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Sufis & A Lenda dos Nove Desconhecidos

Em 1999 Lynn Picknett e Clive Prince publicaram The Stargate Conspiracy. O livro [assim como muitos outros] afirma a existência de um culto espantosamente poderoso e que se mantém oculto em plena era das revelações da cultura New Age, há mais de 50 anos. Rumores sobre esse culto começaram a aparecer na década de 1950. ...Segundo diferentes escolas de pensamento estes seres, provenientes [de algum lugar não terreno] preparam-se para retornar ao planeta depois de um longo período de ausência.

Nem todos os defensores dessa idéia acreditam que esses seres sejam extraterrestres que se locomovem em naves espaciais; antes, seriam criaturas de natureza divina cuja lembrança a Tradição conservou na Lenda dos Nove Desconhecidos ou, simplesmente, Os Nove.

Os postulantes dessa hipótese acrescentam que estes Nove, em uma época muito remota, foram os governantes da mítica civilização Atlante. A uma certa altura da evolução humana, recolheram-se em uma existência transcendental, habitando outro plano ontológico [um plano espiritual de ser e estar]. Atualmente, estudiosos acreditam que é chegado o momento do retorno dos Nove a este plano, material, a fim de tomar medidas efetivas capazes de minimizar o sofrimento da Humanidade.

Os Nove teriam estado sempre ativos em seu interesse pelo destino da Humanidade. Mantendo-se deliberadamente escondidos, esses Mestres estariam, há anos, orquestrando a disseminação de uma religiosidade mais elevada, práticas de devoção e outros ensinamentos que são transmitidos por agentes, muitos deles, hoje, conhecidos como poderosos gurus da literatura alternativa [e de auto-ajuda] ocidental.

Enéade ─ Apesar de conseguirem se manter desconhecidos; ainda que alguns considerem Os Nove como uma metáfora para os nove princípios do Ser, algumas especulações pretendem identificar os Mestres: seriam a Enéade [palavra grega] ou, entre os egípcios, a Psedjet, as nove Divindades primordiais que simbolizam os nove aspectos da manifestação do Um [Deus-enquanto-Um].

A Enéade atua em dois planos: espiritual e material; cósmico e mundano. Significa que aos Nove mestres divinos e metafísicos, correspondem nove mestres terrenos, ou que habitam entre os homens. Na mitologia egípcia, esses nove deuses ou, metafisicamente, aspectos de Deus são assim nomeados: Atum, o Criador, deus dos deuses, o Um; Shu [Ar], Tefnet [ou Tefnut, personificação da água], Geb [a terra], Nut [o céu, como abóbada celeste e o céu, como destino dos justos], Osíris [os campos e o post-mortem], Isis [o amor e as ciências ocultas], Seth [representa violência, desordem, paixões] e Neftis [representante da aridez do deserto e da morte].

No mundo dos homens, o deus Hórus lidera a Enéade Inferior, sendo uma conexão entre as duas Irmandades. Assim como Atum governa o plano espiritual, Horus governa o reino material; e tem governado durante Eras através da renovação da linhagem real dos reis-Horus.

Colégio de Iniciados Heru Shemsu ─ [Egito] Assim como cuidava das coisas da matéria, o Príncipe Falcão também era um guardião supremo de Conhecimento científico e sabedoria existencial. Junto com seus discípulos e seguidores, organizou um Colégio de Iniciados Heru Shemsu, mais uma ancestral mitológica das Sociedades Secretas de Iniciação Mística. Diz a tradição que esses semi-deuses pertenciam a uma raça estelar; eram muito altos e tinham os crânios mais largos, o que os diferenciava do povo que habitava as margens do Nilo. Seu status de semi-deuses devia-se ao fato de que eram possuidores de conhecimentos secretos e grandes poderes mágicos. Os Heru Shemsu consideravam-se reflexos inferiores da Grande Enéade, os nove Deuses em Um, os verdadeiros governantes da Terra.

Ashoka ─ O diplomata francês Louis Jacolliot [1837-1890] foi o primeiro a divulgar no Ocidente a Lenda dos Nove Desconhecidos. Segundo Jacolliot, o imperador Ashoka [304-232 a.C - Asok Bindusara Maurya], imperador indiano da dinastia Maurya que dominou todo subcontinente indiano III e II antes de Cristo. Diz a lenda que este imperador, implacável guerreiro, tendo se convertido ao budismo [e ao pacifismo] em 250 a.C., formou um Conselho secreto reunindo nove homens sábios aos quais encarregou de cumprir importante missão: compilar todo o conhecimento acumulado pela Humanidade e ocultá-lo, preservá-lo e somente usar tais conhecimentos seguindo critérios de justiça e compaixão.

Jacolliot afirmou que os Nove ainda viviam e atuavam nas sombras auxiliando a evolução humana e socorrendo povos e nações em momentos de aflição. Outro francês, o místico Saint-Ives d'Alvedre [1824-1909] afirma que a lenda é muito anterior ao tempo do imperador Ashoka. Os Nove Desconhecidos seriam viajantes cósmicos provenientes da estrela Sirius que chegaram na Terra e se estabeleceram na Ásia Central 34 mil anos antes de Cristo.

Nove Livros ─ Seja como for, ainda segundo a lenda, cada um dos Nove escreveu um livro sobre nove diferentes áreas do conhecimento. Nestes livros estariam, registradas as mais preciosas ciências, para o bem e para o mal. São os temas desses livros:

1. Psicologia, propaganda, Guerra psicológica
2. Fisiologia, tratando especialmente na maneira de matar um homem ao tocar-lhe, provocando a morte pela inversão do influxo nervoso. Diz-se que o judô deriva de certos trechos dessa obra.
3. Microbiologia
4. Transmutação dos metais
5. Os meios de comunicação terrenos e extraterrenos
6. Os segredos da gravitação
7. Cosmogênese
8. Um tratado sobre a Luz
9. o último, dedicado à Sociologia

Para os Sufis, os Nove Desconhecidos são um assunto sério, uma tradição expressa no No-Koonja, o Eneagrama, também conhecido como Naqsh - Selo.

O misterioso místico, o armênio-grego-russo Georges Ivanovitch Gurdjieff refere-se a esses mestres como sendo sete indivíduos; e não nove. Todavia, em ocultismo sabe-se que de todos os princípios do homem, sete já foram revelados pelos esotéricos porém, dois, permanecem secretos. Os sete [ou nove] Desconhecidos segundo Gurdjieff foram e são remanescentes da civilização Atlante que fundaram o Egito, chegando ao território em uma barca solar depois da submersão de algumas das terras da Atlântida.

Citando como fonte de informação hieróglifos gravados na paredes das ruínas de Gizé, Tebas e Edfu [ou Behedet, atualmente Tell Edfu] além das canções tradicionais dos bardos de sua terra natal e de toda a Asia Central, Gurdjieff conta que 70 mil anos antes do Dilúvio de Noé, uma grande civilização floresceu em uma ilha chamada Hannin, que hoje seria identificada como a ilha de Creta, a maior das ilhas localizadas nas vizinhanças da Grécia. Hannin teria abrigado uma sociedade secreta arcana: a Imastun Brotherhood, elite de sábios que se ocupavam de ciências transcendentais como a astrologia e a telepatia. Os Sufis, seriam os herdeiros dessa irmandade.

Sufismo: Anotações de Pesquisa
Os sufis acreditam que para obter um estado de contemplação mística é necessário fechar os portões dos sentidos físicos de modo que o sentido espiritual ou o sentido oculto possa operar. A contemplação ou o êxtase é a Noite Mítica, quando o adepto se ausenta de todas as impressões oriundas dos mundo exterior, transcendendo a esperança, o medo, a consciência de si mesmo e de toda emoção humana, para que a luz interior possa ser nitidamente percebida.
SPENCE, Lewis. An Encyclopaedia of Occultism. Courier Dover Publications, 2003 - p 127. In Google Books.

George Gurdjieff [1860/1877?-1949], místico armênio-grego-russo, é considerado o único estranho a quem foi permitido penetrar no círculo externo dos centros Sufistas onde teria sido pupilo do mestre Bahaudin Nakshband. Entre os afegãos, os Sufis são chamados Povo da Tradição. Entre as lendas que envolvem sua mística, existem rumores de que os Sufis têm contato com inteligências não-terrenas e que são guardiões de segredos arcanos que são o fundamento de todas as religiões e de todo o desenvolvimento humano.

Todas as escolas Sufistas acreditam na existência de uma Hierarquia espiritual que se mantém a centenas de anos em nebuloso mistério. Seus monastérios, santuários e retiros estão situados na Ásia Central. Sobre esta hierarquia, John Bennet escreveu:

[Os místicos da região e pesquisadores/exploradores estrangeiros] afirmam que a hierarquia perpétua é liderada por [uma personagem chamada] Kuth-i-Zaman, o Eixo das Eras, que recebe revelações do Divino Propósito e as transmite à Humanidade por meio de seus seguidores.

Segundo Gurdjieff, esta Hierarquia atua produzindo um tipo de energia de vibração elevada destinada manter o fluxo harmônico do desenvolvimento e história humanas: Existe um agente invisível de alta energia que torna o trabalho da evolução possível. este é um tema presente na maior parte da literatura sufista.


Para os Sufis, nada na História acontece por acaso; novas verdades [conhecimentos] são semeadas, novas energias [forças], introduzidas nas sociedades em ações planejadas nos mais elevados níveis de existência espiritual. Ernest Scott comenta: Nada acontece, simplesmente. O roteiro da longa História humana foi escrito por inteligências superiores.

Os avanços e conquistas da Humanidade não são caprichos do acaso; são metas alcançadas dentro do contexto de um determinado ciclo, o Tempo da Terra. Esses avanços transcendem a esfera de interesse da Humanidade; antes, são essenciais para o equilíbrio e desenvolvimento [evolução, dinâmica] deste sistema Solar do qual a Terra faz parte.; e o próprio sistema Solar não é uma engrenagem isolada, ao contrário, interage com as forças mantenedoras da Galáxia à qual pertence [Via Láctea].

Mestre Imortal: Uma lenda Sufi diz que a Irmandade Sufista tem um guia invisível, o imortal El-Khidr, que usa uma capa verde flamejante e que muitos muçulmanos identificam como o profeta Elias, o profeta judeu que nunca morreu, mas subiu aos céus sem deixar cadáver. LE PAGE, Vitoria. Shamballa

Glossário do Sufismo
Fara'id ─ Atos de adoração, práticas obrigatórias.

Hirka ─ peça de vestuário dos dançarinos da Sema; é um manto amplo e negro, símbolo da sepultura.

Kashkul ─ São tigelas, cumbucas, cuias, enfim, recipientes para recolher as moedas que os dervixes mendigam nesta atividade que desenvolvem unicamente para superar avaidade pessoal e a arrogância. Aliás, essas cumbucas sufis não são objetos vagabundos, de mendigo, ao contrário, são belas obras artesanais algumas feitas de metais preciosos.

Kemal ─ perfeição.

Nawa'fil ─ Práticas voluntárias relacionadas à disciplina pessoal.

Murid ─ noviço
Sema ─ Ou Samá, dos termos árabes, سَمْع = sam‘un e اِسْتِمَاع = ’istimā‘un significando ouvir a tradição.É a dança girante dos Sufis-dervixes. O balé celeste [SIGNIER/TOMAZO, 2008]. A maioria das fontes refere-se à Samá com termo que designa a famosa Dança dos Dervixes; porém, há controvérsias. Alguns autores definem o Samá como a recitação de textos espiritualistas ou trechos de Escrituras sagradas de diferentes religiões. Ainda que, em algumas Tariqas a Samá seja acompanhada por um ritmo percussivo, a fator mais importante dessas sessões é o recitar utilizando todas as virtudes da voz humana que, nessa cerimônia, funcionada como um elemento de sutilezas acústicas que promovem a revelação dos diferentes sentidos/significados de um mesmo texto. Para estes autores, a Dança Sagrada é chamada Hadras ou Imara
Quanto à Dança, eles realmente giram, em torno de si mesmos, apoiados no pé direito e em torno do eixo que é o mestre, em uma coreografia que evoca os movimentos dos astros no céu, com seus duplos giros: rotação e translação. O objetivo é alcançar um estado alterado de consciência, transe, que permitiria ao Adepto o conhecimento subjetivo da Divindade. Todavia, nem todos os Dervixes são girantes ou seja, nem todas as formas de Sema incluem os movimentos giratórios. Essa é uma característica destacana das Ordens Mevlevi e Chishti.

Rumi & Ordem Mevlevi ─ A Ordem Mevlevi ou Mawlawiyya fundada em Konya, cidade da região central da Anatólia, hoje, território da Turquia, em 1273, dando continuação à confraria criada pelo mestre Jalal ad-Din Muhammad Balkhi-Rumi [1207-1273] ou, simplesmente Rumi, jurista islâmico [ou seja, era um Sheik], teólogo, místico e poeta]. Em 1244 Rumi, que já era um mestre sufista de tradição familiar, encontrou em dervixe Sham-e Tabrizi [?-1248 iraniano, místico sufista], em Damasco [Síria]. No convívio com Sham, Rumi experimentou a comunhão com Deus através da música, da dança, da poesia. Os sufistas Mevlevi tornaram-se grandes mestres da girante Dança Sagrada dos dervixes.

Semahane ─ salão ritual para a prática da Semá.

Sikke ou Kûlah ─ Chapéu típico dos sufis-dervixes, símbolo da pedra tumular.

Târiqas ─ Denominação das Ordens Sufistas. A palavra significa caminho.

Tekke ou Zawiya ─ monastério de Dervixes-sufistas


Fontes:

Encyclopaedia of Occultism. Courier Dover Publications, 2003 - p 127. In Google Books.

GODLAS, Alan. Sufism, Sufis and Sufi Orders. ─ [www.uga.edu/islam/Sufism.html]

HUJWIRI, A.. The Kashful al-Makhjub, p 30. Londres: Gibb Memorial Trust, 1936

MOSSO, Gelder Manhes. Caminhos do Desconhecido. Mauad Editor, 1899 In Google Books.

KEEP, Marc Andre R.. O Sobrenatural Através dos Tempos. São Paulo: IBRASA-Proton Editora, sem data ─In Google Books

LePAGE, Victoria. Sufis and The Nine Unknowns, 2007. In [www.victoria-lepage.org/sufis_nine_unknowns.htm]

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«Que os Santos Seres, cujos discípulos aspiramos ser, nos mostrem a luz que
buscamos e nos dêem a poderosa ajuda
de sua Compaixão e Sabedoria. Existe
um AMOR que transcende a toda compreensão e que mora nos corações
daqueles que vivem no Eterno. Há um
Poder que remove todas as coisas. É Ele que vive e se move em quem o Eu é Uno.
Que esse AMOR esteja conosco e que esse
PODER nos eleve até chegar onde o
Iniciador Único é invocado, até ver o Fulgor de Sua Estrela.
Que o AMOR e a bênção dos Santos Seres
se difunda nos mundos.
PAZ e AMOR a todos os Seres»

A lente que olha para um mundo material vê uma realidade, enquanto a lente que olha através do coração vê uma cena totalmente diferente, ainda que elas estejam olhando para o mesmo mundo. A lente que vocês escolherem determinará como experienciarão a sua realidade.

Oração ao Criador

“Amado Criador, eu invoco a sua sagrada e divina luz para fluir em meu ser e através de todo o meu ser agora. Permita-me aceitar uma vibração mais elevada de sua energia, do que eu experienciei anteriormente; envolva-me com as suas verdadeiras qualidades do amor incondicional, da aceitação e do equilíbrio. Permita-me amar a minha alma e a mim mesmo incondicionalmente, aceitando a verdade que existe em meu interior e ao meu redor. Auxilie-me a alcançar a minha iluminação espiritual a partir de um espaço de paz e de equilíbrio, em todos os momentos, promovendo a clareza em meu coração, mente e realidade.
Encoraje-me através da minha conexão profunda e segura e da energia de fluxo eterno do amor incondicional, do equilíbrio e da aceitação, a amar, aceitar e valorizar  todos os aspectos do Criador a minha volta, enquanto aceito a minha verdadeira jornada e missão na Terra.
Eu peço com intenções puras e verdadeiras que o amor incondicional, a aceitação e o equilíbrio do Criador, vibrem com poder na vibração da energia e na freqüência da Terra, de modo que estas qualidades sagradas possam se tornar as realidades de todos.
Eu peço que todas as energias e hábitos desnecessários, e falsas crenças em meu interior e ao meu redor, assim como na Terra e ao redor dela e de toda a humanidade, sejam agora permitidos a se dissolverem, guiados pela vontade do Criador. Permita que um amor que seja um poderoso curador e conforto para todos, penetre na Terra, na civilização e em meu ser agora. Grato e que assim seja.”

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