Mudanças

[Petrus de Andrada]

Nasci católico, em uma família católica ao extremo, em uma cidade católica ao extremo. Assim segui até mais ou menos os quinze anos, sempre discordando de dogmas a mim estranhos e enlouquecendo o padre de minha cidadezinha com perguntas insólitas. Acredito que ele achava que eu era algum menino perturbado ou algo do tipo. Mas eu era um católico exemplar, vejam bem! Era quase um beato! Lia o evangelho lá na frente, decorava as orações em casa, levava o ofertório... até estudava para as provas (isso mesmo que você leu - provas) da catequese como estudo para provas da faculdade! Houve uma época em que fui até professor de catequese, eu era gente importante! O chato era o medo que eu sentia, apesar da fé. Medo de ir para o Inferno. Parte por causa de minha imaturidade, parte por causa da pressão que faziam na gente. Tipo, "se você faltar na missa e não se confessar, jamais verá Deus!" Gente... falar isso para um menino como eu não foi uma boa idéia. Eu passei a me confessar praticamente todos os dias.

Mas então, devido a inúmeros fatores extra-naturais, eu conheci o centro espírita. Sim... o centro! A causa de eu ter deixado a religião católica, respeitando-a aqui com todas as honrarias que ela merece. Mas não se enganem. Sempre tive medo de fantasmas. E com razão, uma vez que eles sempre estiveram presentes na minha vida. Ô família complicada, a minha! Não há um membro que não traga em sua bagagem alguma experiência com assombrações. Brr! Até a minha vó, a mulher mais católica da família não consegue ficar longe deles. Assim fica difícil prum menino medroso como eu. Minha tia inclusive já previu a morte de vários parentes, já viu gente morta sentada na sala de visitas assistindo TV, sonhou episódios que aconteceram e por aí vai. E ela conta pra gente com a mesma naturalidade que conta sobre um chá festivo, eu mereço! Da mesma forma a minha mãe, só que de maneira um pouco menos intensa (graças a Deus). Então é claro que não dá para se ignorar os fantasmas quando você vive numa família literalmente assombrada. E muito menos quando você passa a ver e sentir algumas coisas estranhas também. Assim, eu me tornei espírita. E foi a melhor coisa que fiz na vida, apesar de todos os estranhamentos. Tudo passou a fazer sentido, enfim.

Brincadeiras de lado, agora estou aqui, neste espaço especial, entrando em contato com outras crenças, outras fraternidades, outros mundos. Não nego que, devido a minha formação, sou um pouco conservador em se tratando de crenças. Não aceito tudo com facilidade. Um exemplo puramente ilustrativo: quando católico, acreditava em anjos nascidos perfeitos. No espiritismo isso não existe, deixei de acreditar. E agora eu não sei o que fazer. Mas também sou inteligente para ter a mente aberta. Estou aprendendo muito, nesse mundo de muitos caminhos. Isso é o importante. Acho que não existe a crença certa ou errada, o que existe são os vários rios e afluentes que desenbocarão com o tempo em um mesmo oceano chamado Verdade. Todo rio acaba no mar. Sou grato ao Catolicismo por tudo aquilo que me ensinou. Existem lições ali aprendidas que carrego comigo até hoje e que vou carregar sempre. A vida é um grande aprendizado, não? Há verdade nisso, realmente. Ainda sou espírita, mas um espírita com um pequeno toque espiritualista.

Que a Luz brilhe para todos!

[Cleide dos Santos]

Pedro...a verdade esta naquilo que o coração acredita,sempre que tiver dúvidas
pergunte ao seu coração.
Fique na Paz, seja Paz!
Muita Luz pra voce,anjo.
Namaste.

[silvia fonseca]

que bom, Pedro! Amém!

[Sinira Damaso Ribas]

Interessantíssimo este seu comentário. Fecha com o que eu penso. Você está no caminho certo. Hasta la vista!
Sinira Ribas. Visite meu blog - http://sinira10.blogspot.com

[regina elaine mello]

Pedro,
gostei muito da forma como voê colocou a sua experiência católica; também passei por isso, talvez não de forma tão intensa como você (em relação aso seus parentes), mas tudo nesta vida vale a pena a gente experienciar, você não acha?
Sim, que a luz brilhe para todos e especialmente para você!
abraço carinhoso

[Ana Paula Ferreira]

Compreendo-o e se compreendo, passei e ainda passo por vários problemas

[celia fernandes barros]

Olá Pedro também fui católica, mas já na adolescencia o espiritismo me deu resposta que eu não encontrava, ainda sou espirita mas com a mente aberta para outras relegiões, estamos aqui para aprender e quando mais a mente estiver aberta mais conseguimos assimilar a parte boa das religiões, se se bitolar é claro
Um abraço

[ligia knack]

Também sou de familia católica, compreendo porisso bem o teu texto. Mas fui para Gnose e aí, agora sou espiritualista da Grande Fraternidade Branca e sinto que me achei, porque os anjos eu sabia existir de católica, existem tb. na categoria espiritualista e eu adoro os anjos e arcanjos.
Um abraço de LUZ!

[ALMERY CARVALHO DE CARVALHO]

Pedro, apreciei bastante o seu testemunho. viviamos numa época que tudo era pecado.
A nossa mudança, vem trazendo muito aprendizado. Hoje sou uma espiritualista, que sabe entender e aceitar outras crenças.
Om Shanti.

[Flavia]

Ola Pedro, bem vindo por aqui, desejo que encontre a sua verdade em breve.
Abraço grande.

[Ana Cristina Jung Lopes]

Amado Pedro, Deus não tem religião, os homens fizeram as religiões e em cada uma delas, tem coisas boas. Deus é Luz, Sabedoria e Amor que habita em nossos corações, para unidos sermos o Cristo vivo em ação na Luz. Um abraço Carinhoso, Namastê.