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LIVRE-ARBÍTRIO - TEMOS, REALMENTE, LIBERDADE DE ESCOLHA?

      Amigos.

      Uma amiga colocou texto sugestivo sobre o livre-arbítrio. Mas, para nossa reflexão, pois refletindo podemos melhor entender aquilo q estamos estudando ou de q estamos falando, coloco, aqui, algumas considerações e questões.

      É verdade q o tempo todo estamos escolhendo entre várias soluções para qualquer ação nossa, das mais simples às mais complexas. Mas, será mesmo que fazemos uma escolha livre? Que a responsabilidade por decisões erradas é nossa? Será q não fazemos muitas escolhas erradas por ignorância? Vamos refletir um pouco:

 

      Como harmonizar o “livre-arbítrio” com estas palavras de Jesus: “... tudo vem do Alto”, “nenhum poder teríeis se do Alto não vos fosse dado”, “ninguém vem a mim se o Pai q me enviou não o mandar a mim!”; e com estas, de Paulo: “É o Senhor que opera em nós o pensar, o querer e o fazer!”, “... como se tivésseis algum pensamento como de vós mesmos, pois todos eles vêm de Deus!”?
      Kardec, “Gênese”, cap III afirma q:... "sendo Deus infinitamente sábio, justo e bom, <nada> q ele produz pode ser ininteligente, mau e injusto. Portanto, o mal não tem nele sua origem".
      Aqui, uma primeira questão: então, de onde procedem os espíritos? Conforme a DE, são  produtos da criação de Deus, e de uma criação “especial” (LE/610: “...o homem, na ordem da criação, é um ser à parte, visto possuir faculdades que o distinguem de todos os outros e ter outro destino. A espécie humana é a que Deus escolheu para a encarnação dos seres que podem conhecê-lo”). Então que outros seres procedem de Deus que sejam inteligentes, bons e justos?

      Daí se deduz que a espécie humana, criação produzida por Deus, é das mais importantes, concordam?!  Mesmo que não seja tão importante, é procedente de Deus. Contudo, procedentes de Deus e produzidas todas iguais, sob todos os aspectos, em que as criaturas divinas se transformam?! Em verdadeiros monstros de perversidade, imorais e amorais, corruptos, destruidores da harmonia da própria criação divina, pedófilos, estupradores, destruidores e exploradores dos semelhantes, criminosos dos crimes mais hediondos, loucos, malignos e, sobretudo, produtores de todo o mal e sofrimento do mundo! E todas essas criaturas são divinas, são produtos de Deus, q nada q produz pode ser ininteligente, mau ou injusto!??!
      Quem pode explicar isso? Eu não consigo!

      Novamente Kardec, falando da origem do mal:
“Origem essa que procede do próprio homem no exercício do seu livre-arbítrio”.
      Como não pode ser Deus o causador do sofrimento, temos q concluir que a criatura divina, procedente de Deus, é a causa de todos os males, e que, se o homem sofre, é porque agiu erradamente; se é feliz, é porque agiu acertadamente. Assim, o mal não pode proceder de Deus, mas pode proceder da criatura divina que procede de Deus e que, de acordo com a DE, não pode ser má, nem injusta, nem ininteligente. Quem pode explicar isso?

 

      Agora, algumas palavras sobre o livre-arbítrio:
      Sem dúvida, se o homem age erradamente, pode prejudicar a si e a semelhantes. É isso que vemos no dia-a-dia, dos mais simples desentendimentos até os conflitos e guerras mais cruéis e destruidoras de tudo que o próprio homem construiu. Aí, conforme as doutrinas, será aplicada a lei de causa e efeito (q, evidentemente, nada tem a ver com a lei homônima da física). Pelas leis divinas, aqueles q não as cumprem, conforme as doutrinas, um dia serão “castigados”, de acordo com o q está nelas estatuído.

      Portanto, o homem sofre se age erradamente. Mas, será q esse sofrimento está previsto, como afirmam as doutrinas, numa lei que lhe impõe punição (castigos, q implicam sofrimentos terríveis como vemos no mundo)? Essa explicação de que  seu sofrimento vem de sua responsabilidade ou culpa, isto é, que deve sofrer penalidades expiatórias, mesmo que ditas educativo-instrutivas, caberá dentro da idéia de um Criador onisciente, onipotente e de infinitos amor e justiça?  De Deus que, por sua onisciência, sabe desde sempre, quando, onde, como e em que circunstâncias “cada uma” das  criaturas dele procedentes fará de errado e de certo, relativamente às suas leis, bem como também sabe o que, cada uma, individualmente, sofrerá devido a seus desacertos? Tanto que, de antemão, criou leis e locais para a expiação de seus “pecados”.
      Não seria como o fabricante/criador de brinquedos que, mesmo com total e absoluta certeza, de que o brinquedo, por ele idealizado, desenhado e produzido, virá a apresentar numerosos defeitos e, por isso, será perigoso, destruirá, matará, produzirá tantos e tão terríveis sofrimentos, tragédias e desgraças, assim mesmo o produz e o entrega às crianças (q são outros bilhões de brinquedos q, depois de fabricados, também apresentarão defeitos e serão tb causadores de sofrimentos?!). Agora, a questão: quando surgem os sofrimentos conseqüentes dos defeitos dos brinquedos, q o fabricante, ao fabricá-los, já sabe q apresentarão, quem é o responsável? O brinquedo ou o fabricante?

      Sinceramente, não consigo entender como muitos afirmam q o responsável é o brinquedo e q deve ser punido por isso! Quem pode explicar?

      Mas, voltemos ao “livre-arbítrio”. Afinal, o que é o livre-arbítrio? Não será a escolha apoiada naquilo que a escola, do bem e do mal, que é a vida já nos ensinou?     
      Vejam só um exemplo simples de como nossas escolhas não dependem de um livre-arbítrio, de nossa vontade: você caminha por uma estrada que, de repente, se bifurca; por qual das duas vai continuar? Vc não decide ou escolhe num cara-ou-coroa, nem num estalar de dedos. Sempre vc analisa, por mais simples que seja essa analise, qual a estrada a seguir; a mais vantajosa, a mais sombreada, a que tem menos obstáculos a transpor, a mais curta. E porque vc faz essa análise? Porque, pelas experiências já vividas, vc já aprendeu que deve continuar por aquela cuja ponte está intacta, pela mais sombreada, pela cujo pavimento é melhor etc. Só não age assim o que está desesperado, dementado, descontrolado ou o ignorante e, por isso, pode até continuar sua marcha pela estrada pior, ou cometer absurdos, como vemos no mundo. Mas esses não têm controle, não raciocinam.
      Até para escolher entre guloseimas, analisamos: se o apetite é grande, a maior; se não, a  que nos parece mais saborosa etc.
      Portanto, nossas escolhas <nunca> são livres; q estão sempre presas ao conhecimento, à compreensão anterior, que já temos das coisas e do mundo. E se não são livres, não há livre-arbítrio. Todas as escolhas que fazemos, todas as decisões que tomamos estão totalmente presas ao nosso passado, ao conhecimento que já nos foi ministrado pela escola do bem e do mal, q é a vida e, assim, portanto, não escolhemos livres. Do mesmo modo acontece em todos os aspectos da vida individual ou coletiva. Sempre, qualquer decisão ou escolha (mesmo para as provas de uma nova vida), depende do conhecimento q já temos pelas experiências anteriormente adquiridas. Nunca escolhemos livremente.

      Talvez, por isso o apóstolo Paulo tenha afirmado: “É o Senhor que opera em nós o pensar, o querer e o fazer”. Como conseqüência dessas palavras, se nem pensamento, nem desejos, nem o q fazemos são responsabilidade nossa, nossas obras também não são. Tanto q Paulo (talvez para q ninguém estranhe q sofremos mesmo q as obras más não sejam nossas) ainda disse: “Não é por vossas obras que sereis salvos, mas pela graça de Deus”.
      Não é preciso refletir?



 

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Respostas a este tópico

     

      Amigos                                                          (Nota: Cel é meu nome de usuário)

      Nova amiga Simone Lira.

      Nova amiga, é satisfação trocar pontos de vista com vc. Veja q, como vc já constatou, sempre trago muitas perguntas;  a intenção é levar a refletir, para melhor compreensão daquilo q estudamos ou de q falamos; peço-lhe me desculpe se isso lhe for inconveniente.

      Simone escreveu: “... primeiramente existe uma lei de ação e reação, como qualquer outra lei da física funciona, apesar das pessoas não darem muito atenção a isso...”.

      Cel: olá, nova amiga. A “lei de causa e efeito”, das  doutrinas reencarnacionistas, é apenas uma lei moral, com designação igual à da lei da física, mas que nada tem a ver com esta. Na física, a lei se aplica a objetos <inertes>, destituídos, é evidente, de faculdades intelectuais; esses, por serem inertes, sofrem exatamente, e na mesma intensidade, a reação à ação provocada. Essa lei da física não se aplica aos seres vivos, humanos ou não humanos pois,  aqui, os agentes, não sedo inertes, podem fugir dos efeitos de seus atos, por sua inteligência, esperteza, etc. Se causam dano, podem sofrer “se” esse dano, de algum modo, os atingir, e não sofrem “se” não o  atingir; e podem fazer outros sofrerem, é evidente.  

      Pela lei espiritual, as conseqüências do dano <sempre> atingirão o autor, seja nesta ou noutra vida. Assim, a lei de causa e efeito da física não é a mesma lei dos reencarnacionistas; apenas têm nomes iguais. 

      Simone: Existe uma raiz, perfeita a qual deveremos retornar depois de muita evolução e aperfeiçoamento (acredito que essa raiz ou Deus evolua também), também acredito que o objetivo, na vida terrena, seja o completo domínio do Espírito sobre a matéria, ou seja, a Luz deve prevalescer;

      Cel: como desconheço sua filosofia de vida, tb desconheço em q a amiga apoia essas afirmações, mas lhe apresento outra pergunta: o q significa esse “completo domínio sobre a matéria”? Porq o espirito ou alma teria q ter esse domínio? O espirito/alma é imaterial, não pertence a este mundo!

      Simone: O livre-arbítrio me parece o instrumento dessa evolução- aperfeiçoamento. As escolhas são livres, a responsabilidade sobre escolhas erradas também, aí, prevalesce a ação-reação.

      Cel: essa é a visão, apenas, dos reencarnacionistas. Mas, porq o autor de obras erradas seria o responsável por elas? Essa responsabilidade, o q envolve, o q significa e  quem, ou o quê, a atribui? Significa, como certas doutrinas afirmam, penalidades ou sofrimentos?  

      Simone: Quando a gente tem conhecimento sobre determinado assunto, temos mais responsabilidade, que a  própria palavra diz tu: habilidade para responder. O conhecimente gera novas habilidades, e uma delas é o livre arbítrio.

      Cel: e quem é q avalia as ações (se é q, pelo seu modo de pensar, existe, realmente, uma avaliação) e, consequentemente, quem lhe atribui responsabilidades? (Veja q, não sabendo quais são suas crenças, coloco questões que, acredito, se relacionam com todas as doutrinas  reencarnacionistas).

      Tenha um bom dia.

 

      Olá, Simone, estou colocando resposta num novo tópico "Resposta a Simone Lira", neste tópico não consegui colocar. Parece q consegui, agora.

      Simone Lira.

 

      Não consegui; talvez minha máquina esteja falhando.

      SIMONE LIRA, resposta no tópico "PREFÁCIO de C.G.JUNG ao livro !Introdução ao Zen", de SUZUKI.

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«Que os Santos Seres, cujos discípulos aspiramos ser, nos mostrem a luz que
buscamos e nos dêem a poderosa ajuda
de sua Compaixão e Sabedoria. Existe
um AMOR que transcende a toda compreensão e que mora nos corações
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Poder que remove todas as coisas. É Ele que vive e se move em quem o Eu é Uno.
Que esse AMOR esteja conosco e que esse
PODER nos eleve até chegar onde o
Iniciador Único é invocado, até ver o Fulgor de Sua Estrela.
Que o AMOR e a bênção dos Santos Seres
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PAZ e AMOR a todos os Seres»

A lente que olha para um mundo material vê uma realidade, enquanto a lente que olha através do coração vê uma cena totalmente diferente, ainda que elas estejam olhando para o mesmo mundo. A lente que vocês escolherem determinará como experienciarão a sua realidade.

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“Amado Criador, eu invoco a sua sagrada e divina luz para fluir em meu ser e através de todo o meu ser agora. Permita-me aceitar uma vibração mais elevada de sua energia, do que eu experienciei anteriormente; envolva-me com as suas verdadeiras qualidades do amor incondicional, da aceitação e do equilíbrio. Permita-me amar a minha alma e a mim mesmo incondicionalmente, aceitando a verdade que existe em meu interior e ao meu redor. Auxilie-me a alcançar a minha iluminação espiritual a partir de um espaço de paz e de equilíbrio, em todos os momentos, promovendo a clareza em meu coração, mente e realidade.
Encoraje-me através da minha conexão profunda e segura e da energia de fluxo eterno do amor incondicional, do equilíbrio e da aceitação, a amar, aceitar e valorizar  todos os aspectos do Criador a minha volta, enquanto aceito a minha verdadeira jornada e missão na Terra.
Eu peço com intenções puras e verdadeiras que o amor incondicional, a aceitação e o equilíbrio do Criador, vibrem com poder na vibração da energia e na freqüência da Terra, de modo que estas qualidades sagradas possam se tornar as realidades de todos.
Eu peço que todas as energias e hábitos desnecessários, e falsas crenças em meu interior e ao meu redor, assim como na Terra e ao redor dela e de toda a humanidade, sejam agora permitidos a se dissolverem, guiados pela vontade do Criador. Permita que um amor que seja um poderoso curador e conforto para todos, penetre na Terra, na civilização e em meu ser agora. Grato e que assim seja.”

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