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Pai Joaquim de Aruanda fala sobre ''MAYA''

 

Vamos conversar hoje sobre a “vida humana”.

O que é a “vida humana”? Acho que mesmo essa pergunta, que deveria ser tão simples para a humanidade, é muito complexa. Deveria ser simples porque, afinal de contas, vocês estão “vivos”, mas se pedíssemos uma definição para “vida”, poucos saberiam dar. Poderiam ser formuladas diversas respostas, filosóficas ou acadêmicas, mas a realidade de uma “vida”, nenhum encarnado poderia imaginar.

Por isso vamos falar sobre o que é “viver”, o que é uma “vida”.

“Vida humana” é uma coletânea de fatos, de acontecimentos onde o espírito encarnado interage com esses acontecimentos através do processo raciocínio. Isso é uma “vida”: uma coleção de acontecimentos onde, a cada um deles, o espírito promove um raciocínio dando um determinado valor ao acontecimento.

Vamos dar um exemplo: andar de um lugar a outro. Este fato é um acontecimento onde o espírito, por observar cenários diferentes durante o acontecimento “caminhar” afirma que está andando, se locomovendo.

Ele, no entanto, não é apenas um acontecimento, mas a soma de diversos: sair, ir e chegar. Em cada um deles há um raciocínio que determinará um valor. Quando “vê” se afastar o ponto de origem afirma que está saindo; durante o caminhar vai dizendo que está em diversos lugares e quando chegar haverá um raciocínio que dirá “cheguei”.

Isso é a “vida humana”: uma série de acontecimentos que são avaliados pelos espíritos através do seu processo raciocínio conferindo a cada um deles um valor.

A partir dessa definição de “vida humana” podemos dividi-la em dois momentos distintos: o que está acontecendo (o movimento das pernas) e um outro onde o espírito raciocina o que está acontecendo (criar o valor “sair”, “saber onde está”, “chegar”).

Isso é “vida”: a cada segundo algo acontece e o ser humanizado raciocina o acontecimento e determina o que está acontecendo (dá um valor para o momento). Para que compreendamos profundamente a “vida humana” dentro do sentido espiritual vamos analisar cada um desses dois elementos para entendermos a vida. Comecemos pelo acontecimento.

O que está acontecendo na realidade? Vamos exemplificar: alguém chega perto de você e lhe fala alguma coisa ou age de determinada forma. O que é isso, que “valor” tem esse acontecimento? É alguém falando, é alguém fazendo algo? Não, é o carma em ação.

O acontecimento não se traduz, não se define, pelo que está acontecendo (ato físico, movimento físico), mas pela essência dele. Essa essência representa a provação do espírito, que é o motivo da sua encarnação.

Novamente exemplifiquemos: alguém rouba você. Não pode haver roubo porque não há ladrão, pois ninguém pode tirar o que é seu porque você não tem nada. Tudo que está sob sua guarda é de Deus e continuará sendo mesmo que a guarda tenha passado para outra pessoa. Isso tudo sem falarmos que o próprio objeto do furto não existe.

O que acontece ali, que “valor” tem aquele acontecimento? Porque o ladrão foi roubar exatamente você? É o seu carma. O objetivo de acontecer esse fato exatamente a você é para que possa ser realizada uma determinada prova no sentido espiritual.

Esta provação está embutida na essência do acontecimento. Vamos falar um pouco da essência deste acontecimento que estamos exemplificando, mas isso não é regra fixa, ou seja, muitas podem ser as essências de um mesmo acontecimento.

Um roubo pode ser um teste ao despossuir material do espírito; à paciência; à vaidade. Nestes sentimentos está a essência da ação carmática. Dessa forma não há roubo, mas uma ação carmática que serve como prova a um espírito.

Pergunta: Sob esse prisma, então, não existe vítima?

Nem culpado, porque não importa o que aconteça na sua frente é Deus colocando uma prova para você, colocando uma essência onde você será testado no seu individualismo ou no seu universalismo.

Não há vítima e não há culpado. .

Anteriormente definimos a “vida humana” como uma sucessão de fatos. Agora podemos ampliar essa definição para uma sucessão de carmas. Cada espírito passa a vida inteira vivenciando ações carmáticas onde existem essências colocadas por Deus como prova para a elevação espiritual. Isso porque, como ensinado, a vida carnal é uma etapa da vida espiritual onde o espírito está executando provas.

Dessa forma, nada que lhe aconteça pode ter acontecido por acaso, por sorte, por azar, ou porque o outro é grosso, porque não presta, porque é um safado: tudo o que acontece você precisava e merecia passar por aquilo como uma essência carmática onde será testada a sua reação ao acontecimento.

Pergunta: Ninguém vem a Terra sem ter carma?

Não porque este é o mundo de provas e expiações. Para se expiar é preciso ter carma.

No entanto, carma não é condenação, pena, mas simplesmente a reação a um momento anterior. Sem haver o carma não haveria vida, pois todos seriam estáticos.

Se você consegue colocar um pé na frente do outro é porque existe o carma. Sem ele o pé não se moveria. Mas, para vermos dessa forma é preciso compreender que o carma não é expiação, pena, mas a justa e merecida reação à ação executada no momento anterior.

Pergunta: Então separado o “joio sendo separado do trigo” estaremos em um novo mundo, o mundo de Regeneração?

Sim, um mundo onde não mais haverá os carmas que hoje existem. Haverá outros, mas não mais os carmas que hoje existem porque eles são carmas do mundo de provas e expiações.

Pergunta: Quando acontecerá essa transformação: a separação do “joio e do trigo”?

O processo já começou desde a aparição de Maria (Nossa Senhora) em Fátima e vai até o fim desse século (2.100).

Dessa forma, o que está acontecendo não é o que está acontecendo, ou seja, o que você acha que está acontecendo. Não é o que vê, cheira, ouve, mas a Realidade é que tudo é o seu carma sendo executado. A ação carmática, porém, não é representada pelo acontecimento em si, mas por uma essência que está embutida no ato.

Pergunta: Como escapar das sucessivas encarnações se estamos sempre produzindo carma?

Produzindo o carma de não mais reencanar, ou seja, alcançando a reforma íntima, ou seja, vivenciando esse mundo dentro dos padrões ensinados pelo Cristo: amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

Na hora que você viver desse modo gerará o carma de viver no mundo de Regeneração e aí não estará mais no planeta Terra. Aí começará uma nova “sansara”, uma nova roda de encarnação para regeneração e não mais para prova e expiação.

Pergunta: Maria, mãe de Jesus na Terra, em todas as suas comunicações demonstra estar muito preocupada com o atual estágio que estamos passando.

Porque ela é a Senhora da Regeneração. Porque ela foi escolhida por Deus e por Cristo para comandar os exércitos que trarão os ensinamentos para a mudança do planeta.

É por isso que ela pede sempre a conversão para Deus não para uma religião.

Então, tudo o que acontece com você não é o que está acontecendo, mas reflete uma essência que serve de prova necessária e que é fruto (carma) de uma utilização por sua parte daquela mesma essência. Vamos exemplificar novamente para ficar claro.

Tendo você um dia se utilizado da posse será necessário que agora passe por uma nova situação que exponha essa essência. Esta necessidade surge porque você precisa provar a Deus que é capaz de despossuir.

Tendo vaidade precisará de uma situação onde a essência seja este sentimento. Esta será uma oportunidade para a reforma íntima, ou seja, optar pelo amor a Deus e ao próximo ao invés de utilizar este sentimento. Aí terá alcançado a elevação espiritual. Isso é o carma e esta é a sua função na vida dos seres humanizados.

Como já dissemos um mesmo ato pode refletir diversas essências. No exemplo do assalto encontramos diversas delas. Dessa forma, dentro da análise do acontecimento (raciocínio que dá um valor aos acontecimentos), o ser encarnado não consegue saber a que essência ele está sendo provado. Se você foi assaltado pode ter que despossuir, deixar de ter ganância, ter vaidade, deixar de se sentir superior. Diversos sentimentos podem ser a essência de uma mesma ação carmática.

Assim, quando cada um “vive”, quando passa por situações, não pode afirmar nem no ato nem na essência o que está acontecendo, o que está se passando. O ato não tem o valor que o ser humanizado lhe aplica e a gama de possibilidades de essências é tão ampla que o espírito jamais descobrirá com certeza.

Se o ser humanizado persistir em tentar compreender a essência do acontecimento racionalmente, mesmo assim não conseguirá porque, como Paulo nos ensina, Deus não deixa o homem conhecê-lo pela sua lógica. O raciocínio lógico do ser humanizado jamais permitirá que ele compreenda a essência que está sendo testado.

Por mais que você tente descobrir a essência daquele acontecimento pela lógica, isso será impossível, pois senão não haveria o exercício da fé.

Pergunta: É verdade que existem irmãos de outros planetas ajudando na transição?

Sim. Encarnado, desencarnado, na matéria deles, em outras matérias: muito mais do que vocês pensam.

Pergunta: Como a espiritualidade observa as ações do presidente dos Estados Unidos da América?

Ação carmática do planeta. Só isso. Ele é um instrumento de Deus para gerar um carma para humanidade. Todos o são, independente da repercussão de seus atos. O ato é só isso: ação carmática. Seja o ato de quem for: o seu ou de outro qualquer.

Qual a essência que ele está trazendo para servir de prova à humanidade? Não sei. É o que acabamos de dizer. Você não sabe o que está acontecendo seja no ato ou na essência.

Voltando a definição de “vida humana” (sucessão de fatos). Já vimos que não podemos conhecer o que está acontecendo porque é apenas uma prova e nem a essência carmática que está sendo utilizada.

A partir disso voltemos ao nosso primeiro exemplo: o caminhar. O ser humanizado que busca reformar-se deve vivenciar o início do “caminhar” sem saber que “partindo”; “andar” sem saber que está se locomovendo; e alcançar determinado lugar sem saber que “chegou”. Ou seja, viver a “vida” sem aplicar valor algum ao que está se passando.

Essa é a evolução espiritual: quando você vivencia todos os acontecimentos da sua vida de uma forma equânime, ou seja, sem aplicar nenhum valor a eles. O “roubo” não é um “roubo”, mas algo que não se pode definir de modo algum, um nada. “Andar” não é “andar”, “comer” não é “comer”: tudo é um nada. É uma ação carmática que o ser humanizado não consegue entender porque ela está acontecendo e para o que ela está acontecendo.

É por isso que o Krishna diz que o sábio, o yogue, o verdadeiro buscador de Deus, liberto das “coisas do mundo” transita por elas como um bobo, como aquele que não sabe nada, que não aplica valores a nada.

Pergunta: Devemos, então, viver cada momento como se fosse o “último”?

Como se fosse o único, pois ele é único.

Cada momento é único porque o momento que se passou já acabou, não existe mais e o momento futuro ainda não chegou, não existe ainda. Então, só se pode viver o momento de agora como único, ou seja, sem saber de nada, sem vínculos a nenhum valor.

Pergunta: A escolha de querer evoluir para um novo mundo ou viver encarnando em um outro mundo menos evoluído ainda pode ser feita?

É o momento de fazê-la. Essa é a última oportunidade para aqueles que estão encarnados compreenderem que precisa haver essa escolha e lutarem para fazê-la. É a hora de se buscar não a vida na felicidade material, mas para promover a sua reforma íntima.

Chegamos à primeira conclusão deste trabalho: tudo que acontece é um nada, ou seja, coisas sem valor algum. No entanto, quando definimos a vida humana, falamos que ela era uma série de acontecimentos que eram analisados pelo raciocínio através do qual se aplicava um valor a eles.

Se agora compreendemos que o acontecimento é um nada (algo que não pode ser definido, compreendido), aquele que alcança a evolução espiritual, ou seja, aquele que vive com a Realidade, precisa no seu raciocínio chegar ao “nada” como valor para as coisas da vida.

Qualquer outro valor dado pelo raciocínio a alguma coisa é o que o Krishna descreve como maya: ilusão. Existe um carma sendo executado não pela forma, mas pela essência, e você se ilude dizendo que está acontecendo isso, aquilo ou aquilo outro.

Mover as pernas é um carma e você tem a ilusão de estar se locomovendo. Parar de mover as pernas é um carma e você tem a ilusão de ter chegado. Todo resultado de um pensamento que dá um valor a alguma coisa é maya, é ilusão.

A vida humana, portanto, poderia ser descrita pelo ser humano como a coleção de acontecimentos que são analisados pelo raciocínio. No entanto, para aquele que pretende viver a vida de espírito na carne (com a consciência espiritual), a “vida humana” é um momento único onde ele se exime de dar qualquer valor ao que está acontecendo, pois sabe que assim responde de forma perfeita (universal) à prova que Deus está lhe aplicando.

Pergunta: É verdade que existe um planeta que é chamado de “12º Planeta” que virá para fazer a “limpeza” da Terra? É verdade, ainda, que ele é habitado por espíritos que estão na mesma evolução dos que habitam a Terra?

Existe um novo planeta que é habitado por espíritos que estão começando o seu processo de evolução nele e por espíritos que já foram retirados do planeta Terra e que não vão permanecer aqui no mundo de Regeneração.

Agora se a “limpeza” da Terra será feita por um planeta ou uma nave é ilusão. Não existem planetas, não existem naves: tudo é ilusão, ou seja, fruto de um raciocínio.

Planeta, nave, é o valor que alguém está dando a alguma coisa. Na verdade o que existe é um “ambiente” onde os espíritos se juntam e que o ser humanizado dá o valor que quiser.

Pergunta: Às vezes tenho a impressão de que tudo é muito temporário. Estou certo em afirmar que o que fica é a sabedoria e a experiência?

O que fica é o quanto você evoluiu aproximando-se de Deus. A sabedoria não é conhecimento, pois a cultura é ilusão, maya: é fruto de um raciocínio. Todo fruto de um raciocínio é o valor que se aplica a alguma coisa, algo que só você acha que é.

Agora, a experiência fica, porque o espírito vai aprendendo com os seus próprios “erros”.

A sabedoria, ou seja, o abandono da cultura e a experiência de ter abandonado a cultura continuam com o espírito depois de se desumanizarem.

Chegamos agora à grande conclusão deste trabalho e que é ensinamento de Krishna: o verdadeiro yogue silencia a mente, ou seja, não raciocina e não aplica valores a nada. Está sempre na neutralidade. “O que está acontecendo? Não sei. Você irá lá? Não sei”.

Ele não sabe de nada. Vive a cada segundo sem ligação com o anterior ou o próximo. Está sempre atento àquele momento. Essa é a elevação espiritual: o fim do raciocínio, o fim do dar valor às coisas. Quando isso acontecer você terá caído na Realidade: Deus agindo. Deus emanando e agindo sobre o universo gerando os carmas que são as essências das ilusões dos atos.

Eu diria, então, que a elevação espiritual é parar de raciocinar, mas, será que alguém conseguiria parar de raciocinar? Não. É por isso que o Krishna ensina também: desapegar-se. O yogue raciocina, dá valor às coisas como você, mas não se apega ao fruto do raciocínio, a estes valores.

Ele vê um objeto que pelo raciocínio dá o valor de “parede que é pintada na cor verde”. Isso vem a “mente” do yogue como viria na sua se estivesse frente a este objeto. Só que ele não se apega a isso, ou seja, ele não declara para os outros nem para si que aquilo é uma parede nem muito menos verde.

Se alguém disser que aquilo é “ar”, “madeira”, ou qualquer outra coisa que não parede, o yogue não discutirá e aceitará a ilusão do próximo consciente de que tudo o que se puder declarar sobre o assunto será ilusão (maya).

O ser evoluído continua construindo valores pelo raciocínio, mas não está apegado a eles, às verdades que se formam na sua “mente”. Está sempre centrado em Deus e por isso sempre afirma que aquela conclusão é ilusão, que na realidade está acontecendo um carma que embute uma essência onde está sendo testado.

Este ser vive o mundo material vendo, cheirando, ouvindo, igual àquele que ainda não promoveu a reforma íntima. Só que ele não “vive” a “vida humana” como o outro, ou seja, não participa dos acontecimentos pelos acontecimentos em si, nem aplica valores a eles.

Pergunta: ao sair do meu corpo de madrugada, consciente, encontro a minha rua que está vazia totalmente cheia de espíritos. Essa população extra-física é tão grande assim?

Muito maior. Só para reencarnar, aguardando fora da carne o seu momento de “nascer”, existem dez espíritos para cada encarnado. Só essa população já seria grande, mas acrescente-se a esse número aqueles que estão trabalhando, auxiliando os encarnados e os desencarnados.

A rua vazia é ilusão, não se apegue a isso.

Pergunta: É verdade que existem várias “naves-mãe” estacionadas em nosso céu só que não conseguimos vê-las por ter uma vibração diferente?

Sim é verdade, mas só que a “nave-mãe” não é uma “nave-mãe”. Ela não tem forma, não tem combustível, não possui materialidade. Tudo isso é ilusão, valor que você dá pelo seu raciocínio.

Pergunta: Temos então que treinar sempre a nossa “mente” a ver além das ilusões da vida que é o maya?

Não, porque você não conseguirá ver além. O que você precisa é bloquear qualquer coisa que venha à “mente”, treinar para bloquear o fruto do seu raciocínio, seja ele o valor que o ser humanizado ou qualquer outro que você compreenda.

Qualquer coisa que você seja capaz de ver será também fruto de um raciocínio material, será imaginação, será uma ilusão, pois ninguém enxerga com os olhos, mas vê como raciocínio (aplica valores). Não se apegue a ilusão alguma, seja ela percebida ou imaginada.

Como respondi anteriormente quando o moço que me perguntou sobre a rua que ele vê vazia quando está na carne e espíritos quando projetado: não importa se ela está cheia ou vazia porque não existe rua, o seu espaço e nem os espíritos como vistos.

Achar que ela está cheia ou acreditar que está vazia é maya, é ilusão, tudo fruto do raciocínio que aplica valores que cada um dá ao que está sendo percebido.

Pergunta: O mundo espiritual é uma ilusão?

O mundo espiritual, como concebido pelo encarnado, é uma ilusão, pois não existe mundo material ou espiritual, nem existe mundo como você concebe que ele seja. Tudo o que você consegue conceber (dar valor) é ilusão, maya, porque é fruto de um raciocínio.

Pergunta: O mundo espiritual é uma matéria rarefeita?

O universo é constituído de matérias, mas se aplicarmos o valor de rarefeito cairemos na ilusão, porque não conhecemos o que é rarefeito. Aliás, não sabemos nem o que é matéria.

É isso que estou querendo explicar e as perguntas estão servindo perfeitamente para exemplificar os ensinamentos. Cada coisa que você acreditou até hoje e tudo que você acreditar a partir de hoje, inclusive nos ensinamentos que estou passando agora, é maya, é ilusão. Não porque o ensinamento é falso, mas porque a sua compreensão não é o ensinamento que estou falando.

Apenas o Absoluto existe e Ele não é compreendido pelo espírito enquanto humanizado, enquanto utilizando-se do raciocínio.

Isso é vida humana, ou seja, nada. Qualquer outra compreensão que se tenha sobre qualquer coisa será uma ilusão completa, porque será fruto de um pensamento, será o valor aplicado a partir de um raciocínio e ele é a ilusão. Será a junção, como o Krishna ensina, dos gunas pensados com os gunas pensantes.

Pergunta: A única realidade é Deus?

Perfeito. Deus é a Realidade, o resto tudo é ilusão.

Agora, Deus de verdade e não a ilusão que criamos através do raciocínio do que é Deus: uma energia, uma potência, o tudo, etc. Deus é uma Realidade, mas o que é Deus, eu não sei.

Compreendendo assim entramos na Realidade do universo. Mas, enquanto imaginarmos Deus e utilizarmos o “deus” imaginado como realidade ainda estaremos presos na ficção, na ilusão, no maya.

Pergunta: Sendo a matéria uma ilusão ela pode ser moldada de qualquer forma pelos humanos?

Pode ser moldada, mas pelos seres humanos não. Falo desse jeito porque senão você pensará que poderá moldá-la com a mão (elemento do ser humano), mas isso não é realidade. Você poderá moldá-la, mas com a sua força mental (elemento do ser espiritual).

No entanto, para poder chegar a fazer isso você terá que estar apto para usá-la dentro do universalismo e não para fins individuais. Todos já têm esse poder dentro de si. Deus não deixa utilizá-lo porque senão os seres humanizados agiriam em seu próprio benéfico.

Muitos, por exemplo, querem sair da carne consciente e nunca conseguem enquanto outros fazem. Por que? Porque não tem o merecimento. São individualistas querem sair da carne para ir para a casa do vizinho ouvir o que estão falando dele. Aí Deus não deixa utilizar o poder que o espírito já possui.

Pergunta: A ilusão para mim é acreditar em algo que não existe.

Exatamente isso. Tudo que você acredita não existe, porque é apenas fruto de alguma coisa que você acreditou antes.

Tudo o que você acredita é verdade relativa, só sua. Não existem dois espíritos que possuam a mesma crença sobre todas as coisas do universo, seja sobre qualidade ou intensidade.

Pergunta: E a pessoa má intencionada que consegue enganar muitas pessoas. Isso é real?

Não, é seu carma. Se você foi enganada, na verdade, não foi. Alguém agiu carmáticamente na sua frente e você ilusoriamente deu o valor de estar sendo enganada.

Se Deus é a seu favor quem pode ser contra você? Qual a pessoa má intencionada que poderia fazer mal para o Filho De Deus? Não existe, não é mesmo?

Então, se alguém agiu, foi Deus emanando um acontecimento (carma que se transforma em prova) e você ilusoriamente, utilizando-se do seu maya, aplicou o valor de estar sendo prejudicada. Ou seja, não passou na sua prova.

Pergunta: Cada pessoa tem, então, o seu maya personalizado?

Eu diria que não há um maya personalizado, mas um ego personalizado que cria um maya. Dessa forma, podemos até compreender que os mayas são personalizados.

Pergunta: Fazer turismo astral é ignorância para quem pretende?

Sim, porque no universo não existe tempo perdido. Deus não pode perder tempo. Então ele não tiraria ninguém da carne apenas para ter o prazer de voar.

Muitos já leram nossos ensinamentos há bastante tempo e até hoje pegam o ensinamento para tentar prever como vivenciar atos futuros. Querem saber como, ao alcançar a elevação espiritual, trabalhará no seu emprego, como se relacionar com os filhos após o fim da família como hoje concebida.

O ensinamento espiritual seja ele qual for não é para se programar próximos atos porque ele está programado antes da encarnação e não importa como o espírito humanizado reaja viverá o ato pré-programado, o carma.

A única coisa que cada um pode fazer com relação a atos é reagir a eles e não criá-los. A reação é apenas espiritual (sentir) e não material (agir), porque senão você provocaria atos o que é incumbência de Deus como Causa Primária de todas as coisas.

A reação espiritual que você pode ter é de duas maneiras: acreditar na sua ilusão, no seu maya, ou universalizar-se, ligar-se a Deus. Não importa o que está acontecendo o que o espírito pode fazer é: “viver” iludido achando que está fazendo, achando que está acontecendo alguma coisa ou “viver” a realidade: o nada.

Essa “vida”, porém, não é vazia. Ela apenas é sem valores, sem ações, mas é repleta no gozo perfeito do entrosamento com Deus. Isso porque o nada que estamos dizendo que existe é o próprio Deus e Sua ação, a Sua emanação.

É por isso que o Cristo ensina: em verdade, em verdade vos digo, quem não nascer de novo não verá o reino do céu. “Viver” a “vida” sem valores é o renascimento em “vida”. Essa nova forma de reagir aos acontecimentos é o renascimento, o nascer de novo, o viver de outra forma. Mas, para renascer tem que morrer, ou seja, tem que matar os valores que se tem pelas coisas da “vida”.

Pergunta: Como sair de uma situação que foi criada. Como revertê-la?

Para que sair de uma situação? Toda situação que você acredita que exista é ilusão é maya, você criou a situação na sua mente. Ela não existe. O que está acontecendo ali é uma situação carmática que você deu um valor a ela. Reverter o que?

O que você pode é simplesmente achar que aquilo é “ruim”, um “problema”, não “presta”. Essa é a única coisa que você pode fazer em todos os momentos da vida: dar um valor a eles.

Os acontecimentos se reformarão ou não de acordo com a sua ação carmática e não pela sua ação material.

Pergunta: Por que é mais fácil acreditar no “mal” do que ir em busca da Verdade?

Porque é mais fácil acusar os outros. É fácil acreditar no “mal” porque aí acusamos o próximo de nos fazer o “mal”. Com isso não precisamos nos esforçar para entender que fomos nós que criamos o “mal”, ou seja, demos esse valor ao que os outros fizeram como instrumento da minha ação carmática.

Todo ato é feito por Deus e quem afirma que ele é “mal” está dizendo que o próprio Deus é “mal”.

É mais fácil acusar os outros porque aí eu não preciso me mudar, não preciso me libertar dos meus mayas. Posso viver em paz com os meus mayas e não preciso “morrer” para me aproximar de Deus.

Pergunta: O que alimenta a alma?

Deus. O único refrigério para a alma é Deus, a ligação perfeita com Deus. Ou seja, o apagar de tudo que você acha das coisas. Quando você aplica o bloqueio do seu raciocínio se alimenta de Deus, alcança Deus.

Leia a história de Adão e Eva. Esse casal nunca existiu, mas eles representam o espírito encarnado. Passaram a viver na vida carnal, nascer e morrer, porque queriam ser como Deus: aplicar valores às coisas.

É por isso que eles se afastaram do paraíso, é por isso que eles se afastaram de Deus.

Pergunta: Então o “mal” é maya?

O “mal” é maya, mas o “bem” também. O “certo” é maya, mas o “errado” também; o “bonito” e o “feio” também são. Tudo é uma ilusão porque cada um tem o seu padrão de certo e errado.

No universo não existem padrões porque tudo é perfeito, pois vem de Deus.

Dentro da conversa que tivemos hoje também se falou sobre o próximo mundo, mundo de Regeneração. Vamos comentar um pouco este assunto a partir da Realidade da vida criada nessa conversa.

O mundo que vivemos hoje no planeta Terra é o de Provas, ou seja um mundo onde o espírito tem que provar a Deus que quer buscar a sua elevação. É o lugar de tentar colocar em prática o amor a Deus matando o próprio eu, o fruto do raciocínio.

O próximo mundo será o de Regeneração e como a palavra fala é o mundo da mudança completa. Enquanto ainda estivermos vivendo as provas não precisamos alcançar a reformulação completa, mas é o momento apenas de mostrar que se está buscando a Deus. Só quando chegarmos no mundo celestial viveremos a totalidade da vida como hoje conversamos.

Já imaginaram o que é viver assim? Uma vida onde alguém coloque “o dedo na sua cara” e você louve a Deus por isso. Uma vida onde lhe roubem e você louve a Deus por isso? Uma vida onde tudo o que acontece não lhe afeta, não lhe leva nem a exultação do prazer nem a depressão do sofrimento?

Hoje ainda não conseguimos viver assim, mas se não colocarmos como objetivo primário nesta existência a busca de Deus, de viver na Realidade, nos desapegando dos mayas, jamais conseguiremos viver esse mundo.

Pergunta: qual o tamanho do universo?

O próprio universo é maya. Não existe universo porque se ele existisse teria que haver algo além do universo para ele fosse o próprio universo e a outra coisa fosse algo diferente.

Só existe o universo e, portanto, chamar o tudo de universo é maya, valor que se aplica.

Pergunta: O que não é ilusão?

Deus. O resto tudo é ilusão, todo resto é ilusão. Sua dor, por exemplo, é ilusão. Tanto isso é verdade que existem pessoas que amputam a perna e tem dor no dedinho que não existe mais.

Mágoa é ilusão, pois ela se origina de um querer não atendido. Mas, o querer também é uma ilusão, porque não há nada para ser querido, pois todos os espíritos possuem tudo o que existe.

A outra pessoa não fazer o que você quer é uma ilusão, porque ninguém faz nada: é Deus quem está fazendo a ação carmática.

Tudo é maya. Tudo é ilusão, menos Deus e Sua ação. Todo resto é ficção que Deus cria para lhe colocar à prova: inclusive esse ensinamento, porque nós não sabemos o que é Deus, não sabemos o que é ficção nem o que é prova.

Pergunta: A ilusão ajuda a evoluir?

Sim, a ilusão é extremamente necessária para que cada um evolua. O que não é necessário é você aceitar a ilusão como realidade.

É o que eu disse: não é você parar de raciocinar. É preciso haver a ilusão, o raciocínio, para que você não se prenda àquele valor merecendo, assim, alcançar a evolução espiritual.

Então, vamos dizer assim, a ilusão, o maya, é o diabo, o tentador, aquele que vai lhe tentar para lhe dar a oportunidade de não cair na tentação e desta forma provar a Deus que é capaz de amá-Lo acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

Pergunta: Porque Deus não me ouve?

Ele lhe ouve toda hora, mas não está aqui para lhe satisfazer, para fazer as suas vontades. É exatamente quando Ele não lhe satisfaz que está amando-o. Lhe dando uma oportunidade de amá-Lo acima de todas as coisas, ou seja, acima do seu desejo de que as coisas fossem diferentes.

Pergunta: Somos uma fusão de energias de Deus sendo que em vibrações mais baixas?

Essa sua afirmação é maya. O espírito é um brilho. Você sabe o que é um brilho? Nem eu.

Nós ainda somos capazes de nos reconhecer apenas pelo corpo que vestimos ou pelo perispírito que estamos envolvidos. Só espíritos muito elevados conseguem se reconhecer na sua própria essência.

Dar um valor ao espírito seria um maya, seria criar uma ilusão. Então saiba só: eu sou um brilho. O que é um brilho? Não sei.

Pergunta: Mas seu eu pensar assim, como fica o dinheiro para pagar as contas? O dinheiro não é ilusão.

O dinheiro é ilusão, ter que pagar as contas também é ilusão: tudo ação carmática. Você comprar, vender, pagar ou dever, faz parte da ação carmática de cada ser.

Se dentro da ação carmática de um homem ele tiver que passar por uma falência, terá que passar. Para isso é necessário que algumas pessoas deixem de pagá-lo.

Dessa forma, dever é ilusão. Você acha que está devendo, mas na verdade é Deus que não paga através de você àquele homem para propor a ele uma situação carmática para ver como reage.

Pergunta: Temos que concordar que nossa missão é bastante difícil, pois estamos cheios de ilusão por todos os lados. Como sair desse labirinto de ilusões? Só com o amor a Deus nos libertaremos?

Orando e vigiando. Orando, estando em contato com Deus e vigiando o raciocínio para não se apegar aos valores que ele dá, para não transformar as ilusões, os mayas, em realidade.

Ficou claro então o que é “vida humana”, ou seja, ficou claro que a “vida humana” não é nada do que você acha que é? Que a “vida humana” é um maya é uma ilusão?

Na hora que isso ficar claro na sua “vida”, você continuará trabalhando no seu emprego, continuará se alimentando na hora do almoço, continuará vivendo a mesma “vida” que vive hoje. Afinal, ela é a sua ação carmática e você não pode “escapar” dela. Esta nova forma de viver, no entanto, terá um detalhe diferente da de hoje: você deixará de aplicar valores aos acontecimentos.

Comerá por comer e não para manter a saúde, para emagrecer ou engordar; trabalhará por trabalhar e não para ganhar dinheiro para se sustentar ou qualquer outra coisa. Nesse momento você alcançará algo que não conhece: a Felicidade, a Felicidade Universal.

Felicidade Universal é a paz, a tranqüilidade do espírito. É a vida sem exultação ou sem depressão. Uma vida reta no sentido de que não existem subidas nem descidas. Mas, principalmente, uma vida plena da glória de Deus. É isso que resultará quando você se libertar dos seus mayas.

Não será o fim da vida encarnada. Não será o ter que se isolar para viver em meditação. Não será a omissão: sentar no sofá e cruzar os braços. Todos os acontecimentos são maya, são ações carmáticas.

Você continuará realizando tudo o que realiza hoje sem estar preso à ilusão que o seu raciocínio está dando.

Pergunta: Em que nível de evolução o senhor está?

É difícil se falar em que nível de evolução alguém está, pois qualquer que seja a escala utilizada para medir ela é maya, é ilusão.

Cada espírito tem o seu próprio nível de evolução. Eu diria que já consigo praticar muita coisa do que estou falando, mas tudo o que eu falo me foi transmitido para chegar e lhes repassar.

 

Fonte: EEU - Espiritualismo Ecumênico Universal: www.meeu.com.br

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Co-criando A NOVA TERRA

«Que os Santos Seres, cujos discípulos aspiramos ser, nos mostrem a luz que
buscamos e nos dêem a poderosa ajuda
de sua Compaixão e Sabedoria. Existe
um AMOR que transcende a toda compreensão e que mora nos corações
daqueles que vivem no Eterno. Há um
Poder que remove todas as coisas. É Ele que vive e se move em quem o Eu é Uno.
Que esse AMOR esteja conosco e que esse
PODER nos eleve até chegar onde o
Iniciador Único é invocado, até ver o Fulgor de Sua Estrela.
Que o AMOR e a bênção dos Santos Seres
se difunda nos mundos.
PAZ e AMOR a todos os Seres»

A lente que olha para um mundo material vê uma realidade, enquanto a lente que olha através do coração vê uma cena totalmente diferente, ainda que elas estejam olhando para o mesmo mundo. A lente que vocês escolherem determinará como experienciarão a sua realidade.

Oração ao Criador

“Amado Criador, eu invoco a sua sagrada e divina luz para fluir em meu ser e através de todo o meu ser agora. Permita-me aceitar uma vibração mais elevada de sua energia, do que eu experienciei anteriormente; envolva-me com as suas verdadeiras qualidades do amor incondicional, da aceitação e do equilíbrio. Permita-me amar a minha alma e a mim mesmo incondicionalmente, aceitando a verdade que existe em meu interior e ao meu redor. Auxilie-me a alcançar a minha iluminação espiritual a partir de um espaço de paz e de equilíbrio, em todos os momentos, promovendo a clareza em meu coração, mente e realidade.
Encoraje-me através da minha conexão profunda e segura e da energia de fluxo eterno do amor incondicional, do equilíbrio e da aceitação, a amar, aceitar e valorizar  todos os aspectos do Criador a minha volta, enquanto aceito a minha verdadeira jornada e missão na Terra.
Eu peço com intenções puras e verdadeiras que o amor incondicional, a aceitação e o equilíbrio do Criador, vibrem com poder na vibração da energia e na freqüência da Terra, de modo que estas qualidades sagradas possam se tornar as realidades de todos.
Eu peço que todas as energias e hábitos desnecessários, e falsas crenças em meu interior e ao meu redor, assim como na Terra e ao redor dela e de toda a humanidade, sejam agora permitidos a se dissolverem, guiados pela vontade do Criador. Permita que um amor que seja um poderoso curador e conforto para todos, penetre na Terra, na civilização e em meu ser agora. Grato e que assim seja.”

© 2024   Criado por Fada San.   Ativado por

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