Quando o Leão Ruge!!!

[Milton Roza Junior]

Quando o Leão Ruge!!!                    por Milton Roza Júnior 

Ao norte do planeta, acima do equador, onde há mais de oitenta por cento de terra de nosso planeta água. O Leão ruge. 

Um leão muito velho, não tem predicados perigosos em sua figura de animal consciente, muito menos consegue se levantar de onde se encontra. Um pequeno espaço de apenas uma saída lhe preserva. Vive em uma caverna muito escura e obtusa. Ele se camufla da Luz, pois a recusou faz muito tempo.

O Sol que resplandece fora de suas garras, ilumina seus súditos. Eles ainda conseguem enxergar bem, tanto de dia quanto de noite. Contudo, o crepúsculo para todos é mais agradável. É quando eles vão à caça. 

Através de sua trevosa ordem, o centenário leão ruge com toda sua força ao anoitecer. Deste mandado, seus pupilos o seguem indo atrás de alimento. A maioria de suas vítimas são muito fáceis de serem capturadas, pois como tudo para estes seres é imperfeito e contraditório em sua violenta ação, fica fácil para muitos deles atender o pedido de seu mestre. Algumas presas não fOGEm. Não tem medo algum. Mas a maioria não consegue sair da própria lama que a violenta chuva cai ao anoitecer. Algumas querem fugir passando por cima dos outros, essas conseguem até sobreviver por algumas noites, mas sempre caem em alguma armadilha arquitetada por cada diferente rugido crepuscular. A cada dia essas ordens, são passadas de uma forma diferente. De vezes parecem berros desesperados e famintos, outras noites são tão fortes que ecoam por todas as partes de seu séquito mundo. 

Nesta Selva existem os puro-sangue, eles são pouquíssimos em comparação a população, menos de um por cento. Eles não precisam escapar, não precisam correr desesperadamente, não tem medo, inveja, nunca roubaram ou mataram, muito menos sonhos de ninguém. Os puro-sangue não precisam de descanso, só precisam de Água, Luz e Fogo. Água para se alimentar, fogo para se esquentar e luz para acalentar os outros irmãos desesperados por socorro ao ímpeto dos filhotes que respeitam fielmente a ordem da "Voz da Caverna". 

Os puro-sangue de dia e de noite aconselham de que forma fugir às armadilhas. Pedem para descer dos Montes doces palavras através de sussurros. Esses sussurros não são audíveis, entretanto correm pelo Mundo com tanta velocidade e com tanta força que não há como não acreditar neles. 

Isto acontece todos os dias: esta guerra entre dois pólos e a luta pela sobrevivência na extensa Selva. 



Nota do autor: " Muitos podem acreditar que o Diabo realmente existe, e que ele sempre se alimentará dos grandes Egos, mas ele nunca sairá da caverna, que cada vez está mais distante, pois tem medo da Luz de Deus que Ilumina Todo o Universo."