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Considerações Sobre os Templos Iniciáticos e os Mestres de Sabedoria - Por Premanandâchâryâ - Ramés


“Considerações sobre os Templos Iniciáticos e os verdadeiros Mestres de Sabedoria.”

Premanandâchâryâ é meu Instrutor e Guia espiritual.
Também atende pelo nome de Ramés.
Entre outras coisas me confidenciou que trabalha com Ramatis na Fraternidade da Cruz e do Triângulo.
Também me esclareceu que, como eu, há vários outros discípulos seus no Brasil e no mundo, e que eu estou entre os mais atrasados ainda, por isso Sua Presença constante comigo, pois como Ele esclareceu, o aluno atrasado necessita mais da companhia do Seu Mestre, por isso não é privilégio ter o Mestre por perto.
Quando o Mestre está sempre por perto, é sinal que o aluno/discípulo está com suas notas à dever.

Os Templos de Iniciação.


PERGUNTA: Existem verdadeiramente “Escolas de Sabedoria”, capazes de oferecer aos seus formandos, ensinamentos iniciáticos, cujos horizontes estão muito além da compreensão do homem comum?

RESPOSTA: Observamos com naturalidade, esta propensão do homem, de escolher palavras inadequadas para expressar seus pensamentos adequados. Não é correto, à nossa observação, dizer “escola de sabedoria.” No nosso entendimento, a “SABEDORIA” é o resultado da infatigável evolução do espírito imortal, que vivenciou em sí mesmo incontáveis experiências, cuja origem se perde na noite profunda do cosmos. Um Sábio jamais consegue “transferir” sua sabedoria a outrem, como se fosse um dom, pois a sabedoria não é uma “concessão extemporânea”, que se oferece a alguém, de forma privilegiada.
Não existe uma “escola de sabedoria”, capaz de “formar sábios” e diplomá-los para executar, a partir de algum “manual prático”, a dinâmica das diversas experiências com que a alma irá se defrontar no decurso de seu despertar infinito!
Existem sim, os “Templos de Iniciação Superior”, que funcionam como escolas, nos mais diversos planetas e entre as mais diversas humanidades. Pois o próprio Mestre Jesus vos ensinou, “In domo patris mei mansiones sunt multae!” (Há muitas moradas na casa de meu Pai), assim, pois, estes templos dirigidos por Entidades altamente qualificadas, que ministram os ensinamentos superiores das diversas ciências da alma, auxiliam o despertar dos registros interiores, quais são as faculdades latentes que jaz em cada um, afim de que os Discípulos aprendam a lidar com energias que eles ainda não dominam.

PERGUNTA: Quer dizer então que um Sábio não tem condições de oferecer sua sabedoria, nem “formar homens sábios”, capazes de agir sabiamente?

RESPOSTA: Já argüimos que o homem, por ter uma capacidade limitada, e uma linguagem acanhada, faz uso de palavras inadequadas, dentro de seu heróico esforço
para expressar suas mais íntimas indagações. Sua mentalidade planetária tateia no vácuo do incoercível, e se debate no vazio de suas concepções materialistas, quando
questões que estão além do seu entendimento ordinário, vem desafiar seu conhecimento, acumulado no empirismo de uma ciência utilitária, diante dos mistérios do cósmos.
Ao dizermos que a sabedoria é “intransferível”, queremos vos oferecer um entendimento que já não tramita pelos vossos sentidos comuns. Devereis vos esforçar em elevar o vosso raciocínio à cima de vossas opiniões já formadas, a fim de vos abrirdes para um conceito novo. A paciência vos será imprescindível para seguir o nosso raciocínio.
Dar-vos-emos uma idéia que se adapta perfeitamente a vossa mentalidade, e a que mais se aproxima daquilo que queremos vos transmitir.
Recordai O Mestre Jesus, consciente de Sua tarefa Messiânica, como “Embaixador Celeste do Cristo”, ao se ver diante de Pilatos, representante de Roma, quando este o inquiriu: “O que é a verdade??” - Tivemos a oportunidade de pesquisar, nos “registros akáshicos do éter cósmico”, que Jesus, além de Sua condição “Arcangélica” e de ser um “Iniciado Sideral”, versado nas mais diversas Ciências do
Espírito, permaneceu em inabalável silêncio.
Se O Mestre Jesus se decidisse em abrir Seus divinos lábios para falar à Pilatos “o que é a verdade?”, não teria tido êxito, porque estaria tentando “transmitir” à uma criança de sete anos, o conhecimento de um Eistein!
E ainda que O Sublime Peregrino tivesse respondido a pergunta do seu interlocutor, a resposta não faria de Pilatos um Sábio, muito menos passaria este a agir como tal.
O Mestre Jesus, em Sua Divina Sabedoria, que jamais impõe e nem constrange, compreendia que Pilatos necessitaria de muitíssimas encarnações, provações e experiências, nas mais diversas formas e situações, dentro do seu roteiro particular, antes de pretender “conhecer a verdade”.
Os homens de mediana compreensão, materialistas possessivos, amantes da luxúria, intelectuais exibicionistas, e muito apegados ainda aos prazeres da carne, não conseguirão “converter-se em sábios”, apenas tomando aulas de um “Sábio”, ou então vivendo ao lado de um deles.
“Mens sana in corpore sano”- Um verdadeiro Sábio vos ditou estas palavras, muito antes que O Messias ensaiasse os Seus primeiros passos na Palestina. Quantos de vos já colocaram em prática este elevado conceito? Eis porque a “sabedoria” não é algo que se transfere “à título de herança psicossomática”. Ela é antes um “estado de ser”, e não um “modo de ser”, pois o “Sábio” é sempre o resultado da essência divina do homem em suas infinitas experiências “na forma”.
E se existe uma “Escola de Sabedoria”, então é a própria Vida Divina no homem que esforça-se em manifestar a Sí mesma.

PERGUNTA: Que nos dizeis então destes “Templos Iniciáticos”? Existem verdadeiramente, ou é fruto da imaginação de místicos e sonhadores?

RESPOSTA: Óh! Não viveis vos em um gigantesco “Templo de Iniciação?” Acaso o
Grande Arquiteto não vos colocou nesta imensa “nave mãe”, para serdes todos vos “iniciados” na evolução coletiva, progredindo sempre? Nascer, viver, morrer, renascer de novo, e assim até o fim dos dias... Os homens infelizmente permanecem tão condicionados em sua cultura tradicional, que não se dão conta do imenso templo erguido sob seus pés, pela bondade de muitos Seres Amorosos, que doaram Suas energias para a construção planetária. Sonhais com “seres do espaço vindos lá de cima do universo”, e vos perguntais se existem realmente seres do espaço. Mas, a Terra, vossa morada, não está suspensa no espaço, e ao redor o espaço infinito? Não sois vos também seres do espaço? E ainda há aqueles que confessam sentirem medo de altura! Tão limitada ainda é a visão do homem, que não consegue perceber a natureza à sua volta convidando-o, através de uma linguagem que lhe é própria, ao retiro interior, à uma contemplação da alma, filha do universo!
Desde o momento em que o astro rei beija com sua luz da aurora, os
picos montanhosos, até o seu ocaso no horizonte, a Natureza vos convida para Deus, para os Seus Santos Mistérios, desafiando-vos a trilharem esta verdadeira “Senda Iniciática”!
O sol quando nasce, e o sol que no horizonte morre; a chuva e a tempestade, a imensidão do céu azul e o lençol inconsútil do espaço; a lua com seu brilho argênteo e o seu séquito de estrelas tremeluzentes; a cachoeira que chora incessantemente suas águas cristalinas, e o rio que serpenteia, cujo marulhar cantante sonha em descansar no oceano; as cordilheiras majestosas exibindo seus picos nevados e as florestas imensas cantando a riqueza de sua fauna e de sua flora; o gemido apaixonado das ondas quando quebram na praia e a beleza contagiante das criaturas aquáticas, que vos acenam das profundezas marinhas, tudo é um hino de amor e gratidão, que se convertem numa oblata de luz, que até aos espaços siderais se elevam para reverenciar O Criador! A Natureza toda convida o homem para a paz, para a fraternidade, para a confraternização universal entre todas as criaturas irmãs neste imenso templo planetário!
Mas infelizmente o homem segue, com sua “cabeça baixa”, indiferente ao
chamado do Alto, preocupados com seus carros, seu dinheiro, seus prazeres, seu time e seu partido político.

PERGUNTA: Sabemos agora que a Terra é um Templo de Iniciação coletiva. Porém seria possível alguns esclarecimentos sobre aqueles “Templos” de que nos falam as obras esotéricas, onde os ensinamentos são ministrados aos Discípulos por Mestres de Sabedoria?

RESPOSTA: Já vos foi ventilado, em obra muito conhecida dos Teosofistas, à cerca destes “templos de Iniciação superior”. Como este livro se destina a estudantes que
somente agora começam a descortinar um pouco o “véu de Ísis”, não temos permissão
de nossos maiorais para acrescentar outros apontamentos atinentes a estes “Centros de Forças Sutís. Mas se tiverdes verdadeira vontade de compreender, e pureza de propósitos, não vos será difícil encontrar nos livros de Helena Petrovna Blawatsky, do reverendo Charles Webster Leadbeater, do Coronel Olcot, de Alice A. Bailey, de Geofrey Hoodson, as referências verdadeiras sobre estas escolas de iniciação, ministradas por amorosos Mestres de Sabedoria, que patrocinaram o movimento Teosófico no Ocidente, e que deu o principal impulso para a mentalidade ocidentalista conscientizar-se, de que existe um “Governo Oculto” e uma “Hierarquia Divina” que regem a ordem no caos aparente do mundo dos homens.

PERGUNTA: Sempre existiram estes Templos de Iniciação Superior, que se mantém
invisível e inacessível ao homem mundano? Estes Templos se originaram aqui na Terra, como o resultado de civilizações mais adiantadas?


RESPOSTA: Muito antes que o planeta Terra entoasse a sua nota chave no concerto dos mundos, sempre existiu civilizações interestelares, pois não há no universo “o espaço vazio” como acredita a vossa ciência utilitária. Se há muitas moradas na casa de Nosso Pai, com certeza também há as criaturas irmãs que habitam estas moradas,
cuja realidade a vossa ciência não quer aceitar por causa do antropomorfismo doentio
de se creditarem “o centro do universo”, e os únicos filhos de Deus.
As humanidades felizes, cujos orbes realizaram a sua ascensão coletiva, também
possuem suas escolas de iniciação superior, seus templos e educandários, onde recebem as lições de seres ainda mais evoluídos, que são os Mestres de Sabedoria.
Sim, os Templos de Iniciação da Alma sempre existiram, porém permanecem inacessíveis ao homem mundano. Muito diferente das escolas e universidades da Terra, que aceitam alunos dos mais diversos tipos e personalidades. Nos templos de iniciação superior, localizados em lugares secretos, e somente conhecidos dos discípulos e aspirantes dos Mestres, os futuros alunos são selecionados a partir do nível da alma,
ou seja, um dos Mestres que patrocinará o ingresso de seu discípulo, tem a capacidade de perceber o grau de espiritualidade consciente que jáz no seu pupilo, bem como as coordenadas de seu psiquismo e suas reações ao chamado da Hierarquia.
A partir do seu mundo moral interior, de suas profundas aspirações, de suas convicções à cerca da Criação, de sua tolerância e simplicidade de vida, o homem, não se lhe importando a religião terrena que escolheu, começa a receber um “chamado interior”, que mais tarde ele identificará como o chamado do seu Mestre interno.
O homem, quando recebe este chamado interior, é por que já manifesta a consciência da alma, e muito embora ele ainda ignore a evolução universal, ele sente em seu íntimo uma necessidade de colaborar com a vida, que ele ainda não compreende, mas “sente”.
Há, em todas as trajetórias dos movimentos espirituais, em que o psiquismo reside como germe da vida, um ponto em que ele começa a emitir sua nota chave, e, quanto mais desenvolve seu psiquismo, quanto mais aperfeiçoa sua forma, quanto mais consciente do seu vir à ser, mais nitidamente esta “nota-chave” é ouvida pelos
“Veladores Silenciosos”, até chegar ao ponto máximo em que o som da alma, individualizada e sublimada, não pode mais ser ignorada. E nenhuma força do universo será capaz de interferir na aproximação desta alma com a Hierarquia.
Uma vida muito mais fecunda, muito mais abundante começa à jorrar da fonte infinita da luz superior, pois o filho pródigo retorna à casa de seu Pai, e ele agora conhecerá muito mais profundamente o mistério do Criador e sua Criação. Reconhecer-se-á como peça fundamental no esquema de evolução coletiva das almas, e identificar-se-á como um co-trabalhador no esquema evolutivo do cosmos.
Após um breve estudo pormenorizado de sua trajetória particular, em que os Mestres observam o passado e a atualidade de seu carma, o “neófito” que está entrando para a Senda, será testado em suas convicções e aspirações, para só então fazer parte da aura de seu Mestre, ou seja, desenvolver-se dentro do círculo interior em que seu Mestre atua.

PERGUNTA: É errado cobrar para ensinar os Mistérios ou os ensinamentos Iniciáticos
que os Grandes Mestres legaram para a humanidade, e assim diminuir a ignorância dos homens, tão necessitados de luz?

RESPOSTA: Os homens, centelhas divinas que são, cuja imagem e semelhança do Criador jazem em sua realidade imortal, trazem desde o berço cósmico o “livre arbítrio” que é direito inalienável, e que jamais deve ser violentado.
O homem sempre terá liberdade para expressar-se dentro do seu acanhado arbítrio outorgado pelo Criador, porém deverá agir com cautela e muito discernimento antes de “pretender ensinar” ciências ocultas ou iniciáticas que até mesmo os “pretensos” instrutores não dominam.
A Ciência Oculta, ou a “Senda da Iniciação” é uma profunda fonte de inspiração venturosa para o “Discípulo Aspirante”, ela embala os sonhos místicos do “Discípulo no Caminho”, ela se revela
diante dos “Mestres de Sabedoria”, mas continua “fechada” para o homem profano. A natureza da Ciência Secreta oferece as chaves para o “buscador” sério, cujo ideal de servir a humanidade já está latejando em
seu coração, porém ri-se do soberbo, que pretende conquistá-la estudando-a nos chamados “ livros da Nova Era”. Já vos dissemos alhures, que a verdadeira Iniciação é a Pérola de Sabedoria, transmitida de Mestre à Discípulo.

PERGUNTA: Mas o que vos parece então estas escolas de Esoterismo tão propaladas
hoje em dia, e que cobram dinheiro por suas instruções?

RESPOSTA: Estas “escolas exotéricas” que se espalham hoje em dia, em todos os
Países, como verrugas no corpo das verdades eternas, nascem dos anseios das criaturas por encontrar o “elo perdido”, que elas sentem terem presenciado algum dia. A grande maioria destes “instrutores” da nova era, que se outorgam o título de mestres e gurus, são remanescentes dos antigos Atlântes,
dos Maias, dos Astécas, dos Egipcios, dos Caldeus, ou de povos que tiveram uma cultura xamânica, mas que fatalmente fracassaram diante de suas experiências individuais. E a prova mais incontestável de seus fracassos é esta teimosia, inteligentemente disfarçada, de argumentarem, de que “não se deve ensinar de graça” algo que eles lutaram muito para conquistar. Para as mentalidades menos ociosas, bastaria uma pequena digressão no passado a fim de confirmar que nenhum dos verdadeiros Instrutores ofereciam as pérolas de seu conhecimento por moeda corrente.
Quando foi que ouvimos, e em qual alfarrábio se registra, que o Senhor Gautama extorquia seus Discípulos, para ensinar-lhes os caminhos da Senda Octupla? ou que Francisco de Assis cobrava taxas de seus seguidores, à título de manutenção?
Ou então que o próprio Jesus Cristo, em sua trajetória pelo mundo, fundou escolas Iniciáticas à peso de ouro?
A verdade é, que ainda não existe à luz do dia Escola Esotérica que transmita a Iniciação. Somente o Adepto, Mestre por excelência e possuidor de irrefutável Sabedoria, cuja bagagem espiritual atesta sua superioridade moral, é que está autorizado a transmiti-la. E ainda assim, o Mestre seguirá as disciplinas da Tradição Iniciática, qual seja, o de apresentar seu pupilo àquela Poderosa Entidade, conhecida pelos membros da Hierarquia como “O Iniciador Único”.
Será no Templo da Iniciação, diante do Hierofante do Templo, o Oficiador-Mor, e diante de outros Mestres Iniciados, que o “Discipulo Aceito” dará entrada na Senda dos Justos, patrocinado por seu Mestre-Guru, responsável direto por seus estudos e por seu futuro trabalho junto da Hierarquia.
Esclarecemos ainda, que todos os ritos e atividades solenes que acompanham o “futuro Chella”, se dá nos planos “internos” e nos reinos Etéricos, e em lugar secreto, longe dos olhares profanos. Assim se confirmam a verdadeira Tradição das “Escolas Iniciáticas dos Mestres de Sabedoria”, que não pode ser imitada e nem profanadas por pseudos “gurus”, uma vez que o Espírito que vive na forma
humana é quem recebe as Iniciações, e não a forma que serve apenas como instrumentação do Espírito.
O Eu Eterno, e não sua personalidade transitória é o verdadeiro Discípulo.

PERGUNTA: Porque a Espiritualidade Superior permite então que se instalem no mundo estas escolas exotéricas? Não seria de bom alvitre coibir este tipo de comercio, uma vez que só confundem os homens em seu caminho no rumo da evolução?

RESPOSTA: “O semelhante atrai o semelhante! Um verdadeiro Aspirante ao Caminho, aquele
que por seus esforços continuados já se tornou um homem de ideal, e sonha em trilhar a “Senda”, este não se deixa embair com lantejoulas baratas, nem por propagandas exóticas!
O despertar da consciência divina do homem se dá por aproximações sucessivas.
A natureza não dá saltos, por tanto, quanto mais vos esforçardes com pureza de propósito, no sentido de compreenderdes vossa destinação angélica, tanto mais se clarificará a vossa visão interna, e muito maior será o vosso discernimento para distingüir o “verdadeiro” naquilo que é “falso”.
O Criador facultou à todos os seus filhos, sem distinção, o livre arbítrio, e até mesmo a Humanidade de Cima não pode interferir. A salvação não poderá nunca ser o resultado de uma vontade extemporânea, ou de uma força sobrenatural, contrariando as Leis imutáveis do Criador.
Respeitando o livre arbítrio dos homens, é que os nossos Maiorais observam em silêncio a criação de “santuários”, “seitas”, “templos”, “igrejas”, “mesquitas”, “pagodes” e “eremitérios” a fim de ajuizar melhor as reais intenções de seus “organizadores”, e também de seus simpatizantes, pesando tudo na balança divina quando soar a hora do “ajuste de contas”.


PERGUNTA: Para uma melhor compreensão, poderíeis detalhar melhor o “distinguir aquilo
que é verdadeiro no falso?”

RESPOSTA: Um Mestre genuíno, um verdadeiro Guru, é sempre o resultado de experiências
continuadas, de encarnação em encarnação. É o homem à frente de seu tempo, filósofo por excelência, pensador que prima pela profundidade de suas exposições, sempre lógicas e sem perder a simplicidade, que lhe é peculiar ao seu caráter humilde e terno. Um Mestre não se arvora em “Guia espiritual”, ele não busca
rotular-se com títulos miríficos que só servem para impressionar os incautos.
Um verdadeiro Guru é sempre reconhecido por sua maneira de ser, de falar e agir, nunca contrariando as Leis de justiça, Amor, Boa Vontade e Corretas Relações Humanas. Não distingue as pessoas uma das outras, nem dá privilégios; não concede diplomas de “discipulado”, nem dá iniciações superiores por força da
amizade ou compaixão. Um verdadeiro Mestre jamais usará “placar luminoso” para propagandear seus ensinamentos, muito menos fundar escolas da “nova era” com a finalidade de locupletar-se com o dinheiro de seus “devotos”.
Um verdadeiro Guru jamais impõe seu ponto de vista, e não é de seu interesse converter discípulos de forma atrabiliária, constrangendo quer seja por seu vasto cabedal de conhecimentos, ou por sua folha de serviços prestados à humanidade.
A fim de esclarecer a vossa dúvida no que concerne o verdadeiro no falso, ressaltamos ainda, para aqueles que desejam distinguir o verdadeiro Mestre do “falso profeta” que tanto vos alerta o Apocalipse, concluímos que o Mestre, Aquele Poderoso Ser que dará a Iniciação ao seu Discípulo, ou que “apadrinhará” junto da Hierarquia, a entrada de seu pupilo na Senda dos Justos, é sempre alguém que recebeu a 5ª Iniciação Superior, e se tornou um Adepto. Ele detém o Sêlo de Shamballa, e está autorizado a trabalhar com ele; Ele trabalha a partir do Centro onde a “Vontade de Deus é conhecida”, e guia os pequenos propósitos dos homens, “que todos os Mestres conhecem e servem”. Prestai atenção, pois aqui já vos estou dando algumas chaves, para aqueles cuja visão e percepção interna estão capacitados para perceber.
Ele irradia agora a Sua Nota, e toca com ela os seus trabalhos em níveis superiores, reconhece ser um Membro da Hierarquia, por que se tornou por seus próprios esforços mais um Co-Trabalhador e Co-Criador. Ele detém os segredos dos Raios e da Magia Branca, por que trabalha no plano da alma. O Seu caminho agora inclui todos os seres, por ser um caminho “inclusivo” e não um caminho “exclusivo”.
Ele conhece os segredos da Meditação, e reconhece que a raça humana é o terceiro principal “Centro de Poder” em que deve trabalhar o resultado de suas meditações nos níveis superiores. Ele sabe trabalhar perfeitamente com a Lei da Precipitação, e os poderes do Psiquismo já não é para Ele motivo de fascínio. Ele
se tornou Um com deus, chegou ao àpice de sua evolução humana.
A Terra, como escola, já não tem mais nada a oferecer, exceto oportunidades de trabalho e auxílio à raça humana. Ele está livre para seguir em dimensões que o inoperante intelecto do homem não conseguiria compreender, mas devido a sua imensa compaixão, muita vez prefere permanecer no mundo com o propósito de auxiliar a humanidade em sua evolução.
Desta maneira, advertimos os “candidatos” aos ensinamentos Iniciáticos, que seria necessário observar estas qualidades e virtudes, estas potentes qualificações nos “pseudos gurus” e “guias” espirituais, que tanto se ufanam e alardem seus “conhecimentos”, mas que não são capazes de renunciar, nem mesmo a sua fatia
de pão em favor do mendigo que reclama junto à sua porta, o desconforto do estômago.



PERGUNTA: Quer dizer então que estas pessoas que fundam escolas de Meditação, ou que
pretendem ensinar os Mistérios, não conseguirão transmitir aos homens o verdadeiro Esoterismo?

RESPOSTA: É de senso comum, que ninguém pode ensinar caminhos que não tenha trilhado!
Só mesmo a presunção, tão comum entre os terrícolas, poderia permitir tal idéia.
Como é que o homem profano pode pretender “adentrar” terreno tão sagrado, sem realizar a sua “reforma íntima?” Qualquer avanço no sentido do conhecimento oculto, sem a reforma íntima, é mera ilusão. Em verdade vos digo, que a única chave capaz de abrir o 1º Portal da Senda, é o universo moral do candidato, sem o qual, todos os esforços no sentido de ser “aceito” serão baldados.
Geralmente aqueles que fundam escolas da nova era, são movidos pelo desejo de serem “reconhecidos” socialmente, e fazem do Esoterismo um “trampolim” para se projetarem diante dos olhos de seus contemporâneos, que, ignorando as Leis que regem e presidem a Ciência Iniciática, ficam a admirar a
tosca luz do primeiro Pirilampo que se lhes apresenta como “guru”.
Não demora e caem na realidade, quando sentem-se fraldados por “seu guia”, quando este é pego em flagrante delito com a mulher do próximo, ou ainda foge para lugar ignorado, levando consigo toda a renda destinada a criação do futuro Templo!
É muita pretensão querer ensinar aos semelhantes “Verdades Esotéricas”, quando eles mesmos se comprazem nas “mentiras” rasteiras. Como disse velho conhecido de vossa política mundial: “Podereis enganar alguém por algum tempo, podereis enganar alguns por muito tempo, mas jamais conseguireis enganar a todos por todo o tempo!”

PERGUNTA: E estas pessoas que “sinceramente” procuram ensinar aos seus semelhantes, passando informações à cerca dos Mestres de Sabedoria? Também elas são como o cego guiando cegos, não seria assim?

RESPOSTA: Não necessariamente, pois cada caso deve ser observado de maneira diferente,
e de acordo com a índole de cada um. O Discípulo geralmente é pessoa de
personalidade tímida, humilde. É suave no falar, e quando fala é sempre comedido, pois já não faz parte de sua índole querer “aparecer” diante dos demais.
Seus conhecimentos somente dizem respeito a ele, e se por ventura vier a externar seus pontos de vista sobre qualquer assunto, falará somente o indispensável, nunca aceitando fazer parte da “arena” das questiúnculas desnecessárias, que somente servem para acirrar os ânimos. O Discípulo compenetrado de sua responsabilidade e que se tornou, por seus próprios méritos, um “posto avançado” para o trabalho de seu Mestre, jamais toma parte nas comezinhas discussões, tão comuns nas rodas humanas, que são geralmente estéreis, e que nenhum benefício pode acrescentar ao buscador sério .
O Discípulo nunca irá se arvorar em “instrutor” de quem quer que seja, e não se dará ao luxo de se deixar seduzir por quaisquer títulos que lhe destaque perante os seus semelhantes. Ele sabe perfeitamente que é o repositório apenas, e nunca a fonte do seu real conhecimento. Ele já segurou a mão de Seu Mestre, Seu Gurudeva, e não deseja mais largá-la, e não haverá nada no mundo capaz de compensar a amizade de Seu Mestre. O Discípulo já não vive mais para sí, sua vida está direcionada agora, para a vontade do Mestre, por que ele sabe que a vontade do Mestre é a felicidade de todos os seus irmãos, assim ele procura ser o mais fiel possível para levar adiante o plano do Mestre, que também é o plano da Hierarquia.
O Discípulo poderá transmitir conhecimentos e informações, mas terá sempre o cuidado de semear em terra fértil, para que não se profane o conhecimento que lhe é sagrado. E também poderá sempre contar com o auxílio de Seu Mestre quando houver por bem a necessidade de dirimir dúvidas, ou mesmo questões que estão além de seus conhecimentos. E para finalizar nossa resposta, a fim de tranqüilizar aqueles que seriamente procuram o “caminho do meio”, ressaltamos que um Discípulo jamais aceita dinheiro, nem qualquer recompensa por transmitir “conhecimentos”, uma vez que ele é apenas o vaso que portará as flores perfumadas oferecidas pelo Mestre aos seus irmãos de jornada.
Assim sendo, ele nunca será um cego guiando cegos, será mais comparável à uma vela acesa, que se consome para iluminar.

PERGUNTA: Ainda sobre a questão do “distingüir” o verdadeiro naquilo que é falso, poderíeis
nos oferecer maiores detalhes a fim de lograrmos um melhor entendimento?

RESPOSTA: Sabeis que a matéria é energia condensada, e que devido as interações atômicas,
cuja velocidade determina a solidez dos objetos, é possível ao homem contatar as diversas formas existentes em vosso mundo e com elas se relacionar, pensando assim ,“existir num mundo real”.
O mesmo se dá com o vosso corpo físico, que não passa de uma unidade orgânica ativada para um propósito específico, qual seja o de servir de instrumentação para as operações terrestres da alma encarnada.
Ao cabo de determinado período, quando finda a sua vilegiatura terrestre, a alma de desprende do invólucro que lhe serviu provisoriamente, e retorna ao plano que lhe é afim. Após o decesso celular e a decomposição cadavérica, onde as interações genésicas se fragmentam , retornando ás suas origens no infinito reservatório cósmico, o que resta para vós? Aquilo que era verdadeiro! Ou seja, a identidade espiritual daquele ser que experimentou “na ilusão do corpo físico” as imprescindíveis lições para uma melhor compreensão de sua alma imortal, que deve aspirar somente o bem, a fraternidade e o amor.
Todos os seus desejos mundanos e os seus sonhos de gala se desfizeram diante da realidade de sua alma imortal. Por muito tempo o homem se apegou ao seu corpo acreditando que o corpo era o seu eu verdadeiro. Após transcender o umbral da morte aparente, eis que se apanha como alma, despedaçando em sí
mesmo todas as ilusões efêmeras. Assim, reconhece que no meio de toda a falsidade material, permaneceu de pé somente a realidade do seu Eu eterno.
Com esta idéia, esclarecemos, que sempre há algo de verdadeiro naquilo que é falso, mas nunca encontraremos algo falso naquilo que é verdadeiro, pois a verdade é um fato, e se basta a sí mesma.
Porém aquilo que é falso, um dia deixa cair sua máscara, e a realidade se mostra mais verdadeira. Logicamente que este é um pensamento incomum, que deve ser refletido a fim de não suscitar confusões.

PERGUNTA: O que nos dizeis destas pessoas que se intitulam “Magos”, “Bruxos”, “Mestres”
“Guias”, “Instrutores”, “Gurus”, e ainda cobram dinheiro por seus serviços mágicos, oferecendo cursos e diplomas, prometendo felicidades e curas, sem atentar para a necessidade da reforma íntima e moral?

RESPOSTA: Os homens se esquecem da Lei, mas a Lei não esquece dos homens, e toda má
semeadura, indubitavelmente, dará uma má colheita. São dignas de
compaixão todas estas criaturas, que em meio aos delírios de suas ilusões, se deixam arrastar pelas forças da vaidade humana, e das ambições desmedidas.
Confirmando o velho ditado que, "no País dos sem noção" o pilantra se torna rei!
São doentes da alma e cégos de espírito, e em sua maioria não possuem noção do grande perigo que estão correndo. Por se tratar de pessoas que não tiveram treinamento com um Mestre Iniciado, um verdadeiro Adepto da Hierarquia Branca, muitas caem vítimas de Magos negros do Astral, ou espíritos kiumbas, Molambos que pululam pelas zonas umbralinas, nas adjacências do orbe terrestre.
Estes irmãos das sombras, que vicejam no trânsito terrestre, e convivem com os homens, são em sua grande maioria, criaturas infelizes e empedernidas no mal, que ficam à espreita, aguardando oportunidade para aproximar-se dos desavisados, ou daqueles cuja vaidade e luxúria se comprazem em enganar aos seus semelhantes exibindo luzes espirituais ou poderes que ainda não possuem.
Pela Lei de que “o semelhante atraí o semelhante”, e que ninguém consegue tripudiar sobre a Lei compulsória do Karma e de seus mecanismos corretivos, observamos os magos, bruxos, feiticeiros, gurus, instrutores e guias, quais criancinhas amedrontadas diante das forças que elas mesmos “despertaram” e já não conseguem controlar, buscando auxílio espiritual nos “Centros de Umbanda Branca”, nos “Centros Espíritas”, ou nas “Igrejas Evangélicas”. Todos vítimas de possessão, de obsessão e de outros desequilíbrios não diagnosticados pela patologia médica!
A Magia em sua natureza intrínseca, é força cega, capaz de levar à loucura os incautos que com ela se divertem, despreocupados de suas conseqüências funestas.
Seria muito melhor que o homem não tivesse nascido, antes de se aventurar em despertar forças ocultas que ele nem sequer compreende. À semelhança do bisturí, que em mãos de um cirurgião hábil, é capaz de salvar vidas, mas que nas mãos de um fascínora, é capaz de tirar a vida, também a Magia poderá consolidar as obras dos homens, se for para a felicidade e para o progresso das almas, mas à serviço das vaidades, dos prazeres e dos egoísmos interesseiros, descamba para a Magia Negra, causando os mais terríveis sofrimentos cármicos para aqueles que se aventuram à dominá-la sem uma força moral e um conhecimento sólido de suas Leis.

PERGUNTA: Mas Deus, em Sua Infinita Misericórdia não criou essas forças para serem usadas pelos homens, a fim de lograrem uma mais completa felicidade, favorecendo o progresso coletivo da raça humana?

RESPOSTA: Deus, em sua Infinita Compaixão, também criou os metais, o fogo, a eletricidade, e a energia atômica para auxiliar o progresso dos homens e para a sua mais completa felicidade. Que culpa tem o Criador, se a ambição dos homens, e a ganância cega, consorciada ao amor pelo poder, transforma estes benefícios em instrumentos de suplícios, que causam o genocídio e promovem o ódio de irmãos contra irmãos?
O aço e o ferro que deveriam ser usados somente nas construções de vossos edifícios modernos, e nos diversos setores em que a indústria siderúrgica penetra, também são usados na fabricação das bombas, metralhadoras, mísseis e canhões, que já dizimaram milhões de criaturas, vítimas da odiosa industria da morte! O fogo, que deveria vos beneficiar nos dias e noites de inverno, aquecendo vossos lares, e cozinhando vossos alimentos, também se transforma em instrumento de vingança, quando, por uma intriga qualquer, um vizinho movido pelo ódio desenfreado, coloca fogo na casa de seu desafeto, incinerando a família inteira! A eletricidade que deveria ser usada somente para a iluminação das casas, e para um maior conforto doméstico e vantagens industriais, colaborando para a satisfação geral, também serve para assassinar a criatura infeliz, que se despede do mundo de forma violenta, através da cadeira elétrica! A energia atômica, cujos benefícios catapultou o progresso científico dos mundos felizes, e das humanidades mais avançadas de vosso sistema, entre os terrícolas converteu-se no mais execrável ato de ignorância, quando por um exemplo de selvageria científica, varreram do mapa Hiroshima e Nagasáki!
Se o homem, egoísta e cruel, consegue transformar os benefícios em malefícios, o que não fariam de posse dos poderes da Magia?

PERGUNTA: Então os homens ainda não podem ter acesso aos segredos da Magia?

RESPOSTA: Já vos dissemos alhures, que quando o Discípulo está preparado, o Mestre aparece! Que vantagens poderiam advir para a felicidade do homem, o conhecimento da Magia e suas Leis , se por comezinhas coisas, as vezes as mais insignificantes, os homens se digladiam na arena de suas paixões desmedidas, orgulhos tolos, e vaidades febris? Aqui, é o fulano que se desentende com o sicrano, por causa de seu time de futebol; acolá o beltrano desafia o cilano por causa de um copo de cerveja; em todos os departamentos da vida humana observamos as desavenças, as intrigas, as confusões generalizadas cujas causas foram acionadas por motivos frívolos. É de se lamentar que criaturas ainda tão apegadas as ilusões mesquinhas e desejos infantis, alimentem a pretensão de se apoderarem das forças da Magia. Se o homem, ignorante e ainda limitado em seu juízo da justiça perfeita, não dá uma arma para um psicopata em potencial, porquê a Espiritualidade Superior, que administra o evolucionar da raça humana, haveria de oferecer aos homens profanos os segredos e a ciência da Magia? Seria o mesmo que colocar um retardado mental para controlar as operações de vôos no tráfego aéreo de vossos aeroportos!

PERGUNTA: Isto quer nos parecer então que estes “pseudos magos, gurus, bruxos, e mestres não” estão de posse da verdadeira Magia, não é assim?

RESPOSTA: Não compreendemos por este modo, nem concordamos com esta ótica.
Sabemos que a Magia é uma força neutra, cujas potencialidades não é boa nem má, sendo assim, não existe Magia verdadeira ou falsa Magia. Não há este determinismo no cosmos, nem tal terminologia.
O homem, em sua sede de conhecimentos, e que através de esforços continuados consegue adentrar estes mistérios, é que determina, por seu livre arbítrio, o objetivo destas potentes canalizações.
Se ele for de personalidade altruística, desprendido, amoroso e fraterno, com certeza trabalhará com essas forças no sentido do bem, auxiliando o próximo e colaborando no progresso geral.
Mas, se for interesseiro, egoísta, sensual, e perverso, fará dessas forças um instrumento de desgraças, misérias e infelicidades para muitas criaturas.
A Magia, independentemente da boa ou má índole do candidato aos seus domínios, não é superior e nem inferior, ela é apenas uma força de natureza cósmica, universal, que é presciência, antes que o mundo se tornasse mundo, e muito antes que os homens se tornassem homens.

PERGUNTA: O que será destas criaturas que abusam dessas forças, e que as usam para conquistarem bens materiais, e até mesmo para prejudicarem os seus semelhantes?

RESPOSTA: Já vos alertamos que seria de bom alvitre nunca terem nascido.
Pois é do conhecimento popular um velho aforismo, de que o feitiço sempre volta contra o feiticeiro! Existe uma Lei de reciprocidade no universo que governa, por afinidade, desde a gravitação dos astros no cosmos, até as invisíveis trajetórias dos átomos ao redor de seu núcleo. Desta maneira, ao estudarmos esta Lei e seus atributos, chegamos a conclusão, de que seria impossível semear amoras e colher tomates!
A criatura, capciosa, que se compraz em prejudicar aos seus semelhantes, está semeando urzes, e concomitantemente haverá de colher espinhos.
Até mesmo a sabedoria popular elegeu esta máxima, de que, quem semeia ventos colhe tempestades! E não seria de outro modo, pois como a sabedoria, que governa a vida, haveria de dar à cada um segundo as suas obras, senão, fazendo sentir em sí mesmo os resultados dos malefícios desejados a outrem?
Quantas criaturas, nos dias de hoje, perambulam sem sossego, pelas clínicas, laboratórios, hospitais e centros de saúde, na esperança de amenizarem suas feridas incuráveis e malcheirosas? Quantas criaturas já foram vistas, sem paz nem descanso, pelas instituições hospitalares, feito zumbis, na infatigável busca pela cura de seus males?
Aqui, é o tumor mordaz à tirar o sono, o descanso e paz de um doente, em um leito solitário; ali, formosa mulher se desespera, ao saber-se vítima do câncer, que lhe promete desfacelar toda a beleza de que era portadora; acolá orgulhoso artista se desfaz em lágrimas, vitimado pelo resultado laboratorial, que lhe identificou o vírus da Aids; mais adiante, orgulhosa criatura vê seus sonhos de felicidade se despedaçarem, diante da certeza de ser portadora da lepra...
Meus irmãos! Deus Nosso Pai, criou o homem de tal maneira, que ele só poderá ser verdadeiramente feliz fazendo unicamente o bem, e sempre concorrendo para a fraternidade de irmãos entre irmãos. Não há outra maneira de ser feliz.
Estes irmãos infelizes, que por ignorância e negligência, procuram tirar vantagens semeando o sofrimento entre os seus semelhantes, com a única preocupação de usufruir dos bens terrenos, é como o homem que constrói a sua casa sobre o gelo. Eis que o sol do carma surge no céu da consciência, para derreter os sonhos desvairados, e sacudir os devedores da Lei, ajustando os desequilíbrios provocados pelos buscadores
de querelas.

PERGUNTA: Gostaríamos de deitar maiores considerações sobre a Magia, uma vez que é assunto
da mais alta importância para nós, e que volta e meia, é sempre uma pergunta que surge em nosso meio de estudos ou de palestras, muitas vezes faltando-nos as necessárias explicações aos nossos confrades. O que é Magia?

RESPOSTA: Ainda que escrevêssemos um livro inteiro, dedicado somente à Magia, não seria possível vos dar uma idéia exata, pois que acanhado é ainda o intelecto do homem terrícola, limitada é a sua linguagem, e muito pálida as suas formas de expresão.
Sempre que um Mestre autêntico se depara diante de seus Discípulos, a fim de interpretar, através do símbolo da linguagem, aquilo que Ele compreende, não deixa de sentir uma certa dificuldade.
Imaginai um selvícola, que desde os brincos de sua infância na selva virgem, até a idade de seus trinta e poucos anos, sem ter tido contato com a civilização, de repente fosse levado para uma grande metrópole da América do Norte, e desfilasse diante de seus Arranha-céus gigantes, seus Shoping Centers, suas largas
avenidas pavimentadas, lotadas de carros coloridos buzinando, com milhares de pessoas indo em todas as direções, e cada qual com suas roupas, escadarias, subterrâneos e metrôs, salas de cinemas e escadas rolantes, aviões cruzando os ares, e magestósos transatlânticos ancorados em seus portos. Imaginai a dificuldade deste selvícola, em transmitir à sua família tribal, tudo o que seus olhos viram, mas a sua mente não compreendeu? O mesmo se dará com o Discípulo, que não tendo ainda desenvolvido sua mente superior, poderá visitar lugares em dimensões que se quer sonhava existir, graças ao auxílio de Seu Mestre, porém não conseguirá ser interprete fiel do que experienciou, pois haverá de faltar a ele as palavras necessárias para traduzir o que os seus olhos viram, mas a sua mente não compreendeu.

PERGUNTA: Poderia então fornecer-nos uma idéia aproximada ao nosso entendimento, capaz
de satisfazer nossas compreensões?

RESPOSTA: Magia! Quantos crimes perpetrados, e quantas barbáries patrocinadas pela ignorância humana, em nome da Magia! Até quando veremos o mundanismo dos terrícolas,
que se arvoram em magos, feiticeiros, bruxos e místicos, conspurcarem o teu nome?
Sabeis, ó homens meus irmãos, que tudo quanto nasce, vive, cresce, respira, morre e torna a nascer, e que se transmuta, e que se associa e se dissolve, que surge e desaparece, que se atrai e
que se repele, tudo que dilata e se expande, que se rompe e torna a unir, tudo é Magia!
O universo é Magia, resultante do pensamento de Deus, o Criador Incriado.
O simples fato de o homem falar, sua voz, seu timbre pessoal é o resultado da Magia.
Os olhos, os ouvidos, os braços, em fim, o corpo do homem, com todo o seu universo de
células, sua interação anatômica, sua beleza de forma, e até mesmo seu físico disforme, é resultado
da Magia! O bem que se faz ao semelhante é Magia Branca, o mal que se faz é Magia negra.
A força da Magia mantém os Astros em suas trajetórias, e faz crescer a relva nos campos;
faz a arvore pejada de frutos, como também governa o equilíbrio do Beija-flor. Faz a cascata jorrar em abundante choro cristalino, como também faz correr o rio para o colo do oceano;
faz a lua surgir bela no plenilúnio, e faz as estrelas esmaltarem de glórias o lar celeste; faz o raio de sol beijar o delicado orvalho da manhã, como também faz a rosa abrir-se perfumada na Primavera; faz a criança tornar-se homem, como também faz sair de dentro da bolota, o imponente carvalho gigante! O verdadeiro nome da Magia é Amor. Por que Deus é Amor, Ele e somente Ele é o Grande Magista, o Mago Insuperável! Apenas o homem, em sua ignorância e limitação, criou o ódio, por orgulho, vaidade e presunção.
Foi a força da Magia que determinou ao Cristo reaparecer entre o homens, na personalidade de Jesus de Nazaré, e será a força da Magia que promoverá o novo reaparecimento
do Senhor de Compaixão, em seu novo advento cósmico que já se aproxima.
A força da Magia, reuniu nas dimensões superiores, todos os santos, e fez nascer a Grande Fraternidade Universal, para auxiliar a evolução dos planetas e suas humanidades.
Respirais a Magia, alimentai-vos de Magia, dormis na Magia e viveis na Magia!
Por que viveis e existis em Deus, e Ele é a Magia Suprema.

PERGUNTA: Porque algumas pessoas na antigüidade praticavam a Magia, a despeito de ela
ser uma força tão poderosa capaz de prejudicar seriamente quem se aventure em seus domínios?

RESPOSTA: A Magia ou a Teurgia, muito praticada nas mais diversas civilizações que vos
precederam, sempre foi instrumento hábil e generoso nas mãos de Iniciados, Magos e Druídas,
que através de certos rituais, orações, cânticos mântricos, maceração de ervas, incensos e fusões
específicas, e dependendo dos ciclos lunares e das disposições dos astros celestes e de certas
conjunções favoráveis, logravam provocar estas forças primárias a fim de promover certas
respostas positivas, transmutando as energias negativas, purificando as egrégoras astrais, para
então operarem nas mais diversas formas dos éteres dispersos nas energias cósmicas, trazendo
benefícios reais para a sua aldeia ou tribo.
Através destas energias, rituais e celebrações promoviam as festas religiosas, com o intuíto de estimularem no povo os bons preceitos, a devoção à Divindade, o reconhecimento dos espíritos da natureza, a comunhão entre as pessoas, o espírito de solidariedade e união.
Muito antes de a Magia descambar para a famigerada magia negra, os Magos Iniciados, os Druídas, entendendo que Deus, a Divindade, não poderia ser representado por “imagens”e nem ser limitado entre quatro paredes, realizavam seus rituais em plena natureza, junto aos bosques virgens, diante das cachoeiras, dos rios, nas montanhas, e estabeleciam ali os Dolmens, Meníres, e Monolítos a fim de fixarem lugares estratégicos e magnéticos para fortalecerem seus santuários sagrados.
Os verdadeiros Magos, Druídas e Iniciados, eram versados na medicina Ayurvédica, trazida de raças ainda mais antigas, eram profundos conhecedores da Astrologia,
Astrosofia e Astronomia, os três principais ramos da Ciência Celeste e do Grande Livro do Céu.
Eram Psicólogos naturais, profundos conhecedores do psiquismo humano, eruditos incomparáveis e hábeis cientistas, que conseguiam tirar das forças virgens da natureza os fluídos e as energias vivas para o sucesso dos seus rituais magísticos.

PERGUNTA: Poderíeis nos fornecer mais alguns detalhes do conhecimento que estes verdadeiros
Magos dominavam, e que tanto os diferenciam dos pseudos bruxos atuais?

RESPOSTA: A Tradição Iniciática os orientava, desde o universo físico do homem, microcosmo,
até ao universo espiritual, macrocosmo, interligando assim todas as coisas criadas, confirmando
o velho aforismo de que “como é em cima, é em baixo”, pois “Nihil novi sub sole”, ou seja, não há
nada de novo sob o sol!
Para que os seus segredos não fossem profanados pelas criaturas mundanas, dispunham seus instrumentos mágicos de tal maneira, que os olhos destreinados dos homens nem sequer desconfiavam dos seus reais objetivos.
Uma prova cabal desta intenção, de fechar aos olhos profanos os seus mistérios, é a disposição de certos lugares que serviram de centros magnéticos para os rituais de magia, descobertos pelos antropólogos contemporâneos, cujas pedras, Dolmens, Menires, monolítos
carvalhos, etc, em simetria harmoniosa formavam o desenho de estrelas ou símbolos místicos.
Se fossem dispostos numa ordem perfeita, e seguindo uma evolução natural, desenhavam uma estrela de sete pontas! O sol era considerado o primeiro dia da semana, ou seja,
Domingo; a lua o segundo dia, segunda-feira; outra linha em direção ao planeta Marte, que correspondia a terça-feira, uma próxima linha concentrava-se em Mercúrio, considerado a quarta-feira, depois seguia outra linha correspondendo à quinta-feira, relacionada ao planeta Júpiter, uma nova linha e teremos o planeta Vênus, correspondendo à sexta-feira, e finalmente chegamos ao planeta Saturno, em outra linha disposta que correspondia ao Sábado, voltando então ao Sol, perfazendo assim um desenho mágico representando a Estrela do Mago, a estrela de sete pontas!
É perfeitamente do conhecimento iniciático dos Magos, que o homem atua na matéria de sete modos diferentes, por isso o número sete é tão sagrado na hermética filosófica das antigas religiões mundiais. O número sete tem uma relação profunda com o homem, tanto que a medicina hoje afirma, que a cada sete anos as células se renovam no corpo humano, o cérebro da criança é formado aos sete anos, há as fases lunares em múltiplos de sete dias, os homens descobriram os cinco sentidos, mas ainda faltam descobrirem mais dois, perfazendo o sete, sete são os chácras principais, sete são as glândulas, e os planetas sagrados são em número de sete, sete são as humanidades de sete Rondas, seus sete Manús, com suas sete Raças-Raízes e sete sub-raças. Os três Raios de Aspecto do Logos, e mais os quatro raios de atributos, perfazem os sete Raios planetários, com seus sete Chohans, sete Mestres, e os sete Avatares de síntese, que trabalham com os sete Globos de sete cíclos.

Temos também os sete planos, Divino, Monádico, Espiritual, Afetivo, Mental, Astral e físico. Sem falar que reza na Tradição Iniciática que o Espírito move a matéria e nela atua por sete diferentes planetas, Sol, Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, e Saturno.
Estes são alguns dos conhecimentos Iniciáticos que os Antigos Magos da Caldeia, de Ur, do Egito, de Alexandria, da Atlântida, da Índia dominavam, e que muito os diferencia dos pseudos magos da vossa era.
Em seus rituais de Magia, ao pronunciarem com profunda reverência, o nome do Senhor Agni, após certas disciplinas e conjurações, eis que se acendiam as velas, as tochas e o incensos diante dos olhos estupefatos de seus assistentes. Os magos de hoje, só conseguem acender as velas com seus singelos palitos de fósforos!


PERGUNTA: Quais as vossas considerações à respeito da Astrologia atual? Os nossos astrólogos
se distanciam muito dos Astrólogos da antigüidade?

RESPOSTA: Lembrando um comentário do Mahachohan, aquele Poderoso Ser que chefia o Terceiro Grande Departamento do Governo Oculto, fizemos coro à Sua feliz observação, de que os erros não estão na religião, mas com os “religiosos!”
Não há a Astrologia atual ou antiga. A Astrologia é como a Magia, intemporal, ela não se enquadra dentro das limitadas concepções de tempo e espaço-terra do vosso mundo.O que verdadeiramente se diferencia são os antigos e os atuais interpretadores dos símbolos celestes. Enquanto os Astrólogos da Caldeia se preparavam, à base de banhos aromáticos, e ervas medicinais, com a finalidade de purificar seus veículos astrais, possibilitando a eles uma expansão de consciência, a fim de lograrem êxito na interpretação dos corpos celestes, através de sua clarividência, aos astrólogos de hoje, bastam sentar-se diante de seus computadores, cujos cálculos já vem junto com os “programas”, para digitarem em suas teclas a leitura dos mapas astrais!
Os antigos Astrólogos vaticinavam, e prediziam acontecimentos futuros, depois de extenuantes preparações, conjurações e cantochões mântricos, onde seus veículos superiores desprendidos da atmosfera terrestre, e em sintonia com a alma do universo, conseguiam ler o Sagrado Livro do Céu. Seus conhecimentos e segredos, rituais e disciplinas magísticas eram recebidas diretamente de seus Mestres predecessores, depois de anos de preparação, estudos e práticas de Meditação superior, árduas penetrações filosóficas, exigências e heróicas renúncias, que faziam deles verdadeiros merecedores de seus títulos de Astrólogos. Não se compara aos modernos astrólogos de vossa sociedade contemporânea, cujos conhecimentos de astrologia foram adquiridos de livros comprados na banca da esquina.
Os Astrólogos Iniciados, das Escolas Secretas das Tradições seculares, eram sempre criaturas inofensivas, amorosas e humildes. Não tinham desejos mundanos, nem alimentavam qualquer paixão descabida. Espíritos evoluídos, por força de seus progressos interiores e sublimação moral, eram sempre fraternos e solidários, nunca cobrando por qualquer serviço. Apesar de serem profundamente versados na Ciência Secreta, jamais se viu um deles exibir seu conhecimento diante dos seus semelhantes. E para eles, todos os seres eram irmãos, filhos da mesma e única Fonte da Vida, e por tanto, merecedores das maiores considerações.
Já os vossos astrólogos, salvo um número muito reduzido de sérios estudantes, o que se vê, do oportunismo à picaretagem, é a exploração desavergonhada.
Os mais perspicazes não se intimidam, quando não conseguem ganhar seu pão diário por meios honestos, elegem a Astrologia para “fazerem dela o seu pé de meia”, vestindo turbantes coloridos e roupas exóticas,
anéis e braceletes dourados. Criam então um ambiente adornado de “imagens misteriosas” e “símbolos sagrados”, decorando todo o seu “santuário” com pedras e cristais, incensos, defumações e quadros de Entidades espirituais, para impressionar os olhos dos incautos buscadores de ilusão! Geralmente são espíritos infelizes, fracassados, e ignorantes, que se deixam levar pelas paixões desenfreadas dos instintos animalizados, que se comprazem em enganar seus semelhantes, extorquindo-lhes dinheiro, a fim de ajuntarem na Terra os “tesouros que as traças corroem”, e os ladrões roubam. Estes “bruxos”, astrólogos”, “adivinhos”, “gurus” e “mentores” quando desencarnam e passam a viver a realidade do lado de cá, se desesperam, choram e se desequilibram, por desperdiçarem mais uma oportunidade de terem sido na Terra o guardião de seus irmãos, mais ignorantes que eles mesmos.

PERGUNTA: Quer nos parecer então que estas escolas de magia da nova era, que prometem
cursos e diplomas, estão muito aquém da Verdadeira Magia, não é assim?

RESPOSTA: Já vos alertamos de que a Magia não pode ser diminuída e nem engrandecida pelo homem, Assim como o homem não consegue conceber Deus em sua máxima expressão, também não conseguirá resumir a Magia à sua limitada compreensão. Pois o Infinito pode conter
o finito, e nunca o contrário!
O que os bruxos e magos da vossa sociedade moderna realizam, em comparação com os Magos Iniciados ao tempo da Atlântida, é brincadeira de criança.
Qual de vossos magos modernos seriam capazes de abrir caminho sobre o mar, a semelhança de
Moisés? E de transformar um cajado em cobra, diante de uma platéia boquiaberta?
Qual destes pretensos magos é capaz de sair do corpo, em seu veículo astral, e realizar experiências místicas
de maneira consciente, em estado de vigília? E quais deles seriam capazes de pronunciar o nome sagrado dos Senhores dos Cinco Elementos? Sem falar que Moisés, apesar de ter realizado verdadeiros prodígios aos olhos do Faraó Ransés, era considerado apenas como um Discípulo
Iniciado e não um Mestre na Arte da Magia Branca.
Advertimo-vos, queridos irmãos, a título de esclarecimento definitivo, de que a Magia Branca, dominada pelos Mestres Iniciados, não está à disposição do homem comum.
Apenas a feitiçaria, praticada e exercitada por criaturas ignorantes é o que se vê hoje, de mais comum em vossos dias atuais.

PERGUNTA: A pouco falastes nos “Senhores dos Cinco Elementos”, não seria aí um equívoco
de vossa parte, quando apenas se falam em “Quatro Elementos”, não seria assim?

RESPOSTA: Os “Senhores dos Cinco Elementos” são outras tantas Entidades Dévicas que também atuam dentro da Ciência Divina, e que também desempenham relevante missão universal. E se até então a grande maioria dos homens desconhecem “outros elementos” existentes no cósmos, é por que os Senhores Planetários acharam por bem não revelar à massa comum. Ou será que o homem, na atualidade de seus conhecimentos incompletos, já se acha de posse de todo o conhecimento da estequiogênese dos elementos e sua periodicidade? Observai as vossas mãos, e nelas vereis representados os “cinco elementos” de vossa razão planetária, como seres terrícolas. Vossos cinco dedos, mãos e pés, estão em relação direta com as energias da Terra, da Água, do Fogo, do Ar e do Éter!
Na linguagem simbólica da Magia Branca, o homem está representado pela estrela de “cinco pontas”. Ele é a estrela no céu, e para que essa estrela emitisse sua luz interior, teria de despertar suas potencialidades latentes materializando sua energia na Terra. Os Senhores Manús, Poderosos Magos Siderais, que trabalham com a “forma da vida”, reuniram cinco elementos existentes nas forças vivas do Cósmos para criar o tipo terrestre, com suas características únicas, mas não exclusivas. Mas isto não quer significar que existam apenas cinco elementos nas forças da Criação. A cabeça do homem representa a sede do governo, e “o Senhor está em Seu Trono”, localizado entre as sobrancelhas. A partir daí Ele (Alma) deve governar e esforçar-se para manifestar Sua Divindade na matéria, de experiência em experiência Ele luta, infatigavelmente, para vencer o véu de maya criado pelo eu da personalidade e expressar a Sua Realidade Imortal.
Por esta razão, é que os Yogâchâryas, profundos Mestres da Meditação transcendental, em seus exercícios de yoga, se concentram no ponto entre as sobrancelhas para tornar-se Uno com o Único, assim como Jesus era “Um com Seu Pai que estava no céu”.
Aos estudantes sérios estou oferecendo uma chave para a vossa compreensão sobre a Magia Branca, pois como já vos dissemos, o Discípulo Branco é alguém que já conhece o Plano onde os Mestres trabalham, ele já é consciente da Alma e com ela trabalha nos planos superiores.
O coração é o “Templo do Senhor do Amor”, é ali que se fundem os Três Aspectos do Logos, Vontade, Sabedoria Amorosa, e Actividade Inteligente. Por três diferentes caminhos a alma, o “morador do umbral”, haverá de expressar suas potencialidades, e por qualquer destas três linhas de evolução poderá o Discípulo chegar “aos pés do Mestre”.
Uma verdade irrefutável que emana em todo o Cósmos é a Lei do Amor, transcendente e imanente em todos os seres, pois Deus É Amor, e Sua Criação é Obra deste Amor Universal. O refléxo de Deus, Sua Obra e Seus Filhos, são o resultado deste Amor, ainda incompreensível para a grande maioria dos homens, que não podendo abarcar com sua limitada compreensão O mistério de Deus, tenta adequá-lo dentro de seu acanhado entendimento humano.
Uma verdade científica que vem comprovar o Amor como necessidade primeira entre os homens, é que ao nascer uma criança, o primeiro órgão que se forma “é o coração”, símbolo eleito pela própria humanidade para exemplificar o Amor, alertando ainda aos que tem “olhos de ver” para que vejam, que o Amor além de ser a lógica suprema vida, é o primeiro degrau rumo ao Paraíso Celeste.
Vossas mãos são os instrumentos que expressam a “Vontade” do Senhor em Seu Trono, é através delas que Ele realiza Seu trabalho, canalizando as energias acumuladas no “Templo do Coração”. Eis o segredo dos Yogues, desvelados agora para as mentes ocidentais, pois a concentração no Chácra Cardíaco permite a Alma que medita, atrair para o seu centro as energias amorosas do Logos, que serão depois canalizadas para o serviço à humanidade.
Esta energia do Segundo Aspecto Logoico , Amor-Sabedoria, esta diretamente relacionada com o Segundo Grande Departamento da Hierarquia, presidida pelo Senhor Cristo, também conhecido dos Adeptos como o “Bodhisattua”, a Árvore de Sabedoria e Instrutor do Mundo, e está ligado com o coração. Já o Primeiro Aspecto “Vontade”, está relacionado com o Primeiro Grande Departamento, presidido pelo Senhor Manú, o Senhor da Civilização Racial, e tem ligação com a “cabeça”. Assim, a “Vontade comanda” e o Amor obedece com Sabedoria, através da Actividade Inteligente, cuja ligação está relacionada com as Mãos e compreende o Terceiro Grande Departamento, presidido pelo Senhor “Mahachohan”, Instrutor do desenvolvimento intelectual e social do mundo. Enquanto o Primeiro Departamento, o do Senhor Manú, trabalha com a “forma da Vida”, o Segundo Departamento, do Bodhisattua, trabalha com a “Vida na forma”. O Manú manipula as energias da matéria, o Bodhisattua trabalha com a essência. O Departamento do Mahachohan sintetiza forma e essência, e os desenvolve através das civilizações e raças, traçando os caminhos da evolução do homem, no campo das artes, da política, da religião, da filosofia, e também realizando o ajuste das diversas raças juntamente com os Quatro Senhores do Carma, Aqueles Poderosos Seres que representam o Departamento de Justiça, e que nos meios espiritualistas é conhecido por “Providência Divina”.
O Chácra laríngeo, ou da garganta, possui no trabalho de Magia Branca, relevante missão, por intermediar a “Vontade do Logos” (cabeça) com o “Amor-Sabedoria” (coração), expressando através do “Poder da Palavra Falada”. Por isso foi que o Divino Mestre advertiu: “...Não profaneis o vosso corpo, por que ele é o Templo do Deus vivo...” e quando foi socorrer a mulher samaritana, porque não à deixavam entrar no Templo para rezar ao Senhor, Ele respondeu: “Em verdade vos digo, que o Templo de Nosso Pai não está erigido no mundo, mas em vossos corações. Pois o Fogo que arde no coração do Pai, também arde em vossos corações, e
não em mansões de pedra e madeira...” Jesus, por ser um Mestre Iniciado, sabia ler no simbolismo de todas as coisas, e percebia que o homem era a “estrela no céu” por ser o Templo vivo de Deus. O vosso dedo polegar representa o elemento Terra, o indicador representa o elemento Água, o dedo do centro representa o elemento Fogo, o anelar representa o elemento Ar, e o vosso dedo mínimo representa o elemento Éter, eis aí os Cinco Elementos” de que é feito o homem, cuja energia foi doada por cada um dos Senhores dos Cinco Elementos.

PERGUNTA: Poderíeis nos oferecer um exemplo definitivo, de que a Magia em mãos erradas
é capaz de provocar tragédias e até a morte de quem penetre em seus domínios sem a devida preparação?

RESPOSTA: O dia à dia de vosso mundo vos dá exemplos que não podeis enxergar, pois vossos
olhos estão completamente fechados para o lado de cá!
Nos diversos lugares e situações nos deparamos com pessoas vitimadas pela Feitiçaria, o ramo mais baixo da Magia. Quer seja Feitiçaria verbal, feitiçaria através do olhar, através do desejo depravado, de um pensamento sensual, através do ódio, do ciúme, em fim, se os homens encarnados pudessem enxergar o que eles criam à cada momento, desavisadamente, com suas formas mentais, pois a energia segue o pensamento, e que carregam consigo, como balões presos por cordas invisíveis, haveriam de se horrorizar com suas criações bizarras. Mas o maior exemplo das conseqüências funestas da Feitiçaria, aconteceu à milhares de anos do vosso calendário. Foi o emprego distorcido da Magia, canalizado para fins
perversos, que culminou com o desaparecimento de todo um continente! Atlântida, a Jóia dos Mares, cujo apogeu civilizatório foi o mais elevado que o homem alcançou até hoje, desde a fundação da Terra. Quando os Senhores das Faces Tenebrosas, poderosos Magos que se serviam destas forças ocultas, se levantaram para desafiar os Iniciados Brancos e assumir o Poder Governamental daquela Raça, travou-se uma guerra sem igual na face do planeta.
Perto daquelas forças tremendas, que se digladiavam na arena da Magia, vossos exércitos de hoje seriam comparados à “soldadinhos de chumbo”!
Mas a Justiça Divina e a Luz de Deus que nunca falha, foi em socorro dos eleitos através de um sonho revelado a um Iniciado, que era um alto Sacerdote no Templo da Luz. Este Sacerdote teve um sonho, e nele o Manú lhe mostrava uma terra distante, além mar, que deveria receber as sementes do povo Atlânte e os melhores frutos da Raça. Depois, confessou ao Sacerdote que ele mesmo deveria providenciar o êxodo daquele povo em tempo determinado pelo Alto, a fim de os eleitos serem salvos, pois uma grande catástrofe estava se aproximando.
O Sacerdote, que era também Conselheiro do Império Atlânte, reuniu o povo na praça principal do Governo Central, contou seu sonho e tudo o mais que o Manú lhe revelou. Outros emissários seguiram viagem com a missão de levar à todo o Continente a notícia da profecia, da advertência do Manú, e da catástrofe que estava prestes a se abater sobre o povo.
Em poucos meses foi organizada a migração do povo Atlânte para a terra prometida, e de diversos lugares, do norte e do sul, suas embarcações ganharam as águas do oceano. Ficaram somente os Senhores das Faces Tenebrosas e sua horda de mercenários, de simpatizantes e discípulos, cegos de paixão e sensualidade, ávidos de prazeres e sonhos de ilusão.
Algum tempo ainda se passou, sem que nada acontecesse. O Mago Negro, eleito para restabelecer o reinado da sombra, não cabia em sí de satisfação. Ia ser nomeado “Imperador” e em todos os lugares os seus simpatizantes organizavam festas e orgias, zombando da profecia e daqueles que fugiram “covardemente” por causa dos delírios de seu Sacerdote.
E foi assim, em meio as festas e orgias que aquelas criaturas infelizes estacaram de repente. Ouviu-se um estrondo ensurdecedor, seguido de tremores de terra. E qual não foi o pavor escancarado nos olhos de todos, quando viram no horizonte, o mar se levantar até ao céu, como uma bocarra medonha, para precipitar-se em seguida, engolindo tudo o que estava pela frente.
Sim, meus irmãos, Atlântida, a Jóia dos mares desapareceu da face do planeta, por causa de uma gigantesca egrégora de energias malévolas, que se desprendiam da terra, formando nos espaços adjacentes daquele continente, uma nuvem negra e medonha, que de tão pesada, sufocava as criaturas mais sensíveis daquela raça. Os Senhores das Faces Sombrias e todo seu contingente pereceram sob as águas do oceano. Os eleitos migraram para a terra prometida, distribuindo-se por todos os lugares, e organizando seus clãs, reiniciando suas vidas em cenário bem diferente da amada terra que deixaram para trás. E não foi somente a Atlântida, a vítima dos pensamentos enegrecidos dos homens, que através da Feitiçaria promovem as ecatombes coletivas.
Sodoma e Gomorra, Herculanum, Pompéia,e a Babilônia, também pereceram em baixo de tragédias inenarráveis, patrocinadas pelos escurecidos corações de uma civilização enferma.

PERGUNTA: Não duvidamos que Deus é Amor, que Suas Leis são sábias e justas, porém falta-nos a capacidade para entender porque um continente inteiro teve de submergir, apenas por que
algumas almas não se ajustaram aos seus códigos de conduta? Poderíeis nos oferecer maiores esclarecimentos?

RESPOSTA: Muito antes que a grande Raça troncal Atlânte se manifesta-se, como a “Quarta Raça Raíz do Quarto Globo de Evolução”, como resultado de todas as sete sub-raças da Terceira
Raça Raíz, que à precedeu no esquema terrestre, os Engenheiros Siderais, Poderosas Entidades
Arcanjélicas, responsáveis pela criação dos “Globos de Evolução” e sua manutenção, previram estes acontecimentos à milhares de anos antes, para aquela determinada época, e naquele exato local geográfico . Sabeis que o vosso planeta Terra, desde a sua fundação, quando emitiu sua nota
cósmica no concerto dos mundos, girando ao redor de seu próprio eixo, sofre alterações climáticas, e profundas transformações intercontinentais, com a remoção de mares e desertos, montanhas e vales, florestas e selvas, com a finalidade de acomodar melhor seus futuros cidadãos, de futuras raças, dando continuidade ao projeto de evolução coletiva organizado pelos Senhores Chohans, que representam o Governo Oculto do Mundo.
Os “Arquitetos” da vossa morada, que são Seres de Grande Sabedoria, com o auxílio dos Devas planetários manipuladores das formas, juntamente com os Espíritos da Natureza e outros Auxiliares invisíveis, projetaram o planeta Terra de acordo com as diretrizes
do Grande Logos que governa a família de astros da vossa Galáxia, prevendo com uma profundidade matemática, que foge à vossa limitada concepção humana “de tempo”, as necessidades básicas das gerações futuras, de raças, povos, civilizações e culturas que escreverão
sua epopéia no grande drama dos Manvantaras, assinalando suas passagens e conquistas, lutas e
derrotas, vitórias e aventuras nos registros akásicos do éter cósmico.
Á semelhança do lavrador cuidadoso e experiente, que antes de arar a terra, prevê com exatidão os ciclos da natureza, e o período da estação, selecionando as sementes e os tipos de grãos, e de acordo com as fases lunares, providenciando em suas minudências todos os preparativos que se farão imprescindíveis para o sucesso da colheita, inclusive preparando o celeiro que irá guardar os frutos de seu trabalho, para só então remover a terra, afastando as pragas e as ervas daninhas, observando com meticulosa atenção todas as fases do seu plantio, o mesmo se dá com estes Grandes Seres, que são os Arquitetos e os Engenheiros Siderais, quer seja de um planeta, de uma Cadeia de Globos de Evolução ou mesmo de um Grande Ciclo de Evolução, que prevê o desenvolvimento de “Sete Globos, Sete Cadeias com suas Sete Raças-Raízes e Sete sub-Raças, mais os seus Sete Manús, e assim por diante.
Não foi difícil para o Manú-Semente da Raça Atlânte, nem para os Senhores do Karma, reunir naquele Continente os filhos dos homens que necessitavam reajustar as suas contas na balança da Justiça Divina, com a encarnação em massa dos devedores que por sua vez iriam “testar” a fortaleza interior das almas que já estavam respondendo ao chamado do Amor e sintonizados com as Falanges do Bem. Como o Governo Oculto já sabia que em determinada época haveria de acontecer aquele cataclisma, que culminaria com o afundamento do Continente de Atlântida, a fim de atender as necessidades de progresso e renovação da casa planetária para receber os milhões de almas de futuras raças, bastou colocar “na mesma arena” e naquele exato local, as almas que tomariam parte naquele drama particular.
Na realidade, vossos desertos já foram fundos de már, e onde hoje se encontram os lençóis de água, também já foram desertos! Assim como o vosso corpo humano também sofre transformações, desde o vagido do berço até o último suspiro do ancião, para melhor se adaptar as necessidades cármicas de cada um, favorecendo o progresso da alma que nele habita, também o vosso planeta, como um grande organismo coletivo, necessita destes remanejamentos de terras e mares, a fim de acomodar, nos diversos períodos e ciclos, as raças e civilizações que haverão de estagiar em momentos porvindouros.

Paz profunda!
Gandhara.

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Comentário de Ronaldo Oliveria em 21 junho 2009 às 11:04
Que matéria maravilhosa!!! Um aprendizado e tanto... Obrigado por compartilhar comigo. Agradeço se puder me dizer se a mesma foi extraida de algum livro. Abç fraterno

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«Que os Santos Seres, cujos discípulos aspiramos ser, nos mostrem a luz que
buscamos e nos dêem a poderosa ajuda
de sua Compaixão e Sabedoria. Existe
um AMOR que transcende a toda compreensão e que mora nos corações
daqueles que vivem no Eterno. Há um
Poder que remove todas as coisas. É Ele que vive e se move em quem o Eu é Uno.
Que esse AMOR esteja conosco e que esse
PODER nos eleve até chegar onde o
Iniciador Único é invocado, até ver o Fulgor de Sua Estrela.
Que o AMOR e a bênção dos Santos Seres
se difunda nos mundos.
PAZ e AMOR a todos os Seres»

A lente que olha para um mundo material vê uma realidade, enquanto a lente que olha através do coração vê uma cena totalmente diferente, ainda que elas estejam olhando para o mesmo mundo. A lente que vocês escolherem determinará como experienciarão a sua realidade.

Oração ao Criador

“Amado Criador, eu invoco a sua sagrada e divina luz para fluir em meu ser e através de todo o meu ser agora. Permita-me aceitar uma vibração mais elevada de sua energia, do que eu experienciei anteriormente; envolva-me com as suas verdadeiras qualidades do amor incondicional, da aceitação e do equilíbrio. Permita-me amar a minha alma e a mim mesmo incondicionalmente, aceitando a verdade que existe em meu interior e ao meu redor. Auxilie-me a alcançar a minha iluminação espiritual a partir de um espaço de paz e de equilíbrio, em todos os momentos, promovendo a clareza em meu coração, mente e realidade.
Encoraje-me através da minha conexão profunda e segura e da energia de fluxo eterno do amor incondicional, do equilíbrio e da aceitação, a amar, aceitar e valorizar  todos os aspectos do Criador a minha volta, enquanto aceito a minha verdadeira jornada e missão na Terra.
Eu peço com intenções puras e verdadeiras que o amor incondicional, a aceitação e o equilíbrio do Criador, vibrem com poder na vibração da energia e na freqüência da Terra, de modo que estas qualidades sagradas possam se tornar as realidades de todos.
Eu peço que todas as energias e hábitos desnecessários, e falsas crenças em meu interior e ao meu redor, assim como na Terra e ao redor dela e de toda a humanidade, sejam agora permitidos a se dissolverem, guiados pela vontade do Criador. Permita que um amor que seja um poderoso curador e conforto para todos, penetre na Terra, na civilização e em meu ser agora. Grato e que assim seja.”

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