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O primeiro raio do amor é aquele instinto animal que impulsiona à conservação das espécies; em ritmo louco, através dos tempos, lutando, matando e ainda sucumbindo por esse intenso desejo de conservação, saem triunfantes os diversos tipos de animais e de raças humanas. É como um redemoinho que começando com um curto vórtice, transforma-se numa imensa tromba que absorve e absorve, irremissivelmente.
Tudo perece, porém até o último alento, a carne luta encarniçadamente por sua conservação. Assim, com este magnífico e inconsciente desejo de ser, mantêm-se os milhares e milhares de astros que povoam o espaço, indo todos, irremissivelmente em pós do oculto ímã que os mantém em movimento: o amor.
Porém, no segundo raio do amor esse desejo de ser adquire, mediante a defesa, a auto-consciência do que é; e esta defesa amorosa se estende ao limite do que abarca a necessidade do defensor: a si mesmo, a prole, o alimento e outras coisas indispensáveis para a vida.
Pela defesa se formaram as famílias, os clãs, as nações, os códigos e ainda as sociedades de proteção e ajuda mútua. Este subconsciente amor defensivo lançou raízes tão poderosas nos seres humanos que agora, que já quase não lhes é necessário, não podem desprender-se dele e é causa de ruína, destruição e morte.
O homem, ao sentir-se relativamente seguro no ambiente de defesa que havia criado, começou a dedicar seu amor animal ao terceiro raio do amor, seu corpo.
É algo indefinido, misterioso e sutil, isto do amor ao próprio corpo.
Desde que a criança se vê refletida na água da fonte ou no espelho de sua casa, nasce este estremecimento estranho, às vezes subconscientemente vergonhoso, de auto-atração. É como se encontrasse alguém que não é ele mesmo e que, no entanto buscou toda sua vida; é uma morbosa satisfação, um descenso definitivo à matéria.
Este amor se torna, com o tempo, cada vez mais forte e egoísta, especialmente para aqueles que não encontram outra orientação em sua vida, sendo o temor contínuo de que o corpo não esteja bem cuidado, regalado, mimado, uma obsessão; tudo é pouco para o próprio corpo, tudo é insuficiente, porque esse amor cego o impulsiona e escraviza, ata o ser cada vez mais à sua carne.
E que se pode esperar de tanto amor ao corpo senão a entrada no quarto raio de amor, que proporciona ao corpo todos os prazeres animais da vida, esses prazeres animais que não admitem a felicidade e a cooperação de outros, senão unicamente a satisfação do próprio deleite?
Ainda entre homens já civilizados se apresentam estes curiosos aspectos de amor; homens que não podem pensar em vivificar o prazer alheio senão que pensam unicamente em saciar seus próprios apetites. Todos estes aspectos do amor animal têm uma grande importância para conservar as espécies vegetais e animais, tão indispensáveis para a vida do homem; porém para o ser humano, que tem livre arbítrio e pensamento, estes tipos de amor, em lugar de elevá-lo para o Divino, arrastam-no fortemente para a vida animal e inferior.
O quinto raio do amor já é humano, impulsiona o ser a sentir por outros o que sente por si. Admite que seu prazer possa ser prazer de outro, que sua felicidade possa ser felicidade de outro, e comprova que não é somente ele quem sente, sofre e ama, senão que há outros seres que experimentam essas mesmas sensações. Por isso, busca a expansão, a comunicação, o afeto recíproco.
Quando o ser goza, subconscientemente goza mais, porque sabe que seu prazer é herança de toda sua espécie e chega, por este meio, a respeitar seus semelhantes, a compreender suas necessidades fisiológicas, a ampará-los e protegê-los.
No sexto raio do amor, o amor humano se faz atrativo.
Descreveu-o Dante com palavras impossíveis de superar: “Amor che a nullo amato, amar perdona.”, que quer dizer que o amor exige amor.
O amante quer o prazer para si e para o ser amado. Se bem que o círculo de seus afetos seja muito reduzido, às vezes tão reduzido que abarca uma só pessoa, no entanto é tudo para ele; por esse amor luta, trabalha, sofre e sabe até morrer. Não pode tolerar que alguém lhe tire seu afeto e, às vezes, quando desaparece esse afeto, entrega-se ao desespero, odeia e mata.
No sétimo raio, o amor humano se estende desde uma pessoa até várias, até toda uma coletividade.
É o amor humano que busca horizontes mais amplos, que quer se transformar em um Amor Real; em uma palavra, não quer morrer, porque começa a compreender esse antigo ditado: “o amor que morreu não era amor”.
Ama seus filhos, fruto de seu prazer; sabe que os afetos perecedouros da forma atrativa, que têm que terminar cedo ou tarde, sobreviverão em sua prole, irão se estendendo cada vez mais, pelas gerações, por aquele fio indestrutível da herança dos tipos de sangue.
O oitavo raio faz o amor humano compassivo, o ser sofre pelos padecimentos alheios e deseja que seu bem-estar seja o bem-estar de todo seu povo.
Embora queira, acima de tudo, o bem-estar para si, admite a necessidade do bem-estar para os outros. Protege os que inspiram simpatia, ajuda os de sua raça, favorece os que o louvam; e, embora não perdoe os que estão contra ele, faz todo bem que pode, sempre que redunde em sua própria satisfação e em aras de seu amor próprio.
Porém o amor humano, relativo como todas as coisas que têm forma, não é o Amor Real, unicamente o Amor Divino é Amor Real.
O nono raio do amor é divino, porque aquele que ama, ama por amar, dá por dar, sem esperar recompensa.
Como se pode fazer diferença entre um homem e outro, se todos saíram da mesma Essência Divina e todos terão que voltar a Ela? Que importa não ser correspondido, não receber a chama do ser amado, se toda chama está nas mão do verdadeiro Amante?
Dizem os verdadeiros devotos que estão loucos de amor para com Deus e para com toda a humanidade.
Passa-se aqui ao décimo raio do amor .
Se o Amor Divino é tão extenso e sublime que tudo abarca sem pedir nada, quão maravilhoso será este amor quando focalizado em algumas das criaturas que o rodeiam.
Unicamente um ser assim pode conhecer a verdadeira amizade. É pena que esta bela palavra tenha sido tão desvirtuada pelos que a usam, pois a verdadeira amizade é o amor, que goza unicamente em ver feliz o ser amado, ainda às custas de seu sacrifício.
Houve um estudante que, quando ingressou na vida espiritual, foi distinguido pelo seu Mestre de modo particular. Este muitas vezes o chamava a seu lado para falar-lhe de coisas espirituais e do Amor Divino; muitas vezes se fazia acompanhar por ele em seus passeios e, ao discípulo, parecia que sua alma estava abrigada sob a alma do Mestre .
Porém, a partir de um dia, o Mestre não voltou a chamá-lo e quando o encontrava, saudava-o sem particularidades, desesperado, o estudante foi, um dia, lançar-se aos pés do Mestre para saber em que culpa havia incorrido para ser afastado de tal modo; o Mestre lhe respondeu: “Meu amor por ti é tão grande hoje como ontem, melhor dito, é daqueles que cada vez se fazem mais fortes, porém esse amor seria imperfeito se buscássemos nossa satisfação pessoal; antes eras pequeno, necessitavas de minha palavra e de minha presença; hoje que criastes asas, tens que valer-te por ti mesmo; o contato comigo ser-te-ia mais prejudicial que útil. Vai e aprende que o verdadeiro amor não é o dos homens, que diz: “longe dos olhos, longe do coração”, senão é aquele sempre invariável, de longe e de perto, na vida e na morte.”
No undécimo raio, o amor divino se torna extático. Não há medida entre um amor e outro, entre uma forma e outra.
Qualquer expressão de amor, ainda a menor, ainda a mais insignificante, acende tal chama no peito, que funde a alma no Amor Divino, por êxtase.
A beleza do céu e de uma ave voadora fez com que o pequeno Ramakrishina caísse em êxtase.
Uma criança que passava pela rua recordou a São João da Cruz a beleza do menino Jesus, caindo este num êxtase de amor tão grande, que seu rosto se incendiou como se estivesse em chamas.
O duodécimo raio do Amor Divino restitue a alma extática, pelo caminho do coração ou pelo caminho da mente, àquela Fonte Primeira e Universal desde onde brotou a primeira expressão de vida, impulsionada pelo Eterno Amor.
Ali é onde o Amor Real se funde de tal modo com a Divindade, que é difícil assinalar o limite entre o Manifestado e o Imanifestado.
Porém, ainda aqui, nestas sublimes alturas, pode-se recordar as palavras do filósofo hindu que disse: “O amor é o princípio e o fim do Caminho”.

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«Que os Santos Seres, cujos discípulos aspiramos ser, nos mostrem a luz que
buscamos e nos dêem a poderosa ajuda
de sua Compaixão e Sabedoria. Existe
um AMOR que transcende a toda compreensão e que mora nos corações
daqueles que vivem no Eterno. Há um
Poder que remove todas as coisas. É Ele que vive e se move em quem o Eu é Uno.
Que esse AMOR esteja conosco e que esse
PODER nos eleve até chegar onde o
Iniciador Único é invocado, até ver o Fulgor de Sua Estrela.
Que o AMOR e a bênção dos Santos Seres
se difunda nos mundos.
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A lente que olha para um mundo material vê uma realidade, enquanto a lente que olha através do coração vê uma cena totalmente diferente, ainda que elas estejam olhando para o mesmo mundo. A lente que vocês escolherem determinará como experienciarão a sua realidade.

Oração ao Criador

“Amado Criador, eu invoco a sua sagrada e divina luz para fluir em meu ser e através de todo o meu ser agora. Permita-me aceitar uma vibração mais elevada de sua energia, do que eu experienciei anteriormente; envolva-me com as suas verdadeiras qualidades do amor incondicional, da aceitação e do equilíbrio. Permita-me amar a minha alma e a mim mesmo incondicionalmente, aceitando a verdade que existe em meu interior e ao meu redor. Auxilie-me a alcançar a minha iluminação espiritual a partir de um espaço de paz e de equilíbrio, em todos os momentos, promovendo a clareza em meu coração, mente e realidade.
Encoraje-me através da minha conexão profunda e segura e da energia de fluxo eterno do amor incondicional, do equilíbrio e da aceitação, a amar, aceitar e valorizar  todos os aspectos do Criador a minha volta, enquanto aceito a minha verdadeira jornada e missão na Terra.
Eu peço com intenções puras e verdadeiras que o amor incondicional, a aceitação e o equilíbrio do Criador, vibrem com poder na vibração da energia e na freqüência da Terra, de modo que estas qualidades sagradas possam se tornar as realidades de todos.
Eu peço que todas as energias e hábitos desnecessários, e falsas crenças em meu interior e ao meu redor, assim como na Terra e ao redor dela e de toda a humanidade, sejam agora permitidos a se dissolverem, guiados pela vontade do Criador. Permita que um amor que seja um poderoso curador e conforto para todos, penetre na Terra, na civilização e em meu ser agora. Grato e que assim seja.”

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