UM DIA DE PAZ

[Maria do Rosário Moreira Ribeiro]

UM DIA DE PAZ...

Vamos agradecer por mais uma nova oportunidade de progredir e ser feliz. Para tanto, a paz interior é indispensável. Um dia feliz começa com um dia de paz. E nunca como hoje a paz foi tão almejada. Vivemos tantos conflitos e concluímos que viver sem paz se torna um fardo muito pesado. Mas já estamos percebendo que a paz não virá por decreto do Governo, nem por imposição divina. A paz não pode ser adquirida somente através da assinatura de documentos diplomáticos. Ela é uma conquista pessoal, nasce de dentro para fora. A Espiritualidade nos indica que a paz do mundo depende da nossa paz individual. O mundo exterior é apenas o reflexo do nosso mundo interior. O mundo violento é apenas o reflexo de homens violentos. Não adianta sonhar com um planeta de paz se os homens não forem pacíficos. A paz do mundo começa na paz do nosso coração, depende da nossa serenidade, da nossa paciência dos desafios que se apresentam em nosso cotidiano.
 Fazendo um trocadilho, poderiamos dizer que a paciência é a ciência da paz. E, por vezes, diante de pequenos contratempos, perdemos a tranquilidade. Por exemplo: o transporte que perdemos, o alimento que atrasou, a roupa que não ficou pronta, a camisa malpassada, o carro quebrado e tantas outras situações através das quais demonstramos quão distantes estamos da paz.

Se queremos a paz entre as nações, precisamos começar nos pacificar por dentro. Se queremos a paz lá fora, precisamos de paz dentro de nós. É sempre mais cômodo exigir a paz dos outros. E a nossa paz individual depende de uma consciência tranquila ante os nosso deveres. Se agirmos com ética, justiça e amor, nossa consciência estará em paz. Mas quando somos agressivos, quando desrespeitamos o próximo, quando somos injustos, semeamos trevas interiores. E a partir disso teremos muitos conflitos, gerando intraquilidade e desarmonia, como se houvesse uma guerra dentro de nós mesmos.
E essa guerra interior se projetará para fora de nós, tornando-nos pessoas agressivas, violentas, azedas, provocadoras. Já deu para perceber que quando assim agimos atraímos mais violência em nossa vida. É a lei de afinidades. Agora, quando promovemos o bem, nossa consciência está em paz, porque, seremos pacíficos no lar, no trabalho e na via pública. Seremos pacíficos no trânsito, onde muitos acidentes ocorrem por falta de paz dos motoristas. Enfim, é a nossa consciência que ditará um comportamento sereno e agressivo.
Quem não promove a paz é o primeiro a sofrer. Ninguém, sentirá paz se não a promover.

Francisco de Assis, em sua conhecida oração, pedia a Deus que o convertesse em instrumento da paz. Vamos imitar Francisco e adotar a paz como modo de vida.
Cabe-nos a pergunta: como posso neste dia pacificar a minha vida?
Eu acredito que todos nós, doravante, vamos modificar as nossas atitudes para melhor. Verifiquemos quais são os comportamentos que estão gerando agressão, revolta, discussão e discórdia e invertamos nossas atitudes promovendo o bem. Veja o que fala, o que pensa e como age, e vamos deixar a paz invadir nosso coração.