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O QUE DIZ O CORAÇÃO?

 

Nesta semana, Gregório nos questiona se temos parado para ouvir o nosso coração. Os amigos espirituais orientam-nos a escutá-lo e segui-lo. Porém, às vezes, tememos ouvi-lo. Tememos que esteja errado, pois nos encaminha por caminhos que não temos a certeza se queremos e/ou se devemos seguir.

 

Como saber? Talvez devamos recorrer ao que o inspira e o rege. Se o amor, sigamos sem medo de errar. Se a vaidade, a raiva ou qualquer outro sentimento nocivo, que teima visitar o nosso coração envolvamos com amor. Cuidadosos, o ouçamos com mais atenção e tentemos acalmá-lo e retirá-lo do sofrimento que se encontra.

 

Fácil? Não. Porém, é possível. Faz-se necessário o auto-conhecimento,  o amar a si mesmo e a escolha de que caminho deseja seguir. Utilizar o Cristo como exemplo, aprendendo com seus ensinamentos, garante o caminho certo. Contudo, é preciso estar atento ao seu verdadeiro teor e significado. Selecionar a origem e ser crítico. Pois, por muitas vezes, nos chega literaturas, mensagens e/ou mensageiros que distorcem o sentido do que Jesus quis nos dizer.

Não esqueçam que a semente do amor, a presença de Deus em nós, o habita.

Que seja um lindo e sincero diálogo!

E que tenhamos uma conversa maravilhosa neste dia.

 

O QUE DIZ O CORAÇÃO?

 

A nossa história de hoje aconteceu há muitos anos atrás. Eu nem mesmo era nascido.

 

Eis que no reino de Judá nascia o menino Jesus. Ele veio para nos ensinar o amor, e seu legado permanece até hoje. Mas vamos retornar aos tempos atuais.

 

Sabem que fui educado na religião cristã. Meu pai nos reunia aos domingos e nos levava para assistir a missa. Era difícil, naquela época, compreender o Cristianismo. Os padres falavam em latim e rezavam a missa de frente para o altar e de costas para os fiéis. A maioria não sabia o que estavam dizendo e acompanhavam, fervorosos, a energia que emanava de suas palavras. Outros, incluam aí a maioria das crianças, tentavam, digo, até que se esforçavam, manterem-se concentrados, uma vez que temiam a Deus e aos castigos severos de pais terrenos, se não se comportassem.

 

Quanto a mim, era diferente. Concentrava-me nas palavras e, com olhos atentos, examinava tudo ao meu redor. Pela sonoridade que vinha da articulação, às vezes calma, às vezes feroz, observava as expressões das mais diversas que invadiam faces e, freqüentemente, todo o corpo.

 

Certa vez, pude ver uma senhora da mais alta sociedade que se contorcia a cada testemunho. Pensei. Será que entende o que falam e seu corpo pecador responde a responsabilidade dos atos? Ou será que nada entende e estremece de ansiedade pelo fim da palestra? Passava horas entre observação e pensamentos.

 

Meu pai, admirado da minha concentração, orgulhava-se. Ao término, durante o caminho e, por muitas vezes, até chegar em casa, explicava-me cada palavra dita, traduzindo para o português. Perguntei-lhe por que rezavam e dirigiam-se a Deus em latim, se a maioria de nós não podia compreender? Respondeu-me que se tratava das coisas de Deus e os homens simples e ignorantes não eram dignos de partilhar deste banquete. Apenas podiam servisse das sobras de luz e bênçãos que caiam sobre todos os presentes.

 

- Mas Jesus não veio para todos? Retruquei. 

 

- Sim, mas falava em parábolas para só os escolhidos compreenderem.

 

Não me conformava com tal explicação. Como podiam dividir ignorantes de sábios, se os que os separavam era o acesso as letras?  Por acaso Deus nos dividia por classes? Porque não ensinou a todos a ler e escrever? Só dedicou-se a uma minoria? Então, não era tão justo como se dizia ele ser. Pois meu pai favorecia aos estudos até mesmo os índios e os escravos.

 

Pobre de nós. Nada sabíamos. Pergunto-me como terá sido a chegada de meu pai por aqui. Ainda não tive a felicidade de reencontrá-lo.

 

 Tempo foi passando e comecei a entender o latim. Já podia, agora, entender melhor cada expressão. Parecia incrível, mas observei que nem sempre o mais dócil e inteligente tem a mesma reação do grosso e vil.

 

Pensaram que eu ia dizer que aquele a quem percebia fazer o mau trato nem mesmo se padecia das artimanhas que fez?

Pois, engana-se.

 

Vi jovens dóceis enrubescer e depois apagar-se dali envolvidas em seus pensamentos. Como se não fosse com ela que conversavam. Vi, até mesmo, uma jovem senhora que abastava o coração, dar muxoxo quando relatado a obediência a Deus e de sua Lei de Amor. Sabe lá o que se passou em sua cabeça. Soube depois, que traia o marido e maltratava suas escravas quando ninguém estava à vista. E desfilava seu coração bondoso, exaltando orgulho. Acredito que daqui poderia se ver o veneno que saía de suas entranhas.

 

Muitos contos escrevi ao chegar em casa. Lembrei-me de um pequeno causo, como falavam os que viviam nas roças a garimpar sustento e sobrevivência, e separei para contar para vocês.

 

Vamos ao conto.

 

Fazia parte da sociedade, um jovem fidalgo que, um dia apaixonado, entregou seu coração a uma linda jovem, não tão abastada como ele. Não que era pobre, mas sua família há muito que havia perdido o prestígio pelas bandas de lá. Prestígio é algo que se perde rápido quando a produção já não enche os cofres públicos, como dantes fazia. E foi assim que Lucilda e Zoroastro iniciaram a vida.

 

O amor lhes pulsava o coração, mas o temor a Deus e as leis descritas pelos padres impediam a extrema felicidade. Pois, que não podia um homem temente a Deus entregar-se às paixões da vida. Nem mesmo pela mulher a quem pertencia o coração. Todo amor deveria ser destinado a Deus e a seu representante na terra: o papa e/ou o padre superior que o representava na localidade, aonde nunca foi e nem haveria de ir, pois estava ocupado com os afazeres do céu na terra. 

 

O pobre homem tentava segurar no peito todo amor que possuía por sua alma companheira, agora esposa. Foi orientado a buscar outras mulheres, para assim dividir o coração e não deixá-lo apenas para uma única dama. Apesar de seguir as recomendações, que o mantinha na roda dos homens de bem, seu coração amargurava e buscava solução urgente. Isto porque trazia em seu ser a semente do verdadeiro amor e a consciência de que a dedicação a sua alma amada não o conduziria ao fogo eterno da salvação.

 

Temia a Deus, mas não aceitava tais imposições. Via a doce jovem sofrer e chorar ao abandono e traições. Um dia, aniversário de casamento, decidiu reforçar os laços que havia feito. Decidido, prometeu a si mesmo e a encantadora mulher, a quem amava mais que todo resto, que jamais a magoaria novamente. Horas se passaram, quando uma tormenta chegou à cidade inundando tudo que havia pela frente. Deixou a esposa amada e foi dedicar-se a proteção do patrimônio. Demorou-se tanto que ela, preocupada, saiu a sua procura. Perto de chegar onde ele se encontrava, deixou-se escorregar por um barranco que a levou para sempre da vida.

 

O esposo, ao chegar a casa não a encontrou. Saiu a sua procura e encontrou o corpo sem vida. Em desespero, suplicou a Deus que não a levasse. Que jamais a amaria mais que a Deus.

 

- Perdoe-me - Gritava. 

- Não posso viver sem ela. 

 

Ao retornar a casa, corpo ofegante nos braços a despedir-se da vida, encontrou os amigos que vinheram a seu auxílio. Amigos estes que reforçaram sua certeza de que Deus o castigava por prometer amá-la tanto quanto o seu Deus queria. Agora, envenenado, desesperado pela perda que se constatava a cada minuto, jurou clemência a Deus. A pobre, sem nada saber foi largada na cama. Corpo imóvel, deixou a vida sem poder receber do marido o amor que merecia e desejava.

 

Encontrei-a por aqui. Tão bela e serena, trazia no fundo do olhar uma tristeza perceptível. Esperava, há muito, o homem amado, que, entregue ao rigor da vida que para si impôs, não tardou a desencarnar. Temente a Deus, passou os últimos dias dedicado ao trabalho. Jejuava e fazia penitência para se livrar do pecado de ter condenado a esposa à morte, porque escolheu não atender as Leis de Deus. Nas profundezas de seu coração triste, trazia um ódio instaurado pelo Pai do céu. A culpa o atormentava pela morte da mulher amada e pelo ódio de crescia em sua alma. Recorreu à penitência severa, entregou-se à doença. Enfraquecido, faleceu.

 

Ao chegar por aqui, perdeu-se por completo. Não encontrou o que acreditava que encontraria. Entregou-se à culpa e ao ódio, que se tornaram companheiros constantes, levando-o a total perturbação. Dores invadiam seu corpo, dilacerando sua paz. Gritos de horror despontavam da sua boca a todo instante.

 

Acompanhando a sua ex-esposa, pude ver lágrimas rolarem pela face do dócil espírito que continuava sofrer pelo o amado. Disse-me que o envolvia em luz, em vibrações de paz e encorajamento para que se libertasse do suplício e vinhesse ao seu encontro. Há muito se dedicava a alma amada, porém, ele, envolto de tormentos, evoluía a passos lentos. Deixei-a em suas orações diárias e saí a caminhar.

 

Pensativo, lembrei de meu pai e de seus ensinamentos. Da meninice ao ouvir leis que não provinham de Deus e sim dos homens. Leis que atormentavam o coração e os faziam caminhar pela contramão. Lembrei do jovem Zoroastro que, quando finalmente liberto, deixou-se aprisionar para sempre na decepção do amor.

 

Voltado para o lado errado, não compreendeu os desígnio do Senhor. Não escutou o que Ele lhe falava ao coração. Dava-lhe a oportunidade de fazer diferente na última hora derradeira da vida que tanto amava. Porém, compreendeu errado, entregando-se aos traiçoeiros que vinham para desencaminhá-lo. Fraco, rendeu-se. Destruiu-se por inteiro, entregando-se a uma dor que não deveria existir. Que não deveria se postergar pelo longo de sua existência. Ele ainda não dá ouvidos ao seu coração.

 

E quanto a vocês? Têm parado para ouvi-lo sinceramente?

 

Comovido, lanço mão de questionamentos necessários a alma, pois saibam que a vida plena que os espera traz, como retrato, o já vivido. Contemplá-lo ou guardá-lo é uma escolha que fazemos todos os dias. Quando escolhemos o recomeço, reconhecemos o tempo perdido e nos afligimos. Graças à misericórdia divina, contamos com amigos, verdadeiros amigos, que nos acalmam o coração, nos dando coragem para continuar a caminhada.

 

Deixo-os para logo voltar.

Gregório.

14.02.2012



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Espero contribuir com um MOMENTO DE LUZ na vida de cada um de vocês.

Beijos e gotas de luz na alma de todos.

Vou me programar para postar aqui, na Rede ANJO DE LUZ, ao menos uma vez na semana, o que de melhor aparecer no BLOG Momento de Luz.

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Co-criando A NOVA TERRA

«Que os Santos Seres, cujos discípulos aspiramos ser, nos mostrem a luz que
buscamos e nos dêem a poderosa ajuda
de sua Compaixão e Sabedoria. Existe
um AMOR que transcende a toda compreensão e que mora nos corações
daqueles que vivem no Eterno. Há um
Poder que remove todas as coisas. É Ele que vive e se move em quem o Eu é Uno.
Que esse AMOR esteja conosco e que esse
PODER nos eleve até chegar onde o
Iniciador Único é invocado, até ver o Fulgor de Sua Estrela.
Que o AMOR e a bênção dos Santos Seres
se difunda nos mundos.
PAZ e AMOR a todos os Seres»

A lente que olha para um mundo material vê uma realidade, enquanto a lente que olha através do coração vê uma cena totalmente diferente, ainda que elas estejam olhando para o mesmo mundo. A lente que vocês escolherem determinará como experienciarão a sua realidade.

Oração ao Criador

“Amado Criador, eu invoco a sua sagrada e divina luz para fluir em meu ser e através de todo o meu ser agora. Permita-me aceitar uma vibração mais elevada de sua energia, do que eu experienciei anteriormente; envolva-me com as suas verdadeiras qualidades do amor incondicional, da aceitação e do equilíbrio. Permita-me amar a minha alma e a mim mesmo incondicionalmente, aceitando a verdade que existe em meu interior e ao meu redor. Auxilie-me a alcançar a minha iluminação espiritual a partir de um espaço de paz e de equilíbrio, em todos os momentos, promovendo a clareza em meu coração, mente e realidade.
Encoraje-me através da minha conexão profunda e segura e da energia de fluxo eterno do amor incondicional, do equilíbrio e da aceitação, a amar, aceitar e valorizar  todos os aspectos do Criador a minha volta, enquanto aceito a minha verdadeira jornada e missão na Terra.
Eu peço com intenções puras e verdadeiras que o amor incondicional, a aceitação e o equilíbrio do Criador, vibrem com poder na vibração da energia e na freqüência da Terra, de modo que estas qualidades sagradas possam se tornar as realidades de todos.
Eu peço que todas as energias e hábitos desnecessários, e falsas crenças em meu interior e ao meu redor, assim como na Terra e ao redor dela e de toda a humanidade, sejam agora permitidos a se dissolverem, guiados pela vontade do Criador. Permita que um amor que seja um poderoso curador e conforto para todos, penetre na Terra, na civilização e em meu ser agora. Grato e que assim seja.”

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