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Quem é o seu amigo?

Mestre Lanto

 

Áudio

 

 

Quem é o seu amigo?

 

Eu fui um monge. Eu fugi para o Monastério.

 

Porque eu tinha uma vida muito difícil, uma família muito pobre, muitas brigas. E a vida espiritual, o caminho espiritual pra mim foi uma necessidade. Que eu nunca quis olhar, entender como uma fuga.

Mas, foi uma intensa necessidade. Eu queria amparo, colo, entendimento.

 

E no Monastério em que eu fui viver, eu não tive nada disso, porque era um lugar com muitas regras, com muitos compromissos e com muitas pessoas. E eu fiquei muito só, muito só.  


E aí, eu fui convivendo com muitos Monges, mas, sem a intimidade que eu queria. Eu queria que alguém chegasse perto de mim e me cuidasse. E conversasse comigo e me ensinasse coisas. Porque eu imaginei que a vida espiritual era assim. Eu imaginei que alguém viria ao meu socorro, que me contaria história, que falaria da minha vida. Ou que falaria da vida de Deus.

 

E ao contrário disso, eles me mandavam trabalhar na horta, varrer o chão, consertar janelas, ordenhar a vaca, limpar o pasto... Era uma vida muito dura. E eu vivia cheio de compromissos muito pequenos. Mas, como eu não sabia ler, nem escrever, eu não tinha como progredir.

 

Eu não tinha, mesmo naquele monastério, mesmo no lugar onde eu estudava... Eu não tinha como progredir. Porque ali, os trabalhos mais importantes, eram dados para Monges que sabiam ler, que sabiam escrever. E eu não fazia parte daquele grupo. Então, eu olhava pra eles com um misto de admiração e inveja.

 

E parece que, quanto mais eu olhava pra aquilo que existia a minha volta, menor o meu mundo se tornava. Porque, eu não queria ficar preso ali.

 

Então eu tinha um desgaste, uma má vontade, um cansaço em relação a aquilo que eu tinha que fazer. Porque o mundo dos outros, me parecia sempre melhor que o meu mundo. Era um mundo onde eles faziam trabalhos mais leves. E eu achava que eles eram mais felizes do que eu.

 

E como ali as pessoas não conversavam muito, eram cordiais... No almoço, no jantar e alguns horários que podiam falar, mas o resto do tempo, eu não sabia o que as pessoas pensavam, sentiam. Eu sabia de mim mesmo.

 

E durante muito tempo, eu fiz as tarefas árduas do dia-a-dia brigando muito. Não com os outros, eu não falava palavras negativas, nem ofendia ninguém. Mas, eu brigada comigo. Eu brigava com Deus... “Porque que eu restava ali?! Porque eu estava sendo punido?! Porque eu tinha aquela história?! Porque eu não podia ter uma vida melhor, uma vida mais leve, um trabalho mais bonito?!”.

 

Eu via tantas pessoas realizando tantas coisas, tantas histórias, eu imaginava...

E aí, eu voltava pra mim mesmo, sempre pra mim mesmo. E aí quando eu voltava pra mim mesmo, eram sempre as mesmas histórias, sempre os mesmos desafios.

 

E quando o tempo foi passando, eu pensei que se eu tivesse vivido no mundo lá fora...

Se eu tivesse me casado... Se eu tivesse tido filhos... Se eu tivesse tido uma mulher, quanto eu desejei uma mulher... Se eu tivesse tido outras histórias, talvez eu estivesse mais feliz... Se eu tivesse feito uma outra escolha, talvez eu tivesse ficado mais feliz... Se eu tivesse um amigo.

 

E aí, eu comecei desejar muito, ter um amigo. E naquela altura, eu já conhecia todos os rapazes, todos os senhores, todos os homens do Monastério. Porque era um lugar grande, viviam muitas pessoas. Mas, ninguém era meu amigo. Não o amigo que eu desejei ter.

 

Eu desejei um companheiro. Alguém que pudesse trocar. Alguém que eu pudesse falar. Alguém que pudesse me ouvir. Alguém que me compreendesse sem que eu precisasse falar. Era assim que eu imaginei um amigo. Alguém que, com um olhar, compreendesse aquilo que eu estava sentindo. Amigo, amigo... Eu quis muito um amigo.

Porque eu me sentia muito só. E esse amigo seria a solução pra minha solidão. 

 


E como naquele momento, eu ainda era jovem, muitas vezes eu misturei um amigo com um amante. Porque eu queria um colo, eu queria entendimento. E quando esse sentimento vinha pra dentro de mim, eu queria sexo. E aí eu me punia, porque eu não podia querer, não podia pensar.

 

Eu passei muitos dramas, que ninguém nunca soube, porque no outro dia eu tinha que acordar cedo, limpar o curral, ordenhar a vaca, cuidar da horta... Tarefas muito humildes, pesadas cansativas e que às vezes, me curavam dos meus pensamentos. Às vezes, me empurravam pros meus pensamentos, porque não preenchiam as minhas emoções.

 

E foram muitos debates, os que eu vivi dentro de mim. E quando eu fiquei mais velho, com sentimentos mais depurados e alguns vícios mentais, coisas que eu pensava todos os dias. Eu comecei a me limpar. E comecei a desejar muito um amigo.

 

E teve a fase em que eu pensava nos Santos, nos Grandes Seres Iluminados, como meus amigos. E depois eu não pensava mais, porque eu achava que eles deviam ter ocupações mais importantes, do que cuidar de mim.

 

E aí, por fim, eu fui descobrindo que eu tinha que ser meu amigo. Que eu tinha que aprender a dialogar comigo mesmo. Me acalmar, me ouvir, me corrigir, me acertar, colocar limites e me amar.

 

Eu comecei a descobrir que eu estava sozinho, que aquela era uma lição importante na minha vida. Porque também era pra mim um aprendizado a solidão. Eu tinha que aprender estar só. Eu tinha que aprender a me ouvir. Eu tinha que aprender a me bastar, sem egoísmo. Eu tinha que aprender a me fazer sorrir, a olhar pra mim mesmo e encontrar em mim, motivos pra ficar bem.

 

Eu tinha encarnado como monge para me libertar das necessidades, das carências, pra descobrir o valor em mim mesmo. E esta reflexão que eu trago pra vocês hoje. 

 


Eu sirvo a Chama Amarela. Da Alegria, da Consciência, do Saber, da Doação.

 

Quero explicar a vocês que cada vez que vocês se doam, que fazem pelo outro sem esperar em troca, vocês acessam uma luz interior muito profunda que preenche vocês de compreensão e de amor.

 

Cada vez que vocês amam alguém sem esperar o amor em troca, estão acessando a grande fonte do Amor Divino.

 

A solidão pode ser um passo muito grande para compreensão e a libertação. Não transformem o aprendizado de estar só num tormento. Os grupos, o amor, faz parte do crescimento. Mas, quando alguém sabe ficar só, quando alguém ouvir a si mesmo, estará sempre preenchido e próximo do seu melhor amigo, que é você mesmo.

 

Quando você sabe se amigo de você, você sabe tudo. Você se preenche e você se liberta de muitas dores.

 

Nesse momento, espalhamos sobre vocês, a energia amorosa da Chama Amarela. Preenchida de Amor e de Coragem. Força ao caminhar e Luz no coração.  

A serviço da Fraternidade Branca, com grande amor e reverência a Chama Amarela e nosso amado Mestre Kutumi. Eu Sou Lanto e digo sempre a vocês: Não nasci. Eu me tornei.

 

E assim, todos podem seguir o mesmo caminho. Se tornarem pessoas melhores do que são hoje.

 

Tenham Luz e sigam em Paz.

 

_____________________________________________________

 

Nome de Referência: Quem é o seu amigo?

Mestre: Lanto

Data: 13/11/2013

Local: Espaço Alpha Lux

Canal: Maria Silvia Orlovas

Transcrição: Patrícia Viégas

Edição: Diogo Guedes

Áudio:  ALPHA LUX 41 ANO 15

 

Exibições: 155

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Comentário de Gisélia em 15 novembro 2013 às 23:16

Muito lindo! Grata

Comentário de Dione Cavalli em 15 novembro 2013 às 22:52

Maravilhosa mensagem! Para reflexão...grata pela partilha....

A solidão pode ser um passo muito grande para compreensão e a libertação. Não transformem o aprendizado de estar só num tormento. Os grupos, o amor, faz parte do crescimento. Mas, quando alguém sabe ficar só, quando alguém ouvir a si mesmo, estará sempre preenchido e próximo do seu melhor amigo, que é você mesmo.

 Namastê

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«Que os Santos Seres, cujos discípulos aspiramos ser, nos mostrem a luz que
buscamos e nos dêem a poderosa ajuda
de sua Compaixão e Sabedoria. Existe
um AMOR que transcende a toda compreensão e que mora nos corações
daqueles que vivem no Eterno. Há um
Poder que remove todas as coisas. É Ele que vive e se move em quem o Eu é Uno.
Que esse AMOR esteja conosco e que esse
PODER nos eleve até chegar onde o
Iniciador Único é invocado, até ver o Fulgor de Sua Estrela.
Que o AMOR e a bênção dos Santos Seres
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A lente que olha para um mundo material vê uma realidade, enquanto a lente que olha através do coração vê uma cena totalmente diferente, ainda que elas estejam olhando para o mesmo mundo. A lente que vocês escolherem determinará como experienciarão a sua realidade.

Oração ao Criador

“Amado Criador, eu invoco a sua sagrada e divina luz para fluir em meu ser e através de todo o meu ser agora. Permita-me aceitar uma vibração mais elevada de sua energia, do que eu experienciei anteriormente; envolva-me com as suas verdadeiras qualidades do amor incondicional, da aceitação e do equilíbrio. Permita-me amar a minha alma e a mim mesmo incondicionalmente, aceitando a verdade que existe em meu interior e ao meu redor. Auxilie-me a alcançar a minha iluminação espiritual a partir de um espaço de paz e de equilíbrio, em todos os momentos, promovendo a clareza em meu coração, mente e realidade.
Encoraje-me através da minha conexão profunda e segura e da energia de fluxo eterno do amor incondicional, do equilíbrio e da aceitação, a amar, aceitar e valorizar  todos os aspectos do Criador a minha volta, enquanto aceito a minha verdadeira jornada e missão na Terra.
Eu peço com intenções puras e verdadeiras que o amor incondicional, a aceitação e o equilíbrio do Criador, vibrem com poder na vibração da energia e na freqüência da Terra, de modo que estas qualidades sagradas possam se tornar as realidades de todos.
Eu peço que todas as energias e hábitos desnecessários, e falsas crenças em meu interior e ao meu redor, assim como na Terra e ao redor dela e de toda a humanidade, sejam agora permitidos a se dissolverem, guiados pela vontade do Criador. Permita que um amor que seja um poderoso curador e conforto para todos, penetre na Terra, na civilização e em meu ser agora. Grato e que assim seja.”

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