"Síndrome dos 100 Macacos"

[Sonia Ollé]

Síndrome dos 100 Macacos

Por Luiz Fernando Theodoro de Jesus - [e-mail]


Nós não temos muita opção quanto à alimentação de qualidade.

Raros são os lugares que oferecem uma alternativa saudável com pouca gordura, sal e açúcar.

Uma questão cultural no mundo em que vivemos.

As pessoas com menos recursos são as mais atingidas.

Todos sofremos, mas os humildes sofrem mais porque têm acesso apenas a produtos mais econômicos que são os mais deficientes no aspecto nutricional.

Peixes, legumes, grãos, hortaliças e frutas saem mais caros do que meio quilo de salsicha, miojo e um refrigerante de dois litros.

Tudo o que tem melhor qualidade é mais caro.

A lei da oferta e da procura pende para os alimentos mais nocivos: quanto pior o alimento na escala nutricional, mais apelo popular.

Conseqüentemente, seu preço é mais barato.

O nosso corpo é semelhante a uma máquina.

Toda máquina tem um tempo útil de vida que pode ser antecipado pelo modo como cuidamos dela.

Entretanto, a máquina que se preza precisa ter um contrato de manutenção para funcionar a contento.

Mas será que só a manutenção é importante para a máquina?

O suporte técnico é deveras essencial também.

Se temos contrato de manutenção com uma máquina, conseqüentemente devemos dar agilidade e garantia ao conserto ou reposição de peças.

Analogamente ao nosso corpo, é o mesmo que dizer que devemos buscar informações, dar tratamento a elas para construir um conhecimento que direciona à consciência com vigilância e cuidado pessoal.

Mas só conhecimento basta para isso?

Claro que não!

Precisamos ter vontade de experimentar novos desafios e transcendermos o conhecimento.

Só assim evoluímos no sentido de adquirir ou conquistar hábitos saudáveis para a longevidade e qualidade de vida.

Sofrer é uma opção de vida quando já se atingiu o conhecimento (apreensão) dos fenômenos.


Já ouviram falar em “Síndrome do Centésimo Macaco”?

Pois bem. A Síndrome do Centésimo Macaco é um conjunto de situações aparentemente inexplicacáveis e sem relação ou causa específica.

A ciência tenta dar um entendimento a esse fenômeno que jamais será compreendido objetivamente, ou seja, por intermédio da racionalidade.

Em 1979, um biologista chamado Lyall Watson publicou um livro com base em sua experiência numa ilha perto do Japão, observando uma tribo de macacos.

Foi introduzido no meio dos macacos um novo alimento: batatas-doces cobertas de areia.

Uma vez que os demais alimentos não requeriam preparo, os macacos estavam relutantes em comer as batatas sujas.

Foi então que um macaco resolveu o problema, passando a lavar as batatas em um riacho e ensinar à família e a alguns outros a fazerem o mesmo para comer.

Uma vez que um certo número de macacos (cerca de 100 deles) adquirira esse conhecimento, outros que não tinham contato com eles, mesmo macacos que viviam em outras ilhas distantes, começaram a fazer a mesma coisa quando foram introduzidas batatas-doces.

Não havia meio físico pelo qual pudessem ser influenciados pelos primeiros macacos.

Mas, de alguma forma, o comportamento espalhou-se.

Dois cientistas, David Bohn, físico, e Rupert Sheldrake, biólogo, têm vários trabalhos onde chegaram à conclusão que há uma consciência coletiva para a qual todos nós podemos ser atraídos e que quando nos alinhamos através de crenças e foco encontramos um caminho para mergulhar nessa consciência.

O assunto, portanto, é muito sério, mas, infelizmente, não é muito bem observado por quase toda a humanidade porque é algo que transcende à razão.

Vamos a outro exemplo dessa lei mística que hoje a ciência se esforça em conhecê-la?

No globo terrestre existe uma área bem definida, de sofrimento, violência e miséria.

Esse é o continente africano.

Poucos notam que todo aquele sofrimento humano, fome, sede, guerra e miséria vem sendo expandido lenta e gradativamente a todo o mundo pela indiferença que damos àquela região do planeta.

A indiferença é a face mascarada da ignorância e intolerância.

Lugares outrora pacatos e prósperos já começam a ter focos de violência, miséria e bestialidade.

Não é só um problema econômico, mas tem bases na indiferença e pensamentos egoístas.

Quem tem olhos que veja!

O estado de degradação, miséria e violência das grandes cidades urbanas do mundo vem crescendo a largos passos.

Vejam o Rio de Janeiro e São Paulo, cidades onde parece que a África convive com a Europa dentro de uma única região.

O ódio do Oriente gera ódio no Ocidente e vice-versa.

Tensão. São fatos que demonstram que a humanidade vem mudando o seu padrão vibratório lenta e gradativamente.

Quando será o desfecho de tudo isso?

O importante não é estarmos atentos ao caos que gera foco em vibrações negativas.

Devemos atentar às seguintes questões:

Quando cada um de nós tomará uma decisão de respeito com a nossa própria vida com hábitos saudáveis em pensamentos e nutrimentos?

Quando iremos nos esforçar a mudar nossos hábitos que tanto nos aprisionam ao ego da intolerância, inveja, inconstância e hipocrisia?

Informações e dados todos nós temos sobre esses vícios de personalidade.

Mas será que estamos trabalhando o suficiente para dominarmos e não sermos dominados por esses vícios?

Será que temos idéia de que as vibrações eletromagnéticas em nossas células nos direcionam a esferas do cosmos de consciências evoluídas, ou não?

Acabamos de mostrar, caro leitor, uma lei mística importante com um

experimento científico aparentemente simples: pensamento é coisa!

Se nós desejamos paz, precisamos estar em paz com nossas células.

É a partir delas que se inicia a vida!

Paz se constrói com mudança pessoal, com oração e hábitos saudáveis.

Nutrição celular gera sentimento, que gera pensamento, que gera comportamento.

Tal pensamento gerado, dependendo do que comemos, se vincula a esferas baixas ou altas da Consciência Cósmica.

Cada alimento biocídico que colocamos em nossa boca, como refrigerante, café, leite, açúcar refinado e tantos outros em doses constantes e determinadas, produzem condições degenerativas em nosso corpo e no corpo da humanidade.

Tais hábitos criam condições para que nossas células vibrem nos umbrais da consciência coletiva, gerando as mais diversas aberrações físicas, mentais e psíquicas.

Neurotransmissores em excesso, ou em escassez, em determinados centros corporais nos induzem a níveis mais baixos de consciência.

Os anjos só retornarão à Terra quando assim nos considerarmos e nos respeitarmos como tais.


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Referência:
Rupepert Sheldrake, doutor em biologia, divulgou suas idéias em "A New Science of Life".
David Bohn, físico especializado em holografia, publicou "Wholeness and the Implicate Order".
Lyall Watson é biologista e autor do livro "Life Tide", 1979.

Luiz Fernando Theodoro de Jesus
Aloeterapeuta e pesquisador independente de assuntos que envolvam nutrição celular e psicologia.
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