Pai Joaquim de Aruanda - INIMIZADE E AMIZADE

[Lineu Fernandes Junior]

Participante: e o amor?

Joaquim: Nenhum ser humanizado ama alguém: a mente lhe diz que ele ama. Afirmo isso porque o ser humanizado só acredita amar aqueles que a mente expõe razões para nutrir este sentimento. Se ela não tiver razões que justifiquem a realidade de estar amando, não haverá amor.

Quem o ser humanizado ama? Alguém que pode lhe dar alguma coisa, que pode lhe trazer a sensação da vitória. Já viram alguém amar quem lhes faz mal, quem lhe tira alguma coisa? Claro que não, mas deveriam amá-los…

Cristo nos ensinou o seguinte:

“Vocês sabem o que foi dito: ‘ame os seus amigos e odeie os seus inimigos’. Mas, eu lhes digo: amem os seus inimigos e orem pelos que perseguem vocês para que se tornem filhos do Pai que está no céu. Porque ele faz o sol brilhar sobre os bons e os maus e dá a chuva tanto aos que fazem o bem como aos que fazem o mal”. (Mateus, 5, 43-45)

Diz mais:

“Se alguém fizer uma acusação contra você e quiser levá-lo diante do tribunal, faça amizade com essa pessoa enquanto há tempo, antes de chegarem lá. Porque, depois que você chegar ao tribunal, será entregue ao juiz, o juiz o entregará ao carcereiro e você ficará preso. Eu afirmo que você não sairá dali enquanto não pagar a multa toda”. (Mateus, 5, 25-26)

O amor humano não atende estes ensinamentos de Cristo porque depende de razões para existir.  Como estas razões são criadas somente quando a defesa de seus interesses diz que esta sensação de ser sentida, o que você chama de amar aos outros nada tem a ver com algo sublime, mas puramente racional.

Sendo o amor humano racional, está submisso ao mesmo processo que descrevemos. Ele é a defesa de um interesse próprio e não um ato amoroso em si. Sendo uma defesa do interesse próprio, as razões pelas quais se ama são hipócritas e ganham a força de realidade através do inescrutável poder de maya.

Fazendo estas observações sobre o amor universal podemos entender a afirmação do Espírito da Verdade que quando questionado sobre o amar ao inimigo ele afirma: isso não é para vocês humanos. Ele afirma isso porque sabe que todos os seres humanizados são guiados pela mente através do pensamento e da força de maya que se agrega a ele. Se todos os argumentos que a mente usa para criar a inimizade sofre a ação, amar o inimigo é algo que você não pode fazer. O máximo que pode conseguir é, esmiuçando a mente com a espiritologia, não viver dor quando as pessoas rotuladas como inimigo agirem.

Sendo tudo isso verdade para a inimizade, é também para a amizade. Seus amigos não são aqueles que você distingue deste modo, mas aqueles que a mente, por causa da defesa de seus interesses, diz que podem reconhecê-lo e elogiá-lo. Mas, como tudo muda neste mundo, alterando esta pessoa seu conjunto de verdades, ela deixará de ser amigo. Por isso, também não vivencie o prazer que a mente irá gerar quando estiver com quem é rotulado como amigo.

O espiritualista que investiga sempre seu pensamento usando os argumentos que aqui falamos com respeito ao amigo e inimigo poderá vivenciar a felicidade que Deus tem prometido. Mas, aquele que continua sob o poder de maya não conseguirá isso.

 

Espiritualismo Ecumênico Universal

www.meeu.com.br

http://meeu.com.br/ceu/inimizade-e-amizade/

 

OBS: Pra quem tiver interesse em saber mais sobre o trabalho do EEU, ou no caso de nao encontrar alguma informação no site(www.meeu.com.br) que esteja querendo, me coloco á disposição pra passar essas informações. e se caso de eu nao saber informar, direciono as questões para os maiores responsaveis pelo site, e depois repasso a informação.

 

Lineu F. Junior