Um Legado de Símbolos, Conceitos e Profecias
Sua validade nos começos do Século XXI: “O Tempo do Não Tempo”
Série Televisiva com Sete Episódios: “AS PROFECIAS MAIAS” - Ano 1999
GUIA E DIREÇÃO: Fernando Malkún -
Página Web: - www.fernandomalkun.com
Novamente estamos aqui para descrever os ecos das vozes dos maias; falam-nos de um caminho para assumir a vida e as decisões de maneira consciente. Eles viveram sem fronteiras, sem limites nem propriedades; só procurando o bem comum. Desapareceram misteriosamente no ano 830 d.C. de uma maneira ainda não explicada cientificamente, precisamente, no clímax de sua civilização. Não pretenderam ter a resposta a todas as perguntas do mundo; só quiseram viver em sincronia com a Natureza e com a mente aberta ao Cosmos. Com a Primeira Profecia, fazem-nos conscientes de que não somos “rodas soltas” no Universo, que este tem ritmos que começam e terminam. Com a Segunda Profecia nos entregam um espelho para refletir nossas relações, a que temos conosco mesmos e a que temos com outros. Nesta Terceira Profecia o que devemos analisar é nossa relação como indivíduos e como espécie, com o Planeta no que vivemos. Continuando, nos acompanhe a abrir os elementos que normalmente vemos soltos, para convertê-los em uma força geradora de consciência, abundância e prosperidade.
Na Primeira Profecia, os maias afirmam que o Universo tem ciclos, ou seja, períodos de tempo que começam e terminam, como o dia e a noite. Segundo eles, atualmente, encontramo-nos ao final de um ciclo, em um período de transformação chamado “O Tempo do Não - Tempo”, que terminará no sábado 22 de dezembro de 2012, época em que mudaremos por completo o Planeta e a humanidade ou, se se quiser, a ‘Morada e seus moradores’. Esta Profecia afirma que o Sistema Solar se desloca em uma elipse que o afasta e o aproxima do centro da Galáxia, onde, cada 5125 anos, recebe um “raio sincronizador”. É como o “pulsar lumínico” do coração da Galáxia, que palpita para sincronizar todos os seres vivos do Universo, aumentando, periodicamente, seu nível de vibração, nos conduzindo a uma maior harmonia. Os maias predisseram que, na quarta-feira 11 de agosto de 1999, a Lua eclipsaria ao Sol e, os Planetas do Sistema Solar se alinhariam para refletir a energia para a Terra, acelerando fortemente, todo o processo de transformação.
Na Segunda Profecia, os maias dizem que, ao aumentar a freqüência de vibração do Planeta, o batimento do coração e nossas células, que também vibram permanentemente, procuram sincronizar-se harmonicamente com o novo ritmo de vibração. As células procuram equilibrar-se com o Planeta, produzindo enormes mudanças no comportamento dos homens. Neste “Tempo do Não - Tempo”, ou seja, durante estes últimos 20 anos antes da conclusão do presente ciclo (1992 – 2012), o homem confrontará a seus medos, a suas angústias, ao que o faz sofrer, ao que não o deixa ser feliz, a todas suas vibrações baixas, para cura-las e poder assim vibrar mais alto com o Planeta e com o Universo. O medo, o ódio, a agressão e a intolerância produzem vibrações baixas, enquanto que, o amor, a paz, a compreensão, assim como o respeito por tudo o que existe, produzem vibrações altas.
O comportamento do homem pode diminuir ou aumentar sua energia interna; quanto menor a energia interna, mais depressão e escuridão, enquanto que, quanto maior a energia interna, mais paz e felicidade. A verificação dos resultados de seu comportamento ante qualquer fato, permite saber se a atuação serve para aumentar ou diminuir sua energia interna. Se sua paz foi alterada, e se o que fez o faz sentir-se mal, é porque atuou sem compreender o que fazia, sem respeito por outros, certamente inconscientemente, diminuindo sua energia vital e colocando-a em um estado de vibração baixa. Em troca, se se sentir bem, independentemente do que tenha acontecido, é porque atuou com compreensão e respeito, valorizando e agradecendo o acontecido como uma oportunidade para aprender sobre a vida, ou seja, atuou com sabedoria, aumentando sua energia vital, e produzindo assim, um estado de vibração alta. A Segunda Profecia Maia diz que nos encontramos no “Grande Salão dos Espelhos”, no tempo em que cada homem será seu próprio juiz. É a última oportunidade para aprender sobre nosso comportamento e mudar.
A TERCEIRA PROFECIA MAIA nos diz que uma onda de calor aumentará a temperatura do Planeta, produzindo mudanças climáticas, geológicos e sociais, em uma magnitude sem precedentes e a uma velocidade assombrosa. Os maias nos dizem que o aumento da temperatura se deverá à combinação de vários fatores, uns gerados pelo homem que, em sua falta de sincronia com a Natureza só pode produzir processos de autodestruição; outros fatores gerados pelo Sol que, ao acelerar sua atividade (pelo aumento de sua vibração), produz mais irradiação, aumentando a temperatura do Planeta.
Cada um de nós, de uma forma ou outra, ajuda a desmatar o Planeta ou, a poluí-lo, com nossos carros mal sincronizados, jogando lixo nos parques ou nas ruas, ajudando a que o clima da Terra se volte contra nós. As mudanças já estão ocorrendo, mas, como foram acontecendo muito lentamente, nos adaptamos a elas e não nos demos conta. O processo global de industrialização ocorrido nas últimas décadas do passado século XX, poluiu dramaticamente a atmosfera, com suas emissões de gases tóxicos. Assim, a chamada “chuva ácida”, um subproduto da queima de carvão e derivados do petróleo, conjuntamente às emissões industriais de sulfuretos e óxidos de nitrogênio, acontece em todo mundo e se concentra nas áreas urbanas. Esta “chuva ácida” corrói os monumentos e pontes, destrói a pintura exterior, mata os bosques, danifica a vida marinha, danifica o solo agrícola, converte a água potável em tóxica e reduz a visibilidade. As chaminés contaminadoras de milhares de fabricas, principalmente inconscientes ao dano que produzem, alteraram os tempos das chuvas, as estações e o clima. Em milhões de lugares do Planeta, ainda se cozinha utilizando carvão e lenha, fogueiras que jogam no ar, enormes quantidades de fumaça, cinzas, vapor de água e gás carbônico. Isto produz o famoso “Efeito Estufa” de que tanto se fala, pois as concentrações de partículas de carbono que ficam flutuando na Atmosfera reagem quimicamente com os dióxidos, aumentando a sujeira e a temperatura.
O ar que respiramos está cheio de partículas de monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio e de metano, resultado da combustão da gasolina nos motores de milhões de carros e de milhares de usinas térmicas de geração elétrica. Derrubaram as selvas paras converte-las em imóveis ou para aumentar as cidades. Queimaram-se os bosques que limpavam o ar, ao converter o gás carbônico em oxigênio. O homem não é consciente que está depredando o Planeta, não tem a menor idéia que há necessidade de semear para repor a vegetação que consome; todo o Planeta se converteu em uma grande lata de lixo. Enviam para o fundo dos mares contêineres com resíduos radiativos; os derrames de petróleo ameaçam os bancos de corais; navios inteiros chegam com resíduos não biodegradáveis. Todos estes processos alteram o conteúdo de ozônio na Atmosfera; um elemento que pode causar muito bem ou muito mal, dependendo da altura em que se encontre.
Na parte alta da Atmosfera, entre 10 e 50 km. sobre a superfície da Terra, o conteúdo de ozônio é bom. Ali, encontramos 90% do ozônio, um gás cujas moléculas têm 3 átomos de oxigênio. Precisamente, a quinta parte do ar está composta por oxigênio, cujas moléculas absorvem a radiação ultravioleta do Sol e, graças à reação produzida por sua energia, gera-se o ozônio. A essa altura (entre 10 e 50 km sobre a superfície da Terra), o ozônio é benéfico, já que tem duas funções muito importantes para a vida sobre o Planeta: primeiro, o ozônio produzido absorve os letais raios ultravioleta produzidos pelo Sol, protegendo assim, os sistemas ecológicos da Terra; segundo, ao combinar-se naturalmente com o hidrogênio que chega à Atmosfera como água evaporada, converte-se em um poderoso bactericida que assegura a salubridade do ar. Entretanto, da superfície da Terra e até os 10 km de altura, encontramos o outro 10% de ozônio, uma capa da Atmosfera que, devido aos efeitos poluentes do homem, converteu-se em um perigo.
Normalmente este ozônio era regulado pela Natureza, gerava-se e desaparecia imediatamente, ao reagir quimicamente, com o ar, graças à luz do Sol. O homem alterou este processo natural, ao encher a Atmosfera de partículas suspensas de aerossóis, fumaça, carvão e de gases tóxicos, produzindo reações fotoquímicas incontroladas. A Natureza não absorve as partículas de cloro-flúor e carbono utilizadas na fabricação de aerossóis, que permanecem flutuando no ar. Isto aumentou a níveis alarmantes a quantidade de ozônio se localizado a baixa altura no ar, convertendo-o em poluição, no que chamamos “neblina”. Em altas concentrações no ar afeta ao homem, produz irritações nas mucosas, dor de cabeça, diminui a atividade física, reduz nossa resistência às infecções e aumenta as enfermidades respiratórias. Esta “neblina” afeta os elementos, acelera a cristalização da borracha, descora os tecidos, telas e obras de arte e impressões, diminui a resistência à tensão das fibras, afeta à Natureza, produzindo danos nas folhas das plantas, eliminando sua capacidade para realizar a fotossíntese e a produção de oxigênio.
Ao respirar, o homem inala ar e exala gás carbônico. A vegetação normalmente absorve os raios luminosos e, com sua energia, transforma o gás carbônico em açúcares, amidos, celulose e, no oxigênio que respiramos. Por todas estas mudanças no ozônio, muitos dos grandes bosques no Planeta se encontram doentes, tendo diminuído sua velocidade de crescimento, e perderam sua folhagem. Existem plantas como o tabaco que são “bioindicadores” da quantidade de ozônio no ar, por suas folhas serem altamente sensitivas ao ozônio e queimar-se em sua presença.
Na alta Atmosfera sobre a Antártida, por algumas semanas, no mês de outubro de 1999, apareceram enormes buracos na camada de ozônio, os quais estão crescendo, ano após ano. Isto permite que a radiação ultravioleta ultrapasse e aumente a incidência de câncer na pele, inibindo a fotossíntese nas plantas e criando mutações genéticas indesejáveis. Tudo isto causou um aumento na temperatura do Planeta. Sobre isso os maias nos dizem que, a partir do eclipse de 11 de agosto de 1999, o processo de aquecimento do Planeta, acelerar-se-á. Cientistas ingleses nos dizem que o ano de 1997, foi o ano mais quente desde que se têm registros. Por sua vez, peritos meteorologistas dos Estados Unidos, dizem que janeiro e fevereiro de 1998, foram os meses mais quentes e úmidos dos últimos 100 anos. As variações climáticas como conseqüência das atividades daninhas do homem e das mudanças no comportamento do Sol, produzem uma diminuição nas chuvas, percebidas nas mudanças da sua quantidade, intensidade e regularidade.
O aumento da temperatura produzirá fortes ventos, furacões e tornados. Os furacões são tormentas enormes e violentas, um vórtice de destruição e morte. “Furacão” é o nome do “deus do mal” para os índios do Caribe. O Furacão Mitch e o fenômeno chamado “El Niño”, são evidências da tendência aos desastres maiúsculos causados pelo clima. O Sistema Hidrológico é fundamental, pois a Terra está coberta por água, em 70%. Ao aumentar a temperatura, haverá uma diminuição da umidade relativa no ambiente, o que trará como conseqüência, menos nuvens no Céu e maior assolação, agravando assim o problema. Isso evaporará a água dos solos, produzindo-se grandes secas e muitos incêndios florestais em todo o Planeta. A falta de água produzirá um “stress” em toda a vegetação, reduzindo seu crescimento e diminuindo significativamente, o tamanho das colheitas. Conseguintemente, ao reduzir a quantidade de água das chuvas, também sofrerão os diques e barragens de armazenamento de águas, dos lagos e rios, criando sérios problemas a toda a fauna da Terra.
Tudo isto causará um forte impacto na economia; o abastecimento de muitos produtos como a água, forragens, grãos alimentícios, pescado e a geração hidrelétrica, os quais dependem substancialmente do clima. Virão os racionamentos elétricos, a fome e o descontentamento social, aumentarão os mosquitos e os insetos, junto a enfermidades tropicais como a malária e outras pragas. O comportamento do homem será crucial, para agüentar o aumento geral da temperatura causado por sua própria conduta inconsciente e depredadora.
A Terceira Profecia nos diz que o Sol aumentará a quantidade e a intensidade das erupções solares, o que também contribuirá para produzir um aumento na temperatura do Planeta. Os maias estudaram principalmente o comportamento do Sol. Sabiam que este Astro produz a luz e os ciclos que tornam possível a vida na Terra. Seus estudos são a base das Profecias a respeito dos tempos que vivemos, e que falam de mudanças no Sol. Nossos cientistas atuais têm vários satélites dedicados exclusivamente, a estudar o Sol, uma das 100 milhões de estrelas de nossa Galáxia. O Sol tem ciclos que mudam seus níveis de atividade, a cada 11 anos, girando sobre seu eixo, uma vez cada 27 dias. Hoje sabemos que nosso Sol contém 99,8% da massa do Sistema Solar. Não é um corpo sólido como a Terra, já que é principalmente, composto de gases. O 75% é Hidrogênio, o qual, permanentemente se converte em Hélio, através de uma reação de fusão nuclear levada a cabo a altíssimas temperaturas em seu núcleo. Ao fazê-lo, produz uma enorme quantidade de energia em forma de radiações e partículas que irradia para fora, para sua superfície, para o Sistema Solar. Emite radiações de onda curta como os raios X, os raios ultravioleta, a luz visível e a radiação infravermelha de calor. Do mesmo modo, este Sol emite partículas de plasma de Hidrogênio e Hélio, chamadas “vento solar”, as quais são lançadas como um jato parecido ao que um aspersor de água produz.
Recebemos a luz, o calor e o “vento solar” na Terra; o Planeta tem a seu redor um campo de força magnético, um escudo de proteção com forma esférica, de três vezes seu tamanho. Este escudo chamado de “magnetosfera” contém a Atmosfera do Planeta. Em sua parte mais alta se encontra a ionosfera, onde o oxigênio e o nitrogênio que respiramos interagem com as partículas de Hélio e Hidrogênio que chegam com o “vento solar”. Ali se produz o ozônio, fruto da reação do oxigênio com os raios ultravioletas; estas partículas de “vento solar” trazem uma energia contida em seus elétrons, equivalente a várias centenas de volts, que carregam eletricamente a Atmosfera do Planeta, na parte correspondente à ionosfera. Às vezes aparecem manchas solares na superfície do Sol, regiões com campos magnéticos muito intensos que produzem fortes estalos de plasma no Sol. Ao fazê-lo, irradiam para a Terra labaredas com a força de milhares de bombas de Hidrogênio, quantidades incomuns de luz, calor e partículas de “vento solar” com alta energia. A Atmosfera recebe a carga desta energia incomum, causando tormentas elétricas. Os raios produzem danos nos transformadores das redes elétricas que levam a eletricidade para nossas casas, ocasionando danos em nossos eletrodomésticos e especialmente em nossos computadores. O “vento solar” danifica os componentes eletrônicos ou os painéis solares dos satélites, ocasionando interrupções nas comunicações e nos sistemas de posicionamento e navegação.
Os maias sempre tiveram sua mente aberta ao Cosmos; sua religião foi eminentemente astronômica. Compreenderam que o ser humano não é mais que uma projeção de energia e que, sem energia, não há matéria. Descobriram que essa energia depende do Sol, que todo ser vivente, animal, vegetal, planta, mineral ou metal, não pode existir sem a invisível força do Sol. Se faltar a luz do Sol, a vida torna-se lenta; por isso dormimos quando o sol não está presente. Os maias descobriram que a energia se move em ciclos e que o ciclo básico depende do giro da Terra sobre seu Eixo e da sua posição ao redor do Sol. Buscando aumentar a energia interna, deram-se conta que a aparição do Sol no Leste, e seu desaparecimento no Oeste, definiam a manifestação mais importante da dependência humana da fonte de energia. Definiram sua concepção do espaço, apoiados nesse movimento básico. Simbolizaram as quatro direções cardeais; a Esfera Terrestre em seu centro e, sobre ela, a Esfera Celeste, o domínio do Kinich Ahau.
As quatro direções cardeais também se encontram manifestadas no corpo humano; os dois braços e as duas pernas, que definem o espaço onde se move nossa energia interna, e nos elementos básicos manifestados pela energia, que encontram a seu redor: o fogo, a água, o ar e a terra. Cria-se então, um espaço virtual a nível planetário, aonde existe a Terra, sempre em movimento ao redor do Sol. Descobriram que este espaço tinha quatro cantos definidos pelas posições extremas desse movimento. Os maias descobriram os equinócios - quatro únicos dias de eqüidade ao ano, em que a duração do dia e da noite, é igual. Também encontraram os solstícios, quatro únicos dias ao ano, nos que o Sol nasce exatamente na mesma posição, no mesmo lugar do dia anterior; fica quieto. Nos outros 363 dias, sempre nasce mais adiante que no dia anterior, avançando em seu percurso, a eclíptica. Entre o equinócio do verão (21 e 22 de março); o solstício do verão (20 e 21 de junho); o equinócio de inverno ( 22 e 23 de setembro) e o solstício de inverno ( 21 e 22 de dezembro) (dados referentes ao Hemisfério Norte), encontram-se os quatro cantos do espaço maia, cantos que definem as quatro estações climáticas do Planeta, que mudam, fundamentalmente, a radiação recebida do Sol, acelerando ou retardando o crescimento de todos os seres. Primavera, Verão, Outono e Inverno são a manifestação mais evidente da incidência da energia do Sol sobre a vida em nosso Planeta.
Mas os maias se deram conta que nem todas as coisas têm as mesmas propriedades, apesar de estarem todas expostas à mesma luz do Sol. Descobriram que o Sol não é a única influência energética. A Lua reflete a luz do Sol, influenciando com sua força de atração, todos os fluidos no Planeta. Levanta as águas de nosso oceano, e as faz baixar, brandamente. Os maias se deram conta que as fases da Lua atuam sobre os estados de crescimento; descobriram que todos os Planetas, com seus movimentos, têm influências sobre nós; absorvem a energia que necessitam do Sol e irradiam o restante para o espaço, como uma pedra que, exposta ao Sol, irradia calor ao seu redor. Em outras palavras, as posições relativas dos Planetas são muito importantes. Do mesmo modo, em certas épocas do ano, podem ser as causadoras das tormentas úmidas, de uma maior ou menor temperatura da Terra, como das águas doces e salgadas.
O Sistema Solar, em sua elíptica de 26.000 anos, que o afasta e o aproxima do centro da Galáxia, gira ao redor de Alcione, o Sol Central da Constelação das Plêiades. Este movimento é conhecido por nossos cientistas como a “Precessão dos Equinócios”. Esta Constelação (As Plêiades) foi de suma importância para os maias, já que, inclusive, uma de suas estrelas leva seu nome. Na mitologia grega, As Plêiades eram 7 irmãs, filhas de Atlas e Pleyón : Maia, Merope, Electra, Taygeta, Celaeno, Asterope e Esterope. Para ajudá-las a escapar de Leão, o caçador gigante que as vivia perseguindo, Zeus as converte em pombas, as quais voam e convertem-se no conjunto das estrelas da Constelação de Touro. Em seus estudos, os maias descobriram que, ao redor de todos os seres vivos, existem campos eletromagnéticos que são afetados por estes ciclos de energia em movimento. O homem maia abre sua mente ao Cosmos e, da Terra, conecta seu coração com nosso Sol e, daí, com Alcione, nas Plêiades, para finalmente, chegar ao HUNAB KÚ, no Centro da Galáxia.
Assim se move a energia conscientemente.
Os maias também descobriram que há lugares geográficos que facilitam a conexão consciente com o Universo, onde se movem vórtices de energia. Hoje, é possível verificar que em todos os corpos esféricos planetários, entre os 19° e 20° de Latitude Sul e Norte, manifesta-se no plano físico, um fenômeno que expressa o movimento da energia. Por exemplo, se olharmos a Lua a 19,5° Sul, no seu “lado oculto”, aparece uma extrusão de lava chamada “Mar Tsiokovskii”. Em sua parte superior, está o “Mar Moscoviense”. No Sol, a maior quantidade de explosões ou manchas solares na coroa, se manifesta a 20° de Latitude Sul e aos 20° Norte. Por sua parte, o Planeta Marte tem o Vulcão Olympus, o maior vulcão do Sistema Solar, situado a 19,3° de Latitude Norte. Vênus tem os vulcões ativos Alpha e Régio, situados a 19,5° de Latitude. O grande ponto vermelho do Júpiter está a 19,5° de Latitude Sul. Em Saturno, a nave Voyager tomou umas fotografias das nuvens em movimento, cujo movimento mais forte se encontra a 19,5° de Latitude Norte e Sul. Em Netuno se encontrou um ponto escuro a 19,5° de Latitude Sul. Finalmente, na Terra, o vulcão mais ativo do Planeta, o Mauna Ki no Hawaí, está a 19,5° de Latitude Norte. Casualidades? Valeria a pena investigar as teorias de Richard Poddler a respeito.
Olhemos o local onde viveram os maias e o analisemos “geometricamente”. Um quadrado contém a esfera. Colocamos uma linha sobre o Equador a 0° e outra vertical, a 90° de Longitude. Contenhamos o quadrado em outra circunferência; se desenharmos dois triângulos eqüiláteros, veremos que seus apoios se encontrarão a 19,5° de Latitude Sul e Norte. Curiosamente, a 19,5° de Latitude Norte e 90° de Longitude, encontra-se a Pirâmide de Kukulkán, no México, a qual foi construída no centro da massa continental americana. Esta Pirâmide é uma amostra dos conhecimentos matemáticos, geômetras, astrológicos, filosóficos e religiosos maias. Ocupa o centro exato do espaço terrestre e é o ponto de encontro entre o espaço celeste e o inframundo. Ali, no ano 430 d.C os maias construíram uma primeira Pirâmide, à sombra da qual sua civilização floresceu. A pirâmide ainda permanece na atualidade.
A Pirâmide de Kukulkán é um gigantesco “relógio solar”, que era utilizado por eles, para ajustar seus calendários, uma confirmação do conhecimento exato dos movimentos do Sol, dando às suas crenças um sentido filosófico, cronológico e esotérico. A Pirâmide de Kukulkán lhes permitia ativar todos os centros energéticos do homem, ou seja, os chakras, que alimentam de energia aos sistemas físicos glandulares. Para isso, utilizavam sons rítmicos que ajudavam a mente a sincronizar-se com o “todo”, produzindo vibrações energéticas muito altas, assim como estados de sensibilidade especial.
A localização do homem ao redor da Pirâmide, permitia-lhes conectar os chakras em sua coluna vertebral, com o KUXAN SUUM, a “coluna vertebral do Universo”, o “cordão” que une o homem maia com o Sol e, através dele, com HUNAB KÚ, no centro da Galáxia. Isto se obtinha ao sincronizar as duas partes do cérebro do homem; a parte esquerda que controla a razão e a lógica, com a parte direita, a que dirige a intuição, a sensibilidade. Ao vibrar coletivamente, conectam-se as mentes em uma só, permitindo transcender a novas dimensões do ser. Os maias aprenderam a utilizar a mente com os dois hemisférios do cérebro, simultânea e equilibradamente, conseguindo desenvolver os novos sentidos telepáticos que permitem a unidade da consciência coletiva.
Precisamente uma semana depois que uma criança maia nascia, começava o primeiro processo de iniciação para a utilização eficiente do cérebro. Para isso, prendiam a cabeça do recém-nascido com umas taboas de madeira, envolvendo-as fortemente com um tecido de algodão, a fim de produzir um ‘estiramento’ dos ossos do crânio. Com isto, reposicionavam e excitavam duas glândulas; uma delas, que se encontra no centro da fronte, à altura do denominado “Terceiro Olho”, chamada glândula pituitária; a outra que se encontra no centro do crânio, chamada glândula pineal. Trabalhando em conjunto, estas glândulas produzem substâncias que desenvolvem a clarividência, ou seja, excitam o cérebro, permitindo-lhe captar ou transmitir o pensamento. Para os hindus, estas glândulas se comunicam diretamente com os chakras da fronte e da coroa, locais de entrada da energia, do Prana, do Puah. Elas produzem também estados especiais de sensibilidade da mente, da consciência, facilitando o contato espiritual, assim como a comunicação com as essências de todos os animais, de todas as plantas, de todos os elementos. Em outras palavras, os maias conseguiam que os hemisférios do cérebro funcionassem de uma maneira simultânea, mais efetiva. A parte esquerda, lógica e racional, e a parte direita, feminina e intuitiva.
Quando o menino maia completava 20 meses, começava o segundo processo de iniciação: na cinta que ainda aprisionava sua cabeça, a mãe lhe pendurava uma bolinha de ‘copal’, uma espécie de incenso sagrado, entre as sobrancelhas, no centro da fronte. O aroma do ‘copal’ excitava as glândulas, enquanto que, o forçar a vista para olhar a bolinha no centro dos dois olhos, ensinava-lhes a utilizar, simultaneamente, os dois hemisférios do cérebro, experimentando o que se sentia. Investigações atuais demonstram que nosso cérebro, virtualmente, não usa sua parte direita e que, ao operar simultaneamente, produz-se uma percepção maior da realidade. Pode-se ver a “aura”, ou seja, o campo de energia emitida a seu redor, por todas as pessoas, a qual, troca de cor, de acordo a seu estado de ânimo. Uma amostra disso são as imagens estereoscópicas atualmente utilizadas em livros e postais, que forçam ao cérebro a utilizar, simultaneamente, os dois hemisférios, para poder ver a figura.
O desenho da Pirâmide de Kukulkán está apoiado nas proporções áureas geradas pela decomposição harmônica de uma circunferência inscrita em um quadrado, ou, se se quiser, de um cubo inscrito em uma esfera. A Pirâmide pode ser contida em um quadrado de 55 metros de lado, inscrito em uma circunferência de 80 metros de diâmetro. Esta Pirâmide tem uma orientação precisa de 17° ao Norte/Leste, para receber a luz do Sol nos dias do equinócio, e permitir o harmonioso jogo luminoso que simboliza a baixada à Terra de Kukulkán. Sua estratégica localização favorece o recebimento da energia do Sol, nos equinócios, quando os dias têm a mesma duração que a noite, onde virtualmente, a luz e a sombra estão em equilíbrio. É quando todas as condições energéticas e espaciais estão “perfeitas” para o encontro com HUNAB KÚ.
Em uma cerimônia com “mantras rítmicos” se produzem estados alterados da consciência, que permitem dirigir a realidade de uma maneira distinta. Se rodarmos o quadrado onde está contida a Pirâmide, em 45°, divide-se a circunferência em 8 medidas iguais que, ao unir-se, produzem um Octógono. Este octógono define o tamanho e a localização de seu centro, conformado de quatro escadas de pedra, as quais conduzem ao Templo, localizado na parte superior da Pirâmide. A largura das escadas é definida por triângulos, com sua base, nos lados do quadrado. O lado do octógono, tomado ou considerado como raio, define o tamanho da plataforma central do Templo na parte superior. Verticalmente são absolutamente incríveis as proporções que os maias usavam.
A Pirâmide de Kukulkán tem 30 metros de altura; 9 plataformas suportam um pequeno Templo na parte superior, que representa a nosso mundo; sobre ele, a abóbada celeste, o espaço do Sol, de KINICH AHAU. As nove plataformas representam os “Nove Senhores da Noite, do Conhecimento e o Tempo”, os conhecedores da mente total do Universo, os adivinhos da harmonia, seres que ensinaram os maias a compreender e sentir a unidade. Eles trouxeram a saudação maia: In lakesh Alake, que significa: “Eu sou você; você é eu”, uma amostra de harmonia, com o respeito pela liberdade do indivíduo e por suas decisões.
A inclinação das nove plataformas da Pirâmide de Kukulkán, é de 51° 51’, ou seja, a sétima parte da circunferência, curiosamente igual à inclinação da Grande Pirâmide ou Pirâmide de Keops, na Meseta de Gizeh, perto do Cairo, no Egito. Cada escada tem 91 degraus de pedra, fazendo um total de 364 degraus, cifra a que, acrescentando a plataforma superior, totalizam os 365 degraus ou, se se quiser, os 365 dias correspondentes ao Ano Solar. As balaustradas das escadas contra as quais se projeta a luz e a sombra nos equinócios, têm um ângulo de 45° exatos. A decoração exterior da Pirâmide não foi arbitrária, e sim, pensada e estudada profundamente, para representar simbolicamente, o mais significativo de sua realidade: O Tempo.
A cada lado da escadaria principal, há 26 painéis rebaixados, ou seja, 52 painéis por fachada, que correspondem ao Ciclo Maia de 52 anos, fractal do Grande Ciclo de 5200 Tunes, existente entre os ‘raios sincronizadores’. Esta Pirâmide tem 18 plataformas, 9 de cada lado da escada principal, mostrando um claro simbolismo da divisão do Ano Solar Maia em 18 meses. Por sua parte, a presença de 5 adornos, ou ameias, coroavam o Templo na parte superior, em cada um dos quatro lados, produzindo o simbolismo do UINAL, ou, mês de 20 dias.
Na civilização maia, no dia 16 de março de cada ano, todo o povo se congregava comandado por seus senhores e pelos AHAU KINES, os Sacerdotes do Culto Solar, todos eles, situados ao redor da Pirâmide de Kukulkán. As ameias, com plumas de quetzal e bandeiras, engalanavam o Templo no alto, símbolo das festas e do vôo do Kukulkán para receber o Ano Novo Maia. Assim começavam os HUAYEB, ou seja, os últimos 5 dias do ano que, com suas noites, eram considerados nefastos, representando o tempo para as cerimônias de purificação, oportunidade em que se realizavam jejuns coletivos como sinal de limpeza. Na praça, frente à Pirâmide, dançava-se para equilibrar as energias masculina e feminina como oferenda ao CHAC, a essência da chuva.
MANTRAS SAGRADOS:
Palavras repetidas ritmicamente com os nomes das essências, produziam um estado alterado de consciência coletivo. Nos dia 21 de março, quinto e último dia HUAYEB, dia do Equinócio do Verão; entre a 1 da tarde e as 4 da tarde, produz-se um movimento ondulatório de luz e sombra contra a balaustrada da escada principal que finaliza na cabeça da serpente. Nesse momento, Kukulkán baixa do céu anunciando o novo ano e a época de semeadura. O fenômeno de luz e sombra indica o fim da seca. Esse é o momento de preparar as terras para a semeadura, quando se voltavam a escutar os cantos das aves. Era o tempo da Primavera.
Ao entardecer, por volta das 4 da tarde, pode-se ver o triângulo isósceles na parte superior da Pirâmide de Kukulkán, e logo, pouco a pouco, vão se formando, um a um, os sete triângulos que conformam o corpo serpentino na Pirâmide. Sete triângulos isósceles de luz que representam aos sete chakras do corpo humano. “Sete Serpentes” é também o nome da semente do milho. A cabeça da serpente, situada a um lado da escada principal, ganha vida ao receber a luz do Sol. Em sua boca se depositavam as oferendas e, no alto da Pirâmide se acendia o fogo do Ano Novo, queimando-se incenso e copal. Este último estava dedicado ao ritual do Sol e do fogo. Bebia-se o “balyé”, uma bebida fermentada de mel com sementes de cabaça e de favas, que simbolizavam o tempo de semeadura. Dessa maneira, o último triângulo formado era o primeiro a desaparecer, em um movimento que volta a conduzir simbolicamente, a Serpente Emplumada para o Céu. Logo, repartia-se o fogo em tochas para cada família, recolhendo as bandeiras, para logo voltar em procissões à Casa do Senhor e, dali, cada qual, à sua. Posteriormente, com o fogo novo, iniciava-se a queima dos Montes para preparar o chão ou a terra para a lavoura.
Utilizando sua sabedoria sobre os ciclos naturais, os maias conseguiram incrementar sua energia vital, assim como aumentar sua intuição e perceber tudo como uma unidade de consciência. Tiveram a clareza para prever que nós passaríamos pelos mesmos processos evolutivos, e nos deixaram chaves para nos ajudar. A serpente cascavel na cultura maia representa o Sol. Em língua maia, Tzabcam provém dos termos Tzab: cascavel e CAM: serpente. Também Tzabcam quer dizer quatro; quatro serpentes, quatro elementos, quatro ciclos: nascimento, crescimento, maturidade e morte. Quatro estados da Natureza; quatro movimentos das ondas; as quatro cantos do espaço, que eram formados pelo Sol nos equinócios e nos solstícios.
Para os maias, a Pirâmide de Kukulkán era um relógio solar; cada ano em julho, quando o Sol alcança seu ponto mais alto no Céu, a Serpente troca de pele e, em sua cauda cresce uma nova cascavel, com forma de coração, que simboliza o ano maia. Os triângulos isósceles de sua pele se tornam o elemento mais importante da decoração de seus Palácios e suas Pirâmides. A cada vinte dias a serpente perde suas presas, tempo que equivale à duração de um UINAL MAIA, ou seja, o mês maia. A serpente significa o movimento ondulatório e cíclico do tempo. A mudança de pele da serpente e o surgir fresca, cada ano, representa a vida eterna, representa a reencarnação, o converter-se em um homem novo.
Os maias acreditavam que o Espírito começa encarnando-se em uma serpente, e por isso, acha-se obrigado a arrastar-se pelo pó do chão, da terra, morrendo e renascendo, se aperfeiçoando até poder elevar do Planeta Terra. Nesse momento desenvolve as emoções, encarnando-se em um animal, evoluindo passo a passo, até nascer como um homem, obtendo a razão, o pensamento. Uma vez que o Espírito se encarnou em um homem, deixa a forma física através de seu próprio esforço consciente, elevando-se para planos superiores, como se fora um pássaro, a “serpente emplumada”.
A história da evolução da serpente em águia é a base da filosofia maia; o homem maia se transforma a si mesmo, tornando-se verdadeiramente livre, dentro desse processo eterno de evolução ascendente de consciência. A águia simbolizava ao Espírito; a pluma representa o elemento ar, o elemento espiritual que permite viajar sem limites e sem fronteiras pelo Universo. As plumas de águia, do quetzal ou de qualquer outro pássaro, representavam estados de consciência; e, quanto maior era o penacho da pessoa que o levava, maior era seu estado de consciência. Os maias ganhavam suas plumas nas iniciações, com o conhecimento, já que, se os iniciados tinham êxito nas provas, os mestres os premiavam com os jades, as turquesas, as cascavéis e as plumas.
A Escola de Mistérios de Kukulkán ensinava a elevar a energia vital, a energia da serpente, o kundalini hindu. Unem-se todos os centros energéticos através da coluna vertebral com a energia da águia espiritual na cabeça. Para obtê-lo, requeria-se um ato de sacrifício da vontade individual diante da vontade suprema de Deus; a vontade do indivíduo, a serpente, é posta em linha com a vontade de Deus, a águia. O indivíduo devia morrer para si mesmo, com o fim de renascer, vinculado com a consciência cósmica, com o “Todo”, abandonando sua identidade ilusória, seu ego, seus “apegos” emocionais, materiais e sexuais. Esta é a história que contam os murais maias, mas há que lê-la com os olhos do conhecimento para entendê-la. Anos de preparação para enfrentar as provas supremas e, então, absolutamente sozinhos, encontrar-se com Deus.
O próximo Capítulo está relacionado com a Quarta Profecia Maia, a qual anuncia o reverdecer do Planeta Terra quando o gelo dos glaciais, que se encontra nos Pólos, converter-se em água e ela vá para onde não esteve durante milhares de anos. Isto mudará a forma dos Continentes onde vivem.
Continuaremos escutando o eco das vozes dos maias.
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