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O LIVRO DE URÂNTIA - RESUMO - 2ª parte

Os Seres Espirituais de Nébadon

 
"Há 300 bilhões de anos a nebulosa de Andronover obteve, do Governo de Uversa em Orvônton, reconhecimento físico como universo para habitação e ascensão mortal progressiva, recebendo o nome de Nébadon". Nessa época a equipe de Micael se instalou em Sálvington, enquanto prosseguia o amadurecimento astrofísico de seu reino, inercial ou induzido, conforme o caso. Depois de instalado na capital, no exato centro da massa-energia de seu universo, o Filho Criador não pode deixar seu mundo-sede até que se estabilize a gravidade de seus domínios, equilibrando-se os distintos circuitos e sistemas pela atração material mútua, de acordo com o trabalho dos Diretores do Poder e dos Controladores Físicos Decanos do superuniverso.

Atingida a estabilidade, Micael e o Espírito Materno que até então o acompanhava em estado pré-pessoal (sem personalidade plena) projetaram e submeteram à aprovação superior o seu plano de criação da vida, dentre as opções oferecidas pelo Pai. Sua primeira ação criadora conjunta resultou na Brilhante Estrela Matutina, Gabriel de Sálvington, primogênito e Chefe Executivo de Nébadon, "em tudo assemelhado ao seu Pai em caráter, porém limitado nos atributos de divindade".

 
"Começou então a chegar à existência um vasto grupo de criaturas espirituais diversas". Em seguida à Brilhante Estrela Matutina foi gerado o Pai Melquisedeque original, que em enlace com o Filho Criador e o Espírito Materno, seus pais, deu origem à ordem dos Filhos
Melquisedeques, com mais de 10 milhões de integrantes. Na ausência de Gabriel o Pai Melquisedeque atua como chefe executivo de Nébadon. Os filhos desta ordem, por seu turno, operam como assessores de Gabriel ou instrutores dos humanos e anjos.

 
A ordem seguinte é a dos Vorondadeques, filhos de Micael e da Ministra Divina, com l milhão de membros. Servem como Embaixadores perante outros universos ou como cônsules
representantes de constelações dentro de seu universo de origem. São conhecidos como Pais das Constelações, porque três deles estão sempre à frente do Governo de cada uma das 100 constelações de um universo local.

 
A terceira ordem de filiação é a dos Lanonandeques, igualmente gerada por Micael e pelo Espírito Materno. São mais de 12 milhões. Atuam principalmente como Soberanos dos Sistemas ou Príncipes Planetários. Concebidos para estarem próximos dos humanos, eles são mais sujeitos a erro e por isso se envolveram em três rebeliões em Nébadon, das quais
a terceira e mais extensa foi a de Lúcifer e Satã, há cerca de 200 mil anos.

 
Os Portadores de Vida, com 100 milhões de integrantes, são uma ordem especial, gerada pelo Filho Criador e a Ministra Divina de Sálvington em enlace com um Ancião dos Dias de Orvônton. Eles planejam e desenvolvem as formas de vida que levarão para as esferas geológicas, de
acordo com os planos do Filho Criador. Também lhes cabe a supervisão, com os Controladores Físicos, do desenvolvimento das três formas básicas de vida, que produzem os três tipos humanos mencionados anteriormente. Ao surgir o primeiro ser volitivo com poder de decisão moral cessa o seu trabalho e começa o dos Sete Espíritos Auxiliares da Mente (mais circuitos do que personalidades), que desenvolvem nos humanos as seguintes qualidades: intuição, compreensão, coragem, conhecimento, conselho, adoração e sabedoria.
 
Os Ajudantes Universais de Nébadon são:

 * A Brilhante Estrela Matutina (Gabriel de Sálvington);
* As Estrelas Vespertinas;
* Os Arcanjos;
* Os Assistentes Altíssimos;
* Os Altos Comissários;
* Os Supervisores Celestiais; e
* Os Mestres dos Mundos de Aperfeiçoamento Inicial da Alma.
 
Os Serafins, Querubins e Sanobins são os espíritos de Nébadon que ministram para os seres humanos, equivalentes aos Supernafins do Universo Central e aos Seconafins dos superuniversos. Os Serafins são criados pelo Espírito Materno, atuam tanto em nível espiritual quanto material, estando estreitamente ligados às criaturas materiais em todas as fases
de sua evolução. Os Querubins e Sanobins são positivos (os primeiros) ou negativos em energia, cumprindo em enlace as suas funções de auxiliares dos Serafins nas esferas geológicas ou de instrutores nos Mundos de Aperfeiçoamento Inicial da Alma.

 
Os artistas e artesãos celestiais são personalidades espirituais e semi-espirituais que se ocupam do embelezamento e operacionalização moroncial e espiritual do tempo-espaço. Trabalham nas sedes dos superuniversos, dos universos locais, das constelações e dos sistemas planetários, bem como nos planetas já estabelecidos em Luz e Vida. São eles os
músicos e artistas celestiais, os construtores divinos, os registradores do pensamento, os manipuladores da energia (que abrangem os conselheiros de transporte, os especialistas em comunicações e os mestres do descanso moroncial e espiritual), mais os embelezadores das percepções e sentimentos, e finalmente os trabalhadores da harmonia.

 
A Ascensão das Almas

 
Vamos contemplar agora o esquema de ascensão das almas, que em sua evolução desfrutam das habilidades especiais dos artistas e artesãos acima em seu dia-a-dia e nos momentos de espairecimento e recreação, ou com eles trabalham por períodos de sua carreira ascensional.
 
Depois da morte física de um ser humano em seu planeta de origem, o Monitor Divino normalmente segue para Divínington (a esfera dos Monitores, em órbita do Paraíso) e lá espera, cumprindo outras missões, o momento da ressurreição da alma que ajudou a
construir. Por sua vez o Anjo Guardião do Destino (individual ou de grupo) toma aquela alma sob sua responsabilidade até a dispensação dela - elevação milenar de época, ou especial, a qualquer tempo, por motivos afetivos. Todas as almas com potencial de imortalidade ou necessidade de julgamento são, mais cedo ou mais tarde, levadas para as salas de ressurreição do Templo de Montagem da Personalidade, no primeiro dos 7 Mundos de Aperfeiçoamento Inicial. Estes são satélites do Mundo número 1 em órbita de Jerusém, capital do nosso sistema planetário de Satânia.

 
Ao ser feita a chamada de um nome em cada sala de ressurreição, apresenta-se o Monitor Divino correspondente, detentor da memória e da mente de espírito daquele mortal, juntamente com o Anjo Guardião de sua alma. Os Portadores da Vida e os Supervisores do Poder Moroncial constroem para aquela alma um corpo semelhante ao dos anjos e indicador de suas características de personalidade. Se o Monitor do Pensamento não atende à
chamada, normalmente o corpo não é feito e aquela alma se perde. O seu Guardião do Destino comparece então a um tribunal para provar que não teve culpa pela perda. Ocorrem casos em que o Monitor Divino abandona um ser humano ainda durante sua vida, convencido da impossibilidade de sua sobrevivência, por indolência ou maldade, por exemplo. No primeiro caso a alma nem é levada do planeta de origem: é um caso perdido, pelo desperdício do potencial que o Monitor havia reconhecido neste humano em sua infância, no momento em que o escolheu para a missão de elevá-lo à vida eterna. No segundo caso a alma é levada a julgamento, em processo não descrito no Livro, mas que pode chegar à desintegração (pena de morte eterna).

 
Porém quando o Monitor responde à chamada, a alma em questão desperta exatamente como estava no momento da morte material. Se estiver desgastada pela senilidade, por exemplo, receberá primeiro um tratamento que a elevará de volta aos seus momentos de maior lucidez. Neste primeiro mundo de correção de deficiências, no qual algumas belas almas apenas
permanecem em trânsito para o segundo ou até para o terceiro, são tratados principalmente os problemas emocionais, familiares, sexuais e de caráter. A capacitação se faz nas faculdades do pensamento, do sentimento e da ação. Todos aqueles que nesta vida não foram pais ou mães de pelo menos 3 filhos, até a puberdade, deverão adquirir essa experiência nas creches dos Mundos de Aperfeiçoamento Inicial ou mais tarde, junto às famílias dos filhos materiais de Jerusém - o povo de Adão e Eva. Durante a vida moroncial se compensam
igualitariamente todas as diferenças de meio-ambiente, de formação e de oportunidades na vida material. Mesmo sem cultura, uma boa alma tem a mesma chance da mais requintada. Não importa o que ela fez na vida material, mas como fez, eticamente.

 
O Mundo de número 2 cuida sobretudo da eliminação de conflitos intelectuais e da cura de todas as desarmonias mentais. Os ascendentes continuam, como no primeiro Mundo, formando grupos de interesse entre seus contemporâneos e se comunicando, ou visitando almas de sua afetividade nos outros Mundos de Aperfeiçoamento Inicial. No terceiro Mundo os
sobreviventes começam verdadeiramente sua cultura moroncial progressiva e alcançam um discernimento prático da metafísica da filosofia mota que todos devem estudar, juntamente com o idioma de Nébadon. O quarto Mundo marca o início real da carreira moroncial ou anímica, passadas as fases de capacitação dos anteriores. Todo ascendente deve seguir aqui cada fase da programação, salvo alguns poucos que seguem diretamente para a capital do Sistema e lá estudam os idiomas e a filosofia mota. Apresenta-se "uma nova ordem social, baseada na compreensão e apreciação mútua do amor altruísta e do serviço recíproco, sob a
forte motivação de se ter um destino comum e supremo – a meta paradisíaca de perfeição adoradora e divina". Antes de deixar este mundo os ascendentes já dominam o idioma nebadonês, com seu alfabeto de 48 letras, aprendido como se estuda aqui.

 
O quinto Mundo equivale ao nível dos planetas estabelecidos na fase inicial de Luz e Vida. Nele se começa a estudar a língua do superuniverso de Orvônton (que tem 70 letras), de modo a bem conhecer ambos idiomas antes da cidadania em Jerusém. Tem início a consciência de uma cidadania cósmica, um ponto de vista universal, que resulta em sincero entusiasmo pela ascensão a Havona. "O estudo passa a ser voluntário, o serviço altruísta se torna natural e a adoração, espontânea".
 
O sexto Mundo de Aperfeiçoamento marca o início da preparação para a futura carreira espiritual, que se desdobrará após a graduação na capacitação moroncial do universo local. Também começa a instrução na técnica de administração universal. A fusão com o Monitor Divino, potencialmente viável desde a vida material, "como identidade real e funcional
de personalidade", geralmente ocorre neste mundo. Ao se completar a fusão, uma cerimônia simples marca o ingresso na carreira eterna de serviço ao Paraíso. Essa fusão pode, contudo, adiar-se às vezes até a chegada à capital do sistema, ou mesmo da constelação, quando a vida material é novamente estudada. Porém depois dela não há mais dúvidas de que o ascendente prosseguirá até chegar ao Paraíso.

 
No sétimo Mundo desaparecem todas as diferenças que havia entre os procedentes de planetas normais em Luz e Vida e os originários de mundos isolados e retardados como o nosso. Aqui se purgam, finalmente, todos os traços decorrentes de "um meio-ambiente insalubre e de tendências planetárias não-espirituais". Começa um nova adoração, mais
espiritual, do Pai Invisível.

 
A Cidadania em Jerusém

 
Os seres ascendentes ganham afinal a cidadania de Jerusém, capital do sistema de Satânia, de onde governa o Lanonandeque Lanaforge, Soberano do Sistema que substituiu Lúcifer. Esfera arquitetônica como os mundos anteriores, ela também tem seu clima e iluminação
controlados artificialmente. Durante três quartos do dia é iluminada por igual em toda superfície, com claridade equivalente à de 10 horas da manhã em Urântia.
Nesse período a temperatura é de cerca de 20 graus centígrados. Nas horas de  repouso o brilho do céu é semelhante ao de uma noite de lua-cheia e a temperatura cai um pouco abaixo de 10 graus positivos. A atmosfera se compõe de 3 gases básicos (um a mais do que a nossa), para permitir a respiração moroncial, sem contudo afetar a respiração material. O planeta está belamente ornamentado por vegetação e animais evoluídos e úteis, belos e inofensivos, bem
como provido de construções materiais, moronciais e espirituais. Assim como já ocorria nos 7 Mundos de Aperfeiçoamento Inicial, o tempo dos residentes ascendentes se divide entre trabalho, estudo e repouso, mais a periódica recreação e excursões para espairecimento, instrução e convivência.

 
Em Jerusém o corpo docente Melquisedeque atesta a sabedoria moroncial dos ascendentes, o corpo examinador das Brilhantes Estrelas Vespertinas certifica seu discernimento espiritual e os 24 Conselheiros da capital do Sistema julgam seu progresso experiencial de socialização. Por fim os Filhos Materiais confirmam estar alcançada a personalidade mota. Se ainda verificar-se a impossibilidade de fusão com o Monitor do Pensamento nesse estágio, pode ocorrer a fusão com um fragmento pré-pessoal do Espírito Infinito ou prorrogar-se o prazo mais uma vez. Atingido o nível satisfatório, todos os ascendentes se despedem de Jerusém e partem para seus estudos e trabalhos nos 70 Mundos de Capacitação de Edêntia, capital de
nossa constelação de Norlatiadeque, esferas arquitetônicas ainda mais belas e avançadas.

 
A Cidadania em Edêntia
 
Essa temporada "será dedicada principalmente a dominar a ética de grupo, o segredo de uma inter-relação agradável e produtiva entre as distintas ordens universais e superuniversais de
personalidades inteligentes". Ao se graduarem no mundo nº 70 os mortais ascendentes se tornam residentes em Edêntia, de onde os Altíssimos Vorondadeques governam a constelação. Estão agora justamente no meio de sua carreira entre o animal evolucionário e o espírito ascendente: "é um período de verdadeira e celestial felicidade para os progressores moronciais, uma das épocas mais bonitas e mais refrescantes da capacitação neste lado do Paraíso". No caso dos que não hajam conseguido até aí a fusão com o Monitor Divino, pode ocorrer a fusão com um fragmento pré-pessoal do Filho Eterno e a continuação da carreira
ascensional até a capital do superuniverso. Quando novamente julgados aptos a prosseguir, partem todos em direção aos mundos de instrução de Sálvington, capital de Nébadon, onde completarão as últimas fases moronciais e se prepararão para a primeira das seis etapas espirituais.

 
Após um período de trabalho, estudo, repouso e recreação em Sálvington, no próprio planeta em que moram Micael de Nébadon, a Ministra Divina e Gabriel, com toda a beleza e progresso de uma capital de universo local, os ascendentes receberão de Micael em pessoa o
salvo-conduto para deixar este universo em direção à capital de Ensa, Setor Menor do Superuniverso de Orvônton, já como espíritos da primeira etapa. Em U Menor o Terceiro prossegue o aperfeiçoamento, que se desdobrará para U Maior o Quinto, capital do Setor Maior do superuniverso. Daí partirá o ser ascendente para Uversa, capital do superuniverso de Orvônton, depois para os Mundos Perfeitos de Havona e finalmente para o Paraíso, como espírito da sexta etapa e integrante do Corpo da Finalidade da Criação. Está assim atingido o estágio ideal de todo o plano ascensional.
  
A Chegada ao Paraíso

 
A chegada ao Paraíso é tão emocionante, mesmo para seres tão longamente experientes e perfeitos, que algumas vezes têm eles de ser advertidos para se conterem em seus impulsos de adoração. Na proximidade do próprio Pai Eterno Mais que Espírito, do Filho Eterno do Paraíso e do Espírito Infinito, os ascendentes se dão conta de ter completado seu melhor destino evolutivo e atingido a perfeição requerida pelo Pai. A partir desse ponto culminante de uma longuíssima carreira o ascendente poderá ter a condição de residente na Ilha Eterna, nela prestando serviços ou viajando em missões por todo o tempo-espaço. O novo integrante do Corpo da Finalidade da Criação não mais precisa dos anjos transportadores que até então o
haviam levado de esfera em esfera, ao fim de cada estágio de seu avanço. A sétima e última etapa de perfeição do espírito ainda não é alcançável pelos seres humanos ascendentes, estando reservada para momentos futuros da eternidade. Talvez para a época em que estejam habitados os universos em construção nos três círculos do espaço exterior. Os autores não sabem precisar quando.
 
 A Formação de Urântia e a Evolução da Vida
 
Vista a trajetória das almas aqui desenvolvidas, passemos à formação de Urântia e à seqüência evolutiva da vida até nós. O sol de Monmátia, como vimos, formou-se há 5 bilhões de anos. A Terra, por sua vez, definiu-se como planeta há 2 bilhões de anos, com um décimo de seu tamanho atual. Sua massa restante se completou pela acumulação de meteoros, até
um bilhão de anos atrás.

 
Há 550 milhões de anos, embora a atmosfera estivesse irrespirável para qualquer organismo, as águas já continham o grau de salinidade essencial para a implantação do modelo de vida à base de cloreto de sódio escolhido pelos Portadores de Vida. Foi então implantado o plasma vital do Pai em 3 baías abrigadas então existentes: a eurasiático-africana, a australasiática e a ocidental, englobando a Groenlândia e as Américas. Em 50 milhões de anos a flora marinha primitiva estava bem consolidada e dela se desenvolveu, como sempre ocorre, a vida animal mais primitiva e simples, como as amebas. Há 400 milhões de anos a vegetação começou a subir para a terra, adaptando-se bem à atmosfera rica em carbono e começando a oxigená-la. Por mutação surgiram na água os primeiros animais multicelulares e depois os trilobitas, os primeiros organismos de reprodução sexuada. Em 40 milhões de anos apareceram esponjas simples e crustáceos como camarões, caranguejos e lagostas.

 
Há 250 milhões de anos, enquanto a paisagem terrestre se cobria de verde, nos mares vinham à existência os peixes, primeiros vertebrados, evoluídos de artrópodes ou crustáceos, alguns com até 9 metros de comprimento - os tubarões são os únicos sobreviventes dessas espécies
primordiais. Árvores sem folhas se estendiam amplamente pelos continentes, às vezes em bosques de 30 metros de altura, absorvendo o dióxido de carbono que envenenava o ar e preparando o terreno para os futuros animais terrestres.

 
"Há 150 milhões de anos começaram os primeiros períodos de vida animal terrestre", principalmente anfíbios como a rã, que já trazia consigo o potencial para a evolução de seres humanos. Em mais 10 milhões de anos os répteis apareceram completos e deles evoluíram os
dinossauros, espécie dominante por 20 milhões de anos. Extinguiram-se depois, mas um tipo deles, carnívoro, pequeno e ágil, por mutação daria origem aos primeiros mamíferos placentários, há 50 milhões de anos. Antes disso, há 90 milhões de anos, as plantas angiospermas haviam surgido no mar e em seguida invadiram os continentes, adiantando a melhora da atmosfera. Ainda antes, há 100 milhões de anos, haviam aparecido em terra as plantas floríferas e a fauna avícola.

 
Os mamíferos placentários tinham a vantagem da agilidade e da capacidade cerebral superior para se adaptarem às mudanças ambientais. Eram pequenos cavalos, rinocerontes, tapires, esquilos e vários grupos de animais semelhantes aos macacos. Há 40 milhões de anos os
mamíferos carnívoros, herbívoros e onívoros dominavam o mundo. Há 30 milhões de anos os antepassados das baleias, golfinhos e focas se adaptaram de volta aos mares. "As formas atávicas da maior parte dos seres vivos já existiam naquela época".

 
Os Primeiros Seres Humanos

 
Há 1 milhão e meio de anos surgiram de repente, no Oeste da Índia, os primeiros mamíferos proto-humanos, depois evoluídos para primatas. Em mais 500 mil anos, na mesma região, nasceram dentre os primatas “dois seres humanos primitivos, os verdadeiros antepassados da humanidade”. Seu grupo havia sido o primeiro a lançar pedras e usar o garrote em suas lutas. Eram dois gêmeos, ele Andon, ela Fonta, que desenvolveram uma linguagem de 50 sinais e palavras que os outros de sua tribo não conseguiam aprender. Graças a eles Urântia foi, há exatamente 993.477 anos, registrada como mundo habitado por humanos no tempo-espaço. Foi esse casal que inventou a técnica de produção do fogo, inicialmente queimando um ninho de pássaros seco com as fagulhas produzidas por dois blocos de sílex, após semanas de tentativas.

 
Esse domínio do fogo seria essencial para sua sobrevivência, juntamente com as roupas de pele de animais que aprenderam a fazer para se protegerem do frio. Vendo-se diferentes dos demais e já habitados por Monitores do Pensamento, aos 11 anos de idade decidiram partir
em direção ao norte e ao frio, deixando seus parentes primitivos no aprazível clima da futura Índia. Dois anos depois lhes nasceu Sontad, o primeiro dos 19 filhos que teriam, os quais lhes deram quase 50 netos e 6 bisnetos antes de sua morte em um terremoto, aos 42 anos. As almas de Andon e Fonta seguiram o caminho dos Mundos de Aperfeiçoamento Inicial, até a cidadania em Jerusém, fusionados com seus Monitores Divinos. "Estão agora servindo com as personalidades moronciais que recebem no primeiro Mundo as almas ascendentes de Urântia".
 
Os andonitas tinham olhos negros e pele morena, como os esquimós de hoje, e um pouco mais de pelos no corpo do que o homem moderno. Adotaram para a chefia do clã os primogênitos varões dos descendentes diretos de Sontad. Quando faltou um descendente masculino na linha direta, dois rivais empreenderam uma luta bem humana pelo poder. Mais tarde houve novos conflitos entre os diversos clãs, que provocaram a perda de bons potenciais e chegaram a ameaçar de extinção a sua civilização primitiva.

 
Porém a dispersão ocorrida a partir da 20ª geração serviu de mecanismo atenuador dos instintos agressivos herdados dos animais. Antes que o gelo da 3ª glaciação avançasse sobre a França e a Inglaterra, os andonitas neandertais haviam estabelecido mais de 1000
assentamentos separados ao longo dos grandes rios que desembocavam no Mar do Norte, de temperatura amena nessa época. Viviam em grutas às margens dos rios ou em casas de pedra e eram quase que exclusivamente carnívoros. Usavam lanças e arpões, bem como elaborados artefatos de pedra. A dispersão foi reduzindo a qualidade cultural e espiritual dos clãs, até que 20 mil anos depois se afirmou a liderança de Onagar. Ele semeou a paz entre os diversos grupos, guiou-os à adoração de “Aquele que dá o alento aos homens e animais” e enviou os primeiros missionários com a sua mensagem religiosa. Onagar "instituiu um governo tribal eficaz, que não teve paralelo entre as sucessivas gerações durante muitos
milênios", até a chegada do Príncipe Planetário, há 500 mil anos.

 
A Cidade Planetária (a verdadeira Atlântida)

 
Quando chegou a Urântia o Príncipe Planetário Caligástia, há cerca de 500 mil anos, havia no planeta quase 500 milhões de seres humanos primitivos e estavam surgindo as seis raças de cor que sempre aparecem nas esferas geológicas. As raças primárias são a vermelha, a
amarela e a azul; e as secundárias são a alaranjada, a verde e a negra. Aqui a alaranjada e a verde se extinguiram, a amarela se concentrou na Ásia, a vermelha nas Américas e a negra na África. A azul, por sua vez, deu origem aos povos brancos de hoje, em parte combinada com o sangue adâmico e nodita. A raça amarela também recebeu pequena mas potente infusão da raça violeta.

 
A sede central do Príncipe, que inspirou o mito da Atlântida, estabeleceu-se na zona da futura Mesopotâmia, onde hoje se encontra o Iraque. Caligástia era um Filho Lanonandeque da ordem secundária, com grande experiência e dotado de mente original e brilhante. Ele veio acompanhado do também Lanonandeque Daligástia, de grande grupo de anjos e de muitos outros seres celestiais, para promover os interesses e o bem-estar das raças humanas. Com estes também vieram 100 seres materiais (50 homens e 50 mulheres), os "Cem de Caligástia", cidadãos ascendentes de Jerusém originários de 100 planetas diferentes de Satânia. Para estes foram construídos corpos de carne e osso, com o plasma vital de 100 humanos descendentes de Andon e Fonta.  Os doadores do plasma receberam modificações em seu metabolismo, de forma a se tornarem imortais para sua longa missão civilizadora. Sua imortalidade (e a dos "Cem de Caligástia") era mantida pela ligação aos circuitos vitais do sistema e pelo consumo dos frutos e folhas da "Árvore da Vida", um arbusto trazido de
Edêntia, capital da nossa Constelação de Norlatiadeque.

 
Algum tempo depois da chegada, os integrantes corpóreos do séqüito do Príncipe descobriram que podiam gerar seres intermediários entre os humanos e os anjos, com alta versatilidade e utilidade prática. Cada um dos 50 casais produziu 1000 de tais seres e em seguida perdeu a
capacidade reprodutiva. Dessa forma surgiram os 50 mil Seres Intermediários Primários (os Secundários são descendentes de Adamson, o primogênito de Adão e Eva).

 
A Cidade Planetária era simples mas muito bela, cercada por uma muralha de 12 metros de altura e localizada mais ou menos ao centro da população da época. Chamou-se Dalamátia em homenagem a Daligástia, lugar-tenente de Caligástia. O templo do Pai Invisível, no centro,
tinha três pavimentos; as sedes dos dez conselhos do Príncipe tinham dois andares. Todos os demais prédios eram térreos e igualmente construídos com os materiais mais disponíveis: tijolos e pouca madeira ou pedra. A cidade era belamente arborizada e decorada com obras de produção local. O clima de então era muito aprazível e abundantes as frutas e nozes nas quais se baseava a dieta dos "Cem de Caligástia", que não consumiam carne alguma.

 
A Organização dos "Cem de Caligástia"

 
Os cem integrantes do séqüito corpóreo do Príncipe (e seus cem associados humanos) se organizaram em dez conselhos autônomos, cada um com dez membros:

 
1. Conselho de alimentação e bem-estar material;
2. Junta de domesticação dos animais;
3. Assessores sobre o controle dos animais de rapina;
4. Corpo docente para a difusão do conhecimento;
5. Comissão de indústria e comércio;
6. Colégio da religião revelada;
7. Guardiães da saúde e da vida;
8. Conselho planetário das artes e ciências;
9. Governadores das relações tribais avançadas; e
10. Tribunal supremo de coordenação tribal e cooperação racial.

 
Esses conselhos ensinaram às tribos circunvizinhas a tecelagem, o tratamento das peles de animais, o cozimento da comida, a defumação e secagem das carnes, a pecuária e a domesticação dos animais, a escavação de poços, a produção de manteiga e queijo, a utilização da roda, o combate aos animais ferozes, a construção de moradias, o uso de um
alfabeto de 25 letras na escrita, algumas manufaturas, rudimentos de religião, medidas preventivas de higiene, a química e a física elementares, a confecção da cerâmica e as artes decorativas, bem como a metalurgia.

 
O modo de atuação dos 100 graduados dos Mundos de Aperfeiçoamento Inicial da Alma era "atrair os melhores intelectos das tribos circundantes e, depois de tê-los preparado, enviá-los de volta ao seu povo respectivo como emissários da elevação social". Os jovens eram levados por volta dos 13 a 15 anos para viver na Cidade Planetária, em famílias de 10 "filhos", com cada um dos 50 casais instrutores. Aos 16 ou 17 anos voltavam eles aos seus povos, para o casamento e a atuação como emissários do Príncipe, aplicando os conhecimentos adquiridos. Buscava-se "o progresso mediante a evolução e não a revolução".

 
O código moral da Cidade, ou "Caminho do Pai", constava dos seguintes mandamentos:
 
1. Não temas nem sirvas a outro Deus que não seja o Pai de tudo;
2. Não desobedeças ao Filho do Pai, o governante mundial, nem faltes ao respeito com seus associados sobre-humanos;
3. Não mintas perante os juízes do povo;
4. Não mates homens, mulheres ou crianças;
5. Não roubes os bens nem o gado de teu próximo;
6. Não toques a esposa de teu amigo;
7. Não faltes ao respeito com teus pais nem com os anciãos da tribo.
A Cidade Planetária funcionou normalmente durante 300 mil anos, com população de cerca de 20 mil habitantes. Sua atuação civilizadora se estendeu por um raio de 160 quilômetros à sua volta, pouco a pouco elevando o homem primitivo de caçador a agricultor e pecuarista.
Os descendentes primários de Andon e Fonta (os andonitas) e todas as seis raças de cor tiveram a oportunidade de beneficiar-se dos ensinamentos dos "Cem de Caligástia". Aprenderam o valor da família e da residência unifamiliar estável, com o importante conhecimento de que "o homem selvagem ama seus filhos, mas o homem civilizado ama também os seus netos". Há 200 mil anos, lamentavelmente, o Príncipe Planetário de Urântia se uniu à rebelião de Lúcifer e "a catástrofe de engano e sedição de Caligástia aniquilou quase todos os descobrimentos maravilhosos dos humanos daqueles dias".
 

Continua .../

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Co-criando A NOVA TERRA

«Que os Santos Seres, cujos discípulos aspiramos ser, nos mostrem a luz que
buscamos e nos dêem a poderosa ajuda
de sua Compaixão e Sabedoria. Existe
um AMOR que transcende a toda compreensão e que mora nos corações
daqueles que vivem no Eterno. Há um
Poder que remove todas as coisas. É Ele que vive e se move em quem o Eu é Uno.
Que esse AMOR esteja conosco e que esse
PODER nos eleve até chegar onde o
Iniciador Único é invocado, até ver o Fulgor de Sua Estrela.
Que o AMOR e a bênção dos Santos Seres
se difunda nos mundos.
PAZ e AMOR a todos os Seres»

A lente que olha para um mundo material vê uma realidade, enquanto a lente que olha através do coração vê uma cena totalmente diferente, ainda que elas estejam olhando para o mesmo mundo. A lente que vocês escolherem determinará como experienciarão a sua realidade.

Oração ao Criador

“Amado Criador, eu invoco a sua sagrada e divina luz para fluir em meu ser e através de todo o meu ser agora. Permita-me aceitar uma vibração mais elevada de sua energia, do que eu experienciei anteriormente; envolva-me com as suas verdadeiras qualidades do amor incondicional, da aceitação e do equilíbrio. Permita-me amar a minha alma e a mim mesmo incondicionalmente, aceitando a verdade que existe em meu interior e ao meu redor. Auxilie-me a alcançar a minha iluminação espiritual a partir de um espaço de paz e de equilíbrio, em todos os momentos, promovendo a clareza em meu coração, mente e realidade.
Encoraje-me através da minha conexão profunda e segura e da energia de fluxo eterno do amor incondicional, do equilíbrio e da aceitação, a amar, aceitar e valorizar  todos os aspectos do Criador a minha volta, enquanto aceito a minha verdadeira jornada e missão na Terra.
Eu peço com intenções puras e verdadeiras que o amor incondicional, a aceitação e o equilíbrio do Criador, vibrem com poder na vibração da energia e na freqüência da Terra, de modo que estas qualidades sagradas possam se tornar as realidades de todos.
Eu peço que todas as energias e hábitos desnecessários, e falsas crenças em meu interior e ao meu redor, assim como na Terra e ao redor dela e de toda a humanidade, sejam agora permitidos a se dissolverem, guiados pela vontade do Criador. Permita que um amor que seja um poderoso curador e conforto para todos, penetre na Terra, na civilização e em meu ser agora. Grato e que assim seja.”

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