Ele abomina qualquer possibilidade de estar "errado" e luta muito contra tudo o que for contrário às suas pseudo-verdades.
Algumas vezes, este desespero o leva a buscar ajuda, mas encontra verdades que apontam sua responsabilidade que rejeita, mantendo-se preso na situação.
Se estamos mais despertos em nossa consciência, passaremos por esse tipo de situação e teremos a chance de usá-la em nosso benefício, para aprendermos a sair das armadilhas do ego, encontrando as soluções que nosso coração carrega.
Então entenderemos que tudo nos acontece a partir de nossas crenças e projetamos isso para o mundo, num fluxo energético negativo que promove uma "estrutura energética", onde qualquer pessoa que entrar e que contenha potencial (negativo) latente, para agir e reagir negativamente a nós em uma interação, logicamente, ao estar nessa energia, o potencial negativo que ela contém, se manifestará e agirá exatamente da forma negativa que esperamos que aja, ela irá se manifestar com as atitudes que mais tememos..
Assim, podemos entender que o ego está com a "razão" quando diz que "a tal pessoa" o agrediu/roubou/traiu/usou, pois a pessoa tem sim essa tendência de "roubar o outro" - vou usar o exemplo de "roubo" -, mas só deixa essa tendência vir à tona quando está dentro da estrutura energética de pessoas que acreditam que serão roubadas.
Mas o ego está "errado" em colocar toda a responsabilidade disso no outro.
Mas o ego quer estar 100% certo e não consegue admitir ele quer ser roubado, não quer reconhecer que o outro só faz aquilo porque ele quer que seja assim, só para ter a quem culpar, ao invés de olhar para dentro de si e reconhecer que, nas profundezas de nosso inconsciente, existe uma verdadeque o ego odeia: parte de nós, não quer aquilo que acreditamos querer...
Nossa alma (em alguns casos) quer de verdade, mas em nosso inconsciente existem memórias de situações passadas em que ao fazer e ter justamente aquilo que desejávamos, fomos levamos à dor, ao fracasso, à injustiça, ao sofrimento, ao erro.
Por isso, alguma subpersonalidade oculta em nós, não quer esse/isso que o ego tanto acredita querer.
Se ele quer se livrar daquilo que o levará à aniquilação - é o que ele acredita que acontecerá se e quando deixar o coração o guiar -, ele fará de tudo para não ser o responsável pelo despacho do tal pacote precioso para a alma, e precisará se fazer de vítima de algum saqueador oportunista.
Ele então faz essa necessidade vibrar em nosso campo e projeta em nossa estrutura energética para atrair e fisgar o oportunista que estiver mais próximo.
Aqui, o ego se torna mais responsável pelo erro do outro, pois o outro temdentro de si, oculta, o potencial para roubar aquilo que há de melhor no outro, mas se essa pessoa estiver diante de alguém que não se deixa roubar, ela não encontrará possibilidade de roubá-la e isso a ajudará, pois não roubando ela não se sentirá mal e culpada, e isso a ajudará a se curar dessa compulsão por roubar o que o outro criou.
Quando interditamos uma pessoa nas suas atitudes mais destrutivas, não permitindo que ela aja de forma errônea conosco, a ajudamos a encontrar o equilíbrio e a libertação,mas ao contrário, quando oferecemos à pessoa que gosta de roubar, todas as condições favoráveis a que ela nos roube, somos também responsáveis por suas atitudes.
São estas verdades que o ego não quer enfrentar, ele quer apenas, ao ser roubado, provar que é a vitima e que ficou sem aquilo que tanto desejava.
Neste ponto, a ajuda externa verdadeiramente eficaz, será aquela que levará o ego a compreender que ele está "correto" em dizer que "foi roubado",mas incorreto quando quer encerrar aí todas as verdades sem ir além, para constatar e reconhecer que ele é responsável por tudo o que lhe aconteceu e que é ele que não quer assumir e sustentar aquilo que conquistou, porque essa conquista será entregue ao coração que fará uso disso no sentido de nos direcionar ao caminho do nosso propósito de vida.
Não é fácil para o ego aceitar essa realidade e ele se debaterá contra.
Este medo de obter e sustentar algo que tanto desejamos, apesar de parecer absurdo, é nosso velho companheiro. Precisaremos respeitar essa parte de nós que teme o que nossa alma almeja.
Se chegarmos ao ponto de compreensão, autocompaixão e aceitação, iremos relaxar, mesmo que diante de um momento em quenovamente perdemos algo que queríamos tanto.
Mas sei que se esse é o desejo de minha alma, agora estarei presente, me dando o apoio que preciso para ir novamente em busca dessa conquista e, ao tê-la novamente em meu poder, mesmo com medo, saberei sustentá-la, saberei assumir meu compromisso com minha alma e não terei pressa em avançar, poderei ficar parado um pouco, no ponto entre a conquista com o medo e o próximo passo, para poder respirar, me fortalecer, para só então deixar a tal conquista me favorecer e se manifestar de forma a ir além, para os próximos patamares.
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