Anjo de Luz

Informação é Luz , ajude a propagar

 

               Pai Joaquim de Aruanda

 

 

Vamos falar sobre o aborto. Entretanto, antes de começarmos a falar sobre qualquer tema é preciso buscar na materialidade qual a compreensão sobre ele, ou seja, determinar a verdade humana que precisa ser destruída.

Digo isto, porque o nosso propósito não é de construção de novas verdades, mas de destruição das antigas. Somente eliminando-se todas as verdades materiais com que o ser humano vive hoje poderemos atingir à Verdade Universal, ou seja, a espiritual.

O aborto para a humanidade é considerado como a interrupção de uma vida. Fazer um aborto é, portanto, entendido como matar um ser humano em formação.

Mas, o que será “vida”? Precisamos conceituar humanamente falando este termo porque não podemos falar em interrupção da vida sem antes entendê-la.

A “vida carnal” não existe como a humanidade imagina: algo que acontece por si só no momento que está acontecendo. A “vida carnal” para um espírito não existe como concebida pelos seres humanos.

O espírito não vive dentro da concepção humana (pratica animações), mas vivencia situações programadas pro ele mesmo antes da encarnação. A animação que o espírito “vive” não é a prática de atos, mas o vivenciar de situações pré-concebidas.

Você agora está lendo este texto? Não, está vivenciando uma ação que escreveu antes de nascer. Para o ser humano há a ilusão que está agindo no mundo carnal neste momento, mas a Realidade [1] é que a situação está acontecendo e o espírito está vivenciando-a como se estivesse assistindo a um filme.

Portanto, você, o espírito, não está vivendo isto agora, mas sim vivenciando, ou seja, passando por algo pré-determinado com a ilusão que está agindo no sentido de visualizar letras e obter compreensões.

Esta visão sobre os acontecimentos da vida é importante ao analisarmos qualquer assunto relacionado à vida carnal. Na hora que a humanidade compreender isto, poderá viver a Realidade ao invés de se prender à ilusão (maya). Quanto mais num tema que se relaciona com vida e morte.

Sem que o ser humano entenda que ele é apenas uma criação ilusória que existirá apenas enquanto o espírito estiver em prova, o tema “morte” será super valorizado no sentido humano e não no espiritual. Sem a perfeita compreensão da Realidade da vida, jamais o ser humano compreenderá que está escrito em “O Livro dos Espíritos”:

“853a – Assim, qualquer que seja o perigo que nos ameace, se a hora da morte ainda não chegou, não morreremos? “Não; não perecerás e tens disso milhares de exemplos”.

Nenhum ser humano pode “morrer” antes da hora porque nenhum espírito pode deixar de vivenciar tudo aquilo que se comprometeu a realizar como prova durante a sua encarnação. O desencarne, ou seja, a ilusão da vivência chamada vida carnal acabará apenas no momento exato que o espírito escreveu para vivenciá-lo antes da encarnação.

Compreendido este aspecto da Realidade, posso, então, afirmar: a compreensão da humanidade a respeito do aborto está completamente falida. Isto porque não pode haver interrupção da vida antes do momento preciso que ela tenha que ocorrer.

Este é o primeiro aspecto que precisamos levar em consideração ao analisar espiritualmente o aborto.

Aplicando-se esta visão ao tema, veremos que se o ser humano vive um, dois ou três meses e aí acontece o “fim da vida” (aborto), é porque ele só tinha aquilo para viver, pois, o espírito só pré-determinou aquilo para vivenciar.

O aborto, portanto, não poder ser considerado como uma interrupção de vida, mas sim como o fim da existência do ser humano criado pelo espírito no momento exato em que este pré determinou para tanto. Se ninguém morre antes da hora, ninguém é abortado antes da hora.

A partir desta nova compreensão sobre o tema “aborto”, temos que analisar não mais como uma pessoa é capaz de interromper uma vida, mas compreender porque determinados espíritos escrevem para os seres humanos cujas vidas vivenciarão somente aqueles pedacinhos de existências.

Toda “vida” de um ser humano é escrita a partir dos carmas do espírito. A existência carnal é escrita conscientemente pelo espírito a partir dos seus carmas: reações a ações anteriores.

Então, o aborto não é um “ato físico” que leva ao “fim de uma vida”, mas é para os envolvidos (feto, familiares, corpo médico e todos que tomarem ciência), um momento carmático, ou seja, um acontecimento que espelhará a justa reação do que foi feito anteriormente pelo espírito.

Nenhum dos seres humanos envolvidos no episódio do aborto age espontaneamente, mas participa de uma ação desenhada pelos espíritos à que está ligado servindo como instrumento para a provação destes. Portanto, ninguém é culpado ou vítima no aborto, mas é carmáticamente eleito para participar dele como instrumento de provas do espírito. Todos são apenas personagens daquela história.

Este conhecimento é fundamental para o homem parar de julgar se o que está acontecendo é “certo” ou “errado”. Continuaremos falando sobre o assunto “carma” e compreenderemos seus diversos aspectos, mas desde já podemos definir que não há “certo” nem “errado”, “culpado” ou “vítima” num ato de aborto, mas uma ação carmática acontecendo.

Definido que o aborto é uma ação carmática, visão precisamos descobrir o que é “carma” para melhor compreensão do tema.

Hoje no planeta, o carma é considerado como uma punição, uma pena que se contrai ao praticar determinado ato. Se mantivermos esta visão, poderemos dizer que os espíritos ligados aos participantes da ação do aborto adquiriram tal condição porque antes “matou” alguém e, então, agora merece passar por isso.

O carma, como compreendido pelo mundo espiritual, não é uma penalidade, não é uma pena que Deus impõe ao espírito, mas “a justa medida do que ele fez anteriormente”. O carma é, antes de tudo, a Justiça de Deus em ação, dando a cada um segundo as suas obras e não o fruto de um juiz que acusa e penaliza. Nesta linha de pensamento, o carma não precisa ser só pena, mas pode também ser “glória”.

A partir da compreensão da Realidade do carma, podemos entender que a ação carmática ser abortado ou de abortar podem ocorrer por dois motivos: pena ou glória. Vou chamar glória de positivo e pena de negativo na continuação da análise, mas, por favor, não liguem estes dois termos a “certo” e “errado”, “bom” ou “mal” ou “bonito” e “feio”, pois não me refiro aos conceitos humanos que estas palavras têm.

Vamos primeiro compreender o carma “positivo” do espírito que pode gerar para o ser humano a participação num acontecimento onde ocorra um aborto. Para isto citaremos exemplos, mas desde já fica avisado: no mundo espiritual dois mais dois dificilmente dá quatro. Todos os exemplos que vou citar são apenas para ilustrar o ensinamento e não regra fixa.

Vamos começar o nosso estudo com o seguinte exemplo: um ser humano mulher que esteja ligado a um espírito que numa outra vida tenha vivenciado um aborto.

Determinada reação do espírito à vivência de ter sido abortado em uma outra encarnação pode gerar para si um carma onde precise que o ser humano que ele cria agora seja abortado. Por isto, a história que ele agora escreverá para este ser humano conterá este acontecimento.

É importante que se ressalte: o episódio do aborto de agora nada tem a ver com o ser humano, mas sim com o espírito que escreve a história dele. Ela refletirá os carmas do espírito, da sua vida eterna.

Para que esta história sirva de prova para o espírito precisará ser escrita com elementos que estejam dentro da visão lógica que o ser humano tem do mundo. Apenas quando os acontecimentos fogem do que é chamado de sobrenatural o espírito pode exercer a sua fé (confiança e entrega a Deus), realizando com êxito sua provação.

Portanto, para que o carma do espírito (ser abortado) seja vivenciado, precisará haver um corpo feminino onde um óvulo se encontre com o espermatozóide e comece a formação de um novo feto, ao qual ele se unirá, e que este feto seja arrancado de lá. O espírito que vivenciará o ser humano que fará o papel de mãe pode merecer esta vivência negativamente (pena) ou positivamente (por amor).

Ou seja, a “mãe” que aborta pode fazê-lo por ter um carma negativo (o espírito ter vivenciado situação igual de forma não amorosa em outra vida), mas também pode servir de instrumento para esta ação carmática por amor.

Sei que vocês podem estar achando estranho falar em abortar por amor, mas não estou falando de amor humano e sim espiritual. O espírito que vivencia a mãe que pratica o aborto neste exemplo sabe que o outro precisa passar por este processo e auxiliá-o na sua elevação espiritual.

É difícil de compreender, mas veja bem, se você tem uma coisa muito importante para ser feita, uma coisa que precisa fazer, mas que dependa da ajuda de alguém para que seja realizada, pedirá a um amigo ou a um inimigo para ajudá-lo? Claro que vai pedir ajuda ao amigo.

Da mesma forma, o espírito que precisa passar pelo aborto pode chegar a um outro que lhe seja simpático, afim, amigo e pedir: “por favor, assuma esta missão de abortar o meu ser humano para dar-me esta oportunidade de elevação espiritual”. Isto já aconteceu e continua ocorre no universo.

Portanto, neste exemplo, o espírito será abortado porque mereceu passar por isto e mãe que cumprirá o destino do personagem que ele vivencia poderá fazê-lo porque mereceu negativamente (o espírito já reagiu sem amor a fato semelhante em outra encarnação) ser a aborteira, ou pode, ainda, fazê-lo por amor.

Pergunta: E as mães que fazem mais de um aborto, que fazem três ou quatro?

Às vezes são grandes espíritos em missão. “Olha, vamos fazer o seguinte, eu vou com missão de aborteira, juntem todos os que precisam ser abortados que eu vou ajudando-os”. Quantidade não tem problema, é preciso entender a técnica e não julgar as pessoas.

O que estamos falando funciona para um, dez, cinqüenta abortos. A partir do momento que você entende o processo não importa quantas vezes o ser humano aborte, porque será sempre o mesmo processo.

Pergunta: Como diferenciar quando o carma é negativo ou positivo?

É fácil saber isto, muito fácil, mas apenas Deus sabe esta resposta. Só Deus sabe e conhece a Realidade, a Verdade.

Portanto, se você não pode descobrir se está havendo um carma negativo ou positivo louve a Deus em todas as situações porque Ele sabe e não critique ninguém jamais.

Deixa eu lhe dizer uma coisa: você não veio aqui para compreender o mundo, mas para vivenciá-lo louvando a Deus. Deixa que ele entenda o mundo.

Pergunta: Então o carma não tem nunca efeito positivo, nem que seja a longo prazo?

Não foi isto que eu disse. Falei sobre o merecimento na participação dos acontecimentos do mundo sem citar se o ato era “bom” ou “mal”.

O carma, independente do ato que ele gere, é sempre positivo porque se trata de uma oportunidade de elevação concedida por Deus. Não é o ato que dirá se o carma foi resgatado ou não, mas a forma como espírito o vivencia.

O carma é um ato de amor de Deus. Agora, se você pode vivenciá-lo positivamente, com amor (sem sofrer, sem ferir, sem acusar), ou ainda com ranger de dentes (sofrimento).

No primeiro exemplo a ação carmática, seja ela qual for, gerou um determinado efeito enquanto que com o sofrimento se gera um outro efeito diferente.

Pergunta: Então, necessariamente, o aborto é errado?

Você sabe o que é o “certo” e o “errado”, o “bom” e o “mal”, o “bonito” e “feio”? São resultados de julgamentos de ações dos outros seres humanos executados por espíritos que comeram a maçã enquanto estavam no Jardim do Éden.

Em Gênesis, capítulo 3 você encontra o texto que pode lhe levar a entender o que é processo de comer a maçã. A cobra diz assim: Deus não quer que você coma a fruta porque Ele sabe que na hora que comer seus olhos se abrirão e você será como Deus, distinguindo o “bem” e o “mal”.

A partir daí, podemos afirmar que não existe o “certo” e “errado”, mas sim o espírito que quer ser Deus, quer ter a capacidade de reconhecer nos atos dos outros se eles estão “certos” ou “errados”.

Isto é julgamento e Cristo nos ensinou que apenas Deus pode fazê-lo, pois conhece a intenção de cada um ao agir, ou seja, a ação carmática que está por trás de cada ato.

Voltemos à nossa conversa de hoje. No primeiro exemplo vimos o espírito que precisava passar pelo aborto como carma negativo, ou seja, aquele que construiu como prova para si a situação onde precisava e merecia ser abortado. Dentro deste exemplo vimos a motivação (carma) positiva e negativa de outro espírito ao criar a história do ser humano que vivenciaria (pai, mãe, família).

No entanto, não é só por carma individual que um espírito gera uma história onde o ser humano será abortado. Existem espíritos que, por amor a outro, aceitam vivenciar o ato de ser abortado. Neste caso, a ação não mais é carmática, mas missionária.

Assim como o espírito que precisa ser abortado busca um amigo para realizar o aborto, outros que merecem e precisam criar personagens que necessariamente terão que praticar o aborto buscam espíritos afins para que eles gerem um ser humano que viva só aquele pedaço de vida (vida uterina). Só assim estes espíritos poderão praticar o aborto como carma, como oportunidade de elevação.

Neste caso, o espírito que escreve a história do ser humano que será abortado não estará realizando prova alguma, mas simplesmente colaborando com o amigo para sua elevação. Agindo assim, verifica-se que este espírito está cumprindo uma missão de auxílio ao seu irmão espiritual.

Então, existem espíritos que por amor, por carma positivo, aceitam escrever personagens humanos que serão abortados. No entanto, eles não cumprem sua missão só junto ao espírito que mereça e precise como carma negativo, mas também há casos onde feto e mãe passam por esta situação por amor.

São duas situações diferentes. Na primeira hipótese (feto criado por missão e mãe por carma) a abrangência da missão é individual, mas no segundo (feto e mãe criados como missionários), a missão diz respeito a toda uma coletividade que terá conhecimento do fato (aborto).

Os espíritos ligados à mãe e ao filho aceitam participar daquela vivência para que o resto da família e da sociedade ao qual pertencem tivessem seu carma. Fazem isto para dar uma oportunidade aos demais espíritos encarnados de vivenciarem uma determinada situação com amor ou não.

Se a coletividade que tem informação do ato vivê-la com amor ao próximo se eximirá de acusar a mãe, mas se não reagirá com julgamentos: “meu Deus, ela fez isso? Não podia. Ela não presta”. Todos os espíritos que souberam do caso, portanto, tiveram uma prova para o seu amor universal.

Agora compliquei ainda mais nosso estudo. Antes estávamos apenas lidando com elementos diretamente ligados à situação de aborto, mas agora expandimos o carma para todos aqueles que, mesmo por meios indiretos (notícias pessoais, de jornais, rádio ou televisão), tiveram conhecimento do fato.

Começamos nosso estudo procurando a culpabilidade daqueles que praticam o ato e chegamos agora à consciência de que se existe um “culpado” nesta história toda é aquele que julga as ações praticadas pelos outros.

Precisamos eliminar todo e qualquer resquício de julgamento. Para aquele moço que ainda queria saber se a atitude do ser humano era fruto de um espírito vivenciando carmas positivos ou negativos, abri mais uma opção (os dois como missionários). Esta, no entanto, também não deve servir para criar novas verdades, mas sim como instrumentos para eliminar completamente a possibilidade de “compreender” o que está acontecendo.

Como já disse eu não estou aqui para criar verdades novas, mas para destruir todas as verdades para que você fique vazio, sem nada na consciência. Todo nosso ensinamento de servir para você não saber o que está acontecendo, mas para auxiliá-lo a declarar que é incapaz de saber em qualquer movimento, em qualquer atitude o que está acontecendo.

A única conclusão que se deve tirar de qualquer ato é o “nada sei”. Ou seja, todo nosso ensinamento deve servir para você dizer para si mesmo: “eu não sei se quem foi abortado ou quem estava abortando se tinha carma positivo ou negativo. Então, louvado seja Deus que fez acontecer para os espíritos o que eles precisavam e mereciam”.

Isto é a Realidade sobre um ato de aborto: emanação de Deus, amor de Deus em ação dando ao seu filho de acordo com a sua obra uma nova oportunidade de elevação espiritual.

Qualquer outra conclusão que leve a um culpado e a uma vítima é fruto daqueles que querem defender a vida material. Esquecem-se no entanto, que são espíritos e não seres humanos e que existe uma Realidade muito maior sendo vivenciada do que simplesmente a existência carnal.

]

Pergunta: Então no mundo não tem nada errado, nada está fora do lugar?

Olha, no dia que houver alguma coisa “errada” no mundo é preciso “aposentar” Deus.

Deixa eu lhe fazer uma pergunta: você já ouviu falar de bomba atômica? Como ela funciona? Todo seu poderio está concentrado em um único átomo que para de girar dentro da sua órbita e com isso se choca com os outros criando uma reação em cadeia que levará a explosão, que destruirá tudo ao seu redor.

Se no universo acontecesse de um átomo sair do seu lugar, quebrar o equilíbrio existente, tudo explodiria. Da mesma forma, se um espírito fizesse uma coisa errada acabaria com o universo.

O universo teria que acabar porque Deus não cumpriu o seu papel perfeitamente. Um Pai que é Supremo, Onipresente, Onipotente, Onisciente e Causa Primária de todas as coisas terá sempre que manter a Justiça Perfeita, ou seja, dar a cada um o seu justo merecimento.

Se um ser humano pudesse agir livremente certamente causaria ferimentos a outro, pois a característica individualista dos seres e a sua diversidade (não existem dois seres que querem a mesma coisa), o levaria sempre a “fazer o que quer”. Neste caso, Deus perderia todo o seu significado, pois não pode preservar aquele que recebeu o erro de passar por uma injustiça.

Impossível, no universo não há certo nem errado, mas Deus agindo amorosamente, justamente, perfeitamente, e você interpretando se a ação de Deus está certa ou não. Ou seja, você julgando Deus.

É deste julgamento que surgem as noções de “certo” e “errado” e não do que está acontecendo.

Pergunta: Está fora de nossa capacidade de compreensão a lei divina?

Completamente. Vocês não conhecem a compreensão das leis materiais, não compreendem as próprias leis da matéria, que dirá as leis divinas.

A lei divina é Suprema, está acima da sua compreensão. Por isto ame a Deus e saiba que o Pai lhe ama e este amor acontece a cada segundo.

Entenda bem isto: é da sua declaração de incapacidade de descobrir o que está acontecendo que pode surgir a sua capacidade de entender o universo: Deus em ação.

Enquanto você atribuir valores a alguma coisa estará querendo ser o próprio Deus: querendo saber o que está acontecendo. Desta forma jamais poderá entender os acontecimentos como Deus em ação.

Pergunta: E o ego, como funciona nesta história do aborto no fluxo da vida. E se a mãe ficar amedrontada na hora e não fizer o aborto? Tem esta opção para mãe e para o abortado?

Terá esta opção para mãe e para o abortado se estiver escrita esta opção e se ela for realidade. Ou seja, se acontecer o aborto é porque tinha que acontecer, se não é porque não estava previsto.

Ninguém pode alterar o que está escrito. Se acontecer estava previsto que isto ocorreria, mas se não é também porque já estava previsto.

Já o ego funciona de diversas formas dependendo do personagem que está envolvido na situação do aborto. À mãe dá razões lógicas que lhe levem a imaginar que está praticando a ação como fruto de seu livre arbítrio. Ao feto incita-o a rebelar-se contra mãe que supostamente está lhe “matando”. A você, espectador desta história, fica lhe dizendo que o aborto é errado, que deve condenar quem praticou tal ato, que tem que criticá-lo.

Aquele que se prende a esta verdade que o ego dá passa pela situação em “sofrimento” (discordância com a Realidade). Subordina-se a ele e, por isto, julga e acusa a Deus para satisfazer o ego.

Pergunta: Então, onde está o livre arbítrio?

Pergunta: E o livre arbítrio da mãe não poderia influenciar esta situação?

Sobre a questão do livre arbítrio vamos falar rapidamente, pois ele já foi debatido profundamente através de todos os nosso ensinamentos. Aliás, a compreensão perfeita deste tema é a base para o entendimento de todos os nossos ensinamentos.

Em “O Livro dos Espíritos” está perguntado: o espírito sabe antes do seu nascimento o que vai acontecer? O espírito da verdade responde: sim, ele mesmo pede suas provas e nisso se consiste o seu livre arbítrio [2].

No mesmo livro, mais à frente a compreensão sobre o tema fica ainda mais fácil:

“851 – Haverá fatalidade nos acontecimentos da vida conforme ao sentido que se dá a este vocábulo? Quer dizer: todos os acontecimentos são predeterminados? E, neste caso, que vem a ser do livre arbítrio? A fatalidade existe unicamente pela escolha que o Espírito fez, ao encarnar, desta ou daquela prova para sofrer. Escolhendo-a, instituiu para si uma espécie de destino, que é a conseqüência mesma da posição em que vem a achar-se colocado. Falo das provas físicas, pois pelo que toca às provas morais e às tentações, o Espírito, conservando o seu livre arbítrio quanto ao bem e ao mal, é sempre senhor de ceder ou resistir”.

Resumindo estas duas informações podemos dizer que o espírito ligado a um ser humano tem dois livres arbítrios: um para o ato e outro para o sentimento com o qual vivencia o ato.

O livre arbítrio do ato é exercido antes da encarnação quando o espírito pede as suas provas, escreve a história que o personagem que irá ligar-se vai viver. Depois de que encarna (liga-se ao personagem de tal forma que passa a ter a consciência de que é ele) é impossível alterar tudo o que foi previsto para aquela vida.

A questão do porque o espírito não pode alterar a existência pré-programada do ser humano também está em “O Livro dos Espíritos”: “O desejo que então alimenta pode influir na escolha que venha a fazer, dependendo da intenção que o anime. Dá-se, porém, que como Espírito livre, quase sempre vê as coisas de modo diferente” [3].

Quando o espírito vivencia a consciência de que é o ser humano seu objetivo é outro. Antes ele era movido pela intenção de elevar-se espiritualmente (adquirir bens celestes), mas depois passa a desejar a “riqueza material” (satisfação, prazer).

Portanto, o livre arbítrio do ato é exercido antes da “vida”, antes da encarnação. No entanto, durante a vivencia dos acontecimentos carnais o espírito tem o livre arbítrio do sentimento (“Falo das provas físicas, pois pelo que toca às provas morais e às tentações, o Espírito, conservando o seu livre arbítrio quanto ao bem e ao mal, é sempre senhor de ceder ou resistir”).

O “bem” e o “mal” aqui não está voltado para o ato em si, mas utilizado no seu sentido espiritual. O espírito que vive o “bem” é aquele que ama a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo e aquele que opta pelo “mal” é aquele que ama a si mesmo acima de tudo.

O primeiro é aquele que não cedeu a tentação da cobra e por isto não exerce o ilusório poder de julgar os acontecimentos do mundo, deixando para Deus tal atribuição. Já o segundo é aquele que cai na tentação (aceita a maçã) e que, por isto, acredita possuir os “olhos abertos”, ou seja, a capacidade de reconhecer aquilo que apenas Deus conhece [4].

Respondendo, então, à sua pergunta, o espírito possui livre arbítrio. Aliás, mais do você imagina, pois não há apenas um, mas dois livres arbítrios.

No entanto, eles não são usados simultaneamente. Um é utilizado antes da encarnação para preparar a “vida”, a história do ser humano, e o outro é usado durante a encarnação para realizar a prova que ele preparou antes da encarnação.

Isto ocorre desta forma, porque a escolha do sentimento é a prova que o espírito realiza durante a vigência da existência do ser humano criado por ele. Enquanto os acontecimentos do ser humano ocorrem o espírito está lutando para provar a Deus que é capaz de amá-lo acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

Ele tem a opção de amar ou não amar concedia pelo Pai, mas nisto não resulta que ele pode alterar a situação que está ocorrendo na carne. Se pudesse estaria suprimindo provas que ele mesmo escreveu.

Voltando ao nosso tema e aplicando este conhecimento, a mãe que escreveu antes da encarnação que ela queria fazer um aborto como prova de amor a Deus e ao próximo vai ter que fazer de qualquer jeito.

Como tinha falado antes da série de perguntas (página 26), qualquer outra conclusão que se chegue sobre o assunto diferente desta que estamos chegando, é obra daquele que quer preservar a vida material por ela mesmo.

Deixe-me relembrá-los de duas coisas importantes: vocês são espíritos e a grande glória para este é “morrer” (encerrar a encarnação). Quando tem a sua consciência atada à realidade de um ser humano o espírito se sente mal, pois esta não é a Realidade do ser universal.

Isto que vocês vivenciam como realidade é um arremedo, uma caricatura do mundo espiritual. Para aqueles que compreendem a sublimidade da eternidade e universalidade, o mundo carnal é algo jocoso.

A grande realidade do espírito é a existência eterna naquilo que você conhecem como mundo espiritual, ou seja, com a consciência espiritual que o leva a vivenciar a Realidade. Quando está prisioneiro da matéria (ligado conscientemente à vida carnal), o espírito está inconsciente do seu lado espiritual.

Então, esta busca da preservação da vida como fundamento básico da própria existência partindo de um espírito é uma ignorância, um ato de quem não conhece a Realidade. Um ato tresloucado de alguém que quer preservar uma ilusão apenas porque ela lhe satisfaz.

Eu não estou falando mal da vida carnal, pois ela é um instrumento precioso para o espírito. Nem estou dizendo que você deve meter um tiro na cabeça. O que digo é para você não valorizar a vida material até o ponto de achar que sem ela você sofreria ou estaria “morto” (tudo acabaria).

Aqueles que vivenciam culpados no aborto ou no assassinato, defendendo o “direito à vida”, estão defendendo na verdade a prisão do espírito à ilusão do mundo material (não ser morto), ao invés de desejar para ele a liberdade da vida espiritual.

Não estou fazendo “apologia do crime” (deve se matar), mas se foi isto que o destino (pré-programação do espírito que se une ao ser humano) criou não há acusações para serem feitas a ninguém. Deixe cada um vivenciar o seu destino sem acusações ou sofrimento. [5]

É pelo apego à vida material onde existe o prazer (que não existe no mundo espiritual) que os espíritos querem julgar e criticar aqueles que servem de instrumento para a libertação do seu irmão desta “porcaria” chamada mundo material.

Pergunta: Então, posso escolher o sentimento, mas se foi escrito o caminho, tanto amando a Deu como ao ego, a fatalidade acontecerá igual?

Sim, o acontecimento acontecerá igual ao que estava escrito antes, não importa como você reaja.

Pergunta: Quando aprendemos a dizer sempre sim a Deus, então saímos do ciclo de reencarnação?

Quando aprendemos a amar a Deus e não quando aprendemos a dizer apenas “sim” a Ele. Para sair do ciclo de encarnações é preciso louvá-Lo pelo que está acontecendo.

De nada adianta se dizer “sim” como vaquinha de presépio (concordando sem compreensão) e nem “sim” lógico, com compreensão material. O “sim” que devemos dizer a Deus deve ser fruto de um amor profundo pelo Pai.

Portanto, quando você aprende amar a Deus sobre todas as coisas sai do ciclo de encarnações para provas e aí iniciará um novo, só que desta vez para regeneração. É o fim do Sansara [6].

Agora, não fugindo do tema para outros assuntos, em todas as outras situações onde se interrompa uma “vida” (assassinato, eutanásia) deve ser usado o mesmo raciocínio para se compreender a Realidade. Qualquer situação onde aconteça uma interrupção de vida será sempre esta a Realidade: carma de quem faz, de quem recebe e de quem tem notícia.

Não importa se o instrumento da interrupção da “vida”’ é uma facada, um tiro, um acidente de automóvel ou um crime hediondo: todos os acontecimentos serão sempre ações carmáticas de todos os espíritos envolvidos na ação direta ou indiretamente.

Aliás, na hora que vocês entenderem que não há “vida” sendo criada no momento em que os fatos estão ocorrendo, como disse no início desta conversa, mas apenas as vivências de ações carmáticas pedidas pelo próprio espírito antes da encarnação, poderão compreender a “vida”.

Pergunta: Mas o carma não tem a ver obrigatoriamente com aceitar as coisas. Então, revoltar-se e buscar reverter os acontecimentos e triunfar lutando não será também carma?

Vivenciar uma reversão das coisas, se isto estiver previsto, sim, é carma. Agora, revoltar-se nunca é carma: é uma forma de reação do espírito a uma ação carmática que lhe proporcionará determinado carma.

Deixa eu lhe falar uma coisa. Cristo reuniu todos os ensinamentos de Deus em duas coisas: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Ele não falou que você deve revoltar-se a alguma coisa para chegar ao reino do céu.

Vivenciar carmas dentro da busca espiritual é compreender que Deus está lhe proporcionando uma oportunidade de elevação, uma oportunidade de amar e de ser amado.

Nós aprendemos hoje duas lições importantíssimas [7]. A primeira é que a felicidade, a elevação espiritual é um estado de espírito e não uma soma de conhecimentos.

A elevação espiritual é um estado de espírito que ocorre quando o espírito vivencia as situações da “vida” seguindo os parâmetros das “Bem-aventuranças” ensinadas pelo Cristo. Só pode se considerar elevado aquele que se declara espiritualmente pobre, quando só tem amor para tudo que acontece.

É preciso amar a tudo o que acontece na “vida”, independente deste acontecimento lhe trazer prazer ou dor. A elevação espiritual só acontece quando o espírito não se revolta com nada, quando não critica nada, quando não vê injustiça nenhuma.

Aliás, nós estudamos hoje:

“Felizes são vocês quando os insultam, perseguem e dizem todo tipo de calúnia contra vocês por serem meus seguidores. Fiquem alegres e contentes, porque está guarda para vocês uma grande recompensa no céu. Pois, foi assim mesmo que perseguiram os profetas que viveram antes de vocês”. [8]

Quem segue a Cristo ama a Deus incondicionalmente. Quando se ama a Deus, ama-se o mundo, a “vida”. Quando o espírito ama o próximo ama a si mesmo. Esta compreensão é fundamental para a elevação espiritual. Só o amor é resposta a tudo porque a critica, o julgamento a acusação não é resposta a nada.

E o segundo grande ensinamento de hoje é que qualquer acontecimento deste mundo nada mais é do que uma oportunidade que Deus está lhe dando para colocar em prática este amor. Nada existe pela própria história. Ninguém mata ou queima outro, porque espírito não pode morrer nem se queimar.

Na Realidade está acontecendo uma simulação material para que todos os envolvidos direta ou indiretamente tenham uma oportunidade para provar o seu amor a si, ao próximo e a Deus.

Eu estou aqui me lembrando de um ensinamento de Cristo que é bem adequado a esta nossa conversa. O mestre nos ensinou a “Parábola dos Talentos”.

Trata-se de um ensinamento onde um mestre que vai viajar deixa sob responsabilidade de três empregados algumas moedas daquele tempo que eram chamadas de talento. Dois colocam estes talentos para render juros, ou seja, gastam os talentos e o outro esconde aquilo que estava sob sua guarda.

Nesta parábola o talento é o amor. Quando os espíritos assumem a consciência humana Deus lhes dá uma certa quantidade de amor e diz: “meu filho, vá lá e gaste este amor amando ao próximo, a Mim e a si mesmo, universalmente”.

Ele age desta forma porque sabe que quando o espírito ama transforma-se num amplificador deste amor, um multiplicador do amor divino sobre a face da terra. No entanto, quando o espírito se revolta (não usa o amor universal) multiplica a revolta sobre a face da Terra.

No entanto, a maioria dos espíritos que recebem o amor antes de assumir a consciência humana, durante a “vida” guardam este amor escondido dentro de si mesmo para poder devolvê-lo intacto a Deus.

Mas não é isto que Deus quer. O que Ele quer é que gastemos este amor amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo porque só assim auxiliaremos ao Pai multiplicando o amor divino pelo universo.

Na hora que entendermos esta sistematicamente de vida e o mecanismo pelo qual a “vida gira”, ou seja, o carma em ação, nós não temos mais como julgar, criticar ou acusar ninguém. Só então, podemos provocar a nossa “morte” (abandonar a consciência material e assumir a espiritual) para alcançar o renascimento em vida.

Sobre este mecanismo da vida eu costumo dizer o seguinte: o universo, a vida humana ou a universal é como uma máquina onde cada espírito (encarnado ou desencarnado) é uma engrenagem.

Para que a máquina produza o seu resultado perfeitamente as engrenagens precisam ser colocadas em determinados lugares. Assim, rodando juntas fazem a máquina funcionar perfeitamente e produzem um produto final perfeito.

O que determina a interação destas engrenagens é a “lei do carma”, ou seja, a justa medida daquilo que você plantou anteriormente. Dentro do ensinamento budista isto é conhecido como “interdependência”, ou seja, a dependência de todos os envolvidos em vivenciar determinada situação.

É esta lei que dispõe dos espíritos e que faz funcionar a máquina (universo). A lei do carma é o motor que coloca as engrenagens no seu devido lugar e gera o movimento delas.

Se esta máquina que tem o motor (carma) e as engrenagens (espíritos), precisa de um operador. Este é Deus.

Deus é quem opera a máquina programando o motor para fazer a junção das engrenagens e criar a movimentação que cada uma precisa executar para se alcançar o resultado final esperado.

Sabe qual o resultado final, o produto que esta máquina produz? É o amor, o amor divino que equilibra o universo.

Isto é a “vida”; isto é o universo. Na hora que você colocar isto em prática consegue atingir a felicidade incondicional porque sabe que estará rodando junto com aquela outra engrenagem para produzir amor e aí poderá deixar de criar revolta, desconfiança ou acusação.

Você saberá que não é por acaso que se encontrou com aquela outra engrenagem (pessoa) naquele momento e que aquela ação ocorreu não por decisão de cada um dos envolvidos. Poderá, então compreender que foi o Operador Supremo (Deus) que fez a junção de todos e também fez o acontecimento acontecer daquela forma.

Casamento, nascimento, morte, estudo, moradia, tudo isto nada mais é do que encaixes de engrenagens. Gostar, não gostar, ser feliz ou não aí é você (espírito) reagindo à rotação das engrenagens. Esta reação servirá a Deus para direcioná-lo à próxima engrenagem que você vai girar.

Deus jamais deixará duas engrenagens juntas apenas para satisfazê-las. Ele sempre posiciona cada uma delas de tal forma que produzam amor no final. Mesmo que para você este amor reflita-se em um assassinato, um aborto ou um tapa na cara.

O resultado do processo de funcionamento da máquina é o amor. Você é que diz que foi outra coisa.

Pergunta: Os yogues, aqueles que se libertam da vida carnal por ela mesma, também praticam uma forma de suicídio?

Sim, a sua ação é considerada um suicídio material para que aconteça o nascimento espiritual.

Cristo disse bem claro: em verdade, em verdade lhes digo, quem não nascer de novo não verá o reino do céu. No entanto, para que você nasça de novo é preciso morrer primeiro.

Sim, você precisa se suicidar. Mas, o suicídio material que estou falando não é acabar com a “vida”, mas colocar o amor a Deus e ao próximo na prática. Aliás, a “vida” é sempre um suicídio. Quando você não se mata materialmente como falamos, comete o suicídio espiritual, ou seja, coloca suas vontades, seus desejos e suas verdades na prática.

ENCERRAMENTO

Acho que um grande passo foi dado hoje por nós em nossas conversas. Apesar disto, tenho certeza que da próxima vez que aqui estivermos ainda falaremos das mesmas coisas de hoje (carma e visão da vida) qualquer que seja o tema.

Entretanto, seguiremos em frente estudando a vida carnal porque vocês ainda precisam levar para a lógica humana mais verdades que destruam tudo o que para vocês é real.

Mas, se eu parasse hoje, se a partir de hoje não falasse mais nada, teria nestas duas conversas de hoje, aproveitando os temas para sintetizar a vida, transmitido a vocês tudo o que se pode transmitir a um espírito para que ele realize a sua elevação espiritual.

Aprender o que é felicidade, como consegui-la e entender o mecanismo da vida é a única coisa que vocês precisam para elevação espiritual. Aliás, precisam não: têm necessidade momentânea. A única coisa que realmente precisam é colocar em prática tudo que foi falado aqui.

Mesmo que você, culturalmente falando, não saiba nada disto que aqui hoje foi conversado, mas pratique as bem-aventuranças e entenda a vida como engrenagens de uma máquina maior, consegue a elevação espiritual.

Que vocês fiquem com a paz de Deus.

[1] A citação deste termo em letra maiúscula dá o sentido de Realidade Universal, a Verdade que está acontecendo. Quando for utilizada a letra minúscula a intenção é de citar a ilusão que o ser humano vive e que afirma que é real.

[2] Pergunta 258.

[3] Pergunta 267.

[4] Como já foi citado duas vezes e é fundamental para a compreensão do tema em debate, transcrevemos na íntegra a fala da “cobra” no texto bíblico sobre a tentação de Adão e Eva, que está no livro Gênesis, capítulo 03, versículo 04 (Fonte: a Bíblia na Linguagem de Hoje – Sociedade Bíblica do Brasil). “Vocês não morrerão coisa nenhuma! Deus disse isso porque sabe que, quando vocês comerem a fruta dessa árvore, seus olhos se abrirão e vocês serão como Deus, conhecendo o bem e o mal”.

[5] Apesar de não citado neste debate, o ensinamento do EEU afirma que dentro da ação carmática, o instrumento do “crime” também cumprirá o seu carma: ser julgado, condenado, viver na cadeia. No entanto, estas ações carmáticas não precisam ser acrescidas pelo julgamento individual de cada ser humano com a raiva, a crítica ou a acusação.

[6] Termo hinduísta que define o ciclo de encarnação onde o espírito está provando a Deus que é capaz de amá-Lo acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

[7] Refere-se à palestra sobre “Felicidade” que antecede a esta que foi também proferida no mesmo dia.

[8] Mateus – Capítulo 5 – Versículo 11 e 12.

 

FONTE: EEU - Espiritualismo Ecumênico Universal: www.meeu.com.br

 

Exibições: 47

Comentar

Você precisa ser um membro de Anjo de Luz para adicionar comentários!

Entrar em Anjo de Luz

Seja um apoiador de Anjo de Luz

Para mantermos os sites de Anjo de Luz, precisamos de ajuda financeira. Para nos apoiar é só clicar!
Ao fazer sua doação você expressa sua gratidão pelo serviço!

CHEQUES DA ABUNDÂNCIA

NA LUA NOVA.

CLIQUE AQUI

 
Visit Ave Luz

 

PUBLICIDADE




Badge

Carregando...

Co-criando A NOVA TERRA

«Que os Santos Seres, cujos discípulos aspiramos ser, nos mostrem a luz que
buscamos e nos dêem a poderosa ajuda
de sua Compaixão e Sabedoria. Existe
um AMOR que transcende a toda compreensão e que mora nos corações
daqueles que vivem no Eterno. Há um
Poder que remove todas as coisas. É Ele que vive e se move em quem o Eu é Uno.
Que esse AMOR esteja conosco e que esse
PODER nos eleve até chegar onde o
Iniciador Único é invocado, até ver o Fulgor de Sua Estrela.
Que o AMOR e a bênção dos Santos Seres
se difunda nos mundos.
PAZ e AMOR a todos os Seres»

A lente que olha para um mundo material vê uma realidade, enquanto a lente que olha através do coração vê uma cena totalmente diferente, ainda que elas estejam olhando para o mesmo mundo. A lente que vocês escolherem determinará como experienciarão a sua realidade.

Oração ao Criador

“Amado Criador, eu invoco a sua sagrada e divina luz para fluir em meu ser e através de todo o meu ser agora. Permita-me aceitar uma vibração mais elevada de sua energia, do que eu experienciei anteriormente; envolva-me com as suas verdadeiras qualidades do amor incondicional, da aceitação e do equilíbrio. Permita-me amar a minha alma e a mim mesmo incondicionalmente, aceitando a verdade que existe em meu interior e ao meu redor. Auxilie-me a alcançar a minha iluminação espiritual a partir de um espaço de paz e de equilíbrio, em todos os momentos, promovendo a clareza em meu coração, mente e realidade.
Encoraje-me através da minha conexão profunda e segura e da energia de fluxo eterno do amor incondicional, do equilíbrio e da aceitação, a amar, aceitar e valorizar  todos os aspectos do Criador a minha volta, enquanto aceito a minha verdadeira jornada e missão na Terra.
Eu peço com intenções puras e verdadeiras que o amor incondicional, a aceitação e o equilíbrio do Criador, vibrem com poder na vibração da energia e na freqüência da Terra, de modo que estas qualidades sagradas possam se tornar as realidades de todos.
Eu peço que todas as energias e hábitos desnecessários, e falsas crenças em meu interior e ao meu redor, assim como na Terra e ao redor dela e de toda a humanidade, sejam agora permitidos a se dissolverem, guiados pela vontade do Criador. Permita que um amor que seja um poderoso curador e conforto para todos, penetre na Terra, na civilização e em meu ser agora. Grato e que assim seja.”

© 2024   Criado por Fada San.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço