ESPIRITUALIDADE

[José Eduardo Oliveira Borba]

Tudo no Universo foi criado através da energia primordial do Criador, transmitida e manifestada em seus mais diversos níveis ou dimensões.

Somos originários da Unidade da Energia ou da Luz, a qual, em certo instante ou nível, ramificou-se e individualizou a Energia, com finalidade de dar continuidade ou propagar em múltiplos pontos do Universo, criados anteriormente, (e esta é a origem das diversas civilizações planetárias) a energia, a luz ou a Partícula da Consciência Divina. (Ides e multiplicai-vos)

Dentro da escala evolutiva e aqui entendemos como níveis ou dimensões, estão presentes a energia, sempre correspondente ao seu grau de pureza e também correspondente a esta, se encontram as hierarquias de luz.

Neste sentido, também podemos considerar que os níveis ou dimensões nada mais são do que o grau que possui o Ser, da consciência, da manipulação e do vivenciar da Energia herdada do Criador.

Para uma melhor compreensão, precisamos nos conscientizar que somos uma consciência energética individualizada e eterna, a qual possui a sua origem em uma dimensão de altíssima pureza energética.

Mas, tendo em vista, que toda a individualização herdou a capacidade de criar e também a livre consciência de como utilizar a Energia de sua origem, fomos gradativamente nos distanciando do objetivo inicial, no que se refere ao manipular, criar e perpetuar a luz, e, à medida que íamos nos distanciando, correspondentes também eram os níveis ou dimensões por nós percorridos no sentido de cima para baixo, dentro da hierarquia evolutiva.

Com relação a este distanciamento, precisamos nos conscientizar também, que a Energia da qual somos originários sempre esteve conosco e sempre estará, independente de qual for o nível ou a dimensão que nos encontrarmos, difere apenas na conscientização, na utilização e o vivenciar da Mesma.

O gradativo reconhecimento e o vivenciar da Energia de que somos originários é o que conhecemos como a verdadeira “Espiritualidade”.

Ao contrário do que sempre nos foi instruído, a espiritualidade não é ela restrita a uma seita, filosofia, religião, ciência ou algo externo no qual vamos interiorizar através das leituras ou conhecimentos sobre o assunto e sim, o reconhecimento do que realmente somos, ou seja, Centelhas ou Partículas da Consciência do Criador.

Partindo do princípio que a palavra espiritualidade é uma derivação do termo “Espírito”, o qual, foi assim designado por nós a Energia individualizada, possuímos todos nós, sem exceção, a espiritualidade.

Para uma simples e melhor compreensão, poderíamos fazer uma remota comparação entre nós, com a Energia que possuímos e a água em seus estados líquido, gasoso e densificado.

A água em seu estado líquido, somos nós com a Energia primordial em sua potencialidade, ou seja, somente energia vibrando dentro de sua característica e seu respectivo nível.

A água em seu estado mais denso ou em forma de gelo, devido a uma continua influência externa, somos nós com a Energia primordial, em nós contida, sendo utilizada e direcionada continuamente, através de nossos pensamentos, palavras e emoções, para uma finalidade outra e diferente do propósito evolucional de realimentação da Mesma, ou seja, quanto mais inadequada a sua utilização, mais a vibração da Energia original torna-se proporcionalmente lenta, ao ponto, de tornar-se diminuída ou enfraquecida de sua potencialidade, comprimida ou condensada, o que nos faz lembrar o que foi postulado por Einstein: “matéria nada mais é do que energia condensada”.

A água em seu estado gasoso, somos nós ampliando ou expandindo a Energia que possuímos, através da conscientização, de nossas ações ou atitudes, palavras, pensamentos e emoções, fazendo com que a Mesma cresça ou realimente-se por intermédio de sua devida utilização e também pela reciprocidade existente no Universo entre energias semelhantes, isto por que, somos uma fonte energética e tudo o que exteriorizamos também é energia, e assim procedendo, não somente estaremos aumentando em nós a potencialidade da Energia, como também e sempre correspondente, vibrando em uma maior intensidade e influenciando diretamente os nossos chakras, progressivamente, no sentido de abertura dos mesmos, para que eles assimilem cada vez mais a energia vital.

Só para que possamos compreender quando ouvimos falar ou ler sobre o aspecto vibratório da energia, entendemos como vibração a velocidade das partículas que compõem a energia. Velocidade esta, que será sempre correspondente a maneira ou a forma de como utilizamos a energia, que está contida em nossa essência, aumentando ou diminuindo-a, de acordo com a nossa vontade ou consciência, através de nossas ações, pensamentos, palavras ou emoções.

Neste aspecto e sentido, muito importante é nos conscientizarmos que a velocidade das partículas que compõem a energia, gera um campo magnético, que sempre será também, correspondente a intensidade da velocidade das mesmas, que em nosso todo é por nós conhecido como “aura”, a qual, possui, entre outras, a função de conectar e atrair do ambiente ou do Universo, vibrações semelhantes.

Diante do exposto, já podemos compreender o por quê somos conhecidos por deuses, criadores e multidimensionais.

Deuses, por possuirmos em nossa essência, como herança, uma pequena e ao mesmo tempo imensa, parte da Consciência Divina.

Criadores, por possuirmos e sermos também uma fonte de energia herdada do Criador, a qual nos capacita para criar, através da exteriorização da Mesma, de acordo com a nossa consciência e vontade, tudo o que assim desejarmos, portanto, é imensa a conscientização que devemos possuir com relação as nossas exteriorizações, tendo em vista, que ao efetuarmos seja qual ela for, irá a mesma encontrar no Universo a sua correspondente ou semelhante vibração, retornando a nós aumentada ou mais potencializada, contribuindo e influenciando imensamente, de um modo benéfico ou nos prejudicando, na criação de nosso caminhar evolucional.

Multidimensionais, por possuirmos em toda a nossa constituição a energia e sermos originários da mesma, e que, de acordo com o nosso nível de consciência do que realmente somos e do caminhar, automaticamente adentramos em outras dimensões energéticas, não físicas.

É justamente na multidimensionalidade de nosso Ser que encontramos a espiritualidade, a qual, não possui nada de sobrenatural e sim, plenamente normal, ou seja, apenas o nosso conteúdo energético sendo modificado de um estado para outro, em termos vibracionais, resultado e conseqüência de uma melhor conscientização do nosso caminhar e do reconhecimento do que realmente somos.

A espiritualidade é um processo natural e gradativo, que todo Ser, no seu caminhar, passará continuamente, pois, ela está intimamente relacionada com a evolução ou podemos até dizer que ela é a própria evolução, em seus respectivos estágios ou níveis.

Possui ela o seu início a partir do momento em que vamos, gradativamente, nos conscientizando de nossos atos como um todo, os quais, nada mais são do que exteriorização da energia que possuímos e, ao assim procedermos, não mais estaremos utilizando ou direcionando a energia indevidamente, que resulta na criação ou no aumento da polaridade negativa que constitui a dualidade que vivenciamos nesta dimensão.

Com a gradual conscientização de nosso viver ou, a mais adequada utilização da energia, estaremos reativando e fortalecendo o potencial energético positivo de que somos originários e, se assim continuamente agirmos, automaticamente estaremos também, e sempre correspondente, aumentando o nosso teor vibratório que é diretamente refletido em nosso campo magnético ou aúrico, que por sua vez, irá atrair do Universo as vibrações semelhantes criando assim um círculo de realimentação contínua, nos beneficiando imensamente em todos os aspectos de nossa vida.

Com o aumento de nosso teor vibratório, estaremos também e proporcionalmente, abrindo os nossos chakras, fazendo com que seja mais intensa a entrada da energia vital, presente no Universo, resultando em uma maior alimentação energética ou a vitalidade dos nossos órgãos que constituem o nosso corpo físico e, simultaneamente, aumentando também a nossa sensibilidade psíquica, ou seja, energética ou vibracional, com relação ao intercâmbio ou influências das consciências individualizadas presentes na dimensão não física. Influências estas, que serão sempre correspondentes ao nosso teor energético e vibratório, seja ele positivo ou negativo, tendo em vista, que semelhante atrai semelhante.

Portanto, a espiritualidade nada mais é do que o reconhecimento de si próprio, do aprendizado contínuo do viver e do caminhar na eterna estrada da evolução, a qual, todos estamos destinados a percorrer, passo a passo, individualmente.






José Eduardo O. Borba