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TARÔ. UMA MAGNÍFICA FONTE DA SABEDORIA DOS ANTIGOS! Por Cristina Guedes

cristina guedes em carteamento de O SOL

O Tarô é uma magnífica fonte de conhecimento da Mente Universal e pode nos ajudar e fornecer respostas significativas às questões mais profundas de nossa vida. Questões baseadas no fato de que o inconsciente possui uma relação com o tempo diferente do consciente, sendo capaz de ver além dos horizontes do agora.

Enquanto que a linguagem do consciente se exprime através de palavras, a linguagem do inconsciente fala através de símbolos. Neste sentido, os Arcanos do Tarô podem ser entendidos como um alfabeto da linguagem figurativa da alma, pela qual o inconsciente revela o modo como vê o tema da pergunta.

Tudo o que a mente consciente tem a fazer é aprender a linguagem do inconsciente para compreeender o que é dito. Ao aceitar-se que no inconsciente habitam forças que são verdadeiros guias para a vida, será fácil entender que o Tarô é um meio que facilita e enriquece esse diálogo entre o consciente e o inconsciente.

Assim, a tarefa do Tarólogo e estudioso da Tarologia é idêntica à de um intérprete dos sonhos e seus símbolos, a sua função é ajudar à consciência do consulente na mensagem oculta do seu inconsciente para que este, ao adquirir um maior grau de consciência, possa desenvolver uma compreensão profunda não só dos mecanismos da sua natureza psíquica mas também da rede de complexas conexões que residem no presente e que se projetam tendencialmente nos campos das infinitas possibilidades da sua experiência de vida.

Ainda que o Tarô indique experiências para os consulentes, o consulente tem e terá o livre arbítrio de poder mudar a tendência do seu roteiro a ser vivido.

O Tarô indica simplesmente para a probabilidade de uma situação acontecer se o consulente continuar a agir do modo como agiu até o momento.

Se escolher seguir outro caminho, por sua iniciativa e que o mesmo esteja em função do bem, da verdade, da beleza, da justiça e do amor, o conselho do Tarô lhe apresentará grandes e despertas mudanças pela consistência do seu aprofundamento.

É natural que o consulente sinta-se gratificado pelas descobertas. É por isso que a consulta de Tarô permite um grandioso bem estar e renovadas esperanças.

O Tarô é feito para estudos que possam compreender as nossas rotas mais particulares. O maior exercício das nossas novas escolhas, o livre-arbítrio mais seguro, realizador e compensatório para o consulente se realizar na jornada luminosa.

O ser humano é um mestre de obras em construção, Deus é seu grande arquiteto, que, ao construir-se a si mesmo no Homem, constrói a sua história: pessoal, única, livre, harmoniosa e eterna.

De que trata a consulta de Tarô?

1. Análise de um assunto atual e possibilidades de desenvolvimento necessário.

2. Aconselhamento para aprender a lidar com um problema de frente ou alcançar um objetivo sem ilusões, sem réplicas e sem medos.

3. Orientação para a uma tomada de decisão bem coordenada e que respeite a situação da questão específica do consulente.

4. Apoio aos processos de autodescoberta e de auto-análise do próprio consulente.

5. Expressar as qualidades positivas do consulente, como também saber mostrar os cuidados em alguns setores pouco evoluídos de sua tendência psíquica.

6. Oferecer atributos de ajustes para uma vida de excelência do consulente que buscar compreender o seu fator humano divino.

7. Ajudar o consulente a potencializar metas, ideais e novas qualidades de compreensão humana.


A consulta é centrada nas necessidades do consulente. Como é estruturada?

1ª fase: Abordagem global da história do Tarô no mundo, momento mais didático, que faz o consulente obter uma informação geral sobre A Tarologia.

2ª fase: trabalho conjunto tendo como base a análise e o tratamento de questões concretas que constituam matéria relevante na vida do consulente, não havendo um limite definido para o número de questões a tratar seja nos setores de saúde, relacionamentos, trabalho, família etc.

O Tarólogo em consulta deve manter os princípios de ética profissional.

1. Respeito pela privacidade do consulente e dos temas trabalhados em consulta.

2. Verdade, rigor e conhecimento das interpretação dos padrões de leitura. No meu caso me utilizo dos métodos franceses de carteamento e retiradas. Uso o Tarô de Marselha ou mais conhecido como TAROT CLASSIC.

3. Responsabilização do Tarólogo colocar, em profundo diálogo com o consulente, as soluções criativas para as novas decisões e lições construtivas que o consulente irá tomar, e que elas estejam de acordo com a sua própria consciência, valores e convicções do presente.

4. Incentivo ao exercício pleno do livre-arbítrio do consulente sempre!

Porquê a consulta presencial é muito importante?

Uma consulta bem sucedida reside na capacidade de interação dinâmica e no diálogo vivo entre o consulente e o tarólogo. Não desmereço a consulta on line ou as que são realizadas por telefone, mas a qualidade da consulta pessoal é de alto teor significativo para o Consulente.


Atendimentos em João Pessoa, de 2ª a quarta feira, das 08h às 12h, com marcações prévias na lista de espera para Recife, Natal, Belo Horizonte e Fortaleza.

visitem o nosso clube do tarô em: www.clubedotaro.com.br
© 2005-2009 Clube do Tarô - São Paulo, Brasil - Contatos: 083 - 3225-5078 ou 083 - 8790-7777


DO LIVRO A CASA DO MUNDO NO REINO DOS ARCANOS




A Casa do Mundo e em mim
(uma compreensão antiga que continua...)



por Cristina Guedes


Revelar a compreensão e vivência diária de um livro que escrevemos é como abrir uma porta celeste do inconsciente e dar passagem luminosa às designações desse caminho. Por isso escrever A Casa do Mundo - no Reino dos Arcanos ajudou-me a experiênciar a idéia da reflexão, no meu caso, descobri o quanto minhas associações poéticas e até textuais tinham embriões ligados aos sentidos dos Arquétipos do Tarô.

Quando esse naipe de cartas encantadoras surgiu em minha vida ou visitavam-me discretamente, corria ao seu encontro e abria-os com gestos rituais, tirava um arcano como se sentisse o balbuciar de uma herança interior esquecida por séculos. Em troca disso, meus amigos Arcanos davam-me íntimas e misteriosas atenções, abriam meus olhos para um novo mundo, despontavam-me para entrar com delicadeza e fascínio nos jardins ensolarados de alguma filosofia mística e espiritual. E mais ainda levavam-me a uma suprema compreensão, onde a vida já não era um desafio que precisava ser vencido, mas uma experiência para ser desfrutada e vivida amorosamente em toda minha existência.

Do cósmico ao mais ínfimo, aquelas fantásticas criaturas arquetípicas inevitavelmente estavam relacionadas à minha iniciação dos sentidos e por meio de qualquer um deles conseguia lançar uma luz que me despertava das forças subterrâneas do meu inconsciente. Todas as vezes que os encontrava, eles podiam lembrar-me do outro que somos e que só podia aparecer sob a força de uma revelação.

os Arcanos Maiores do Tarot

Não é fácil, mas no Tarô a nossa percepção estoura como numa repentina e abrasadora substância solar dentro de nós.

Assim, pois, o que contarei aqui não é sobre um manual de Tarologia que todos os anos são publicados aos milhares. Francamente, aqui falarei de um livro onde corpo e alma são representados como iguais, onde cada Arcano estende sua mão ao outro, simbolizando o melhor possível desse mundo, que é a união final de todas as forças ditas opostas.

O que se pode dizer é que nestas páginas, tento me aproximar de um velho ditado dos alquimistas, “A mente deveria aprender a amar compassivamente o corpo”.

Daí o motivo de meu livro usar o esplendor do Tarô para criar os raios multicoloridos de uma poética do Sol, ou seja, que não perdeu contato com a natureza simbólica do Homem e nem com a Lei de Manifestação da absoluta justiça divina.

Quando comecei a observar as cartas do Tarô foi bem na infância através de uma bisavó que gostava de me mostrar as diversas sincronicidades que estavam em conexão com os Arcanos em sua vida, mesmo além do espaço e do meu tempo infantil eu prestava muito atenção no que ela me falava. Mostrava-me que, por meio de qualquer um deles eu conseguia ordenar com freqüência esses tesouros do conhecimento. Essa grande mestra me falava de como fatos físicos, materiais e psíquicos que nos ocorriam podiam ter sentido e um variado potencial criativo nos tomava proporções inesperadas de revelações.

Mas vamos voltar ao entender de Jung, que disse: “Só a vida simbólica expressa a necessidade da alma”.

Ora, não se preocupem, minha bisavó era uma psicóloga natural e nunca conheceu Jung e eles também não deram risadas juntos, mas ela me falava mesmo da necessidade diária dessa nossa alminha viajante, bem entendido! E claro, sem me utilizar tanto dos nossos antecedentes científicos, metafísicos ou explanações religiosas, fui experimentando em cada Arcano um arrebol de princípios que tinham imensa relação com os sistemas divinatórios conhecidos pelo Tarô. Em outras palavras, descobria aos poucos que aquilo que minha bisavó me mostrava era a idéia de enfrentar a mudança da vida diariamente, hora por hora, libertando-se, aos poucos, dos apegos inconscientes.

Jung também acentuou que a idéia de viver a vida plenamente é a maneira mais natural de abordá-la. Como sabemos a natureza inventa um sem-número de modos de apagar uma existência sem sentido, se esta se tornar demasiado opressora, é claro. Tal é, pois, o plano da vida que só com admirável clareza sabemos que só nos dá sentido aquilo que faz sentido. "Afinal, sem o riso o homem é como uma árvore sem flores"dizia-me aquela senhora linda.

Carl Gustav Jung em sua sala estudando a essência do Tarot

Conquanto mediante intuições inesperadas fui crescendo e virando adulta, mas leituras de personagens e algumas perguntas que me aprofundavam na aventura da vida continuavam me acompanhando. Com o tempo encontrei alguma possibilidade de expressar ao público o acontecimento desses Arcanos antiqüíssimos e de magnitude tão significante e bela para mim. A fim de descrever a infinitude de cada um, seus segredos dramatizados e suas amplificadas analogias, fui percebendo que as palavras vinham como numa espécie de evocação de lembranças há muito guardadas pela minha infância.

Senti que não podia servir-me apenas da linguagem literária e nem podia interpretar os Arcanos como tensões estéticas que se desdobravam em seqüências de ascensão ou descensão do problema poético. Estava dialeticamente sensível para intuí-los, modificá-los e repensá-lhos nas suas projeções simbólicas. Incessantemente eles também passaram a ser instrumentos permanentes dos meus estudos, sonhos e percepções artísticas, visto que fizeram com que os velhos padrões do meu intelecto pudessem renascer em novas experiências psíquicas e espirituais.

Quando os recebi fui personalizando cada um, mesmo que ainda num eterno aprendizado, pude ver seus números, sua exuberância de cenas, suas posições, até que por muitos momentos seus nomes pareciam estar inscritos no livro do meu destino e conhecê-los equivalia a um relembrar-me constante.

Cada um deles, mesmo os mais complexos me fascinavam, estavam sendo colocados sob o signo da minha vivência interior. Todos me impressionavam, me conheciam, diziam coisas: “venha nos entender e falar sobre nós”. Julgava e sinto até hoje ser um milagre o fato de tê-los à serviço das minhas buscas por autoconhecimento e por estar cumprindo a vontade de Deus que é celebrar a abundância, o amor, a harmonia e a felicidade do auto-conhecimento.

Harlequin, Curinga, Bobo ou O Louco no Tarot no mapa da jornada


Leis e benefícios perduráveis que Deus nos reserva desde o momento em que nos criou.

Perguntei-me diversas vezes numa cosmogonia fulgurante: O que a Mente Universal queria me dizer diante de uma figura do Tarô?

Por que seus desenhos me elucidavam tamanha atração e compreensão?

Como eu poderia oferecer aos leitores e aos poderosos símbolos do Tarô novas evidências de interpretações divinatórias?

Quando eles me escolheriam para a maravilhosa tarefa de desvelar o autêntico mergulho da inteireza humana que somos?

E assim por diante, à medida que se clarificavam o prodígio de seus mitos em minha vida pude sentir-me designada à essência de organizá-los em poemas que os unificassem e de vez em quando trouxessem ao leitor o deslumbramento, o espanto e o enigma extraordinário de cada um deles. Todavia, fui ofuscada nessa inefável experiência e atravessei momentos importantes até que pude transcender para singrar novos mares.

Pensei mais no mistério da fé, esse acordo sublime entre Deus e o Homem, pensei nas nossas duas naturezas, a divina e a humana. Mas as azas da razão são curtas demais e o exame de Deus em meu coração me faziam trabalhar e continuar. Até que as dúvidas que indaguei desapareceram da minha mente. De grau em grau, conversei com uma amiga freira, a inesquecível Irmã Clara que em sua alegre aptidão religiosa me falou que está na vontade de Deus a nossa descoberta divina. Ela me explicou sobre seus votos e abriu um sorriso ao meu redor quando soube dos estudos sobre Tarologia onde ela tinha imensa curiosidade de conhecer. Seus olhos me lançaram centelhas de um amor que me deixaram sentir o entendimento e o nível de sua compreensão, mesmo ela vivendo na sua escolha de enclausuramento. Sim, segui com mais empenho e esperança nas páginas de vida que se seguem.

Mas o fato de me servir dos conhecimentos do Tarô e de ter aprendido com alguns mestres da rota, com todo zelo e dedicação, ajudou-me a lidar com minhas resistências humanas, memórias emaranhadas e até as negações do meu eu inconsciente que gritava com forças contra as exigências da vida no aqui e agora. E como uma criança estimulada a trazer consigo um novo dia de sol, passei de criatura terminal à criatura inicial, sem medo das imperfeições ou das precariedades humanas e vendo naquele meu novo mundo cheio de soberanos ligados intimamente a mim uma nova forma de guiamento das minhas introvisões.

aqui o simbolismo da Roda da Fortuna na arte medieval pode ser explicado através da iluminura do Hortus Deliciarum


Sabia que aquela comissão de Arcanos se personificava no mais profundo de nós, entre pensamentos e sentimentos, funções racionais e funções subjetivas, porque descrevem os modos com que ordenamos e avaliamos nossa experiência.

Seja como for, eles entram no jardim ensolarado de nosso coração e brincam seriamente com o nosso modo de abordar o mundo. E nós sabemos que a vida humana é uma rebelião psicológica que busca evoluir em sincronicidades entre o nosso corpo físico e o nosso corpo de memórias. Talvez sobre o aparente divisor de águas entre a consciência e o inconsciente resida a compreensão interminável do nosso ser. Por isso considero o Tarô como uma lava ardente, líquida e brilhante a partir da qual se cristalizou a rocha de muitas das indagações das civilizações.

Ambientes, viagens, relações humanas, cortesia e coragem marcam o espírito do Tarô para que a nossa jornada seja triunfante. Com efeito, nesse livro, a história dos trunfos, outra denominação dada aos Arcanos, é a história de um inconsciente bem sucedido. Um inconsciente que se realiza para poder existir perante o mundo. Um mundo que mesmo ferido ou frágil se deixa soprar pela energia bela da vida.

De um ponto de vista simbólico, escrever este livro foi percorrer um caminho de transformação, de prazer e de felicidade por estar conseguindo manter meu afeto e o meu pensamento em estreita relação com a vida, na forma em que a concebo sempre dinâmica e eficiente. Lembro-me de Provérbios 3: 13-19: “Bem-aventurado a Homem que acha sabedoria, e o Homem que adquire o conhecimento. Porque melhor é a sua mercadoria do que a mercadoria de prata, e a sua renda do que o ouro mais fino. Mais preciosa é do que os rubis, e tudo que podes desejar não se pode comparar a ela. Aumento de dias há na sua mão direita; na sua esquerda riquezas e honras. Os seus caminhos são caminhos de delícias, e todas as suas veredas paz. Ela é a árvore da vida para os que a seguram, e bem-aventurados são todos os que a retêm. O Senhor, através da sabedoria, fundou a Terra; através da compreensão, estabeleceu os céus.

Antes que me esqueça, o fundamento essencial desse livro é o seguinte: “Sois feito à imagem e semelhança de Deus, de Quem o vosso Eu Real é um centro de expressão infinita e a vossa entidade física uma concretização formal.”

Lembro-me que alguns já disseram que a Mulher possui um sexto sentido. Mais que isso, contam até que ela perdoa mais, se emociona de forma mais acentuada e ainda compartilha mais do poder do amor. Dizem que a Mulher apresenta diversos tipos de escuta, que gosta da conversação, que protege os segredos do corpo, em fim que trilhamos um caminho onde pode nascer sempre o gesto vivo. Como se pode ver, sei que em muitos pontos sou semelhante às minhas semelhantes, e, no entanto, também sou diferente. Afinal uma mulher não pode ser só um laboratório de introvisões celestes subidas espontaneamente do inconsciente, mesmo que nossos devaneios ou manifestações subjetivas determinem nossa simbologia no mundo. Impossível comparar uma mulher belamente sentada num divã de veludo azul a um homem encostado num outro divã discutindo os emblemas da intenção criadora de um arquétipo de Vênus. Mas as pessoas dessa sociedade ainda não sabem levar essa vida como se estivessem num banquete. Precisamos viver mais apaixonadamente cada segundo de vida como se fosse um rico e imensurável banquete divino. A vida é a única resposta possível para sentirmos Deus em sua plenitude!

Creiam-me, sou uma mulher apenas que decidiu entregar sua vontade a um Poder Superior. Uma mulher que busca centrar-se no presente, intuindo novas possibilidades de desenvolvimento para que o presente continue se realizando em plenitude e manifestação. Para isso pesquisei o conhecimento antigo sobre os estados da alma, mesmo vivendo no século XXI como num processo de auto-realização.


Nem estrela, nem deusa, nem erva daninha e nem uma macaca neandertal desenfreada. Sou uma mulher, sobretudo me dirigindo através dos Arcanos para a província da escuta do masculino também. E ainda sou uma mulher, como todos os outros entes nascidos na Terra, que compreende sobre as conjunções das divindades infinitas, ou Luz na forma como o concebo. Por isso não posso e nem irei confrontar-me com nenhum animal, com nenhuma pedra e nem planta para poder falar dos Arcanos do Tarô. Porque só a mais atenta, representativa e intensa entidade mítica é que pode transcender e interpretar o Homem.

Então, para quê formarmos sobre nós conceitos definitivos? Cada vida é uma vida na diretriz da melhor solução. Cada mulher é uma mulher com todo seu espírito e com todas as suas forças. Cada homem é um homem com todos os seus sonhos e todas as suas buscas. Cada Arcano é um Arcano diante do nosso inconsciente e que respeita nossa tão preciosa vivência. Caso contrário conheceríamos tudo e todos, o que é totalmente mais difícil de se conceber numa única jornada.

Resultante disso fui conhecer na Psicologia de Jung essa vida que ninguém sabe viver, mas que se vive mesmo assim e se realiza, e que está num ponto qualquer de nossas lembranças, sensações e intuições. Em primeira análise: nunca se sabe como os Arcanos surgirão em nossa vida. Eu mesmo nunca imaginei que um dia, em meados de 1983, uma amiga me presenteasse com um livro sobre Tarologia inserido num conjunto de 76 lâminas que discutiam as implicações filosóficas do Homem e seu tempo. Essa mesma amiga sugeriu, dedicou e invocou para mim, expansões, predições, introvisões dentro de um futuro novo e imprevisível na minha jornada como escritora e iniciante estudante de Tarologia. Imaginei que essa amiga queria que eu soltasse as faíscas do meu pensamento criativo e fizesse do Tarô,mesmo diante de minha adolescência, um legado ou um valioso conjunto que me ajudasse a explorar os mistérios do autoconhecimento. Todavia, suas palavras foram muito mais além, a ponto de penetrar na minha essência e provocar em mim uma aprendizagem marcante e aprofundada. Desde então, sua dedicatória pareceu-me um oráculo que foi em direção ao meu coração da forma mais profética possível: “Para Cris, com infinito amor, luminoso e místico, para beberes na fonte do conhecimento dos Arcanos e Mestres do Universo. Que teu dom se expanda cada vez mais e possas auxiliar a todos que te procuram. E que o Tarô seja um dos teus instrumentos de oração.”

Daí, não sentimos quando o céu toca a nossa pele e não sabemos quando uma pedra é um lindo auxilio, pois o complexo contorno dessas esferas humanas estão ali, bem vivas. E nesta direção, fui compreender primeiro um conjunto de vinte e duas cartas, com nomes alquímicos diferentes que instigaram gerações e gerações de estudiosos no assunto. Criaturas com trajes renascentistas elegantes, primorosamente bem acomodados entre carros, carrosséis, tronos, torres, animais, taças, mesas, castelos e ainda exibindo canções sem palavras, poemas que uma emoção humana aguardava invocar no mais profundo dos sentimentos. Todos estimulavam a amplificação de uma imaginação, presenças que transcendiam o alcance de minhas palavras. Visitei-os com respeito como quem percorre uma galeria de arte de um nível superior. Alguns me retratavam terras desconhecidas e longínquas, outros me mostravam suas travessuras aos meus planos lógicos. Estava claro para mim que todos eles representavam forças arquetípicas autônomas, examinavam-me em seu mapa e estenderam-me suas mãos com todas as intenções conscientes, isto porque cada um representava um aspecto vivido de nós mesmos.

Esta era a linda inscrição de Tarot colocada na entrada do Templo de Apolo, em Delfos, na Grécia.


Ingressei a explorar suas vidas e hoje posso dizer, sem reter a respiração, que um Arcano é o que o inconsciente quer ser, e não o que ele mesmo é ou o que os outros pensam que ele é. Quando penso nisso, sinto o quanto os Arcanos nos orientam para conteúdos psíquicos que ainda não foram explorados pelo Homem. Sempre que tenho de estudá-los observo atentamente suas manifestações e já deduzi que o principal cuidado que devo tomar com eles é não ceder à sua fascinante inspiração. É claro que muitas vezes já cedi aos seus chamados e fiquei desafiada por algum tempo em suas diversas situações simbólicas, o que é muito normal no aprendizado com o Tarô. Hoje aprendi a lidar com suas idéias a fim de dar mais espaços aos seus paradigmas. Sei que todos os Arcanos são discutíveis, instantâneos, iluminantes, não há dúvida.

Imortais e enérgicos, múltiplos e misteriosos, tomados em consideração ou não, às vezes os meus amigos Arcanos estão dormindo guardados e protegidos dentro de um pedaço de seda amarela, bem colocados num baú de madeira clara e em cima de uma mesinha de ferro, mas sempre estão próximos.

Outras vezes exorto-os de seu reino, regresso às suas casas iridescentes e ofereço para todos eles sugestões desafiadoras, talvez uma luz que brilha naquele feixe suscetível do nosso inconsciente de escolhas. Muitos deles mostram-se como dançarinos das esferas e harmonias, outros estão dirigindo o olhar para algum alvo, alguns não expressam nada e contém tudo, mas todos fazem o movimento perpétuo da infinitude cósmica. Este é, definitivamente, o momento fantástico em que deito as cartas sobre uma mesa. Momento em que se principia um milagroso renascimento em meu ser, onde sinto que o Homem que não está religado não consegue conviver e respeitar a grande criação.

Resumindo, sinto que o Homem também não está só ligado ao movimento circular em cada segundo de vida da sua respiração, ele é mais do que o fluir de sua corrente sangüínea, ele pode se dá conta de sua jornada interior. O Homem sabe que pode encontrar uma palavra criativa nova, mas não sem haver sondado o silêncio primordial que existia antes da primeira palavra da criação. Fora do tempo e do espaço o Homem é natureza pura, é essência em busca de essência, o seu ser é inexaurível, vem de mundos presumivelmente acima e além da nossa compreensão. O Homem deve ter em mente que ele é como uma criança que nasce cotidianamente do barro do inconsciente, um eu que se cria e é criado, mas antes o Homem acontece para si mesmo, ele torna-se observado e observador muito mais forte do que imaginamos. O Homem instintivamente sabe que toda grande verdade é simples e o que acontece dentro dele vai criar o que acontece fora dele através das Leis de Atração.

Como vocês vêem, não consegui conter meus arquétipos, pois eles necessitam de uma grande metamorfose de interpretações, engastam no meu espírito em imagens, transcendem minhas ambivalências humanas, no entanto, eu os vivencio nesse livro que chamo de A Casa do Mundo – no Reino dos Arcanos.

Mas cultivo aqui suas demonstrações possíveis em cada um de meus artigos enviados para vocês semanalmente pela COLUNA AFRODITE QUEM QUISER.

Desejados, pensados e transmudados independentemente das minhas observações, esses Arcanos estão na gaveta do mundo, mesmo que provoquem a curiosidade de alguns, eles tocam as raias do que ainda não sabemos o que é. De algum modo eles enfrentam a lei implacável do próprio ser e oferecem o alargamento da consciência além.

Compreensão, magia, coincidência?

Os arcanos bastam?

E a que consciências se tornam estranhos e incomuns?

Alcançam então a liberdade?

Esse livro trata destes caminhos e sem nenhuma presunção convincente no rosto dessas figuras celestes. Como já dei a entender ele fala ao coração, mas sem tempestades pânicas de afetos, sem assombros verbais, apenas permitindo ao leitor praticar exercícios poéticos. O livro sabe que os Arcanos urgem e pedem passagem, descartam-se sozinhos e permitem reconhecer com clareza de onde vêem e para onde vão.

O leitor agora deve deleitar-se para uma relação estética, afetuosa e espiritual com os signos do Tarô, pois aqui tudo se inicia a este se tornar àquilo que se é.

Em marcha, porque os Arcanos correspondem à minha e à sua jornada individual, ultrapassam o bem e o mal, bem-aventuram-se para o reencontro com a nossa dimensão divina, pois, se o compreendermos eles não irão mais dizer: “o nosso reino não é deste mundo, mas o reino de Deus tornou-se real”. Assim são estes os Arcanos, são os confidentes benignos de uma casa perpétua de primaveras e que tantas belezas emprestam aos homens que buscam os ciclos das florações mais promissoras e felizes.

Sejam imaculadamente bem-vindos e celebrem certas situações arquetípicas muito antes de acontecerem com vocês. Aqui não trago necessariamente previsões, mas uma longa história de semblantes que vão ao seu encontro, leitor, uma história que você conscientemente deixou de conhecer em sua jornada e que agora ficará profundamente encantado em saber.

Toma esta casa do mundo e arrebata-a em teu coração. Este é o segredo.

Sejam muito felizes!

Cristina Guedes
Escritora

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Comentário de Nadeje Carvalho Neves em 3 dezembro 2009 às 11:27
Ola Cristina, aqui estou de novo. Me diz como faço para adquirir seu livro se for possivel responder para o meu e-mail agradeço muito.nadeje.n...
Comentário de Véra Lúcia Machado em 21 outubro 2009 às 11:37
Material muito evolutivo amiga!
Axé
Yalorixá Lúcia D'Iansã
Centro Espírita A CASA DA PAZ
Comentário de Sonia Ollé em 18 outubro 2009 às 23:40


Grata amada... O Tarô é M A R A V I L H O S O!!!

E a Tua Paixão por Ele, me encanta e enternece!!!

ASSIM É!!!

A DIVINDADE EM MIM RECONHECE, ACOLHE E SAÚDA A DIVINDADE EM TI...

Luz... Força... Proteção... Amor... Paz... Com Muita Alegria Para Todos Nós!!!
Comentário de lucineia de melo em 18 outubro 2009 às 16:52
Tarô, adorei ja tinha ouvido falar!!!
Me responda qualquer um pode jogar Tarô???
Comentário de Nadeje Carvalho Neves em 18 outubro 2009 às 15:55
Muito grata por sua Mensagem acerca do Tarô. Aprendi o básico muito tempo atras, na verdade por um bom caminho deixei-o guardado na gaveta, de repente me deu uma urgência de revisitá-lo novamente. Ouvi o chamado... coloquei as laminas à minha frente, mas minhas lembranças estavam vazias das memorias arquétipas. E pensei: agora tenho todo o tempo que quero e necessito então, vamos lá de novo. E deparo-me com sua mensagem, linda e profunda Mensagem.Muitissimo grata por essa flecha indicadora. E lá vou eu pronta para voar. Namastê! Nadeje
Comentário de Adriana Soller em 16 outubro 2009 às 18:13

Obrigada pelo texo informativo.
Bjs no coração
Comentário de Cristina Guedes - Taróloga em 15 outubro 2009 às 22:29
Para as minhas amigas e leitoras Sumaia, Rony e Angela, recebam esta casa com toda celebração de um reino muito encantador.

beijos queridas e obrigada pela gentileza e participação de todas!

Cristina Guedes
http://revistafroditequemquiser.ning.com/profiles/blog/list?user=0azqhii6i7ff5

Existe uma Casa que nos conduz para um encontro.
Existe uma Casa interior e mais intensa.
Existe uma Casa da linda moradia de viver o lado de fora, sentindo o lado de dentro...
Alguns a vivem no coração das suas relações.
Outros a vivem no amor, no mistério, no desejo ou na compreensão do mais próximo.
Nos caminhos dessa Casa, existe uma outra Casa maior, mais sábia, mais inspiradora, e a mais consciente, no impensável Ser.
Nessa Casa fiquei e conheci outras moradas.
E conhecê-las é conhecer-se a si mesmo e não fugir das nossas mais vivas perguntas.
Assim, quando você fizer do dois o um, do baixo o alto, do masculino e do feminino um só...
Então você terá o mais natural acontecendo.
Você terá olhos nos seus olhos, mãos em suas mãos, pés nos seus pés
e por isso entrará em A Casa do Mundo - no Reino dos Arcanos.

copyright @ 2009 by Cristina Guedes
Comentário de Rony Schleifer em 15 outubro 2009 às 14:52


Amei tudo o que li, grata por compatilhar esse texto

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Co-criando A NOVA TERRA

«Que os Santos Seres, cujos discípulos aspiramos ser, nos mostrem a luz que
buscamos e nos dêem a poderosa ajuda
de sua Compaixão e Sabedoria. Existe
um AMOR que transcende a toda compreensão e que mora nos corações
daqueles que vivem no Eterno. Há um
Poder que remove todas as coisas. É Ele que vive e se move em quem o Eu é Uno.
Que esse AMOR esteja conosco e que esse
PODER nos eleve até chegar onde o
Iniciador Único é invocado, até ver o Fulgor de Sua Estrela.
Que o AMOR e a bênção dos Santos Seres
se difunda nos mundos.
PAZ e AMOR a todos os Seres»

A lente que olha para um mundo material vê uma realidade, enquanto a lente que olha através do coração vê uma cena totalmente diferente, ainda que elas estejam olhando para o mesmo mundo. A lente que vocês escolherem determinará como experienciarão a sua realidade.

Oração ao Criador

“Amado Criador, eu invoco a sua sagrada e divina luz para fluir em meu ser e através de todo o meu ser agora. Permita-me aceitar uma vibração mais elevada de sua energia, do que eu experienciei anteriormente; envolva-me com as suas verdadeiras qualidades do amor incondicional, da aceitação e do equilíbrio. Permita-me amar a minha alma e a mim mesmo incondicionalmente, aceitando a verdade que existe em meu interior e ao meu redor. Auxilie-me a alcançar a minha iluminação espiritual a partir de um espaço de paz e de equilíbrio, em todos os momentos, promovendo a clareza em meu coração, mente e realidade.
Encoraje-me através da minha conexão profunda e segura e da energia de fluxo eterno do amor incondicional, do equilíbrio e da aceitação, a amar, aceitar e valorizar  todos os aspectos do Criador a minha volta, enquanto aceito a minha verdadeira jornada e missão na Terra.
Eu peço com intenções puras e verdadeiras que o amor incondicional, a aceitação e o equilíbrio do Criador, vibrem com poder na vibração da energia e na freqüência da Terra, de modo que estas qualidades sagradas possam se tornar as realidades de todos.
Eu peço que todas as energias e hábitos desnecessários, e falsas crenças em meu interior e ao meu redor, assim como na Terra e ao redor dela e de toda a humanidade, sejam agora permitidos a se dissolverem, guiados pela vontade do Criador. Permita que um amor que seja um poderoso curador e conforto para todos, penetre na Terra, na civilização e em meu ser agora. Grato e que assim seja.”

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