burlarem a vigilância dos Guardiães da Zona Pesada, mas suas vibrações ou emanações mentofluídicas, segundo a Lei, não podem ser desagregadas e acabam por alcançar as camadas ou zonas que citamos, podendo interpenetrar até o túnel de triagem vibratória. Assim, essas zonas subcrostais
vivem em simbiose entre si e com as humanas criaturas que com elas se afinizem. Em verdade, é
triste, mas na atual conjuntura do planeta, raras são as criaturas encarnadas que, através de seus atos e mesmo corrente de pensamentos, não se sintonizem e se afinizem com os Seres das zonas subcrostais abismais. Como vêem, a tarefa não é fácil por parte do plano astral superior para frenar e mudar o atual estado de coisas. No Movimento Umbandista de fato e de direito, suas Entidades Espirituais procuram de todas as formas escoimar do planeta essas correntes negras e deletérias, através da orientação aos Filhos de Fé conscientes, para que gradativamente e num crescente possam ser porta-vozes dessas entidades, fazendo com que se mude certo estado de coisas que
só têm prejudicado o evolutivo do próprio planeta. Por baixo, no plano dos Exus Guardiães, sabemos que a coisa é muitíssimo pior e mais grave. Não são raros os Filhos de Fé que por "dá cá aquela palha" acham-se no direito de evocar Exu, os mais baixos é claro, ou seja, os Exus Pagãos, para atacarem esta ou aquela pessoa, para vingarem-se disto ou daquilo. Enfim, é o orgulho sobrepondo-se ao bem e ao bom senso. Não condenamos a defesa contra as correntes de atrito e choque provenientes de cargas mandadas ou de projeções vibratórias através dos baixos sistemas de oferendas que visam agredir. Não, não somos contra e até ensinamos como defenderem-se, mas daí a atacar vai uma distância meridiana! Pior é quando nos deparamos com um médium magista ou mesmo um mago atacando para aniquilar mesmo e, se não intervirmos, acabam desencarnando
os seus alvos. Esses, os magos ou médiuns-magistas, são exacerbados em seus brios e, como processo mnemônico, lhes restabelecemos a consciência de épocas recuadas, em que usavam a magia como agressão, conquista e poder. Importante é que, após nossa atuação, esquecem-se com facilidade de determinados trabalhos, como também esquecem e perdoam, de verdade, seus detratores ou mesmo agressores. O mesmo não acontece quando deparamos com verdadeiros magos-negros encarnados que são pontes vivas de magos-negros desencarnados. Em geral, seus trabalhos nunca são feitos sozinhos, mas sim com a interferência direta do submundo astral que lhes obedece fielmente. Há uma relação de dependência vibratória entre os 2 planos, no caso do mago-negro de que estamos falando. Ele é alimentado e consegue seus intentos através de seus
comparsas do astral inferior. Por outro lado, os mesmos obtêm do mago-negro elementos de que
necessitam para satisfazerem seus instintos e desejos, não poucas vezes utilizam-no na satisfação de seus desejos libidinosos (é como se o mediunizassem no ato sexual, por exemplo) e outros tantos vícios. Como vêem, fica difícil quebrar esta recíproca corrente de sugação. São parasitas uns dos outros, e se comprazem disso, pois aparentemente conseguem seus objetivos, tanto os encarnados como os desencarnados. A fim de elucidarmos os verdadeiros Filhos de Fé que querem sempre mais aprender para melhor servir seus semelhantes é que mostraremos, de forma exemplificada mas real, como atuam os magos-negros desencarnados e encarnados, e como são feitos seus trabalhos ou suas artes mágicas inferiores. Devemos destacar que há operadores de magia encarnados que trabalham com elementos de reação e projeção mágica grosseiros, mas que devido aos seus auxiliares desencarnados de baixíssima estirpe, às vezes conseguem seus objetivos. Esses auxiliares desencarnados, às vezes, "apelam" para a força bruta, para a violência, e "batem" nos corpos astrais das criaturas por eles visadas, na expectativa de matá-las, algo que é claro não conseguem, mas ferem os centros do corpo astral, trazendo como conseqüência ao corpo físico denso os tão famigerados distúrbios neuro-vegetativos, tais como sudorese, dores de estômago, sensação de desmaios, batedeira no peito (ligeira taquicardia), sensação de aperto, depressão, sensação dolorosa no corpo todo e dores na cabeça refratárias aos mais potentes analgésicos. É claro que o indivíduo visado por algum motivo estava predisposto ou tinha "abertura de entrada" para essas forças agressivas. Outros operadores da baixa magia, já mais sutis, não utilizam e nem matam os bichos de 2 ou 4 patas, o que muitos dizem ser o supra-sumo da bruxaria ou feitiçaria e que nunca falha! Usam de elementos próprios do indivíduo a ser atingido; sabem catalisar determinadas energias, atraindo-as e depois projetando-as sobre suas vítimas. Também utilizam-se de Seres astralizados que se encarregam de desmaterializar certas energias ou mesmo objetos para materializá-los próximo ao indivíduo visado ou mesmo dentro de algum órgão seu, que sem dúvida será atingido, e se não cuidado a tempo poderá realmente fazê-lo desencarnar. Muitos perguntarão: Como pode alguém tirar a vida de um seu semelhante através da ação mágica inferior contundente? Seria o
mesmo que perguntar, Filho de Fé, por que há ciúmes e homicídios, que com uma arma inferior
contundem e matam... Isso em nível individual, pois qual magia negra maior haveria que os tão
famigerados mísseis, bombas etc? Não são as mesmas coisas? Claro que sim! As magias são diferentes, mas ambas matam. Com isso, queremos frisar que a dita macumba ou feitiço existe e, como tal, mostra o estado de atraso em que se encontra o planeta Terra e sua humanidade. A mesma humanidade que promove a guerra fratricida...
Mas retornemos a descrever o funcionamento do trabalho feito dentro da magia negra. Dizíamos que os magos-negros usam de elementos pertencentes ao indivíduo visado, como também procuram saber de todas as atitudes do indivíduo que será enfeitiçado.
Após conseguirem o objeto desejado, pertencente ao indivíduo, fazem determinados trabalhos de
imantação, condensação e projeção das energias deletérias, as quais alcançarão a vítima através do
objeto pessoal, o qual, como elemento radiante, emite freqüências peculiares às do indivíduo, sendo pois rastro astroetérico para os projéteis mágicos inferiores conseguirem atingir seu alvo. Muitas
vezes, seguindo o rastro astral, os auxiliares desencarnados rebaixam o campo vibratório próximo
ao indivíduo, fazendo-o ficar à mercê das cargas que lhe foram arremessadas, através de seu próprio
objeto. Citaremos, por simples exemplo, um trabalho feito e desfeito por determinada corrente de Exu de Lei. O trabalho foi feito com o "povo do cemitério" e lá foi entregue. Constava de 2 bonecos amarrados e perfurados em certas regiões com alfinetes. A cor da fita era preta e vermelha.
Junto com esses bonecos, foram enterrados, em uma catacumba no cemitério, um alguidar que recebia os bonecos, repletos de pipoca no dendê com pimenta, e sobre eles, uma tesoura aberta. Tinha também objetos das duas pessoas visadas. Expliquemos o trabalho:*
O trabalho era para que 2 pessoas, um homem e uma mulher, fossem prejudicados. Cada boneco os
representava. A fita vermelha e preta, amarrando-os, servia para que os mesmos sofressem em conjunto as agressões de que seriam vítimas. A fita preta servia para fixar as correntes de pensamentos inferiores e a vermelha para movimentar o trabalho. Os alfinetes foram enfiados em determinadas regiões que eles queriam atingir. A pipoca com o dendê era o "estouro", as brigas que deveriam acontecer com os 2 indivíduos. A pimenta era para que houvesse nos órgãos afetados maiores desarranjos, bem como a pipoca com pimenta também serviria para atingi-los na pele, produzindo feridas e processos alérgicos com grande prurido e coceira, desestruturando o campo
emocional. Por fim, a tesoura era "corte", para produzir sangue ou cirurgia nos indivíduos. Como
vimos, todo esse bozó (feitiço) foi entregue no cemitério, enterrado em uma catacumba. É claro que, além dos elementos citados, houve uma oferenda feita para certa classe de Exus Pagãos e seus kiumbas e mesmo alguns rabos-de-falange corruptos, que se deixaram subornar.
( Que não se animem os incautos, não é simplesmente repetindo o que expusemos que se obterá malefício a quem quer que seja. É claro que deixamos de citar o essencial, portanto...)
O trabalho surtiria efeito, pois além do trabalho feito, a sua contraparente etérica já havia
sido enviada pelos Espíritos inferiores que assessoram o mago-negro encarnado. Foi colocado
no cemitério em virtude das energias livres e mesmo de toda classe de bactérias e fungos patogênicos que lá existem serem direcionados aos indivíduos, através de seu rastro vibratório ou endereço astrofísico. Os indivíduos a serem atingidos, após 15 dias do trabalho ter sido arriado (entregue) no cemitério, começaram a sentir fortes dores na região gástrica, sendo que os facultativos terrestres, sem reconhecerem a etiologia, suspeitaram de apendicite.
Já se preparavam para a apendicectomia quando um amigo do casal, que era médium-magista, ficou
sabendo que os dois, ao mesmo tempo, iam operar-se.
Logo desconfiou de trabalho feito... Firmou sua gira e seu Exu Guardião, Exu 7..., enviado do Caboclo 7..., ordenou-lhe determinado trabalho, que quando terminado fez as 2 pessoas de nosso caso sentirem-se como se nada houvesse acontecido com elas, sendo dispensadas do hospital sob o olhar perplexo dos nobres médicos terrenos. Quanto ao feiticeiro, como muitos gostariam de saber "quem foi que fez", "quem mandou", se "vai ser devolvido", informamos: o astral superior e mesmo os Exus Guardiães não são, no seu modo de ver, agir e sentir, iguais às humanas criaturas encarnadas. O nosso interesse é desmanchar, sem dar nomes e muito menos devolver, o que aliás seria punitivo. Para trás com esses conceitos e atos de vingança! Não é da Lei que quem deve, deve pagar? Não venhamos querer fazer justiça com as próprias mãos! Há veículos próprios para isso
e com toda certeza terão toda isenção de ânimo, caso diferente da maioria dos Filhos de Fé, que nem bem desmancham um trabalho de magia negra através das energias e conhecimentos aplicados da magia branca, já querem devolver o trabalho usando, é claro, forças da magia negra, o que é um contra-senso, não é? Mais uma vez afirmamos que não somos contra a defesa, tanto que a mesma foi feita no caso que contamos. Só refutamos e repulsamos com toda a força de nosso Ser
a vingança, a devolução do trabalho. Após citarmos as zonas do submundo astral e os trabalhos de
bruxaria, resta-nos explicar aos verdadeiros Filhos de Fé como podem livrar seus terreiros e a si mesmos dessas correntes mágicas inferiores, bem como livrarem-se do ataque infernal dos "filhos do submundo astral", através das correntes certas, do verdadeiro assentamento na tranqueira e de certas oferendas em certos sítios vibratórios onde os Exus Guardiães recebem as oferendas para fins diversos, claro que tudo dentro de uma linha justa.
Antes de adentrarmos no âmbito das oferendas ritualísticas para os Exus Guardiães, é bom que
recordemos que as oferendas são reposições para a Natureza de algo que se tirou ou vai se tirar. É a
própria manutenção do equilíbrio mágico-vibratório, mantendo inclusive a própria vida física, pois
movimenta as forças vitais. Assim, entendamos oferenda como visando algum benefício e nunca
achando que a oferenda é para os Exus dela se comprazerem ou degustarem as iguarias e bebidas
que se lhes ofereçam. Essa última hipótese, que aliás já refutamos, reflete, infelizmente, o conceito que muitos Filhos de Fé têm sobre Exu. Para muitos, Exu é o rei da barganha; basta pedir a ele isto ou aquilo e pagar-lhe com oferendas, que o mesmo se compraz e tudo se consegue! Isso até pode acontecer na Kiumbanda, com os Kiumbas e Exus Pagãos, mas nunca com o verdadeiro Exu Guardião, que mais uma vez afirmamos ser o agente mágico cósmico executor da lei de causa e efeito, estando acima dos conceitos do bem e do mal, mas ligado ao conceito de Justiça.


Não estamos com isso afirmando que Exu de Lei, dentro da linha justa, não possa ajudar os Filhos de Fé em seus pedidos, em suas necessidades ou dificuldades!
Claro que ajuda, até através das oferendas ritualísticas, mas tudo relacionado com a magia
vibratória, e nunca com a necessidade que eles tenham disto ou daquilo, isso jamais! Os próprios
filhos da nação africana, ou seja, dos ditos Candomblés, como dizem por lá, sabem que Exu é
Elebó,* isto é, veículo de comunicação mágica, transportando ou restituindo força ou princípio
* Obs. Nós da Umbanda fazemos diferenciação entre Força Exu (Exu bara) e o Exu Entidade. Exu bara ou elegbara são as forças sutis que, como sabemos, a tudo presidem. Aí que está a diferença fundamental entre o Candomblé e a Umbanda. E mesmo Exu, Entidade Sobrenatural, segundo os Yorubas, e pouquíssimos são sabedores, tem qualidades. Exemplo:
(axé). É também o Elebara, o Senhor das forças que se cruzam nos caminhos vibratórios (lonan), sendo pois princípio básico e dinâmico de expansão (energias direcionadas) e crescimento (energias
refeitas). É como falamos, segundo o conceito hermético de Umbanda, o Senhor dos
Entrecruzamentos Vibratórios ou Caminhos (trajetórias) das Linhas de Força, sendo pois o
AGENTE DA MAGIA UNIVERSAL.
Dentro dessas forças cósmicas, como Senhores de seus movimentos, mais ligados à terra-a-terra,
temos os Exus do fogo, da água, da terra e do ar. Isso, em magia, num primeiro ângulo de interpretação, pode significar: os Exus do fogo: — aqueles que manipulam as energias radiantes; os Exus da água: — aqueles que manipulam os elementos fluentes; os
Exus da terra: — aqueles que manipulam os elementos em coesão ou condensados; os Exus do ar:
— aqueles que movimentam os elementos expansivos. Num segundo e terceiro ângulos de
interpretação, revelam os elementos e as funções inerentes a cada Exu, que, por ser profundamente
hermético seu conhecimento e manipulação, deixaremos para a Iniciação, a qual é dada no interior
dos Templos Iniciáticos ou Ordens Iniciáticas. Manipulam e ordenam, segundo as Leis Cósmicas
superiores, os Elementares, que também se agrupam, segundo seu estágio evolutivo, em Elementares do fogo, da água, da terra e do ar. São também os Exus Guardiães,
como manipuladores das Linhas de Força, Senhores dos Elementais e Formas-pensamento, que eles usam AGBO (dinâmica de reprodução) YANGI (protoforma de Exu) INÁ (fogo) ODARA (oferendas) LONAN (caminhos) ALAKETU (multiplicação) ENUGBARIJO ("Boca Coletiva" — ADIVINHAÇÃO) OLOBÉ (diferenciação dos Seres) ELEBÕ (oferendas — dinâmica).
para vários fins, segundo a necessidade, surgindo assim o Elemental inferior. E como os Exus
Guardiães movimentam essas Linhas de Força e como controlam e frenam todos os Elementares e
certas Formas-Pensamento? Os mecanismos são através de sutilíssima e especializada movimentação da magia astroetérica, a qual é toda fundamentada na origem das ditas forças sutis da Natureza e de seus Senhores Vibratórios, os Orishas. Esses Senhores da Luz transmitem suas forças através de seus pontos de origem, isto é, através dos pontos cardeais de onde elas emergem ou por onde elas vêm. Assim é que do norte temos o Exu Pinga-Fogo (terra); do sul temos o Exu Gira-Mundo (fogo); do oeste, Exu Tranca-Ruas (água); do leste, Exu Marabô (ar). No entrecruzamento
dos 4 elementos temos a ação do Exu Tiriri. Na movimentação superior, temos, na linha de força mental feminina, o Exu Pomba-Gira e na linha de força mental masculina, o Exu 7 Encruzilhadas. Também podemos, para fins mágicos, equilibrá-los na roda cabalística da encruzilhada, que, segundo os pontos cardeais, assim se representa:
NORTE EXU PINGA-FOGO serventia de YORIMÁ (PAI GUINÉ)
SUL EXU GIRA-MUNDO serventia de XANGÔ (CABOCLO XANGÔ KAÔ)
LESTE EXU MARABÔ serventia de OXOSSI (CABOCLO ARRANCA-TOCO)
OESTE EXU TRANCA-RUAS serventia de OGUM (CABOCLO OGUM DELÊ)
NORDESTE EXU TIRIRI serventia de YORI (TUPANZINHO)
SUDESTE EXU 7 ENCRUZILHADAS serventia de ORIXALÁ (CAB.URUBATÃO DA GUIA)
SUDOESTE EXU POMBA-GIRA serventia de YEMANJÁ (CABOCLA YARA)
NOROESTE EXU ... (?) (Este Exu ainda não pode ser revelado)

No centro vibratório "gira" e comanda os demais Exus o
COMANDANTE-MOR DA ENCRUZILHADA, que não tem nome pronunciável,
muito menos esses nomes ditos esotéricos tirados da Cabala Hebraica, que como vimos está adulterada e completamente oposta à verdadeira Cabala, de onde
proveio, isto é, do astral superior. Portanto, é errôneo qualificá-los, de forma inverossímil, com nomes da Cabala Hebraica, mesmo porque Exu é um agente cósmico regulador e executor da justiça kármica.
O Filho de Fé atento deve ter observado que quando demos a Roda Cabalística da Encruzilhada não
demos o "nome de guerra" do Exu oposto ao Exu 7 Encruzilhadas. Assim o fizemos em virtude desse Exu ser responsável direto, em suas funções kármicas, pela manutenção ou dissipação de várias energias, inclusive a vital, portanto...
Vejamos agora os 4 TRIÂNGULOS FLUÍDICOS, que são formas geométricas obedientes a certas injunções vibratórias e que movimentam certas energias, essas mesmas que os Exus manipulam e
direcionam aos seus diversos objetivos, através de suas funções. Esses triângulos são variações dos 4 Triângulos Vibratórios dos Orishas. Os 4 Triângulos são: (Adendo de Gandhara:Aqui novamente não podemos oferecer os triângulos pois este particular faz parte da Iniciação na intimidade do templo)
Esses triângulos são sinais que movimentam clichês relativos à imantação de forças de Orishas
correspondentes, através da magia astro-etérica. Para fins práticos, relacionamos os 7 Orishas com os 4 Elementos; isso é verdade, levando-se na devida conta os Senhores Primazes, Secundários, etc. Ao darmos os 7 Triângulos Fluídicos dentro da alta Magia, em que os Exus Guardiães devidos obedecem e manipulam suas forças, daremos também as oferendas que Exu Guardião recebe, dentro da linha justa de pedidos, descargas ou mesmo preceitos de ligação. Para que o Filho de Fé não se embarace e não venha confundir o que explicaremos, daremos detalhadamente os
processos de oferenda:
1. O local dessas oferendas deverá ser sempre uma mata, ou numa encruzilhada ou numa clareira
dentro da própria mata, e nunca em encruzilhadas de ruas ou cemitérios.
2. O melhor horário deverá ser sempre o das 21 horas à zero hora. Depois de zero hora não é aconselhável abrir-se a encruzilhada sem saber o mistério certo, para quem se deve abrir e como abrir, muito principalmente como fechar e para quem se deve fechar.
3. Sempre que possível, escolha as Luas propícias, tendo ciência de que tudo que necessita evoluir e
crescer deve ser feito na fase crescente (da Lua nova ao final da crescente). Tudo que deve involuir e ser dissipado (descarga) deve ser feito na fase minguante. (do início da Lua cheia ao final da Lua
minguante).
4. As oferendas darão maiores resultados se forem feitas nos dias correspondentes do próprio Orisha e
seu elo de ligação e serventia, que é o Exu Guardião.
5. * As oferendas ao Exu Guardião cujos pedidos sejam dissipações várias, descargas, bem como algo
que precise de movimento rápido, deverão ser feitas sobre pano na cor cinza-claro.
As oferendas para fixar e mesmo para preceituar o Exu Guardião que se queira, dentro de uma "afirmação", deverão ser feitas sobre pano na cor cinza-escuro. A cor de
pemba do traçado, em ambos os casos, será o vermelho, nunca usando-se o preto. Em ambos os
casos, o formato do pano deverá ser triangular (70 cm).
6. As velas serão sempre comuns, sendo que para pedidos de ordem material, pedidos esses dentro
da linha justa, o número de velas seja par; para pedidos de ordem espiritual, tais como descargas
ou cortes de negativos, o número de velas seja ímpar. As velas devem ser brancas ou vermelhas, tudo na dependência de cada caso, e quando se tem dúvidas usa-se a vela branca.
7. Os elementos materiais que têm equivalências mágicas positivas dentro das oferendas aos Exus
Guardiães são:

a) CONTINENTES — deverão ser de barro, sendo abertos (alguidar) ou fechados (panelinhas sem
tampas), na dependência dos pedidos ou trabalhos de ordem mágica.

b) CONTEÚDOS — charutos — elemento ígneoaéreo: deverão ser colocados em leque, com o lume para fora, dentro de um pequeno alguidar com 7 cruzes (feitas de pemba) em seu exterior.
— aguardente ou álcool ou éter — relativos aos elementos líquido-aéreos: devem ser colocados em
pequenos alguidares ou panelinhas, como já dissemos, segundo o caso e necessidade. No referente
aos elementos líquidos, usa-se o mais ou menos volátil segundo as necessidades, lembrando que a
oferenda e seus elementos são energias condensadas ou um rebaixamento vibratório de
energias do plano imediatamente superior, que é o plano astral. Há uma mutação muito grande dos
elementos. Resultando daí a dinamização e a própria movimentação de forças mágicas que se
colocarão em ação. Como sabemos, a magia é uma concentradora, capacitora e mesmo condensadora de energias, que ao ser manipulada ou detonada libera várias energias, alcançando o objetivo visado.
Ainda falando dos líquidos, pode-se até colocar água, tudo na dependência de ser o pedido fixação
e atração ou repulsão e dissipação. Não esquecer que, se for usado o éter sulfúrico, tem o mesmo em sua composição, que o difere do álcool, além de sua estrutura molecular, o elemento enxofre,
deveras conhecido por suas várias propriedades, inclusive na medicina terrena, onde é usado para
amenizar certas moléstias da pele, além da função anti-séptica. Na química oculta, é o mesmo
bipolar, sendo também receptor de cargas positivas ou neutralizador. Outro elemento pouco usado,
mas que agora explicaremos aos Filhos de Fé, são os minerais, em especial as pedras. Nas oferendas
que se prestam para dissipação de correntes de negativos, um pequeno alguidar pode conter uma
pedra de qualquer tamanho (condizente com o alguidar, que deverá ser pequeno de preferência),
na cor clara, pois é ela radiante, refletindo as cargas que terão de ser dissipadas. Ao sal também
se empresta essa função. No caso da oferenda ser para um pedido de fixação, ou mesmo para
perseverar, ou até para segurar algo, dentro da linha justa, é claro, devera ter uma pedra preta ou
escura dentro de uma panelinha de barro. Poderá também ser o carvão mineral. Após essas
explicações, o Filho de Fé consciente encon- * Nota do médium — o Sr. 7 Espadas, quando citou a cor cinza para os pontos de fixação ou "assentamento" da oferenda, deveu-se ao
fato de na cor cinza-claro haver predominância do branco em relação ao preto; portanto a cor cinza-claro torna-se reflexiva, expansiva e dissipativa. Na cor cinza-escuro há predominância do preto em relação ao branco, portanto fixadora, coesiva e retrativa. O Sr. 7 Espadas, dando a cor cinza, usou técnica avançada de cromatismo com as Correntes do Exu Guardião, onde o mesmo atua tanto em
processos reflexivos como de absorção (linhas de forças). Pode-se, é claro, usar o pano na cor vermelha, e outras, nos seus diversos formatos, que atendem a várias finalidades, mas isso trará diretrizes seguras para fazer suas oferendas corretamente, dentro do que há de mais sério e
justo na magia dos Exus. Para terminarmos, faltou-nos citar as ervas ou flores. As ervas deverão ser
usadas para as descargas e as flores somente para pedidos de ligação ou para preceituar a Vibratória
de Exu. As flores são elementos considerados etéricos superiores. Como vimos, nas oferendas aos
Exus Guardiães entraram elementos sólidos, líquidos, gasosos e etéricos. Dentre esses, temos os
elementos materiais, astrais e mentais. Há também os elementos minerais, vegetais e animais (a
presença vibratória do homem em sua fisiologia, a qual é automática, instintiva). Todos esses
elementos são transformados e interagem entre si e, dentro das transformações, segundo o poder do
operador ou mesmo do médium-magista, deverão alcançar o objetivo visado. As velas acesas, como
vimos em outro capítulo, são amplificadores vibratórios e repetidores da idéia projetada sobre os
diversos elementos da oferenda (ligada ao elemento ígneo). Para terminarmos, só nos falta
citar aquilo que é o mais importante dentro da oferenda, ou seja, o pano que servirá de mesa para
os assentamentos e o sinal riscado, que em nosso caso será o triângulo fluídico ou escudo fluídico em ligação com os 7 Exus Cabeças de Legião. Os 7 triângulos fluídicos que se afinizam com os 7 Exus Guardiães são:( Aqui não se pode dar os triângulos fluídicos)
Todos esses escudos fluídicos deverão ser usados na pemba vermelha. Para encerrarmos esta parte,
queremos frisar que na encruzilhada de mato não se deve deixar nada que venha "sujar" o preceito ou mesmo a própria mata. Que não se deixe no local garrafas de vidro ou qualquer outro recipiente, ou mesmo elementos não condizentes com a oferenda.
Lembremos que nas oferendas para pedidos e fixações, o indivíduo a ser beneficiado deverá voltarse para os cardeais leste e oeste. Caso a oferenda seja para pedidos de descarga ou dissipação, o indivíduo a ser beneficiado deverá voltar-se de frente para o cardeal sul ou norte. Além dos escudos fluídicos, daremos a Lei de Pemba, apenas em suas flechas e chaves simples, relativas aos 7 Exus Cabeças de Legião ou Exus de Lei. O ponto completo, em sua raiz, e mesmo os sinais negativos e dissipadores de Exu, deixaremos para o interior da Iniciação, não sendo aconselhável abrir-se certas chaves que poderiam ser usadas para prejudicar, portanto...

Continua...






























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Co-criando A NOVA TERRA

«Que os Santos Seres, cujos discípulos aspiramos ser, nos mostrem a luz que
buscamos e nos dêem a poderosa ajuda
de sua Compaixão e Sabedoria. Existe
um AMOR que transcende a toda compreensão e que mora nos corações
daqueles que vivem no Eterno. Há um
Poder que remove todas as coisas. É Ele que vive e se move em quem o Eu é Uno.
Que esse AMOR esteja conosco e que esse
PODER nos eleve até chegar onde o
Iniciador Único é invocado, até ver o Fulgor de Sua Estrela.
Que o AMOR e a bênção dos Santos Seres
se difunda nos mundos.
PAZ e AMOR a todos os Seres»

A lente que olha para um mundo material vê uma realidade, enquanto a lente que olha através do coração vê uma cena totalmente diferente, ainda que elas estejam olhando para o mesmo mundo. A lente que vocês escolherem determinará como experienciarão a sua realidade.

Oração ao Criador

“Amado Criador, eu invoco a sua sagrada e divina luz para fluir em meu ser e através de todo o meu ser agora. Permita-me aceitar uma vibração mais elevada de sua energia, do que eu experienciei anteriormente; envolva-me com as suas verdadeiras qualidades do amor incondicional, da aceitação e do equilíbrio. Permita-me amar a minha alma e a mim mesmo incondicionalmente, aceitando a verdade que existe em meu interior e ao meu redor. Auxilie-me a alcançar a minha iluminação espiritual a partir de um espaço de paz e de equilíbrio, em todos os momentos, promovendo a clareza em meu coração, mente e realidade.
Encoraje-me através da minha conexão profunda e segura e da energia de fluxo eterno do amor incondicional, do equilíbrio e da aceitação, a amar, aceitar e valorizar  todos os aspectos do Criador a minha volta, enquanto aceito a minha verdadeira jornada e missão na Terra.
Eu peço com intenções puras e verdadeiras que o amor incondicional, a aceitação e o equilíbrio do Criador, vibrem com poder na vibração da energia e na freqüência da Terra, de modo que estas qualidades sagradas possam se tornar as realidades de todos.
Eu peço que todas as energias e hábitos desnecessários, e falsas crenças em meu interior e ao meu redor, assim como na Terra e ao redor dela e de toda a humanidade, sejam agora permitidos a se dissolverem, guiados pela vontade do Criador. Permita que um amor que seja um poderoso curador e conforto para todos, penetre na Terra, na civilização e em meu ser agora. Grato e que assim seja.”

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