ESTAMOS AVANÇANDO
Por Fátima D'Agostino
17.01.20
Vitória da luz, essa é a frase divulgada, ultimamente, nos meios esotéricos.
Mas, se há vitória, houve derrota, então, seguiremos perpetuando a dualidade?
Avançamos, com certeza, rumo à total modificação em nosso meio ambiente, sem noção de que somos natureza cósmica. As alterações climáticas, agricultura para produtos industrializados com uso irresponsável de agentes químicos, consumo excessivo de carne e assim por diante, nos leva a doenças respiratórias, alterações celulares e depressão do sistema imunológico, entre outros, disseminados, ainda, por incineradores de lixo e aterros sanitários.
Não menos importante, a produção e armazenamento de armas nucleares. Essas atividades, tidas como necessárias, nos levarão à extinção e, apesar de todo conhecimento acumulado, seguimos usando os mesmos métodos há dezenas de anos. Deliberada ou equivocadamente, o conhecimento não foi assimilado pela maioria das pessoas e continua sendo inexpressiva a atenção das pessoas, em geral.
A nossa raça, ao longo dos séculos, criou um abismo que separou as pessoas em elite e massa, materialistas e espiritualistas, como se não fossemos, todos nós, espíritos na experiência física convivendo com muitas formas de vida. Hoje, a dicotomia está descontroladamente berrante, pois há os que propagam vitória da luz, como se o entendimento espiritual bastasse para estar aqui e, saiba, não basta.
Já aqueles que rechaçam a espiritualidade, seguem sem a mínima noção da sua atividade exploratória e destrutiva. Morreremos, é fato. Quando deixarmos o corpo físico, voltaremos ao Todo, indistintamente, sejamos conscientes ou inconscientes, porque somos energia Suprema e não há dicotomia ou hierarquia na condição de fractal. Entretanto, aqui, nosso comportamento pessoal se mescla ao senso de responsabilidade coletivo.
Nem todo o avanço científico e tecnológico dará conta de manter a vida tal como a conhecemos, muito menos a tentativa de prolongar a vida com arranjos tecnológicos no corpo humano. Os conteúdos informativos materialistas ensinam como ganhar dinheiro explorando recursos e mostram a degradação humana e da natureza, sem vincular responsabilidade ao estilo de vida da sociedade. Os conteúdos informativos espiritualistas estimulam o desenvolvimento da gratidão, do perdão e da resiliência.
No espaço que nos separa, enterramos a responsabilidade com o planeta, o respeito à vida. Já leu mensagem canalizada sobre a preservação do planeta, redução da produção de lixo, consumo consciente, valorização da água, da terra, do ar?
Nem mesmo os que não acreditam na imortalidade são responsáveis pela da parte que lhes cabe na manutenção do planeta, mas exploram egoisticamente, sem pensar nem em sua própria família que ficará aqui após sua morte. Seja pela ilusão da crença no paraíso ou pela crença de que não há vida depois da morte, estamos, todos nós, segurando uma das pontas do cabo de força e não saímos do lugar atrelados uns aos outros.
Somos seres energéticos, somos parte de tudo que existe, inclusive do que desconhecemos, mas estamos vinculados, agora, ao corpo físico. A movimentação das energias cósmicas, inexplicáveis, vem facilitando o trabalho de limpeza de memórias ancestrais de sobrevivência, gravadas em nosso DNA, para que uma nova etapa na evolução da vida humana se concretize. Basta interiorizar-se e reconhecer o que é verdadeiramente seu: os corpos que te compõem.
A vida aqui ficou bem interessante com a descoberta do nosso potencial criativo e nos chama para limpar a bagunça que a ignorância e a inconsciência promoveram no planeta. Estamos aqui, somos natureza, é tempo de assumir nossa integridade e viver com transparência e respeito ao que somos: imortais em uma experiência finita. Se você morrer agora, o que viveu? Quais impressões ficarão marcadas em sua essência? A resposta, íntima e pessoal, é o que basta para te direcionar, momento a momento.
Vivemos para nós ou para o outro? Quantas vezes nos dispomos atender ao pedido de um filho ou filha, mesmo sem vontade, mas pelo verniz da maternidade/paternidade? Quantas vezes conversamos sem vontade, cozinhamos por obrigação, trabalhamos pelo salário e agredimos para nos defender?
Outro dia percebi que gastamos mais palavras para agredir do que para responder alguma pergunta. Por exemplo, uma pergunta inútil, pois a resposta seria óbvia, ao invés de respondermos sim ou não, falamos: você não está vendo que é isso ou aquilo, você não presta atenção mesmo, etc. Observe a necessidade de territorializar relações e nos posicionarmos, incessantemente, maiores ou menores do que os outros.
Autenticidade, individuação, responsabilidade e realização é o propósito da vida. A manipulação emocional que tanto nos motivou, não satisfaz mais, não dá mais para esconder nenhuma emoção atrás do corpo, não dá para culpar ninguém por nossas frustrações: a essência emergiu, floresceu e nos posicionou como seres humanos universais. Então, te pergunto: quem você é por trás do papel de mãe/pai, filho/filha, amigo/amiga, vítima ou carrasco?
A coerência em manifestar potenciais disponíveis na atual conjuntura cósmica é para nós, aqui e agora, pois foram necessários milhares de anos para tornar o corpo físico perfeito e potente: honre-o sem apego, respire profundamente, sinta a energia que você É e observe o cenário onde toda a vida, não apenas a humana, se manifesta.
A natureza foi aprimorando nosso corpo e a nossa capacidade cognitiva criou a ilusão paralela, um mundo isolado, onde tudo que acreditamos é perfeito para todos, mas não é bem assim, pois cada um tem seu próprio ideal, então, instalou-se a disputa. Ultimamente, a disputa envolve: tomo a vacina ou não tomo? Isso é um exemplo, mas são muitas as distrações lançadas, sem intenção deliberada, mas nos mantém iludidos.
Supor que a distração é lançada para propagar o medo é uma delas, mas distrações são lançadas pela disputa de poder e ganhos, seja qual for e sempre escolhemos verbalizar uma posição, perpetuando a divisão. Entretanto, a disputa nos afeta profundamente, pois sentimos medo, muito medo de morrer.
Toda decisão é pessoal e as consequências de cada escolha são nossas, também. Qualquer decisão é pessoal, seja a sua, a minha ou de qualquer outra pessoa e não precisa ser defendida ou atacada. Essa é a distração, buscamos confirmações externas que amparem as nossas escolhas, ou seja, não confiamos em nós mesmos. Despertar é ser coerente com a confiança que temos em quem somos. Assim é.
Quanto mais aprofundamos, mais confiamos em nós mesmos, mais apreciamos a autonomia na manutenção do equilíbrio do nosso corpo e dos recursos naturais, honrando ser parte do ecossistema. Materializamos as nossas escolhas e sempre foi assim, mas diluíamos as consequências nefastas no coletivo. O planeta não abriga mais a inconsciência. Comemore! Somos abençoados por presenciar a transição planetária. Desperte! Depende de nós, aqui e agora, garantir a continuidade da espécie humana na Terra.
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