Anjo de Luz

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Peço emprestado este texto da Lya Luft, homenageando os pais, - através da figura do seu -,

para também prestar a minha homenagem a eles e também ao meu pai, - onde quer que ele

possa estar, na dimensão luminosa em que estiver -, com meu amor, minha gratidão. Foi (e

ainda é) uma bênção, um privilégio ter seu amor, seu cuidado, seu ensinar, sua companhia a

orientar e acalantar minha jornada. No meu coração, na minha saudade, em muito do que

sou, ele está muito presente, graças dou!

Que seja para todos um dia especialmente feliz, daqueles que enchem o coração de alegria e

gratidão, daqueles de ficar nas gratas e eternas memórias.

Upas, kisses em seus ♥  ♥ . Lambeijócas e miauchegos das peludinhas, carregadinhos de

energias amorosas, pelo dia destinado à sua homenagem.

 

Sobre o meu pai Arthur

"Seu olho verde faiscava de brabeza ou transbordava de afeto. O rumor de seu passo no

corredor botava o meu mundo em ordem. Sua risada era aberta e franca, seu abraço era

cálido, sua alegria, generosa"

Nesta coluna homenageio meu pai Arthur, que morreu quando eu tinha 35 anos, e de quem,

35 depois, ainda recordo todos os dias, pelo seu legado de carinho, justiça, integridade e

proteção, que até agora me dá força quando preciso dela (preciso muitas vezes). As

propagandas em torno do Dia dos Pais, se irritam pela comercialização (para quem deseja

isso) em torno do afeto, servem de lembrete a quem anda esquecido do seu pai.

Então tenho lembrado com mais intensidade do meu, que era severo e terno. Seu olho verde

faiscava de brabeza ou transbordava de afeto. O rumor de seu passo no corredor botava o

meu mundo em ordem. Sua risada era aberta e franca, seu abraço era cálido, sua alegria,

generosa. Tinha momentos de melancolia, em que fitava um ponto distante longo tempo sem

falar. Seu amor pela família foi talvez seu traço mais marcante. Ensinou-me o nome das

árvores do jardim e os cuidados com elas, para que dessem frutas doces. Transmitiu-me a

noção do sagrado das coisas e das pessoas. Gostava de tranqüilidade, meu pai Arthur.

Recusou sistematicamente os convites para deixar nossa pequena cidade e assumir cargos

importantes. Era atento e compreensivo, ajudou fugitivos da II Guerra, levava cobertores ou

remédio aos pobres, aconselhava amigos e desconhecidos que vinham lhe pedir orientação.

Lembro-me do que relatou alguém que o procurou em casa, e ele, interrogado sobre sua

vasta biblioteca, apontou os livros e disse com simplicidade: "Eles são meus amigos".

Era também exigente, meu pai Arthur. Aborrecia-se com meu boletim invariavelmente

medíocre, porque eu não gostava de estudar: queria ficar em casa, lendo em meu quarto ou

debaixo de alguma árvore, e achava as regras de disciplina da escola antes cômicas do que

respeitáveis. Além de negligente na escola, em casa não conseguia ser a menina prendada

que minha mãe desejava.

Não podia competir com suas sobrinhas ou filhas de amigas, num tempo em que ser prendada

era importante (para mim, era bobagem): meus bordados saíam tortos, minha incapacidade

de arrumar a cama era patética, meu horror à cozinha era vergonhoso, eu respondia mal à

minha mãe, ou lhe mostrava a língua. Era um desastre, e me sentia assim. Quando as queixas

de mãe e professores se tornaram excessivas, ele me pôs num internato. "Para o seu bem",

ele disse. Não esqueço a dor daquele dia e dos outros, nem a minha gratidão quando, dois

meses depois, em uma visita, anunciei que se ele não me tirasse dali eu morreria, e ele me

levou para casa. Por essa, e tantas outras coisas, dediquei-lhe especialmente um de meus

livros, dizendo: "A meu pai Arthur, para quem eu não era só uma criança: eu era uma pessoa".

Ainda falo com ele, recorro a ele em minhas aflições, pedindo que, como fez em vida, me

ajude em minhas trapalhadas. (Não sei como, mas ele ajuda.)

Nele, antecipando o Dia dos Pais que se aproxima, homenageio todos os pais que não vão ter

o carinho dos filhos pequenos ou adultos, nem um telefonema alegre, nem um almoço

ruidoso, nem mesmo um recado. Homenageio os pais que ficarão sozinhos fingindo que não

faz mal, que filho é assim mesmo, que a vida é assim. Não é assim. Em meu pai Arthur,

homenageio os pais que não puderam estar sempre junto de seus filhos porque, longe,

precisavam garantir o seu sustento; que foram relegados quando não tinham mais dinheiro ou

saúde; criticados quando quiseram buscar alguma felicidade; ou que, sem entender, foram

declarados dispensáveis e desimportantes.

Não posso esquecer aqui aqueles pais que perderam um filho ou filha, na dor que não se cura

com nada. Mas penso também nos pais alegres, nos pais carinhosos, nos pais protetores,

parceiros, guerreiros, nos pais que têm sorte, e que nesse dia especial receberão abraços,

telefonemas, torpedos, churrascos, conversas, sorrisos ou mesmo um bilhete em letra infantil

– como aqueles que tantas vezes, na minha distante infância, deixei no bolso do paletó ou no

prato do café-da-manhã de meu pai Arthur.

 

Fonte do texto: http://veja.abril.com.br/060808/p_022.shtml (revista Veja, ed. 2072, pg.

22)    Gratidão, Lya !

Fonte da imagem: http://blogs.lasprovincias.es/soniavalien…/…/tres-versiones/, gratidão

ao seu autor(a)

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Co-criando A NOVA TERRA

«Que os Santos Seres, cujos discípulos aspiramos ser, nos mostrem a luz que
buscamos e nos dêem a poderosa ajuda
de sua Compaixão e Sabedoria. Existe
um AMOR que transcende a toda compreensão e que mora nos corações
daqueles que vivem no Eterno. Há um
Poder que remove todas as coisas. É Ele que vive e se move em quem o Eu é Uno.
Que esse AMOR esteja conosco e que esse
PODER nos eleve até chegar onde o
Iniciador Único é invocado, até ver o Fulgor de Sua Estrela.
Que o AMOR e a bênção dos Santos Seres
se difunda nos mundos.
PAZ e AMOR a todos os Seres»

A lente que olha para um mundo material vê uma realidade, enquanto a lente que olha através do coração vê uma cena totalmente diferente, ainda que elas estejam olhando para o mesmo mundo. A lente que vocês escolherem determinará como experienciarão a sua realidade.

Oração ao Criador

“Amado Criador, eu invoco a sua sagrada e divina luz para fluir em meu ser e através de todo o meu ser agora. Permita-me aceitar uma vibração mais elevada de sua energia, do que eu experienciei anteriormente; envolva-me com as suas verdadeiras qualidades do amor incondicional, da aceitação e do equilíbrio. Permita-me amar a minha alma e a mim mesmo incondicionalmente, aceitando a verdade que existe em meu interior e ao meu redor. Auxilie-me a alcançar a minha iluminação espiritual a partir de um espaço de paz e de equilíbrio, em todos os momentos, promovendo a clareza em meu coração, mente e realidade.
Encoraje-me através da minha conexão profunda e segura e da energia de fluxo eterno do amor incondicional, do equilíbrio e da aceitação, a amar, aceitar e valorizar  todos os aspectos do Criador a minha volta, enquanto aceito a minha verdadeira jornada e missão na Terra.
Eu peço com intenções puras e verdadeiras que o amor incondicional, a aceitação e o equilíbrio do Criador, vibrem com poder na vibração da energia e na freqüência da Terra, de modo que estas qualidades sagradas possam se tornar as realidades de todos.
Eu peço que todas as energias e hábitos desnecessários, e falsas crenças em meu interior e ao meu redor, assim como na Terra e ao redor dela e de toda a humanidade, sejam agora permitidos a se dissolverem, guiados pela vontade do Criador. Permita que um amor que seja um poderoso curador e conforto para todos, penetre na Terra, na civilização e em meu ser agora. Grato e que assim seja.”

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