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MISTÉRIOS E MAGIAS DO TIBETE


UM

O Buda Vivo de Sikkim e suas Declarações Proféticas

Uma semana após nossa chegada a Gangtok, enquanto esperávamos que o Rajá obtivesse do governo tibetano as nossas "Iam-yíg" ou autorização de trânsito, soubemos que, numa montanha ali perto, próximo ao vale do rio Tista, pouco além do Mosteiro de Podang, a uns 15 km de Gangtok, morava um Buda Vivo.

Este Buda Vivo, ou "corpo fantasma", é uma das mais curiosas facetas do lamaísmo. Pertence a uma aristocracia eclesiástica que surgiu no Tibete em 1650.

Conta-se que naquela época, o quinto grande Lama da seita dos "chapéus vermelhos", cujo nome era Lobzang Gyatso, tinha sido nomeado soberano do Tibete, por um príncipe mongol e reconhecido como tal pelo Imperador da China. Contudo, aquelas honrarias não lhe bastavam e o ambicioso novo rei resolveu fazer-se passar como sendo uma emanação fantasma do deus Tchenrezi. Decidiu também que seu amigo, o grande Lama do mosteiro de Tashilumpo, era uma emanação fantasma de Eupamed - o Buda místico de quem, segundo a tradição, Tcherenzi é filho espiritual.

Este exemplo do Lama-Rei fomentou a criação dos Budas vivos que os tibetanos chamam de "tulku". Em seguida, todos os mosteiros importantes consideraram uma questão de honra, terem como chefe a reencarnação de algum personagem célebre do Lamaísmo.

Quiçá este breve resumo sobre a origem das duas dinastias mais ilustres dos "tulkus" - a do Dalai Lama (reencarnação de Therenzi) e a do Trachi-Lama (reencarnação de Eupamed), seja suficiente para que os leitores compreendam que não se trata de reencarnação de Gautama, o Buda, que nada tem a ver com estas criações lamaístas.

No Tibete, o número destes Budas Vivos é bastante numeroso. Contudo, a maioria deles é de magos ou feiticeiros, que desempenham funções de oráculos oficiais.

Embora o budismo original negue a existência de uma alma pessoal, permanente, que transmigra de uma existência a outra, a maioria dos budistas voltou a adotar a crença hindu da reencarnação.

Consta que existem também mulheres "tulkus". De modo geral elas são abadessas de mosteiros de homens, ou então ermitãs. Muitas vezes os ''tulkus'' lembram-se de suas vidas anteriores e vários são os exemplos disso que se conhece na Índia e no Tibete. Várias são as antigas lendas, cujos heróis determinam a natureza do seu renascimento, e a carreira de um futuro "avatar" (reencarnação). Geralmente predizem em seu leito de morte, onde devem renascer e dão detalhes sobre os futuros pais, o lugar onde fica a casa, etc.

Dois anos após a morte de um Buda Vivo, o chefe do mosteiro onde ele morreu começa a busca da sua reencarnação. Algumas vezes encontram logo uma criança com as condições prescritas, e esta se submete, entre outras, a muitas provas de reconhecimento.

O fato de que ali, em Gangtok, tão perto de nós, vivia um destes Budas Vivos, sobre quem se contavam muitas histórias misteriosas, deixou-nos curiosos em conhecê-lo. Dizia-se que ele era um velho de 102 anos, mas que por um processo mágico oculto, vinha conseguindo retardar a velhice. Sua pele era fresca e quase sem rugas, os movimentos ágeis e os dentes claros e perfeitos.

Comunicamos ao Rajá nosso desejo de ir conhecer o Buda Vivo de Sikkim.

- Impossível! - disse ele - nenhuma mulher pode entrar no mosteiro do Buda Mercúrio...

- Mas, por quê? - indaguei.

- É contra a ordem dos Lamas. Este mosteiro é cheio de lendas e mistérios. Dizem que a setecentos e setenta e sete passos do mosteiro havia, outrora, uma enorme estátua de Buda, toda em bronze maciço, que nem mesmo cem homens podiam carregar. Certa noite, esta estátua desapareceu misteriosamente e os Lamas tiveram muito trabalho em descobrir a razão deste desaparecimento.

- E qual foi? - indaguei.

- Não se sabe ao certo. Os Lamas deste mosteiro são muito discretos. Conta-se que a estátua foi levada pelos gênios da quarta dimensão, para algum lugar inacessível aos olhos profanos...

Aquelas palavras avivaram minha curiosidade e insisti com o Rajá, para que intercedesse junto aos lamas, para que me permitissem visitá-los. O Rajá prometeu fazer o possível, mas não me deu muitas esperanças. Mandou Tsarong com muitos presentes, solicitar licença para visitarmos o mosteiro. A resposta foi negativa. Não me conformei e após muitas idas e vindas, vimos nosso desejo satisfeito. O venerável Lama, abrindo uma exceção sem precedentes, concordara em receber-nos. Impunha apenas uma condição, que eu vestisse o hábito cinzento dos noviços e velasse meu rosto com o longo capuz do hábito. A permissão era só para mim e o Dr. Vessantára. Mahima e Pierre Julien não poderiam nos acompanhar.

No dia marcado, partimos em direção às montanhas, liderados por Tsarong. Fomos a pé, conforme pediram. A ascensão foi lenta e seguia aclives sinuosos. Respirávamos com prazer o ar puro da manhã, impregnado com o aroma dos pinheiros. Fazia muito frio. Nenhum pássaro cruzou o belo céu azul. Após cerca de três quilômetros, costeando o vale, a subida tornou-se abrupta. O caminho era por um corte oblíquo na rocha, cujo cimo a bruma ocultava. Logo se aplainou o solo e entramos numa atmosfera clara e cheia de sol. Passo a passo, fomos por um atalho estreito e íngreme, no pendor da montanha. Tivemos que seguir um atrás do outro, reparando atentamente no chão, para não pisar em falso. De um lado, havia o flanco inacessível da serra; do outro o abismo. O cansaço ia afrouxando nossos passos. Finalmente, vimos uma colina verde e deserta. Em frente, a pouca distância, erguia-se o Templo do Buda Mercúrio também chamado Colégio dos Santos Magos.

Um grupo de pavilhões coloridos, de tetos recurvos, pendurava-se à encosta da montanha, como uma flor encravada nas pedras. A região era cheia de escarpas e coberta de florestas pitorescas. Devagar, fomos nos aproximando. A emoção era tanta que mal podíamos respirar. Íamos ver um dos grandes chefes espirituais da Ásia.

Entramos através do grande portão de ferro que dá acesso ao templo. Grupos de monges, lentos e solenes nas suas longas túnicas de algodão branco ou amarelo, andavam pelas veredas que conduziam ao interior do parque. O grande gongo de bronze, semi-oculta entre as traves, acabava de ser tangido, convocando a todos para a oração da manhã. Puxamos bem o capuz do hábito e entramos no amplo hall, pavimentado de mármore rosa. Vimos uma série de nichos com objetos sagrados. As paredes laterais eram cobertas com pinturas feitas sobre seda, representando a vida de santos do Lamaísmo. A um lado, um grande altar dourado sujeitava uma enorme estátua, também dourada, representando Gautama, Buda, ainda adolescente. Tinha a face magra e tranquila, o olhar semicerrado de quem não olha para o mundo dos mortais. Refletia-se em seu todo uma expressão de misteriosa piedade, sonho e sabedoria.

Um dos noviços ou "trapas" acompanhou-nos até a grande capela, onde, entre velas coloridas, candelabros de ouro e incensórios de jade, vimos um fato singular.

Suspenso no ar e sem nenhum apoio, estava um báculo, isto é, um pequeno bastão dourado, que segundo a lenda, regula os atos da comunidade.

Soubemos que aquele bastão milagroso pertencera ao santo Tsong Kapa, que foi o reformador da religião budista no Tibete. Pensamos que se tratasse de algum truque muito bem dissimulado pelos lamas, pois nossa mente, por mais que raciocinasse, não encontrava nenhuma razão lógica para aquele fenômeno. Percebendo nossa incredulidade, o Dr. Vessantára disse:

- Soube que este bastão mágico está neste mosteiro há muitos séculos. Nunca ninguém soube explicar a razão deste prodígio. Só os lamas conhecem este segredo, mas não o revelam aos profanos. O sábio Nicolas Notovich, que há tempos esteve no Tibete chefiando uma missão de cientistas russos, examinou tudo detidamente e não encontrou nenhuma fraude, nem razão lógica para explicar o fenômeno. Este sábio russo foi quem encontrou na cidade de Ladak, a cela antiquíssima do "Ermitão de Issa", que os Lamas dizem ter sido Jesus Cristo.

Perplexos e fascinados, ficamos por algum tempo contemplando o prodígio. Finalmente, tocando de leve em nosso braço direito, o noviço fez sinal para que o seguíssemos. Continuamos andando até alcançar um longo corredor penumbroso. Apenas percebíamos a fraca iluminação de algumas tochas. Senti um vago temor e meu sangue pulsou mais rápido nas minhas veias. Havia muitos nichos cavados nas paredes de pedra do corredor. Vimos nestes nichos vultos imóveis. Pensamos que fossem estátuas, mas em voz baixa, o noviço falou:

- Estes são monges que voluntariamente se deixaram mumificar em vida...

- Mas como? - perguntamos, através de Tsarong. A resposta veio clara e precisa:

- Durante três dias e três noites cozinhamos sementes tenras de linho misturadas com fava branca. Depois, ambas são trituradas num pilão. A parte seca volta duas vezes ao fogo e ao pilão e, por fim, fica exposta ao sol, até se transformar numa farinha leve Então após um jejum rigoroso o candidato à mumificação come grande quantidade desta farinha. Durante três meses ficará alimentado por pequenas doses de que nós lhe damos, juntamente com pequenas porções da farinha. O monge deve conservar a mente fixa no Logos Solar: Com este regime ressecam os intestinos e o fígado. Tempos depois com a pele inteiramente endurecida, o candidato parece mesmo uma múmia. Somente a respiração, fraquíssima, continuará, mas... por pouco tempo...

Foi horrível para nós esta revelação e, quando saímos do corredor lúgubre, para um amplo pátio arborizado, respirei aliviada. E ali, à sombra de um pinheiro milenar, vimos o Buda Vivo de Sikkim. Estava sentado com as pernas cruzadas, em cima de uma esteira de bambu. Era difícil precisar-lhe a idade. As feições miúdas, imprecisas, davam-lhe um aspecto indefinido. Vestia uma ampla túnica amarela, um casaco forrado de peles de cordeiro e um barrete também de peles. No queixo tinha uma barbicha rala e muito branca. Os olhos eram pequenos e vivos. A pele quase sem rugas. As mãos finas e aristocráticas. Sua fisionomia não me parecia desconhecida embora não pudesse encontrar sua imagem na minha memória.

Aproximamo-nos depositando aos seus pés as echarpes de seda branca, que os tibetanos chamam de "ka-ta", ou echarpes da felicidade, que Tsarong nos fizera trazer.

- Sua Santidade foi muito bondoso em receber-nos - disse eu em inglês.

O Buda Vivo virou-se para nosso intérprete Tsarong e disse algo em tibetano. Adivinho corretamente o que ele quis dizer.

- O venerável Pai da Alma Diamante entende quando lhe falam em inglês, mas teme que não lhe corresponda o seu, por isto prefere que eu traduza as palavras - falou Tsarong.

Olhando-me fixamente, o Buda Vivo falou:

- "Jetsuma (reverenda dama), é contrário à nossa regra e à nossa ordem recebermos aqui uma mulher. Mas... os atos da sua vida anterior conduziram-na ao meu encontro. Seja bem-vinda!"

A voz era fraquinha e grave, muito agradável de ser ouvida. Eu continuava a pensar intrigada, onde já tinha visto aquele semblante. Como que respondendo aos meus pensamentos, ele falou:

- Tens razão, pequenina irmã, nós não somos desconhecidos.

Por várias vezes estive ao teu lado, embora não soubesses da minha presença etérea. Já dirigi muitas correntes de ideias brotadas do teu cérebro. Tu não te lembras porque o véu de Maya (ilusão) obscurece tua visão interna...

Minhas mãos tremeram de emoção. Que pensar de tudo aquilo?

Recordei as palavras de Gautama, o Buda: "Nada aceites que não seja razoável; nada consideres como contrário à razão, sem um exame conveniente".

Percebendo minha perturbação, o venerável passou a conversar com o Dr. Vessantára, em sânscrito. O mais estranho era que mesmo sem compreender o sânscrito, eu entendia perfeitamente tudo o que ambos diziam. Era como se uma onda telepática transmitisse o conhecimento ao meu cérebro. Creio que esta foi uma das mais belas provas intuitivas que tive no Tibete.

Falaram sobre religião, ritos e lendas do povo tibetano.

- É preciso ser erudito para se compreender os ensinamentos budistas? - indaguei, finalmente.

- O conhecimento da verdade - respondeu o venerável - é algo que não se pode ler nos livros. Depende de nossas próprias experiências. Basta dizer que Shen Sien, o sexto Patriarca do budismo, descascava arroz para viver. Um dia, a força do seu Deus Interno despertou e ele tornou-se um sábio de repente...

Em seguida a conversa passou a temas mais simples. Muito me surpreendeu saber que o Buda Vivo lê regularmente jornais ingleses, e está bem informado dos problemas atuais do mundo, fora do seu círculo.

Recordo a crença de Tsarong que o venerável possui uma visão profética. Minha curiosidade me induz a pedir-lhe opinião sobre o futuro do mundo. Antes que eu pudesse formular a pergunta, veio a resposta:

- Só o entendimento espiritual entre as nações conduzirá à verdadeira Paz. Creio que o remédio para os problemas do mundo é viver e ajudar a viver.

Fitou-nos com um olhar profundo e prosseguiu:

- Os homens são agentes do Carma (lei de causa e efeito), e nós como agentes dos Mestres Ascensionados, não podemos anular as dívidas que os homens e as nações contraíram com seus atos.

Está previsto que em cada dois mil anos a terra entra em contato com um novo raio cósmico que ajuda a sua evolução. Foi confiada a um grande Mestre Ascensionado, a custódia do já iniciado ciclo de dois mil anos da Era da Liberdade. Este maravilhoso Ser trará ao mundo o Fogo da Liberdade e oferecerá ao mundo a oportunidade da queima total do Carma. Futuramente, um grupo de estudiosos no Ocidente, a partir do terceiro mês do ano de 1952, divulgarão os ensinamentos deste grande Senhor da Liberdade para a Terra.

Há uma pausa que dura cerca de um minuto. O venerável acaricia a barbicha com os dedos.

Peço permissão para fazer-lhe algumas perguntas pessoais.

- Qual é a sua idade, venerável Pai da Alma Diamante?

A resposta chegou rapidamente:

- A idade da forma não é a idade da alma. Tu e eu já vivemos na terra muitas vezes...

Curiosa, procurei fazê-lo prosseguir:

- Se vivemos anteriormente e vos lembrais, por que não sucede o mesmo comigo?

- Primeiramente a memória cerebral, que é variável e incerta, só registra as experiências desta vida; as vidas passadas têm seus registros na alma. O estudo e a meditação despertam a consciência da alma, e com essa consciência, todas as recordações do passado nela conservadas.

Houve outra pausa. Um noviço aproximou-se e acendeu uma vareta de incenso de rosas. O Buda Vivo observou o fumo azul que se elevava em espirais e permaneceu em silêncio.

Recordei que desde os tempos mais remotos, os orientais associam os odores agradáveis com a essência divina dos deuses. Chegavam mesmo a pensar que a alma tinha uma fragrância própria, muito superior a todos os perfumes que o homem conhecia. Nos templos sagrados, ainda hoje os herboristas misturam poções secretas e preparam raros incensos, os quais acreditam-se que são semelhantes à divina fragrância da alma. É crença geral que a inalação da fumaça perfumada eleva a alma a grandes alturas, ajuda a produzir a harmonia dos sentidos, tranquiliza e acalma o corpo e a mente.

Sentindo que nossa entrevista terminara realmente, levantamo-nos do chão, onde estávamos sentados sobre grossos tapetes. O Buda Vivo ergueu a mão direita em sinal de bênção. Depois, pegando um dos manuscritos que estavam sobre uma mesinha baixa, ao seu lado, ofereceu-nos como lembrança. E dirigindo-se a mim, falou:

- Encontrarás ainda outros Mestres mais esclarecidos do que eu que te revelarão muitos segredos. Guarda-os com cuidado. Quando chegar a época. terás a intuição para divulgá-los. Cumpre o teu dever no Ocidente e que nenhuma obscuridade te impeça de ver a Luz Divina ou te desvie do verdadeiro caminho iniciático!

Entardecia quando deixamos o Templo do Buda Vivo de Sikkim. Um vento frio, prenunciando tempestade, agitava nossas vestes. Sentíamo-nos à mercê de alguma força impenetrável e extraordinária. À medida que nos afastávamos do templo, perguntava a mim mesma se tudo o que me vinha ao cérebro fazia parte de uma visão desperta ou de um sonho. O rolo de seda em minha mão, contendo uma oração budista, convenceu-me daquela maravilhosa realidade.

Chegamos ao palácio do Rajá Dorge num estado de grande agitação e excitamento. Naquela noite, após o jantar, a conversa girou sobre nossa visita ao Buda Vivo e suas declarações proféticas. Depois, falamos sabre a reencarnação.

- Mesmo no Ocidente - disse Vessantára - homens famosos como Henry Ford acreditam na reencarnação. Algum tempo antes de falecer, Ford foi entrevistado pelo repórter americano Franzier Hunt, e declarou abertamente sua crença na reencarnação.

- Cada vida que vivemos - declarou Ford ao jornalista - aumenta o total de nossas experiências. Tudo o que se encontra na terra foi posto para o nosso bem, para obtermos experiências que devem ser guardadas para um fim futuro. Não existe uma partícula do homem, um pensamento, uma experiência, uma gota que não subsista. A vida é eterna; portanto, não existe morte.

Isto é ir mais longe do que ensina nossa religião cristã - disse Frazier.

- Pode ser, mas é nisso que eu creio. E creio, como se cria, em épocas muita anteriores, em tempos bem remotos, nos quais se sabia algo que já perdemos; algo do misterioso enigma da vida. E estou completamente certo de tudo isso... Creio que o que chamamos religião foi há séculos uma ciência exata, enunciada em conceitos baseadas em fatos e conhecimentos. As coisas que resultam ser agora mistérios sem solução, tais como de onde viemos antes de nascer e para onde vamos após a morte, eram conhecidas por todo mundo. Sabia-se tudo concernente à existência. Algum dia, nós seremos também bastante sagazes para ver e compreender a vida toda do Universo; o que está se passando em outros planetas e muitas outras coisas neste estilo".

Recordei então o que lera certa vez numa publicação mística:

"A reencarnação é a verdadeira e a única explicação lógica para inúmeras injustiças aparentes, o que se verifica quando por exemplo se vê tanto destino pesado em certas pessoas boas e valiosas enquanto outras - as que chamamos de "más" gozam de um viver feliz! Podemos estar certos, não há descuido; a não ser que, cada um encontre, novamente, o efeito das antigas causas, que em qualquer tempo, no passado, haja semeado, - mas das quais não possui mais nenhuma lembrança.

Assim, pois, depende de como cada um irá reagir no decorrer dos fatos e circunstâncias e desta forma será determinado como cada um viverá no futuro. Se alguém pode neutralizar seus erros, se ele próprio quer prestar um serviço a outrem e com isso dissolver o mal, então estará livre da culpa. Mas se ele não consegue redimir-se, a vida destas duas pessoas será cada vez mais embaraçosa, até que em alguma encarnação futura isto seja alcançado.

A maioria das pessoas são levadas a aproximarem-se com o único intuito de dissolver "culpas" esquecidas do passado. Quando entre algumas pessoas reina a atração do amor e da harmonia é certo que, em outra época, já havia uma união harmoniosa e juntos trabalharam, podendo expandir estas qualidades no mundo aos que tanto necessitam delas. Quando surgir um sentimento relutante ao encontrarmos alguém, quando percebermos que devemos estar em guarda, isto é recordação de sentimentos desagradáveis e desarmônicos de ligação no passado.

Deus é um Deus de amor e - Um Bom Deus - nunca iria prover seus filhos - uma metade com amor, beleza, alegria, abundância e dotada de todo bem - e a outra metade carregada com doenças e coisas impuras da vida. Bons pais não fazem diferença entre seus filhos, e Deus não o faria, absolutamente.

Se, finalmente, o homem percebe que ele é a Causa de toda desgraça e toda limitação em seu mundo, e se ele, sincera e honestamente, reconhece e deseja reparar todo este mal, ser-lhe-á dado integral auxílio. Porém, até que ele consiga atingir este ponto, permanecerá, geralmente blasfemando contra Deus e contra o destino ou resignando-se na impressão de que esta é a vontade de Deus - que naturalmente, não é".

Tudo isto nos veio à mente enquanto Vessantára comentava o caso da menina Shanti Devi, de nove anos de idade, que desde que começou a falar, afirma ser a reencarnação da falecida esposa de um negociante de tecidos, de nome Lugdi, residente na cidade de Mutra, a uns duzentos quilômetros de Nova Délhi, lugar onde nasceu e vive a menina.

- A alma é eterna e incriada - falou Mahima - Passa de uma existência para outra, de um país para outro. Não há dúvida de que o caso de Shanti Devi é um dos mais curiosos casos de reencarnação que já houve na Índia. Lástima que muita gente duvide disso.

- Quando chegar o momento - disse o Rajá - todos compreenderão que a reencarnação é uma grande verdade. Mas creio que o mundo ainda não está preparado para aceitar isto...

Transcrito de "Encontro Espiritual" por ismael de almeida.

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Co-criando A NOVA TERRA

«Que os Santos Seres, cujos discípulos aspiramos ser, nos mostrem a luz que
buscamos e nos dêem a poderosa ajuda
de sua Compaixão e Sabedoria. Existe
um AMOR que transcende a toda compreensão e que mora nos corações
daqueles que vivem no Eterno. Há um
Poder que remove todas as coisas. É Ele que vive e se move em quem o Eu é Uno.
Que esse AMOR esteja conosco e que esse
PODER nos eleve até chegar onde o
Iniciador Único é invocado, até ver o Fulgor de Sua Estrela.
Que o AMOR e a bênção dos Santos Seres
se difunda nos mundos.
PAZ e AMOR a todos os Seres»

A lente que olha para um mundo material vê uma realidade, enquanto a lente que olha através do coração vê uma cena totalmente diferente, ainda que elas estejam olhando para o mesmo mundo. A lente que vocês escolherem determinará como experienciarão a sua realidade.

Oração ao Criador

“Amado Criador, eu invoco a sua sagrada e divina luz para fluir em meu ser e através de todo o meu ser agora. Permita-me aceitar uma vibração mais elevada de sua energia, do que eu experienciei anteriormente; envolva-me com as suas verdadeiras qualidades do amor incondicional, da aceitação e do equilíbrio. Permita-me amar a minha alma e a mim mesmo incondicionalmente, aceitando a verdade que existe em meu interior e ao meu redor. Auxilie-me a alcançar a minha iluminação espiritual a partir de um espaço de paz e de equilíbrio, em todos os momentos, promovendo a clareza em meu coração, mente e realidade.
Encoraje-me através da minha conexão profunda e segura e da energia de fluxo eterno do amor incondicional, do equilíbrio e da aceitação, a amar, aceitar e valorizar  todos os aspectos do Criador a minha volta, enquanto aceito a minha verdadeira jornada e missão na Terra.
Eu peço com intenções puras e verdadeiras que o amor incondicional, a aceitação e o equilíbrio do Criador, vibrem com poder na vibração da energia e na freqüência da Terra, de modo que estas qualidades sagradas possam se tornar as realidades de todos.
Eu peço que todas as energias e hábitos desnecessários, e falsas crenças em meu interior e ao meu redor, assim como na Terra e ao redor dela e de toda a humanidade, sejam agora permitidos a se dissolverem, guiados pela vontade do Criador. Permita que um amor que seja um poderoso curador e conforto para todos, penetre na Terra, na civilização e em meu ser agora. Grato e que assim seja.”

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